quarta-feira, 22 de outubro de 2014

17/01/1970 
O AMOR UNIVERSAL

P - Observamos que a Revelação do Novo Mandamento aclara, de modo extraordinário, o entendimento das Sagradas Escrituras. Como o CEU da LBV define a Caridade, como a entendia Jesus?
R - Sem o Novo Mandamento não teria mais sentido as Escrituras, na Era Apocalíptica. Ele é TODA A CARIDADE, porque é o Amor Universal acima de todas as concepções mesquinhas, dos homens e credos sectarizados. Não é só benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições humanas e perdão das ofensas, é como afirma o próprio Cristo: "Ninguém tem maior amor do que este - DAR A SUA PRÓPRIA VIDA PELOS AMIGOS E PELOS INIMIGOS". Esta é a significação real do seu "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei"; esta é a Caridade autêntica do Novo Mandamento, como Quarta e Última Revelação deste fim de ciclo. Aprimora e supera os dois grandes mandamentos da Lei de Moisés: "Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo". Por isso conclui Jesus: QUEM CUMPRE O MEU MANDAMENTO NÃO MORRERÁ MAIS - JÁ PASSOU DA MORTE PARA A VIDA. 

P - Como devemos considerar a esmola?
R - O verdadeiro cristão, que vive a Caridade do Novo Mandamento, vai ao encontro dos caídos na desgraça, sem esperar que lhe estendam a mão. E o faz no cumprimento de um dever, sem esperar recompensa, como ensinou o Mestre: "Que a mão esquerda ignore o que dá a direita". Basta que Deus saiba.

P - É natural o direito de possuir bens de fortuna?
R - Sim, quando isso é feito dentro da Lei Divina, em benefício da Humanidade. Deus Todo-Poderoso tem todos os bens, todas as fortunas do Universo, e distribui tudo com TODOS OS SEUS FILHOS. A estes cabe compreender. 

P - Qual o caráter da propriedade legítima?
R - Só a legítima propriedade que se adquire pela inteligência e pelo trabalho, sem prejuízo de outrem.

P - À parte certos defeitos e vícios, qual o sinal mais característico da imperfeição do homem?
R - O apego extremado às coisas materiais, causado pelo egoísmo sem limites, pelo interesse pessoal exclusivista, tal é a marca da inferioridade do homem.

P - Encontra-se em grau de adiantamento quem faz o bem pelo prazer de amar a Deus e ao próximo, desinteressadamente?
R - Sim, é bem mais evoluído que aquele que faz o bem calculado, não por impulso natural do coração. 

P - Há culpabilidade em estudar e criticar os defeitos alheios?
R - Se isso é feito com objetivo de humilhar a sagrada pessoa humana, há muita culpabilidade. Mas, se isso visa a que outros não caiam nos mesmos erros, pode ser útil. É preciso, porém, muito cuidado, como adverte o Senhor: "Não julgueis, para não serdes julgados". Só mesmo Deus pode julgar a cada um de seus filhos.

P - Pode o homem, pelos seus esforços, vencer suas más inclinações?
R - Sem dúvida, o homem que se dispõe a isso, é sempre ajudado pelos bons Espíritos. Geralmente, o que lhe falta é Boa Vontade.

P - Entre os defeitos, ou imperfeições da alma, qual o que pode ser considerado principal?
R - O egoísmo, a marca inconfundível da ignorância espiritual. Do egoísmo é que provém todos os males. Estudando as imperfeições em geral, vemos que - no fundo de todas elas - reside o egoísmo, sempre incompatível com a Justiça, o Amor e a Caridade.

P - Qual o meio de destruir o egoísmo?
R - O egoísmo diminui com o esclarecimento espiritual, com o predomínio da vida moral sobre a vida material. E desaparecerá com o conhecimento,  que o Espírito da Verdade traz sobre o estado futuro, real, da criatura humana depois da morte, sem as fantasias ou ficções alegóricas, da falsa religião. Desde que sejam bem compreendidas, as Quatro Revelações solucionam os problemas humanos e sociais, fazendo com que o personalismo desapareça na grandeza do conjunto.

P - Quais são as verdadeiras características do homem de Bem?
R - O verdadeiro homem de Bem é o que - com Boa Vontade - pratica as Leis Divinas, vivendo o Novo Mandamento de Jesus. É aquele que, interrogando sua consciência, sente-se desobrigado das más ações, tais como ter violado a Lei de Deus, ter procedido mal, ter deixado de fazer todo o bem possível, ter dado motivo a que se queixem dele e, enfim, ter deixado de fazer aos outros tudo o que desejaria que lhe fizessem. 

 

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