domingo, 19 de outubro de 2014

14/01/1970
ESPÍRITO E VIDA

P - A LBV - principalmente agora com o CEU - já poderia ter editado em livros sua vasta produção, de cunho espiritual tão elevado. Por que não o fez?
R - Porque não autorizei tais edições. Não era chegada a hora. Doravante, sim, pode a LBV pensar no assunto, selecionando O QUE SEJA DIGNO da aprovação de Jesus, em benefício do Brasil e do Mundo. As palavras do Mestre, como ele mesmo afirmou, são Espírito e Vida. Assim as da LBV: depois de vinte anos de lutas, num trabalho de pioneirismo indiscutível, pôde finalmente abrir as portas do CEU, iniciando a gigantesca obra da UNIFICAÇÃO DAS QUATRO REVELAÇÕES DO CRISTO DE DEUS. Estas palavras terão de correr o mundo, nesta Era Apocalíptica, porque são Espírito e Vida, para todo o sempre. A HORA CHEGOU, diz o Espírito da Verdade.

P - O homem tem o direito de cercear a liberdade de consciência?
R - Jamais. Toda coação, nesse sentido, é crime contra a Lei de Deus. Assim, também, o homem não tem o direito de impedir as manifestações do pensamento, desde que visem ao bem de todos: liberdade com responsabilidade, direitos com deveres.

P - É respeitável toda e qualquer crença, embora reconhecidamente falsa?
R - Sim, quando é sincera e conduz à prática do Bem, pois vários são os graus de evolução espiritual. As crenças condenáveis são as que conduzem ao mal. Só o conhecimento da Verdade Total pode e sabe distinguir entre o falso e o correto, o certo e o errado, em todas as crenças de homem ou verdade de cada um.

P - Somos responsáveis por escandalizar, sem motivo, os crentes que não pensam como nós?
R - Sim, porque isso é atentar contra a liberdade de consciência e faltar à Caridade, ensinada e exemplificada pelo Mestre e Senhor.

P - Pelo respeito à liberdade de consciência, devemos permitir que se propaguem doutrinas perniciosas?
R - Nada acontece por acaso. Tais doutrinas cairão por si mesmas, como a casa edificada sobre a areia.

P - Sem atentar contra à liberdade de consciência, podemos atrair ao caminho da Verdade aqueles que se acham desviados por falsos princípios?
R - Podeis e deveis. Isso, porém, deve ser feito de acordo com o exemplo de Jesus, isto é, com Boa Vontade, nunca pela força, que é pior do que a crença daqueles a quem se procura salvar. Se é permitido impor alguma coisa, é o Bem, é a Fraternidade, em suma - o Amor do Novo Mandamento, pela convicção, NUNCA PELA VIOLÊNCIA.

P - Visto julgar-se cada religião A ÚNICA EXPRESSÃO DA VERDADE, como se pode distinguir a que tem o direito de se apresentar como tal?
R - O Cristo ensinou o melhor processo: Conhecereis a árvore pelos seus frutos. A melhor religião (ou doutrina) é a que faz MAIS HOMENS DE BEM, sinceros e não hipócritas, isto é: a que vive o Novo Mandamento de Jesus, a Lei do Amor e da Caridade, em toda sua extensão, em sua aplicação mais elevada. Toda doutrina que produzir, em suas consequências, a desunião, o ódio fratricida, estabelecendo demarcação entre os homens, não pode deixar de ser falsa e perniciosa. É doutrina de homens e maus Espíritos: NÃO É DE JESUS, NÃO É DE DEUS.

P - De onde nasce o desejo de perpetuar com monumentos fúnebres a mémória dos seres que abandonaram a Terra?
R - É o último ato do orgulho humano, gerado pelas convenções sociais. Não se deve, porém, atribuir aos que partilham essa responsabilidade: pode ser iniciativa dos parentes, que se querem vangloriar ainda na morte. Nem sempre se fazem tais demonstrações por consideração ao morto: elas também se dão por amor próprio, por alarde das riquezas dos que ficam. Poderão esses belos monumentos salvar do esquecimento aqueles que foram inúteis na Terra?

P - Devemos, então, reprovar de modo absoluto a pompa dos funerais?
R - Não, pois isso se torna justo e exemplar, desde que seja feito em memória de um homem de bem, que haja dedicado sua vida ao progresso e à liberdade das criaturas humanas.

P - Qual é a base da justiça fundada na Lei Natural ou Lei Divina?
R - Para os cristãos, o Novo Mandamento. Para todos os outros, a Regra Áurea: "Fazei aos homens, o que quereis que eles vos façam".

P - Impõem-lhe obrigações particulares a necessidade, que o homem tem, de viver em sociedade?
R - Evidente. A primeira de todas é respeitar os direitos de seus semelhantes. Quem respeitar esses direitos será sempre justo.

P - Qual é o primeiro de todos os direitos naturais do homem?
R - O direito à vida.

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