domingo, 26 de outubro de 2014

22/01/1970
LBV É SIMPLIFICAÇÃO

P - Temos lido autores eruditos, que fazem livros difíceis de entender. Exemplo: a distinção entre Alma e Espírito. Qual a orientação do CEU a respeito?
R - A maioria é assim mesmo. Esses autores querem impressionar o público, deslumbrar os leitores com seus conhecimentos. Não pensam, nem de leve, na salvação de tantos que se desviaram do caminho de Deus. Essa diferença entre Espírito e Alma não traz nenhum proveito ao povo, na sua ânsia de entender as Revelações de Jesus. Para os positivistas, a alma está na cabeça do homem, e se reduz às dezoito funções simples do cérebro. Para nós, entretanto, essas faculdades só funcionam quando o Espírito anima o corpo humano,  principalmente a cabeça.

P - Para o CEU, quantos princípios há no homem?
R - Três, a saber: 1 - O corpo, análogo aos dos animais e animado por um princípio vital; 2 - A Alma, ser imortal ou Espírito encarnado no corpo; 3 - O perispírito, laço intermediário que liga a Alma ao corpo, espécie de invóiucro semi-material.

P - Que é Alma?
R - O Espírito que encarnou (ou reencarnou).

P - As Almas e os Espíritos são a mesma coisa?
R - Sim, porque - antes de se unir ao corpo - a Alma era um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível.

P - Que vem a ser a Alma, depois da morte do corpo?
R - Torna-se Espírito.

P - A Alma conserva a individualidade depois da morte?
R - Sim, e não a perde nunca.

P - Como é que a Alma pode manifestar sua individualidade no mundo dos Espíritos?
R - Por meio do seu Perispírito, corpo fluídico, o qual se modifica de acordo com o seu progresso.

P - Que é que a Alma sente no momento da morte?
R - Conforme tiver sido a sua vida, assim ela experimenta uma sensação agradável ou desagradável. Quanto mais pura ela for, tanto melhor compreende a futilidade dos gozos que deixou na Terra.

P - Que sensação tem a Alma, quando se reconhece no mundo espiritual?
R - Depende: se ela praticou o mal, sente-se envergonhada de o ter feito; se praticou o Bem, sente-se aliviada, tranquila e feliz.

P - É dolorosa a separação entre o corpo e a Alma?
R - Não: a Alma sente, apenas, uma perturbação que desaparece pouco a pouco.

P - Todas as Almas experimentam essa perturbação, com a mesma duração e intensidade?
R - Isso depende do seu adiantamento. A Alma, quando já está purificada, se reconhece quase imediatamente, ao passo que as outras conservam, às vezes por muito tempo, a impressão da matéria.

P - O conhecimento do Espiritismo, tal como foi codificado por Allan Kardec, diminuiu o tempo dessa perturbação?
R - Sim, e muito: depois do estudo da Terceira Revelação, o Espírito compreende com antecedência o seu estado. Mas isso não o exime do sofrimento que ele possa merecer. A prática do Bem, produzindo a consciência limpa, influi mais que qualquer conhecimento sobre o estado espiritual.

P - Limitam-se os pais a dar aos filhos um corpo material, ou também lhe transmitem uma parte da sua alma?
R - Os pais lhe dão somente o corpo, pois a alma é indivisível. A prova disso está em que pais analfabetos produzem filhos geniais, enquanto filhos boçais são gerados por pais de talento.

P - Como podemos definir as Almas ou Espíritos?
R - São os seres inteligentes da criação divina, os quais promovem o movimento fora do mundo material.

P - Os Espíritos ocupam uma região determinada, circunscrita no espaço?
R - Eles estão em toda parte. Mas nem todos podem ir onde querem, pois há regiões vedadas aos menos adiantados.

P - Empregam os Espíritos algum tempo em percorrer o espaço?
R - Sim, mas isso é rápido como o pensamento, pois a vontade de um Espírito exerce mais poder sobre o seu corpo fluídico, o Perispírito, do que podia exercer sobre um corpo denso e grosseiro, quando encarnado.

P - A matéria serve de obstáculos aos Espíritos?
R - Não, porque tudo é penetrado por eles: o ar, a terra, a água, até mesmo o fogo, assim como o cristal é penetrável aos raios solares.
 

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