SEGUNDO MANDAMENTO
P – Qual a explicação que o
Centro Espiritual Universalista (CEU da LBV) dá ao Segundo Mandamento da Lei de
Deus?
R – O CEU não deu, não dá
nem dará nenhuma orientação baseada em religiões criadas pelos homens. Por isso
é que afirmou André Luiz: “Jesus segue na vanguarda do nosso movimento”.
Estamos, como toda a Humanidade, desiludidos de “mestres” e chefes religiosos,
por mais inspirados que sejam. O CEU está diretamente subordinado ao Espírito
da Proclamação de 7 de setembro de 1959, quando determinou, por inspiração
divina: “A Religião do Novo Mandamento, cuja orientação universal pertence a
Deus, ao Cristo e ao Espírito Santo, pode ser explicada, mas nunca
regulamentada ou administrada por seres humanos”. Assim, para explicar as
Quatro Revelações, da Gênese ao Apocalipse, damos sempre a palavra ao Espírito
da Verdade. Eis a sua explicação do Segundo Mandamento: “Não farás imagens
esculpidas das coisas que estão em cima, nos céus; nem embaixo, sobre a terra;
nem nas águas, sob a terra. Não te prostrarás diante delas, não as adorarás nem
as servirás, porque eu sou o Eterno, teu Deus, Deus zeloso que puni a
iniqüidade dos pais nos filhos na terceira e na quarta gerações daqueles que me
aborrecem, e que uso de misericórdia na sucessão de mil gerações com os que me
amam e guardam os meus mandamentos”. A unidade de Deus, sendo o princípio
fundamental da fé, teve de ser resguardada pelos teólogos. Nossas palavras
remontam até à origem da crença: todos os que se achavam à frente do culto a
possuíam firme, embora espalhassem outra entre o povo. A idéia da UNIDADE DE
DEUS se perpetuou em todas as idades, no seio de todos os povos, ainda que sem
o caráter de generalidade. Quer dizer: embora não fosse geral, era partilhada
pelos espíritos intelectualmente mais adiantados (se bem que menos virtuosos),
que governavam os povos, quer como sacerdotes, que como filósofos ou sábios. A
proibição de fazerem imitações das coisas criadas não significa, para os
homens, a obrigação de se privarem de tais reproduções: proibiu-se-lhes,
apenas, que se prostrassem diante delas e as servissem, a fim de que a unidade
do princípio criador fosse mantida sempre. Mas os homens, materiais por
natureza, tinham necessidade de representações também materiais para
alimentarem sua fé. Daí a adoração, o culto prestado a representações sem nenhuma
importância, isto é, simulacros colocados nos templos como ornatos.
Transportai-vos ao Templo de Salomão e, nos quatro cantos do altar, vereis
anjos de asas espalmadas, outros voltados para o Oriente, outros para o
Ocidente. A representação artística e simbólica não era interdita:
era-o, apenas, o culto voltado a essas representações. Aqui, entre parênteses,
uma nota do Unificador: esta é a explicação da alínea e do Artigo 2º dos
Estatutos da LBV – “edificar o TEMPLO DA BOA VONTADE com os símbolos de todas
as religiões e filosofias, para demonstrar como se UNIFICAM todas as crenças no
Novo Mandamento de Jesus”. Moisés lembrou aos hebreus o poder de Deus,
apresentando-o como forte e cioso, isto é, sem admitir a partilha de seus
direitos e com a força de os fazer respeitar, mas sem ferir o inocente para
punir o culpado até a terceira e a quarta gerações, nem concedendo graça aos
culpados através de mil gerações, por favor a um justo que houvesse servido de
tronco a essa posteridade. Fraqueza da inteligência humana! Essa punição e essa
misericórdia, verdadeiras monstruosidades se entendidas segundo a letra, são –
segundo o espírito – a expressão sublime da justiça e, ao mesmo tempo, da
bondade infinita de Deus. A explicação e a justificativa de compreender-se aquela
sentença desse duplo ponto de vista, vós as encontrais na Lei da Reencarnação,
que mostra o castigo a cair sempre, de geração em geração, sobre o Espírito
culpado, e a misericórdia de Deus sempre a descer, através das gerações, sobre
o Espírito que se depura e progride para o Bem. Os Espíritos geralmente se
agregam, formando categorias de seres similares. Ora, compreende-se que esposos
culpados atraiam para o seu lar Espíritos pouco adiantados, dispostos a seguir
o caminho que eles trilham; do mesmo modo, os que observam a Lei de Deus, e
cuja posteridade há de ser cada vez mais virtuosa, atraem, de geração em
geração, Espíritos cada vez mais adiantados. Vimos de dizer: “Compreende-se que
esposos culpados atraiam para o seu lar Espíritos pouco adiantados, dispostos a
seguir o caminho que eles trilham”. Efetivamente, isso é bem compreensível.
Antes de tudo, sabeis haver Espíritos que, pouco desejosos de progredir,
procuram os laços de simpatia (seja esta oriunda do Bem, seja do mal) que já os
prenderam; e outros que, embora impulsionados pelo desejo de progredir,
escolhem meios cujas influências perniciosas não podem vencer. Neste último
caso, o Espírito é prevenido dos perigos que correrá, uma vez reencarnado, e da
queda, quase inevitável, que daí lhe resultará. Se persiste, é por sua livre
vontade. Compreendei, de conformidade com esses princípios, a progressão do
castigo e da misericórdia. O castigo se verifica na terceira e na quarta
gerações porque, pouco a pouco, o Espírito se depura, ou por efeito da
encarnação de outros no meio que ele tem preferido, ou por efeito das provações
pelas quais aí passa, repetidamente. Desde que um começo de melhora se faz
sentir nele, o Espírito entra no rumo do progresso, atrai a si companheiros
também mais adiantados e, através de mil gerações, ou muito mais, se vai
mostrando cada vez melhor, até atingir, finalmente, a perfeição. Outra nota do
Unificador: como se vê logo na Primeira Revelação, dada pelo Cristo a Moisés, a
Reencarnação já aparece como a chave de todos os problemas humanos e sociais. É
a prova de que todas as religiões anti-reencarnacionistas estão fora da Lei.
Nenhuma culpa cabe, portanto, ao codificador do Espiritismo.
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