terça-feira, 28 de julho de 2015


22/12/1970
JESUS E PEDRO CAMINHA SOBRE AS ÁGUAS

P - Todos estão ansiosos por ver explicada a passagem do Evangelho em que Jesus e Pedro caminham por sobre o mar. Como a interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?

R - Vamos harmonizar Mateus, XIV: 23-33 e Marcos, VI: 46-52.

         Mateus: 23 - Tendo despedido a multidão, Jesus subiu
         a um monte, para falar com Deus.  Ao  cair da noite,  lá
         se achava ele só. 24 - Entretanto, a barca era impelida
         de um lado para outro  pelas  ondas,  no  meio  do mar,
         pois o vento era contrário.   25 - Mas, na quarta  vigília
         da noite, Jesus veio ter com  eles,  caminhando  por  so-
         bre o mar.   26 - Ao vê-lo andando sobre as águas,  eles
         se turbaram  e  diziam:   "É um fantasma!"  E,  apavora-
         dos, se puseram a gritar.   27 - Logo, porém, Jesus  lhes
         falou assim:  "Tende confiança!  Sou  eu!  Não  temais!"
         28 - Pedro lhe respondeu: "Senhor, se és tu mesmo, or-
         dena  que  vá  ao  teu encontro caminhando sobre as á-
         guas!" 29 - E Jesus lhe disse: "Vem!" E pedro, descendo
         da barca, andou sobre as águas em direção a Jesus.  30
         - Mas, vendo que o vento estava forte, teve medo, e, co-
         mo principiasse  a  submergir  bradou:  "Salva-me,  Se-
         nhor!"   31 - Ato contínuo, Jesus estendendo-lhe a mão
         o segurou e lhe disse:  "Porque duvidaste, homem sem
         fé?"   32 - Assim que subiram, para a barca, o vento ces-
         sou.   33 - Então os que estavam na barca se  aproxima-
         ram dele e o adoraram, dizendo: És, verdadeiramente,
         o Filho de Deus!

         Marcos:  46 -  Depois de haver despedido o povo,  Jesus
         subiu a um monte, para orar.   47 – Ao  cair  da  noite,  a
         barca estava no meio  do  mar,  e  Jesus  estava  sozinho
         em terra.   48 - Vendo que seus discípulos tinham  gran-
         de dificuldade em remar, por lhes ser contrário  o  ven-
         to, Jesus, por volta da quarta  vigília  da  noite,  veio  ter
         com eles, caminhando sobre o mar, pois queria passar-
         lhes adiante. 49 - Eles, porém, desde que o viram  cami-
         nhando sobre o mar, supuseram ser um fantasma e  co-
         meçaram a gritar,   50 - pois todos o viram e ficaram  a-
         pavorados. Ele logo lhes falou, dizendo:   "Acalmai-vos!
         Sou eu! Não tenhais medo!" 51 - Subiu para barca onde
         eles estavam e o vento cessou, e eles ficaram ainda ma-
         is espantados,    52 - visto que não tinham compreendi-
         do  a  multiplicação  dos  pães  e peixes é que seus cora-
         ções estavam cegos.

Facilmente deveis compreender o fato de Jesus andar sobre as águas. Do mesmo modo que o Espírito pode atravessar os ares, podia o Mestre - unicamente pela ação da sua vontade - PRIVAR O SEU PERISPÍRITO TANGÍVEL DO CUNHO HUMANO QUE LHE IMPRIMIRA E DAR-LHE AS CONDIÇÕES ETÉREAS DAS FORMAS ESPIRITUAIS.

No momento em que, caminhando por sobre o mar, veio ter com seus discípulos, Jesus se colocara nas condições perispiríticas das aparições. Seu corpo perispiritual, conservando a aparência do corpo humano, a visibilidade e a tangibilidade, era - quando deu a mão a Pedro - MAS LEVE DO QUE A ÁGUA, TENDO-SE EM VISTA O PESO ESPECÍFICO DA ONDA DO MAR. 

Seus discípulos, como diz o Evangelista, julgaram tratar-se de um fantasma, quando o viram caminhando sobre as ondas. Ficaram sem saber se o que viam era, mesmo o Cristo ou uma simples aparição. É que nessa ocasião, como dissemos, Jesus se colocara, NAS CONDIÇÕES PERISPIRÍTICAS DAS APARIÇÕES, QUE ALGUNS DELES JÁ TINHAM PODIDO OBSERVAR. É QUE, EM TODOS OS TEMPOS O MUNDO INVISÍVEL ESTEVE SEMPRE EM COMUNICAÇÃO COM A HUMANIDADE TERRESTRE. 

Suas manifestações, que os homens não compreendiam por lhes desconhecerem as causas, passavam - mesmo no tempo do Mestre - por ser: ou fantasias da imaginação ou obra dos Espíritos maus; ou, ainda, uma graça especial, que Deus se dignava de conceder a esta ou àquela das suas criaturas na Terra. Entre os idólatras, vós o sabeis muito bem, essas aparições deram causa à multiplicação dos deuses e deusas DOS QUAIS FOI VÍTIMA A CREDULIDADE DO POVO, EXPLORADA PELA AMBIÇÃO OU CUPIDEZ. 

Os judeus, como os outros povos, tinham, nas suas famílias, médiuns videntes que, às vezes, observavam a aparição de um amigo, de um parente e, mesmo, de alguns de seus patriarcas e profetas, pois - não o ignorais - OS ESPÍRITOS PODEM REVESTIR TODAS AS FORMAS. Daí o fato de não ter o Apóstolo Pedro - que era um médium audiente e vidente muito adiantado, muito desenvolvido, e também médium de efeitos físicos - podido reconhecer o Mestre, tomando-o por um fantasma. Ele via em Jesus apenas a aparência inconsistente das aparições que já tinha observado. Só quando o Cristo o segurou pela mão, verificou que era realmente Jesus, pois AINDA NÃO TIVERA ENSEJO DE EXPERIMENTAR A TANGIBILIDADE DAS APARIÇÕES. 

Estando Pedro decidido, pela sua fé, a obedecer a Jesus, ordenou este mentalmente, aos Espíritos que o cercavam - prepostos ao efeito de sustentarem o Apóstolo sobre as ondas - que o sustentassem: assim, pode ele, também, caminhar sobre as águas.
Foi, ainda, obedecendo a uma ordem mental do Mestre, que os mesmos Espíritos deixaram que ele submergisse um pouco, NO MOMENTO EM QUE LHE VOLTAVA A DÚVIDA. 

Não era preciso que Jesus desse a mão a Pedro para que este, caminhando com ele sobre as águas, voltasse à barca: teria bastado o amparo dos Espíritos prepostos à sustentação do Apóstolo. O Cristo, porém, querendo demonstrar a Pedro que era mesmo, o seu Mestre (que ali se achava e o sustentava com o seu poder), lhe estendeu a mão. De fato, assim era, porque - se Jesus não houvesse ordenado - os Espíritos não teriam ajudado o Apóstolo a manter-se em equilíbrio, caminhando pela superfície do mar.

Como dissemos, Pedro era (para nos servirmos de uma expressão consagrada) médium de efeitos físicos, da mais alta categoria. Assim, foi com o auxílio dos fluidos nele existentes que os Espíritos prepostos conseguiram sustentá-lo, de modo a poder caminhar sobre as ondas FOI, TAMBÉM, GRAÇAS A ESSA MEDIUNIDADE QUE ELE CONSEGUIU (AUXILIADO PELOS ESPÍRITOS PREPOSTOS A REALIZAÇÃO DESSE OUTRO FATO) LIBERTAR-SE DAS CORRENTES COM QUE O ATARAM NA PRISÃO (ATOS DOS APÓSTOLOS, XII: 6-7). E QUE DO OUTRO MODO NÃO TERIA EXPLICAÇÃO.

Mas, mesmo, que o Apóstolo não fosse médium de efeitos físicos, nem por isso deixaria de ser sustentado pelos Espíritos prepostos e de caminhar, com o auxílio deles, sobre as águas do mar, JÁ QUE O MESTRE O QUERIA. Desde que essa era a vontade de Jesus, os Espíritos reuniriam em torno de Pedro os fluidos, de que necessitavam para sustentá-lo: o fato se produziria exatamente como se deu. 

Logo que Jesus e Pedro entraram na barca, cessou a ventania. CESSOU PORQUE ASSIM O ORDENOU JESUS MENTALMENTE AOS ESPÍRITOS PREPOSTOS AO GOVERNO DOS VENTOS E DAS ÁGUAS, COMO ACONTECEU COM RELAÇÃO À TEMPESTADE QUE SE DESENCADEOU NO MAR E QUE POR ORDEM DO CRISTO, CESSOU IMEDIATAMENTE FAZENDO-SE GRANDE BONANÇA.

Pois, sempre que, tenhais merecimento, o Mestre aplacará todas as tempestades que ameaçarem as vossas vidas por causa da pregação e da EXEMPLIFICAÇÃO DO NOVO MANDAMENTO DE JESUS!



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