06/01/1970
JESUS, O CRISTO DE DEUS
P - Diz a Igreja de Roma que Jesus é Deus. Qual a orientação do CEU da LBV?
R - É exatamente a mesma do Espírito da Verdade:
- Uns vêem em Jesus, ao mesmo tempo, um homem igual a eles no concernente ao envoltório corporal, isto é, revestido de um corpo material, humano, sujeito à morte como qualquer homem do vosso planeta, concebido e gerado no ventre da Virgem Maria, e O PRÓPRIO DEUS "milagrosamente" encarnado no seio de uma virgem, mercê de concepção e geração por obra do Espírito Santo e, EM RAZÃO DISSO MESMO, como consequência de gravidez e parto por obra do Espírito Santo.
Esses vêem, em Jesus, um Homem-Deus, atribuindo-lhe a divindade, com a declaração de ser ele Deus mesmo, feito homem, mortal como eles próprios; realmente morto no Gólgota, e ressuscitado graças a ter o Espírito novamente entrado num cadáver humano.
Outros vêem, em Jesus, apenas um homem carnal como eles, um homem do planeta Terra, fruto da obra humana de José e Maria, realmente morto no Gólgota e não ressuscitado.
Eis, na era cristã, sob e véu da letra, as duas crenças humanas que sobreviveram a todas as hipóteses, a todos os sistemas, a todas as interpretações, a todas as controvérsias e contradições humanas, e que separam e dividem - em meio à multidão dos que duvidam e pesquisam - aqueles a quem se chamam cristãos ortodoxos e os denominados livres-pensadores.
O que assim é, como tudo o que foi e teve curso, desde o aparecimento de Jesus no mundo, havia de o ser diante e depois das revelações hebraica e messiânica, sob o império da letra - a título transitório - com o fim de preparar e conduzir os homens ao advento do Espírito. Com efeito, as revelações hebraica e messiânica, obra da vontade divina para o progresso da Humanidade, devem ser explicadas segundo o espírito que vivifica, pois não há nada oculto que não seja descoberto, e jamais rejeitadas, porque a letra - que deu os frutos que devia dar - agora mata.
Para o desenvolvimento do Espírito, para a marcha gradativa da Humanidade na via do progresso físico, intelectual e também moral, tudo tem, de acordo com a presciência de Deus, sua razão de ser nas revelações sucessivas e ascensionais. Essas revelações sempre se conformam na medida do que o homem pode compreender sob a influência do meio, preconceitos e tradições, com o nível das inteligências e necessidades de cada época, sendo ministradas a princípio - durante a longa infância da Humanidade - sob a capa do mistério, sob o véu da letra, e depois - nos tempos precursores da sua virilidade - segundo o espírito, isto é, EM ESPÍRITO E VERDADE.
Tudo, de há muito séculos, fora preparado para esse objetivo, mediante a era e a revelação hebraica, como também pelos Espíritos em missão entre os gentios, ou seja, para a vinda de Jesus ao planeta e o desempenho da sua missão terrena.
A revelação hebraica anunciara a vinda do Messias sob duplo aspecto do ponto de vista de sua origem e de sua natureza: a princípio, dando-lhe origem e natureza humana, devendo ele ser póstero de Abraão, pertencer à casa de David; depois, intencionalmente, apresentando-o sob a dúvida, o impreciso, a obscuridade e o véu da letra, com origem e natureza extra-humanas, estranhas às leis de reprodução da Terra, devendo ser concebido e gerado por uma virgem, milagrosamente, com um caráter divino; deveriam os homens cognominá-lo "Emmanuel", isto é, DEUS CONOSCO.
De acordo com as interpretações dadas às profecias, segundo a letra, os judeus aguardavam o Messias predito e prometido, filho de David, tendo-o por um libertador material, chamado a lhes proporcionar a reconquista de sua independência e de sua nacionalidade, e mais ainda - a expansão do seu domínio e do seu império sobre todos os povos e nações do mundo. Mas a verdade começaria a surgir após o desempenho da missão terrena de Jesus. Antes de findo o primeiro século da era nova, aberta pelo Cristo, o Apóstolo Mateus, Marcos (discípulo do Apóstolo Pedro), Lucas (discípulo do Apóstolo Paulo) e o Apóstolo João que haviam reencarnado em missão para esse propósito já tinham escrito os Quatro Evangelhos, sob a influência e inspiração dos Espíritos do Senhor - cada qual em seu gênero e no tempo em que suas palavras deveriam sucessivamente manifestar-se considerando os níveis das inteligências e aspirações daquela época.
Os Evangelhos eram destinados a, reciprocamente, explicar-se e completar-se. E chamados pela vontade de Deus, a conservar e transmitir às gerações futuras, sem interrupção, a grande obra da Revelação Messiânica: eram o código da renovação do mundo, monumento imperecível que, em seu caráter de OBRA DA VERDADE, realizada pela vontade divina, deveria com o passar dos tempos ver cair-lhe aos pés tudo quanto, apócrifo ou falso, se havia de produzir ou ser fruto dos erros humanos; obra que viria a ser a fonte e a regra da fé, a princípio sob o véu da letra, mas depois sob o reinado do Espírito, à luz do Novo Mandamento, na era nova do CRISTIANISMO DO CRISTO.
Agora o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou fosse Deus. Todas as suas palavras, intencionalmente veladas pela letra, ou mesmo não veladas, dispostas a servir à sua época e a preparar o futuro, a construir - pelo espírito que vivifica - base da vindoura revelação, por ele predita e prometida, do Espírito da Verdade, protestam contra a divindade que lhe atribui a casta sacerdotal organizada.
Jesus não é Deus, porque DEUS É UM SÓ, porque não há outro Deus senão o Pai, que é o único e verdadeiro Deus - eterno, imutável, infinito, que cria (não, porém, pela divisão de sua essência), Criador incriado, de quem TUDO E TODOS recebem o ser.
E Jesus não foi um homem carnal como iremos provar na explicação dos Evangelhos harmonizados e unificados pela vontade de Deus.
domingo, 12 de outubro de 2014
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