quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

 

OS 10 MANDAMENTOS

 

P – O Centro Espiritual Universalista (CEU da LBV) adota os Dez Mandamentos, exatamente como se acham no Pentateuco de Moisés, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada. Como a LBV interpreta o Decálogo, a chamada Lei de Deus?

 

R – A LBV não segue as religiões criadas pelos homens. Portanto, vamos dar a palavra aos Evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: Deus não se comunica diretamente com os homens. Entretanto, segundo o modo de ver dos hebreus, era o próprio Deus quem falava a Moisés e era preciso que assim fosse. Espírito elevado, em relação ao povo que dirigia; médium, em certas circunstâncias, vidente, audiente, ou inspirado, e também de efeitos físicos, de acordo com os casos e necessidades da sua missão, Moisés viu-se obrigado a cercar-se de todo mistério e pompas que os impressionassem, para dar força e valor aos Mandamentos que impunha aos hebreus, para lhes gravar na memória e no coração as ordenações e os estatutos que lhes eram indispensáveis naquela época; obrigado a empregar fórmulas capazes de lhes infundir respeito. Seu Espírito revestiu as três personalidades terrenas conhecidas pelos nomes de Moisés, Elias e João, filho de Zacarias e Isabel, e desempenhou as três missões correspondentes a essas individualidades. Vamos, agora, explicar-vos o Decálogo em Espírito e Verdade. Vamos dar uma explicação não restrita aos hebreus e aos chamados “cristãos”, mas geral, passível de aplicar-se a todos os povos e a todas as épocas. Diz a Escritura: “Então, fez Deus que se ouvissem estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus que te salvou do Egito da casa da servidão”. Deus, o Criador de tudo o que é, tirou do nada o Espírito (explicaremos, a seguir, o sentido que deveis atribuir a essas palavras tomada à linguagem humana), para lhe dar o ser, o pensamento, a personalidade. Foi por sua vontade onipotente que o homem saiu das faixas da matéria, para ensaiar seus primeiros passos na senda espiritual. Foi o Senhor quem lhe mostrou o caminho que o salva da escravidão do pecado, iluminando-o com o facho da Verdade. Falando do Espírito, dissemos que Deus o tirou do nada, para lhe dar o ser, o pensamento, a personalidade. O nada, na acepção humana em que empregais esse termo, não existe, é coisa sem sentido, do ponto de vista correlativo de Deus e da Criação. O nada, para o Espírito, é a inconsciência do ser. Assim, o princípio espiritual contido nos minerais e nos vegetais está no nada, com relação ao seu ser. O nada da matéria propriamente dita é a volatilização dos princípios materiais, que devem aglomerar-se para constituir – quer os corpos, quer os planetas. É assim que foi explicado haver Deus feito sair do nada, do caos, o mundo que habitais; foi porque Ele constituiu em um corpo as moléculas esparsas na imensidade. Povos da Terra, levantai os olhos! A “coluna luminosa” que vos há de guiar para fora da servidão, que vos há de conduzir à Pátria da Liberdade, ainda se move à vossa frente. O Espírito da Verdade acendeu o farol em que devem concentrar-se os vossos olhares. Caminhai, caminhai sem descanso, pois tendes de chegar à Terra Prometida, onde correm o leite e o mel da palavra de paz e de amor a Deus.

 

 

 

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