domingo, 26 de julho de 2015

19/12/1970
O "MILAGRE" DA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E PEIXES

P - Foi excelente a explicação dada, mas há um ponto que merece destaque maior: o fato de ser considerado, "milagre" a multiplicação dos pães e dos peixes. Como interpreta o caso o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV? 

R - Para os Apóstolos, os discípulos e a multidão, foi com os pedaços em que Jesus dividiu os cinco pães e os dois peixes (pedaços que - multiplicados "ao infinito" - ele entregou aos Apóstolos e estes distribuíram pelo povo) que todos se saciaram dando ainda para encher doze cestos, depois de estarem todos satisfeitos.

Foi isso o que todos viram; esse o fato que se passara à vista de todos; o fato de que todos eram testemunhas e do qual, todos haviam participado, desde que comeram os pedaços dos cinco pães e dois peixes, partidos pelas mãos de Jesus e distribuídos pelos discípulos. FOI ISSO O QUE TODOS VIRAM E SOMENTE ISSO O QUE PODIAM ATESTAR, E ATESTARAM.

Por lhe ser incompreensível e inexplicável, dada a ignorância de todos (dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão) relativamente a origem, às causas e aos meios ocultos que o produziram. O FATO DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES FOI POR TODOS CONSIDERADO UM "MILAGRE". Foi e ainda o é pelos que se conservam estranhos à Nova Revelação.

Alguns homens de coração simples e Espírito humilde acreditaram na sua autenticidade sem o compreenderem, firmados no testemunho dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão, a na fé que lhes inspira a narração evangélica. Os outros ou fingiram acreditar, por não ousarem negá-lo, ou o negaram e rejeitaram abertamente, encastelados na sua orgulhosa ignorância, pela simples razão de não o poderem compreender e não saberem explicá-lo.

 E sem a presença da ciência espírita, que vos veio mostrar a origem, as causas e os meios ocultos por que se operou a multiplicação dos pães e dos peixes, de fato não seria um "milagre" mesmo para vós? Porventura vedes o que a todo o momento se passa em torno de vós no mundo espiritual? Sem a Nova Revelação, ninguém saberia que aquela multiplicação se produziu pela ação espiritual e pelo emprego de fluidos, UMA VEZ QUE A CIÊNCIA COMUM É IMPOTENTE PARA COMPROVÁ-LA, PORQUE NÃO VÊ, NÃO OBSERVA E NÃO DESCOBRE SENÃO COM OS OLHOS CARNAIS.

Os Evangelistas que, como os Apóstolos, os discípulos e a multidão, não podiam compreender o fato. POR IGNORAREM TAMBÉM A FONTE, AS CAUSAS E OS MEIOS QUE O PRODUZIRAM, SE LIMITARAM (E ASSIM DEVIA SER) AO NARRÁ-LO DEBAIXO DA INFLUÊNCIA MEDIÚNICA. 

 "Jesus - dizem eles - partiu com as mãos os cinco pães e os dois peixes, e os deu aos discípulos e estes os deram ao povo; todos comeram e ficaram saciados, e ainda levaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e peixe que sobraram".  

 Estas últimas palavras indicam que Jesus partiu os pães e os peixes e dava os pedaços aos discípulos, que os depositavam em cestos, onde os transportavam para distribui-los pela multidão. Os cestos eram os que as mulheres do Oriente costumam trazer à cabeça e que servem para o transporte de frutas e legumes, assim, como para abrigá-las dos ardores do sol. E muitas mulheres havia na multidão. Antes que se iniciasse a multiplicação dos pães e dos peixes os discípulos - cumprindo as ordens do Mestre - haviam arrebanhado (e colocado junto dele) todos os cestos que as mulheres traziam. 
  
 Eis aqui, agora, como se operou a multiplicação: tendo nas mãos os pães e os peixes, JESUS OS ENVOLVIA EM FLUIDOS APROPRIADOS A PRODUÇÃO DE TAIS ALIMENTOS (FLUIDOS PRODUTORES). 

 Como deveis compreender, o Cristo - para multiplicá-los entre os seus dedos - atraía a si os fluidos próprios ao efeito desejado e os tornava visíveis, tangíveis, dando-lhes o aspecto, a forma e o sabor de pedaços de pão ou de peixe, pois JAMAIS OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES TERIAM FORNECIDO PEDAÇOS, AINDA QUE DE TAMANHO MÍNIMO, NA QUANTIDADE QUE ERA NECESSÁRIA. Por esse meio, ia ele substituindo nos pães e nos peixes as porções que deles tirava. Assim, era que, com o auxílio dos fluidos produtores em que os envolvia, multiplicava os pães e os peixes e os pedaços que os partia (pedaços que entregava aos discípulos e que estes colocavam nos cestos).

No momento em que nos cestos eram depositados, sob a forma de pedaços de pão e de peixe, os produtos fluídicos obtidos por Jesus, LOGO A ELES SE JUNTAVAM OS QUE OS ESPÍRITOS POR SUA VEZ, TRAZIAM E QUE IMEDIATAMENTE SE TORNAVAM VISÍVEIS E TANGÍVEIS.

Esses fornecimentos de pedaços de pão e de peixe os Espíritos os preparavam nas mesmas condições dos que Jesus entregava aos discípulos, com o auxílio dos fluidos produtores, e os depositavam invisíveis nos cestos vazios. À medida que os discípulos deitavam nestes os pedaços que recebiam do Mestre, os Espíritos tornavam visíveis e tangíveis os pedaços que ali já haviam depositado.

Assim, de um lado Jesus e os Espíritos tiravam - indefinidamente - dos fluidos produtores que o Mestre atraía para junto de si, os elementos e os meios de multiplicação dos peixes e dos pães e, de outro lado, os discípulos tiravam dos cestos - indefinidamente - os pedaços de pão e peixe cuja provisão se renovava por si mesma, mas sempre mediante a intervenção dos Espíritos prepostos à produção de tal efeito, que se verificava a medida que os discípulos ali depositavam os pedaços que recebiam de Jesus.

Foi por esse processo que, pela ação do Cristo e dos Espíritos Superiores que invisivelmente o cercavam, se operou a multiplicação dos cinco pães e dois peixes, e que OS PEDAÇOS PARTIDOS PELO MESTRE, PARECIAM ÀS VISTAS CARNAIS MULTIPLICAR-SE INFINITAMENTE EM SUAS MÃOS E DELAS SAÍREM PARA OS CESTOS.

Sabeis que o Espírito não deixa ver o objeto que ele transporta senão quando quer ser visto operando, caso em que torna visível o fluido que envolve o mesmo objeto e que serve para realizar o transporte. Mas, igualmente, sabeis que o Espírito, à sua vontade, pode tornar invisível aos olhos grosseiros do homem o objeto que transporta, só fazendo visível quando e como quiser. Os fluidos que envolvem o objeto transportado não são visíveis, senão querendo o Espírito que o sejam.

Fora disso o Espírito passa despercebido assim com o próprio objeto; que ele não submete à vista do homem senão quando julga oportuno o momento, SE JESUS O TIVESSE DESEJADO, TERIA FEITO SOZINHO A MULTIPLICAÇÃO. Mas, entendei os meios empregados eram mais prontos e mais fáceis para a consecução do fim visado. Com efeito, não era mais fácil, e mais pronto que os Espíritos depositassem invisíveis, nos cestos vazios, os produtos que eles mesmos preparavam e os fossem tornando visíveis à medida que os discípulos ali colocassem os produtos que recebiam do Mestre do que este fazer sair de suas mãos para as mãos deles tudo o que fosse preciso para encher o cesto?

Os produtos da multiplicação, tendo recebido as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, como tais foram comidos pelos cinco mil. E TODOS FICARAM SACIADOS E AINDA LEVARAM DOZE CESTOS CHEIOS DOS PEDAÇOS QUE SOBRARAM. 


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