segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Notas de esclarecimento:

 1 - As manifestações do Espírito da Verdade se deram durante as reuniões realizadas no Centro Espiritual Universalista - CEU da LBV - sob a direção de Alziro Zarur, o Presidente Mundial da LBV.


2 - As datas se referem às publicações no Jornal Gazeta de Notícias.

A nossa eterna gratidão ao Nosso Senhor Jesus, o Cristo de Deus, ao Espírito da Verdade e ao Presidente Alziro Zarur. 

Obrigado, Senhor!


domingo, 2 de agosto de 2015

29/12/1970
A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS E A DOS CRISTÃOS

P - Nosso Posto deseja focalizar, na Cruzada do Novo Mandamento, estas palavras de Jesus: "Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa macular. Não é o que entra na boca do homem que o torna impuro: o que sai da boca é que o macula". Como o Espírito da Verdade interpreta esse ensinamento do Mestre?

R - Os costumes aditados às Leis Reais é que constituíam a tradição dos antigos: o termo "costumes", aqui, indica TODAS AS DOUTRINAS, PRESCRIÇÕES, PRECEITOS E MANDAMENTOS CRIADOS PELOS HOMENS E POR ELES ESTABELECIDOS.

Por Leis Reais designamos as Leis Divinas que, em obediência à vontade do Senhor, foram reveladas aos hebreus por Moisés. Vós outros, CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO tendes igualmente a vossa tradição dos antigos, representada pelas doutrinas, prescrições, preceitos e mandamentos que os homens formularam, alterando, deturpando, falseando com os seus acrescentamentos, a Lei Divina que, em obediência à vontade de Deus, Jesus lhes revelou, durante o desempenho da sua missão terrena. Mas aquela Lei - com exclusão de qualquer outra - se contém integralmente na palavra do Cristo que, velada pela letra ENQUANTO ISSO ERA NECESSÁRIO, constituiu a base, a fonte e o fundamento da Nova Revelação, que vem explicá-la, desenvolvê-la e fazê-la compreensível, na época marcada pelo Senhor para o advento do ESPÍRITO QUE VIVIFICA, SUBSTITUINDO A LETRA QUE MATA.

Assim como Jesus veio combater, entre os judeus, a tradição dos antigos, arrancando desse modo toda planta que não foi plantada pelo Pai Celestial, TAMBÉM HOJE O ESPÍRITO DA VERDADE QUE REPRESENTA O CRISTO DE DEUS, VEM COMBATER ENTRE VÓS TUDO O QUE CONSTITUI A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS, ARRANCANDO IGUALMENTE TODA PLANTA QUE PELO SENHOR NÃO FOI PLANTADA.

O que Jesus disse aos escribas e fariseus daquele tempo se aplicam aos escribas e fariseus de hoje - repelindo e rejeitando a Nova Revelação, trazida aos homens pelos Espíritos do Senhor, órgãos do Espírito da Verdade - se esforçam também por manter a tradição dos antigos, honrando a Deus com os lábios, ensinando doutrinas e mandamento humanos!

Entendei: DEUS PODE ADMITIR A PUREZA EXTERIOR, QUANDO VÊ QUE O CORAÇÃO ESTÁ SUJO? PODE ACEITAR O CULTO DOS LÁBIOS QUANDO VÊ QUE O CORAÇÃO ESTÁ CHEIO DE HIPOCRISIA? PODE ABENÇOAR O HOMEM E PERDOAR-LHE, QUANDO VÊ QUE ELE AMALDIÇOA E SE VINGA? 

Eis por que vos dizemos: honrai a Deus do fundo de vossos corações, vivei a Lei do Amor, sintetizada no Novo Mandamento; não sejais sepulcros caiados por fora. Então, sim, estareis limpos integralmente, não apenas porque lavaste as mãos ou o corpo.


sábado, 1 de agosto de 2015


27/12/1970
AS TRADIÇÕES E A HIPOCRISIA

P - Os escribas e fariseus censuraram os discípulos do Cristo por não lavarem as mãos antes de comer. A resposta do Mestre parece, a muitos opositores, apologia da falta de higiene. Como explica essa parte do Evangelho, no CEU da LBV, o Espírito da Verdade?

R - Vamos reunir Mateus, XV: 1-20 e Marcos, VII: 1-23.

         Mateus: 1 - Então, alguns escribas e fariseus que tinham
         vindo de Jerusalém, se aproximaram  de  Jesus e lhe dis-
         seram: 2 - "Por que os teus discípulos transgridem a tra-
         dição dos antigos, não lavando as mãos antes de comer?"
         3 - Jesus lhes respondeu:  "E por que vós transgredis  os
         Mandamentos de Deus, em obediência à vossa tradição?
         Deus ordenou:   4 - "Honra  teu  pai  e  tua mãe" e Moisés
         acrescentou:   "Seja punido de morte aquele que houver
         ultrajado a seu pai  e  sua  mãe".   5 - Vós,  porém,  dizeis,
         quem quer que haja dito a seu pai ou sua  mãe:   "Tudo o
         que ofereço a Deus vos é útil", satisfaz à lei,   6 - embora,
         a seguir,  deixe  de  honrar  e  assistir  seu pai e sua mãe.
         Assim, tornastes nulo o Mandamento de Deus pela vossa
         tradição. 7 - Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, di-
         zendo:  8 - "Este povo me honra com os lábios mas o seu
         coração está longe de mim. 9 - Portanto, é em vão que e-
         les me honram ensinando doutrinas e mandamentos de
         homens!" 10 - E, tendo convocado a multidão, lhes disse:
         "Ouvi e entendei: 11 - Não é o que entra pela boca o que
         contamina o homem, mas o  que  sai  da  boca,  isto,  sim,
         contamina o homem".   12 - Os discípulos, então, aproxi-
         mando-se, disseram a Jesus:   "Sabes que os fariseus, ou-
         vindo o que disseste, se escandalizaram?"   13 – Ele  res-
         pondeu: "Toda planta que meu Pai Celestial não plantou
         será arrancada pela raiz.   14 - Deixai-os,  são  cegos que
         conduzem cegos. Ora, se um cego se faz guia de outro ce-
         go, ambos caem no fosso".   15 - Disse, então, Pedro:  "Ex-
         plica-nos esta nova parábola".   16 – Jesus  lhe  replicou:
         "Também vós  sois  tardos  de  entendimento?   17 -  Não
         Compreendeis  que  tudo  que  entra  pela  boca desce ao
         ventre e é lançado fora?   18 - Mas o que sai da boca vem
         do coração e mancha o homem, tornando-o impuro: 19 –
         pois do coração vêm os  maus  pensamentos,  os  homicí-
         dios, os adultérios, as  blasfêmias,  os  roubos,  os  falsos
         testemunhos, as maledicências.   20 - Estas são as coisas
         que mancham o homem; mas comer, sem lavar as mãos,
         não o torna impuro.

         Marcos:   1 – Alguns  escribas e fariseus, vindo de Jerusa-
         lém, foram ter com Jesus,  2 – e, tendo visto seus discípu-
         los tomarem a refeição com as mãos não lavadas,  o  cen-
         suraram;   3 – pois  os  fariseus não comem sem terem la-
         vados as mãos muitas vezes,  guardando  a  tradição  dos
         antigos.   4 - E, quando voltam  da  praça  pública, não co-
         mem, sem se haverem banhado, mantendo muitos outros
         costumes mais, cuja observância lhes foi transmitida pe-
         la tradição e  eles  conservavam,  como  o  de  lavarem  os
         copos, os jarros, os vasos de  bronze  e  os leitos.   5 – Per-
         guntaram-lhe, pois, os escribas e  os  fariseus:   "Por  que
         não seguem teus  discípulos  a  tradição  dos  antigos,  co-
         mendo sem terem lavado as mãos?" 6 - Jesus respondeu:
         "Bem profetizou Isaías a  vosso  respeito,  hipócritas,  co-
         mo está escrito:   "Este  povo  me  honra  com seus lábios
         mas o seu coração está longe de mim.   7 – É em  vão  que
         eles me honram ensinando doutrinas e mandamentos de
         homens";   8  - pois,  deixando  de lado  o Mandamento de
         Deus, observais  com  cuidado a tradição dos homens, la-
         vando os jarros e os cálices, e fazendo muitas outras  coi-
         sas semelhantes". 9 - E lhes dizia:  "Anulais totalmente  o
         Mandamento de Deus, para guardardes a vossa tradição.
         10 - Assim, enquanto Moisés diz:  "Honrai  a  vosso  pai  e
         vossa mãe" e "seja punido de morte aquele que tenha ul-
         trajado a seu pai ou sua mãe",  11 - vós dizeis: "Se um ho-
         mem diz a seu  pai  ou  sua  mãe   "Tudo  o  que  ofereço  a
         Deus vos é útil", ele satisfaz a lei.   12 - E lhe permitis que
         não faça mais coisa alguma por seu pai ou sua mãe.   13 –
         Revogais, assim, a palavra de Deus pela tradição, que vós
         mesmos estabelecestes,  e  deste  modo  fazeis muitas ou-
         tras coisas  semelhantes".   14 - Chamando  novamente  o
         povo para perto de si, Jesus lhes disse:   "Ouvi-me  vós to-
         dos e compreendei.   15 - Nada  há  do  que  existe fora do
         homem que, entrando nele, possa  macular e  tornar  im-
         puro. 16 - Se alguém tiver ouvidos de ouvir,  ouça!"   17 –
         Logo  que apartando-se  do  povo,  entrou  em  casa,  seus
         discípulos lhe perguntaram o que significa  aquela  pará-
         bola.   18 - Jesus lhes disse:  "Tão pouco  inteligentes  sois
         ainda? Não compreendeis que  tudo  que está fora  do  ho-
         mem e entre nele não o torna impuro, 19 - pois nada disso
         entra em seu coração,  mas  desce ao ventre e é lançado fo-
         ra?"   20 - E acrescentava:  "O que macula o homem é o que
         sai do próprio homem,   21 – pois  de  dentro  do  coração é
         que saem os maus pensamentos,  os  adultérios, os homicí-
         dios, 22 - a avareza, o roubo, o orgulho, a felonia, as iniqui-
         dades, os desregramentos. 23 – Todos esses males vêm de
         dentro do coração do homem e, por isso o maculam". 

Como Jesus, também nós dizemos: DESCONFIAI DAS TRADIÇÕES!
SUAS PALAVRAS, DIRIGIDAS AOS FARISEUS, SE APLICAM PERFEITAMENTE AOS TEMPOS ATUAIS. Desconfiai das tradições, porque elas deturpam a Lei do Amor que o Cristo nos deu, ao decretar seu Novo Mandamento.

Dessa Lei sublime a tradição fez o que já fizera com o Decálogo, dado a Moisés no Sinai. Por isso mesmo, deixai de lado a tradição e retornai ao Cristianismo do próprio Cristo, mesmo que os fariseus de hoje se escandalizem: ELES FALAM E  PROCEDEM, COM RELAÇÃO A VÓS OUTROS, EXATAMENTE COMO FALARAM E PROCEDERAM COM RELAÇÃO A JESUS, OS FARISEUS DE OUTRORA.

Sim, deixai que eles se escandalizem porque eles serão forçados a abandonar suas tradições e voltar a eterna Lei do Mestre, mãe de todas as virtudes! Mas preservai-vos de tudo o que vos possa manchar: maus pensamentos, palavras e atos! Conduzi-vos com humildade tirando boas coisas do bom tesouro do vosso coração e repartindo-as com os vossos irmãos!

Os judeus, fazendo voto ou oferenda podiam dispor, em favor do culto, de uma parte dos seus bens. Desde então pretendendo que esta parte representava tudo o de que poderiam dispor em benefício de seus pais, se consideravam dispensados de lhes dar assistência: ALEGAVAM, PARA SE JUSTIFICAREM, QUE DO QUE OFERECIAM AO SENHOR, OS PAIS APROVEITARIAM SOB A FORMA DE BÊNÇÃO CELESTE! HIPOCRISIA TANTO DO ÍMPIO QUE DESSE MODO DESONRAVA A DIVINDADE, QUANTO DO SACERDÓCIO INDIGNO, QUE TOLERAVA E ANIMAVA SEMELHANTES PROFANAÇÕES.

Não houve apologia à falta de higiene. O Mestre combatia um exagero com outro exagero, o do Bem contra o Mal. O exemplo escolhido por Jesus tinha por objetivo induzir os escribas e os fariseus a refletirem sobre o que chamavam A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS E REJEITAREM TUDO O QUE ESSA TRADIÇÃO ENCERRAVA DE CONTRÁRIO À LEI DIVINA TAL QUAL O SENHOR A REVELARA POR INTERMÉDIO DE MOISÉS E DOS PROFETAS.



sexta-feira, 31 de julho de 2015

25/12/1970
A FÉ E A AÇÃO MAGNÉTICA

P - Um episódio que motiva controvérsias é o da cura dos enfermos que tocavam as vestes de Jesus. Como a explica o Espírito da Verdade?

R - Vamos reler Mateus, XIV: 34-36 e Marcos, VII: 53-56.

         Mateus: 34 - Tendo atravessado o lago, vieram eles à
         terra de Genesaré,  35 - e, reconhecendo-os, os do lu-
         gar espalharam a notícia por todo  o  país e  lhe apre-
         sentaram todos os doentes;  36 - e lhe pediam que os
         deixasse apenas tocar na fímbria de suas vestes. E fi-
         caram sãos todos aqueles que as tocaram.

         Marcos:   53 - Tendo atravessado o lago, vieram à ter-
         ra de Genesaré, onde aportaram.   54 - Assim  que de-
         sembarcaram, os habitantes  do lugar reconheceram
         Jesus.   55 - Transmitiram a notícia a todo o país e co-
         meçaram a trazer, de todos  os lados,  os doentes  em
         seus leitos,  para  onde  quer  que o ouviam dizer que
         ele  estava.   56 - Em  qualquer  lugar  que  entrasse  –
         burgo, aldeia ou  cidade  -  punham  os  enfermos  nas
         praças públicas e pediam lhes  fosse  permitido tocar
         somente a fímbria de sua capa; e todo os que tocavam
         nela ficavam imediatamente curados.

Já vos explicamos O PODER MAGNÉTICO DE QUE JESUS DISPUNHA. 

O tocar-lhe nas vestes - fato que, devido à ignorância das causas e dos efeitos, os homens tinham por "milagroso" - não passava de UM MEIO MATERIAL, QUE LHES ERA INDISPENSÁVEL. A cura se operava pela ação daquele que exercia poder soberano sobre os elementos etéreos. Era, portanto, resultado da união desse poder com a fé que os curados possuíam.

Entendei: os doentes se curavam NÃO POR TEREM TOCADO NA FÍMBRIA DA CAPA OU DAS VESTES DE JESUS, MAS PELA AÇÃO DA SUA VONTADE PODEROSA, SOLICITADA PELA FÉ INABALÁVEL DOS ENFERMOS QUE TOCAVAM O MESTRE.

A cura era feita, como dissemos pela ação magnética exercida por Jesus; pela emissão que ele fazia - sob o influxo desta ação - dos fluidos apropriados a cada espécie de doença, os quais eram dirigidos para o organismo do enfermo. Com o mesmo critério deveis entender as curas operadas por "lenços e panos" e até pela "sombra" dos Apóstolos, das quais vos falaremos quando chegar a hora: TUDO É MAGNETISMO, COMPLETADO PELA FÉ, SEM A QUAL É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS.


quinta-feira, 30 de julho de 2015

24/12/1970
CORAÇÕES CEGOS

P - Diz o Evangelista: "O espanto de que ficaram tomados os discípulos, quando viram Jesus caminhando sobre as águas, mais ainda cresceu quando cessou o vento, logo que ele entrara na barca; pois não tinham compreendido a multiplicação dos pães e dos peixes porque seus corações estavam cegos". Qual o significado real dessas palavras, segundo o Espírito da Verdade?

R - Estas palavras "porque seus corações estavam cegos" significam: PORQUE NÃO PROCURAVAM COMPREENDER. Seus olhos espirituais ainda estavam velados. Para os discípulos a multiplicação dos pães e dos peixes se produzira a bem dizer, por si mesma, pois OS PÃES E OS PEIXES, QUE JESUS PARTIA, PARECIAM RENOVAR-SE INCESSANTEMENTE, NAS SUAS PRÓPRIAS MÃOS, DO MESMO MODO QUE NOS CESTOS OS PEDAÇOS SE MULTIPLICAVAM SEM ELES PODEREM VER PORQUE MEIOS, E SEM MESMO PROCURAREM INTEIRAR-SE DO FATO!

Na verdade, não vos acontece, algumas vezes, serdes testemunhas de acontecimentos que, na aparência, se produzem com derrogação das leis comuns à humanidade, observá-los sem os compreenderdes e sem, sequer, fazerdes o menor esforço por consegui-lo? O fato de Jesus caminhar por sobre as águas e a tentativa de Pedro, para fazer o mesmo, IMPRESSIONARAM MAIS OS DISCÍPULOS QUE A MULTIPLICAÇÃO DOS PEIXES E DOS PÃES, porque - para o entendimento humano deles - o primeiro fato surpreendia mais, por isso que MAIS PERCEPTÍVEL LHES ERA A IMPOSSIBILIDADE DE QUALQUER CRIATURA TRANSFORMAR A SUPERFÍCIE MÓVEL DO MAR EM TERRENO CAPAZ DE LHE RESISTIR AO PESO.

Concorrendo cada um daqueles fatos reciprocamente, para avivar a impressão do outro, ambos contribuíram para que seus olhos se desvendassem; e eles acabaram por compreender os dois acontecimentos que num dia só, presenciaram. E os compreenderam NÃO PORQUE TIVESSEM ADQUIRIDO O CONHECIMENTO DE SUAS ORIGENS E CAUSAS, E DOS MEIOS PELOS QUAIS SE PRODUZIRAM, POIS SÓ À NOVA REVELAÇÃO ESTAVA RESERVADO DAR ESSE CONHECIMENTO AOS HOMENS, MAS PORQUE "APRENDERAM" QUE TAIS FATOS DENUNCIAVAM A AÇÃO DE UMA POTÊNCIA TÃO SUPERIOR AO HOMEM QUE SÓ MESMO DEUS OS PODIA PRODUZIR. DAÍ ACHAREM QUE FORAM "MILAGRES" OPERADOS PELA PRÓPRIA DIVINDADE ONIPOTENTE.

Portanto, não foi por não terem compreendido o fato material da multiplicação que os discípulos se encheram de espanto, vendo Jesus caminhar sobre as ondas: foi porque na ocasião, não encararam aquele fato como obra do próprio Deus como posteriormente o consideraram. Se assim o tivessem considerado logo que se deu, não se teriam admirado do outro: O PRIMEIRO "MILAGRE" OS TERIA FEITO COMPREENDER DO MESMO MODO O SEGUNDO.





quarta-feira, 29 de julho de 2015

23/12/1970
JESUS NÃO É DEUS

P - Lemos no capítulo em exame: "Então os que estavam na barca se aproximaram dele e o adoraram dizendo: - És, verdadeiramente, o Filho de Deus". Como devemos entender tais palavras nos ensinos do Espírito da Verdade?

R - Para o homem fatos que tanto o surpreendiam SÓ PODIAM  PROVIR DO PRÓPRIO DEUS. Ora, sendo Jesus quem servia de intermediário para a produção dos fatos "milagrosos", o cognome que a si mesmo dava de Filho de Deus lhe valeu imediatamente, aos olhos dos homens, o cunho da Divindade.

Sem atinarem com o sentido genérico das palavras MEU PAI, que ele frequentemente empregava, falando do Criador Universal, os homens lhe deram de pronto o sentido restrito, e assim o consideraram COMO TENDO SIDO GERADO PELO PRÓPRIO DEUS: SENDO, PORTANTO, UMA PERSONIFICAÇÃO DA DIVINDADE ONIPOTENTE. Em consequência, eles o adoraram, o que deu causa ao erro - que tão profundamente se arraigou - segundo o qual Deus, querendo salvar a Humanidade e resgatar-lhe as faltas, se oferecera a si mesmo em HOLOCAUSTO DE PROPICIAÇÃO.

Aliás, não foi um mal que tal erro se houvesse generalizado, pois serviu àquela época e PREPAROU O FUTURO RESERVADO A NOVA REVELAÇÃO DO PARÁCLITO. O homem, sempre orgulhoso do seu valor pessoal julgou-se tão importante aos olhos do Criador QUE ENTENDEU SÓ PODEREM SUAS FALTAS SER RESGATADAS COM O SACRIFÍCIO DO ONIPOTENTE EM PESSOA, NA CONDIÇÃO HUMANA!

Só mesmo Deus, isto é, somente Aquele que, por efeito exclusivo de sua vontade, segundo o modo de ver do próprio homem precipitaria, se o quisesse, no completo caos todos os mundos disseminados pelo infinito, poderia operar resgate tão precioso, MEDIANTE UM SACRIFÍCIO IMOLANDO-SE A SI MESMO, REBAIXANDO-SE, PORTANTO, AO NÍVEL DAS SUAS INDIGNAS CRIATURAS! SÓ ASSIM, SEM DÚVIDA, A VÍTIMA IMOLADA SERIA DIGNA DAQUELES CUJO RESGATE REPRESENTARIA O PREÇO DA IMOLAÇÃO!

Orgulho, delirante orgulho do homem que sempre se considerou "o rei da criação", quando não é mais que um miserável inseto que passa despercebido, por assim dizer, como insignificante mosquito que voa num raio de sol! 

Felizmente, a Nova Revelação, rompendo o véu da letra e todas as suas superstições, que ocultavam à Humanidade a Luz e a Verdade vem na hora certa, predeterminada pelo Senhor quando as inteligências se desenvolveram e o progresso espiritual se realizou DAR-VOS A CONHECER QUEM É O FILHO E QUEM É O PAI, RESTAURANDO O ENSINO DO PRÓPRIO CRISTO QUE SEMPRE DEIXOU BEM CLARO PARA TODOS OS SÉCULOS: 

JESUS É O FILHO, COMO TODOS VÓS QUE "SEREIS DEUSES" E DEUS É O PAI ETERNO!


terça-feira, 28 de julho de 2015


22/12/1970
JESUS E PEDRO CAMINHA SOBRE AS ÁGUAS

P - Todos estão ansiosos por ver explicada a passagem do Evangelho em que Jesus e Pedro caminham por sobre o mar. Como a interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?

R - Vamos harmonizar Mateus, XIV: 23-33 e Marcos, VI: 46-52.

         Mateus: 23 - Tendo despedido a multidão, Jesus subiu
         a um monte, para falar com Deus.  Ao  cair da noite,  lá
         se achava ele só. 24 - Entretanto, a barca era impelida
         de um lado para outro  pelas  ondas,  no  meio  do mar,
         pois o vento era contrário.   25 - Mas, na quarta  vigília
         da noite, Jesus veio ter com  eles,  caminhando  por  so-
         bre o mar.   26 - Ao vê-lo andando sobre as águas,  eles
         se turbaram  e  diziam:   "É um fantasma!"  E,  apavora-
         dos, se puseram a gritar.   27 - Logo, porém, Jesus  lhes
         falou assim:  "Tende confiança!  Sou  eu!  Não  temais!"
         28 - Pedro lhe respondeu: "Senhor, se és tu mesmo, or-
         dena  que  vá  ao  teu encontro caminhando sobre as á-
         guas!" 29 - E Jesus lhe disse: "Vem!" E pedro, descendo
         da barca, andou sobre as águas em direção a Jesus.  30
         - Mas, vendo que o vento estava forte, teve medo, e, co-
         mo principiasse  a  submergir  bradou:  "Salva-me,  Se-
         nhor!"   31 - Ato contínuo, Jesus estendendo-lhe a mão
         o segurou e lhe disse:  "Porque duvidaste, homem sem
         fé?"   32 - Assim que subiram, para a barca, o vento ces-
         sou.   33 - Então os que estavam na barca se  aproxima-
         ram dele e o adoraram, dizendo: És, verdadeiramente,
         o Filho de Deus!

         Marcos:  46 -  Depois de haver despedido o povo,  Jesus
         subiu a um monte, para orar.   47 – Ao  cair  da  noite,  a
         barca estava no meio  do  mar,  e  Jesus  estava  sozinho
         em terra.   48 - Vendo que seus discípulos tinham  gran-
         de dificuldade em remar, por lhes ser contrário  o  ven-
         to, Jesus, por volta da quarta  vigília  da  noite,  veio  ter
         com eles, caminhando sobre o mar, pois queria passar-
         lhes adiante. 49 - Eles, porém, desde que o viram  cami-
         nhando sobre o mar, supuseram ser um fantasma e  co-
         meçaram a gritar,   50 - pois todos o viram e ficaram  a-
         pavorados. Ele logo lhes falou, dizendo:   "Acalmai-vos!
         Sou eu! Não tenhais medo!" 51 - Subiu para barca onde
         eles estavam e o vento cessou, e eles ficaram ainda ma-
         is espantados,    52 - visto que não tinham compreendi-
         do  a  multiplicação  dos  pães  e peixes é que seus cora-
         ções estavam cegos.

Facilmente deveis compreender o fato de Jesus andar sobre as águas. Do mesmo modo que o Espírito pode atravessar os ares, podia o Mestre - unicamente pela ação da sua vontade - PRIVAR O SEU PERISPÍRITO TANGÍVEL DO CUNHO HUMANO QUE LHE IMPRIMIRA E DAR-LHE AS CONDIÇÕES ETÉREAS DAS FORMAS ESPIRITUAIS.

No momento em que, caminhando por sobre o mar, veio ter com seus discípulos, Jesus se colocara nas condições perispiríticas das aparições. Seu corpo perispiritual, conservando a aparência do corpo humano, a visibilidade e a tangibilidade, era - quando deu a mão a Pedro - MAS LEVE DO QUE A ÁGUA, TENDO-SE EM VISTA O PESO ESPECÍFICO DA ONDA DO MAR. 

Seus discípulos, como diz o Evangelista, julgaram tratar-se de um fantasma, quando o viram caminhando sobre as ondas. Ficaram sem saber se o que viam era, mesmo o Cristo ou uma simples aparição. É que nessa ocasião, como dissemos, Jesus se colocara, NAS CONDIÇÕES PERISPIRÍTICAS DAS APARIÇÕES, QUE ALGUNS DELES JÁ TINHAM PODIDO OBSERVAR. É QUE, EM TODOS OS TEMPOS O MUNDO INVISÍVEL ESTEVE SEMPRE EM COMUNICAÇÃO COM A HUMANIDADE TERRESTRE. 

Suas manifestações, que os homens não compreendiam por lhes desconhecerem as causas, passavam - mesmo no tempo do Mestre - por ser: ou fantasias da imaginação ou obra dos Espíritos maus; ou, ainda, uma graça especial, que Deus se dignava de conceder a esta ou àquela das suas criaturas na Terra. Entre os idólatras, vós o sabeis muito bem, essas aparições deram causa à multiplicação dos deuses e deusas DOS QUAIS FOI VÍTIMA A CREDULIDADE DO POVO, EXPLORADA PELA AMBIÇÃO OU CUPIDEZ. 

Os judeus, como os outros povos, tinham, nas suas famílias, médiuns videntes que, às vezes, observavam a aparição de um amigo, de um parente e, mesmo, de alguns de seus patriarcas e profetas, pois - não o ignorais - OS ESPÍRITOS PODEM REVESTIR TODAS AS FORMAS. Daí o fato de não ter o Apóstolo Pedro - que era um médium audiente e vidente muito adiantado, muito desenvolvido, e também médium de efeitos físicos - podido reconhecer o Mestre, tomando-o por um fantasma. Ele via em Jesus apenas a aparência inconsistente das aparições que já tinha observado. Só quando o Cristo o segurou pela mão, verificou que era realmente Jesus, pois AINDA NÃO TIVERA ENSEJO DE EXPERIMENTAR A TANGIBILIDADE DAS APARIÇÕES. 

Estando Pedro decidido, pela sua fé, a obedecer a Jesus, ordenou este mentalmente, aos Espíritos que o cercavam - prepostos ao efeito de sustentarem o Apóstolo sobre as ondas - que o sustentassem: assim, pode ele, também, caminhar sobre as águas.
Foi, ainda, obedecendo a uma ordem mental do Mestre, que os mesmos Espíritos deixaram que ele submergisse um pouco, NO MOMENTO EM QUE LHE VOLTAVA A DÚVIDA. 

Não era preciso que Jesus desse a mão a Pedro para que este, caminhando com ele sobre as águas, voltasse à barca: teria bastado o amparo dos Espíritos prepostos à sustentação do Apóstolo. O Cristo, porém, querendo demonstrar a Pedro que era mesmo, o seu Mestre (que ali se achava e o sustentava com o seu poder), lhe estendeu a mão. De fato, assim era, porque - se Jesus não houvesse ordenado - os Espíritos não teriam ajudado o Apóstolo a manter-se em equilíbrio, caminhando pela superfície do mar.

Como dissemos, Pedro era (para nos servirmos de uma expressão consagrada) médium de efeitos físicos, da mais alta categoria. Assim, foi com o auxílio dos fluidos nele existentes que os Espíritos prepostos conseguiram sustentá-lo, de modo a poder caminhar sobre as ondas FOI, TAMBÉM, GRAÇAS A ESSA MEDIUNIDADE QUE ELE CONSEGUIU (AUXILIADO PELOS ESPÍRITOS PREPOSTOS A REALIZAÇÃO DESSE OUTRO FATO) LIBERTAR-SE DAS CORRENTES COM QUE O ATARAM NA PRISÃO (ATOS DOS APÓSTOLOS, XII: 6-7). E QUE DO OUTRO MODO NÃO TERIA EXPLICAÇÃO.

Mas, mesmo, que o Apóstolo não fosse médium de efeitos físicos, nem por isso deixaria de ser sustentado pelos Espíritos prepostos e de caminhar, com o auxílio deles, sobre as águas do mar, JÁ QUE O MESTRE O QUERIA. Desde que essa era a vontade de Jesus, os Espíritos reuniriam em torno de Pedro os fluidos, de que necessitavam para sustentá-lo: o fato se produziria exatamente como se deu. 

Logo que Jesus e Pedro entraram na barca, cessou a ventania. CESSOU PORQUE ASSIM O ORDENOU JESUS MENTALMENTE AOS ESPÍRITOS PREPOSTOS AO GOVERNO DOS VENTOS E DAS ÁGUAS, COMO ACONTECEU COM RELAÇÃO À TEMPESTADE QUE SE DESENCADEOU NO MAR E QUE POR ORDEM DO CRISTO, CESSOU IMEDIATAMENTE FAZENDO-SE GRANDE BONANÇA.

Pois, sempre que, tenhais merecimento, o Mestre aplacará todas as tempestades que ameaçarem as vossas vidas por causa da pregação e da EXEMPLIFICAÇÃO DO NOVO MANDAMENTO DE JESUS!



segunda-feira, 27 de julho de 2015

20/12/1970
PRODUTOS, CESTOS E PEDAÇOS

P - Os cinco mil não notaram qualquer diferença no gosto do pão e do peixe? E qual o destino que tiveram os cestos? Que aconteceu, ainda, com os pedaços de pão e peixe que sobraram? São perguntas que fazem os componentes do nosso Posto, com relação ao capítulo em pauta. Como as responde o Espírito da Verdade? 

R - Os cinco mil receberam os produtos da multiplicação como se não tivesse havido multiplicação: era o gosto perfeito do pão e do peixe. E não existe aí nada que vos deva espantar. Os sonâmbulos magnéticos não tomam a água, o vinho, ou qualquer alimento COMO SENDO O QUE LHES DIGA QUE SÃO? Não sabeis qual seja o poder da influência espiritual do homem? Como então, ignorar A INFLUÊNCIA DE JESUS E DA FALANGE INUMERÁVEL DE ESPÍRITOS QUE O RODEAVAM? Não tendes visto aparecerem, sem que ninguém saiba como, sob a forma de coisas materiais, próprias para a alimentação humana, PRODUTOS OBTIDOS COM O EMPREGO DE FLUIDOS PRODUTORES E QUE TEM PARA O HOMEM, O ASPECTO E O SABOR DOS PRODUTOS HUMANOS QUE REPRESENTAM? 

Dizem os Evangelistas que todos comeram e ficaram saciados e ainda levaram doze cestos, cheios dos pedaços que sobraram. Não dizem o que foi feito desses doze cestos, nem que os cinco pães e os dois peixes estivessem com os Apóstolos. Não dizem ainda, se foram conservados os pedaços que sobraram. É que tudo isso pouco importa. Qualquer que tenham sido a quantidade dos peixes e dos pães, as pessoas que forneceram os cestos e o destino dado a estes e àquilo que continham, o fundamental é que O FATO PRODUZIDO POR JESUS REALMENTE SE VERIFICOU.

Isto, sim, importa que todos saibam. Deveis compreender que, em multidão considerável como aquela, há sempre certa agitação. Terminada a distribuição dos pães e dos peixes, os Apóstolos deixaram no chão os cestos, que tinham servido para fazê-la, e foram tomar a barca, a fim de se transportarem à outra margem, onde - de acordo com a ordem recebida - esperariam o Mestre, que ficava assistindo à dispersão do povo. Mais preocupados com as suas necessidades espirituais do que com as do corpo, que no momento se achavam satisfeitas, os Apóstolos não cuidaram de mais nada.

A influência oculta, que sobre eles era exercida, lhes dirigia a atenção para aquilo que os pudesse impulsionar, sempre que se fazia preciso desviá-la de outros pontos. A ordem de Jesus - passarem, antes dele, para a outra margem - tinha por objetivo preparar um novo fato que se devia produzir. Na sua retirada desordenada e confusa, aquela grande massa de homens, mulheres e crianças, ia tropeçando nos cestos, alguns dos quais foram apanhados vazios, enquanto outros já ficavam esmagados, SEM QUE NINGUÉM SE PREOCUPASSE COM ELES NEM COM O SEU CONTEÚDO.

Os fluidos componentes dos "produtos fluídicos" que, sob as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, sobraram da distribuição, voltaram à fonte de onde tinham sido tirados, logo que - sob a ação dos Espíritos - desapareceu dos mesmos produtos a tangibilidade e tudo entrou de novo na ordem da humanidade terrena. TUDO FORA PREVISTO, PREPARADO PARA A EXECUÇÃO DAS OBRAS DO CRISTO ENTRE OS HOMENS.  

Notai, por último, que a narrativa evangélica, feita sob a influência mediúnica, tratando do fato que acabamos de apreciar, reproduz mais uma vez - como convinha que ocorresse sempre - AS IMPRESSÕES E CONCLUSÕES HUMANAS. 

Notai, ainda, que o Mestre, segundo decorre dessas impressões e conclusões, TEVE POR FIM, COMO SEMPRE, DESPERTAR E CHAMAR SOBRE SI A ATENÇÃO DE SEUS DISCÍPULOS E DA MULTIDÃO, DE TAL MODO QUE - ACREDITADO TODOS (COMO ACREDITARAM) SER JESUS DE NATUREZA IGUAL A DOS OUTROS HOMENS - FICASSEM VIVAMENTE IMPRESSIONADOS POR SEUS ATOS E PALAVRAS.


domingo, 26 de julho de 2015

19/12/1970
O "MILAGRE" DA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E PEIXES

P - Foi excelente a explicação dada, mas há um ponto que merece destaque maior: o fato de ser considerado, "milagre" a multiplicação dos pães e dos peixes. Como interpreta o caso o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV? 

R - Para os Apóstolos, os discípulos e a multidão, foi com os pedaços em que Jesus dividiu os cinco pães e os dois peixes (pedaços que - multiplicados "ao infinito" - ele entregou aos Apóstolos e estes distribuíram pelo povo) que todos se saciaram dando ainda para encher doze cestos, depois de estarem todos satisfeitos.

Foi isso o que todos viram; esse o fato que se passara à vista de todos; o fato de que todos eram testemunhas e do qual, todos haviam participado, desde que comeram os pedaços dos cinco pães e dois peixes, partidos pelas mãos de Jesus e distribuídos pelos discípulos. FOI ISSO O QUE TODOS VIRAM E SOMENTE ISSO O QUE PODIAM ATESTAR, E ATESTARAM.

Por lhe ser incompreensível e inexplicável, dada a ignorância de todos (dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão) relativamente a origem, às causas e aos meios ocultos que o produziram. O FATO DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES FOI POR TODOS CONSIDERADO UM "MILAGRE". Foi e ainda o é pelos que se conservam estranhos à Nova Revelação.

Alguns homens de coração simples e Espírito humilde acreditaram na sua autenticidade sem o compreenderem, firmados no testemunho dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão, a na fé que lhes inspira a narração evangélica. Os outros ou fingiram acreditar, por não ousarem negá-lo, ou o negaram e rejeitaram abertamente, encastelados na sua orgulhosa ignorância, pela simples razão de não o poderem compreender e não saberem explicá-lo.

 E sem a presença da ciência espírita, que vos veio mostrar a origem, as causas e os meios ocultos por que se operou a multiplicação dos pães e dos peixes, de fato não seria um "milagre" mesmo para vós? Porventura vedes o que a todo o momento se passa em torno de vós no mundo espiritual? Sem a Nova Revelação, ninguém saberia que aquela multiplicação se produziu pela ação espiritual e pelo emprego de fluidos, UMA VEZ QUE A CIÊNCIA COMUM É IMPOTENTE PARA COMPROVÁ-LA, PORQUE NÃO VÊ, NÃO OBSERVA E NÃO DESCOBRE SENÃO COM OS OLHOS CARNAIS.

Os Evangelistas que, como os Apóstolos, os discípulos e a multidão, não podiam compreender o fato. POR IGNORAREM TAMBÉM A FONTE, AS CAUSAS E OS MEIOS QUE O PRODUZIRAM, SE LIMITARAM (E ASSIM DEVIA SER) AO NARRÁ-LO DEBAIXO DA INFLUÊNCIA MEDIÚNICA. 

 "Jesus - dizem eles - partiu com as mãos os cinco pães e os dois peixes, e os deu aos discípulos e estes os deram ao povo; todos comeram e ficaram saciados, e ainda levaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e peixe que sobraram".  

 Estas últimas palavras indicam que Jesus partiu os pães e os peixes e dava os pedaços aos discípulos, que os depositavam em cestos, onde os transportavam para distribui-los pela multidão. Os cestos eram os que as mulheres do Oriente costumam trazer à cabeça e que servem para o transporte de frutas e legumes, assim, como para abrigá-las dos ardores do sol. E muitas mulheres havia na multidão. Antes que se iniciasse a multiplicação dos pães e dos peixes os discípulos - cumprindo as ordens do Mestre - haviam arrebanhado (e colocado junto dele) todos os cestos que as mulheres traziam. 
  
 Eis aqui, agora, como se operou a multiplicação: tendo nas mãos os pães e os peixes, JESUS OS ENVOLVIA EM FLUIDOS APROPRIADOS A PRODUÇÃO DE TAIS ALIMENTOS (FLUIDOS PRODUTORES). 

 Como deveis compreender, o Cristo - para multiplicá-los entre os seus dedos - atraía a si os fluidos próprios ao efeito desejado e os tornava visíveis, tangíveis, dando-lhes o aspecto, a forma e o sabor de pedaços de pão ou de peixe, pois JAMAIS OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES TERIAM FORNECIDO PEDAÇOS, AINDA QUE DE TAMANHO MÍNIMO, NA QUANTIDADE QUE ERA NECESSÁRIA. Por esse meio, ia ele substituindo nos pães e nos peixes as porções que deles tirava. Assim, era que, com o auxílio dos fluidos produtores em que os envolvia, multiplicava os pães e os peixes e os pedaços que os partia (pedaços que entregava aos discípulos e que estes colocavam nos cestos).

No momento em que nos cestos eram depositados, sob a forma de pedaços de pão e de peixe, os produtos fluídicos obtidos por Jesus, LOGO A ELES SE JUNTAVAM OS QUE OS ESPÍRITOS POR SUA VEZ, TRAZIAM E QUE IMEDIATAMENTE SE TORNAVAM VISÍVEIS E TANGÍVEIS.

Esses fornecimentos de pedaços de pão e de peixe os Espíritos os preparavam nas mesmas condições dos que Jesus entregava aos discípulos, com o auxílio dos fluidos produtores, e os depositavam invisíveis nos cestos vazios. À medida que os discípulos deitavam nestes os pedaços que recebiam do Mestre, os Espíritos tornavam visíveis e tangíveis os pedaços que ali já haviam depositado.

Assim, de um lado Jesus e os Espíritos tiravam - indefinidamente - dos fluidos produtores que o Mestre atraía para junto de si, os elementos e os meios de multiplicação dos peixes e dos pães e, de outro lado, os discípulos tiravam dos cestos - indefinidamente - os pedaços de pão e peixe cuja provisão se renovava por si mesma, mas sempre mediante a intervenção dos Espíritos prepostos à produção de tal efeito, que se verificava a medida que os discípulos ali depositavam os pedaços que recebiam de Jesus.

Foi por esse processo que, pela ação do Cristo e dos Espíritos Superiores que invisivelmente o cercavam, se operou a multiplicação dos cinco pães e dois peixes, e que OS PEDAÇOS PARTIDOS PELO MESTRE, PARECIAM ÀS VISTAS CARNAIS MULTIPLICAR-SE INFINITAMENTE EM SUAS MÃOS E DELAS SAÍREM PARA OS CESTOS.

Sabeis que o Espírito não deixa ver o objeto que ele transporta senão quando quer ser visto operando, caso em que torna visível o fluido que envolve o mesmo objeto e que serve para realizar o transporte. Mas, igualmente, sabeis que o Espírito, à sua vontade, pode tornar invisível aos olhos grosseiros do homem o objeto que transporta, só fazendo visível quando e como quiser. Os fluidos que envolvem o objeto transportado não são visíveis, senão querendo o Espírito que o sejam.

Fora disso o Espírito passa despercebido assim com o próprio objeto; que ele não submete à vista do homem senão quando julga oportuno o momento, SE JESUS O TIVESSE DESEJADO, TERIA FEITO SOZINHO A MULTIPLICAÇÃO. Mas, entendei os meios empregados eram mais prontos e mais fáceis para a consecução do fim visado. Com efeito, não era mais fácil, e mais pronto que os Espíritos depositassem invisíveis, nos cestos vazios, os produtos que eles mesmos preparavam e os fossem tornando visíveis à medida que os discípulos ali colocassem os produtos que recebiam do Mestre do que este fazer sair de suas mãos para as mãos deles tudo o que fosse preciso para encher o cesto?

Os produtos da multiplicação, tendo recebido as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, como tais foram comidos pelos cinco mil. E TODOS FICARAM SACIADOS E AINDA LEVARAM DOZE CESTOS CHEIOS DOS PEDAÇOS QUE SOBRARAM. 


  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...