sábado, 30 de maio de 2015


14/10/970
CILADA, PERDÃO E GRAÇA

P - No ponto em estudo, há uma coisa que merece explicação: o fato de uma pecadora conhecida entrar na sala do festim, na casa do fariseu. Que explicação nos oferece, a respeito, o Espírito da Verdade?

R - A pergunta é oportuna e podeis formular esta outra: - Como veio a Simão a ideia de convidar Jesus para entrar na sua casa e sentar-se a sua mesa? Há que O FARISEU QUERIA SONDAR O MESTRE PARA DESCOBRIR NELE O PONTO VULNERÁVEL. Só se aproximando de Jesus podia esperar consegui-lo. 

Mesmo a introdução de Maria, naquela sala, era uma cilada. De outra forma ela não teria podido entrar lá, do mesmo modo que, sem a vossa autorização, uma "desclassificada" não entrará em vossas casas. Dirigindo a Simão as palavras dos versículos 43 a 46, referentes aos devedores, o Mestre estabeleceu uma comparação toda material, para ser compreendido por um homem material. 

Os fariseus não só eram orgulhosos, como também avarentos e cúpidos. O exemplo que Jesus figurou não podia, portanto, deixar de ser apreciado e compreendido por um espírito dessa natureza. Sim, aquele a quem mais se perdoa será certamente, o mais reconhecido. Todavia, o perdão não é concedido sem ser suplicado; e as súplicas devem ser fervorosas e reiteradas, pois O SENHOR NÃO SALDA AS DÍVIDAS DE QUEM SE MOSTRE PROPENSO A CONTRAIR OUTRAS. ELE O FAZ SOMENTE ÀQUELE QUE SEJA CAPAZ, NO FUTURO, DE MANTER-SE SEM DESVIO NO CAMINHO RETO.

Jesus, com o que disse ao fariseu (vs. 44 a 47), apontando para a mulher, aludia respectivamente ao sentimento dele e dela: lendo o pensamento de Simão, conhecia a razão do "acolhimento" que este lhe dispensara. Falou, então, à mulher: "Teus pecados estão perdoados" (v. 48). A GRAÇA NÃO É O QUE A IGREJA HUMANA FORJOU. No caso da pecadora, havia remorso sincero e profundo.  Seguir-se-ia a reparação, que não lhe seria duramente imposta, como sucede quando se trata de culpados endurecidos, mas UMA REPARAÇÃO FEITA COM ALEGRIA E FELICIDADE, visando a alcançar o progresso, que deixara de realizar, e entrar de novo em graça perante o Amor do Pai.

Disse, ainda, Jesus: "Vai-te em paz; tua fé te salvou." A FÉ QUE ELA TIVERA NO CRISTO LHE ABRIRIA OS OLHOS PARA O SEU MAU PROCEDER. A comparação entre a vida sem mácula do Mestre e os excessos inumeráveis da sua própria vida de pecadora foi o que a impressionou e impeliu a vir suplicar o perdão de suas faltas, AOS PÉS DAQUELE QUE ELA CONSIDERAVA O ENVIADO CELESTE.

Nas suas interpretações, os homens se equivocaram completamente quanto ao sentido destas palavras de Jesus ao fariseu Simão: "Eu te declaro que muitos pecados lhe são perdoados porque muito amou". Dizendo de Maria que muito lhe era perdoado por haver amado muito, o Mestre não entrava em nenhuma das considerações a quem lhe deram motivo, humanas interpretações. O AMOR QUE ELE FALAVA ERA O AMOR CONSIDERADO DO PONTO DE VISTA DA CARIDADE.

Embora mulher de vida dissoluta, Maria tinha um coração sensível às misérias de seus semelhantes. De natureza fraca e impressionável, sua existência depravada era mesma devida AO EXCESSO DO SEU AMOR À FAMÍLIA, COM A QUAL REPARTIA, EM LARGA ESCALA, O PRODUTO DO SEU VERGONHOSO COMÉRCIO. Grande era a sua caridade para com outros: jamais um infortúnio apelara em vão para a sua piedade. Sua própria queda foi um ATO DE DEVOTAMENTO. 

Aí tendes o que não vos tinham dito; aí tendes, ainda, o que será encarado como estímulo ao vício sob o pretexto de devotamento a pais pobres; aí tendes, todavia, a fonte de tantos vícios que repelis com horror quando muitas vezes, um conselho e um socorro fariam o que fizeram as santas palavras do Mestre. Espírito fraco, Maria quisera lutar contra a sua fraqueza; quisera, sim, o combate excessivamente rude. Sucumbiu, a princípio, mas se levantou mais forte e mais valorosa. NÃO AOS OLHOS DOS HOMENS, QUE NADA PERDOAM, TENDO ELES TANTA NECESSIDADE DE PERDÃO, MAS AOS OLHOS DAQUELE QUE SONDA OS CORAÇÕES E AS ENTRANHAS, E PARA QUEM O PENSAMENTO CULPOSO E OCULTO EQUIVALE AO ATO CONSUMADO!



sexta-feira, 29 de maio de 2015


13/10/1970
A PECADORA E O FARISEU

P - Uma das componentes do nosso Posto Familiar pergunta qual a verdadeira interpretação da passagem da pecadora que banhou de lágrimas os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos, na casa do fariseu Simão. Como a interpreta o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?

R - Trata-se de Lucas, VII: 36-50.

         36 - Tendo um fariseu pedido a Jesus que fosse comer
         em sua casa, ele foi e tomou lugar à sua mesa. 37 – Lo-
         go uma pecadora da cidade, sabendo que Jesus estava
         na casa do fariseu, aí  veio  ter,  trazendo  um  vaso  de
         alabastro cheio de bálsamo;    38 - e, colocando-se por
         trás dele, se pôs  a  banhar-lhe  de  lágrimas  os  pés,  e
         enxugá-los    com seus cabelos,  ao mesmo  tempo  que
         os beijava    e os ungia com o bálsamo. 39 - Vendo isso,
         o fariseu disse de si para si: "Se este homem fosse pro-
         feta, saberia quem é a mulher que o toca,  pois  é  uma
         pecadora!" 40 - Jesus, então, lhe  disse:  "Simão, tenho
         alguma coisa a te dizer".  Ao que ele respondeu: "Mes-
         tre, fala". 41 - Jesus falou: "Um credor tinha dois deve-
         dores; um lhe devia quinhentos denários e  outro  cin-
         quenta. 42 - Como não  tivessem com que pagar, o cre-
         dor perdoou as dívidas  a  ambos.   Qual  dos  dois,  em
         consequência, mais o estimará?"     43 - Simão respon-
         deu: "Creio que aquele a quem mais perdoou".     Jesus
         replicou: “Julgaste bem, Simão".       44 - E, voltando-se
         para a mulher, disse ainda ao  fariseu:     "Vês esta  um
         lher?  Entrei  na  tua casa e não me deste água para la-
         var os pés, enquanto  ela  ao  contrário,  banhou  meus
         pés com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos.
         45 - Não me deste ósculo;  ela,  entretanto,  desde  que
         entrou, não cessa de me beijar os pés. 46 - Não me un-
         giste a cabeça com bálsamo, ao passo que ela me unge
         com bálsamo os pés.       47 - Por isso eu te declaro que
         muitos pecados lhes são perdoados, porque ela muito
         amou. Aquele a quem menos  se  perdoa  menos ama".
         48 - E disse à mulher: "Teus pecados estão perdoados".
         49 - Os que com ele estavam à mesa, na casa de Simão,
          começaram a dizer entre si: "Quem é este, que até per-
         doa pecados?"      50 - Mas Jesus disse à mulher: "Vai-te
         em paz; tua fé te salvou".

O fato aqui referido constitui UM EXEMPLO DA IMPORTÂNCIA QUE O ARREPENDIMENTO REPRESENTA SOBRE OS DESTINOS HUMANOS. Não por haver banhado os pés de Jesus com o bálsamo e com lágrimas obtém a pecadora o perdão, mas porque esse gesto era a consequência do pesar, sincero e profundo, que lhe causavam suas faltas, e por serem imensas sua esperança e sua fé naquele diante de quem se prosternava.

Mulher de costumes livres, que vendia o corpo, ela - no esplendor da sua beleza - se humilhava, enxugando com os cabelos aqueles pés que o seu arrependimento banhava de lágrimas. Ela, que era vaidosa dos seus encantos, SACRIFICAVA AO ARREPENDIMENTO OS PERFUMES QUE SERVIAM PARA TORNÁ-LA MAIS SEDUTORA E PARA - PELO AROMA PENETRANTE - EXCITAR OS DESEJOS DOS QUE PAGAVAM SUAS CARÍCIAS. ESSES PERFUMES, ELEMENTOS DAS SUAS ORGIAS, SE SANTIFICAVAM AO CONTATO COM O SANTO DOS SANTOS. E a pecadora se limpava das suas faltas pela satisfação com que se separava desses objetos de luxo, os únicos que possuía. Renunciava, assim, ao seu passado de desordens e fazia sinceras promessas de reparação no futuro.

Não zombeis, portanto, da pecadora aos pés do Cristo. Ao contrário, imitando-a, vinde todos - TODOS, SEM EXCEÇÃO - derramar na fronte do Mestre os inebriantes perfumes que vos perdem, e ouvireis de sua boca palavras de paz, consolação e amor. A JESUS, E SOMENTE A JESUS, O PAI ONIPOTENTE DEU O PODER DE LIGAR E DESLIGAR NA TERRA E NO CÉU. Os Apóstolos lhe obedeciam, eram os instrumentos que ele escolhera, e operavam guiados pelos Espíritos Superiores, quando também ligavam e desligavam na terra e no céu.





quinta-feira, 28 de maio de 2015


11/10/1970
COMER E BEBER

P - Muitos acham contradição entre os hábitos de Jesus e de João, o Batista, com referência ao "comer e beber". Que diz a isso o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?

R - Nenhuma "contradição". Tudo certo e perfeito, segundo os superiores desígnios do Alto. João vivia afastado dos homens, porque assim o exigia sua missão. Sua grande sobriedade espantava os judeus, que sacrificavam o que lhes fosse possível a satisfação dos apetites materiais. Por isso, a vida de insulamento, de contemplação, de toda sorte de continência, que o Batista se impusera, causava surpresa ao povo, E COMO NÃO PUDESSEM COMPREENDER QUE UM HOMEM, VOLUNTARIAMENTE, SE SUBMETESSE A TAL EXISTÊNCIA, TINHAM-NO POR VÍTIMA DE POSSESSÃO QUE O IMPELIA PARA O DESERTO, A VIVER FORA DE TODAS AS LEIS ESTABELECIDAS.

João, porém, assim procedendo, cumpria exatamente sua missão de Precursor, dando o ensinamento e o exemplo da penitência, que tinha por símbolo o batismo às margens do Jordão, sendo a sua palavra o meio de os homens se prepararem para entrar no CAMINHO DO SENHOR.

Ao contrário de João, Jesus tinha de viver no meio dos homens, a fim de mostrar a todos O QUE É PRATICAR O AMOR E A CARIDADE. Vulgarizava, por assim dizer, as virtudes que pregava, para torná-las mais compreensíveis. Incorporava-se às classes desprezadas, para mostrar aos orgulhosos que O PRIMORDIAL DEVER DO HOMEM É DISPENSAR ASSISTÊNCIA, PRIMEIRO, AOS QUE ESTÃO (OU QUE ELE JULGA ESTAREM) ABAIXO DE SI. 

Sentava-se, diante dos homens, à mesa do pobre, para que este aprendesse a descobrir o verdadeiro sabor do seu pão. Dormia (como todos supunham) sob o teto do portageiro, para lhe dar a sentir A CALMA QUE RESULTA DA PUREZA DE CONSCIÊNCIA. Navegava com os pescadores, a fim de lhes incutir o desprezo à morte, tendo por fundamento a Fé e a Eternidade. "Vivia" a vida do homem na companhia do homem, mas não ao lado do orgulhoso, razão pela qual os orgulhosos o acusavam de se comprazer nos "centros objetos" da sociedade de então.

Porventura, terão mudado os homens, que dizem - com Jesus - que ele não veio curar os que gozam saúde, nem salvar os que não se perderam, nem dar ainda coragem aos que não desesperam? Mudaram, porventura, os homens?

Cristãos do Novo Mandamento, fazei como Jesus, sem vos preocupardes com os orgulhosos escribas e fariseus do vosso tempo! Como não podeis viver na solidão, como o Precursor, procurai seguir sempre o exemplo de Jesus: COMEI E BEBEI, COMO O CRISTO, À MESA DO POBRE, DO DESPREZADO, DO RÉPROBO, PORQUE ASSIM PODEREIS DAR-LHE O ALIMENTO QUE O SUSTENTARÁ PARA SEMPRE: O PÃO DA VIDA QUE NUTRE A ALMA, CLAREIA A INTELIGÊNCIA E PURIFICA O CORAÇÃO!




quarta-feira, 27 de maio de 2015


10/10/1970
JOÃO E JESUS INCOMPREENDIDOS

P - Jesus censurou os judeus por que não souberam compreender o Cristo e o seu Precursor. Como o Espírito da Verdade nos explica essas palavras do Mestre?

R - Harmonizemos Mateus, XI: 16-19 e Lucas, VII: 31-35.

         Mateus: 16 - Com que hei de comparar esta geração?
         Ela se assemelha a crianças que,  sentadas  na  praça
         pública e aos gritos, 17 - dizem aos seus companhei-
         ros:    "Tocamos flauta para vós outros e não danças-
         tes! Entoamos lamentações e não chorastes!"      18 –
         Pois veio João e, porque não come nem bebe, dizem:
         "Está possesso do demônio!" 19 - Veio o Filho do Ho-
         mem e, porque come e bebe, dizem:   "Ali está um co-
         milão e um bebedor de vinho, amigo  dos publicanos
         e pecadores!"   Todavia, a sabedoria é justificada por
         seus filhos. 

         Lucas: 31 - Disse o Senhor:  "Com que poderei compa-
         rar  os  homens  desta  geração?   A  quem  se  asseme-
         lham?    32 - Assemelham-se a meninos que, sentados
         na praça  e  falando  uns  para  com os  outros, dizem:
         "Tocamos flauta para vós e não dançastes! Nós nos la-
         mentamos e não chorastes!"    33 - João Batista veio e,
         porque não come pão nem bebe vinho, dizeis: "Ele es-
         tá possesso do demônio!" 34 - O Filho do Homem veio
         e, porque come e bebe, dizeis: "É um comilão e beber-
         raz, amigo dos publicanos e dos pecadores!"  35 - Mas
         a sabedoria é justificada por todos os seus filhos. 

Nesta linguagem, apropriada à capacidade intelectual daqueles que o ouviam, Jesus fazia ver aos homens que suas inteligências rebeldes recusavam todos os testemunhos, quaisquer que fossem, procurando para o que observavam UMA RAZÃO DE SER ESTRANHA À BONDADE DE DEUS, não se rendendo nem à evidência dos fatos. 

E completava: "Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos". Já estas palavras visavam ao futuro: OS QUE VIRAM NÃO COMPREENDERAM; COM O CORRER DOS SÉCULOS, OS ESPÍRITOS SE DESENVOLVERAM E, HOJE, VÓS AS COMPREENDEIS.

Sábios, filhos de Jesus, são os que compreendem as verdades que os cegos negaram.





terça-feira, 26 de maio de 2015

09/10/1970
ELIAS DE NOVO NA TERRA

P - Já sabemos que João era o "Elias que há de vir", conforme às Sagradas Escrituras. Mas que diz o Espírito da Verdade sobre a "futura missão" de Elias?

R - Disse o Mestre: "Se quiserdes compreender, João é o Elias que há de vir". E concluiu, dizendo: "Ouçam os que têm ouvidos de ouvir", Ele o fez para chamar a atenção, tanto dos homens daquele tempo como dos homens do futuro, para as palavras que acabava de proferir, AS QUAIS ENCERRAVAM UM SENTIDO OCULTO, pois o Elias que havia de vir já viera. 

Sabeis que Jesus tinha a presciência do futuro: TODOS OS SÉCULOS VINDOUROS SE LHE PATENTEAVAM AOS OLHOS. Essas palavras, portanto, devem hoje prender-vos a atenção, tal como sucedeu na época em que foram ditas: CUMPRE QUE CONCLUAM A OBRA TODOS AQUELES QUE A COMEÇARAM.

Assim, não acrediteis que, terminada a sua missão terrena, como Precursor do Cristo, João tenha deixado de trabalhar pelo progresso da Terra. Na condição de Espírito, ele continuou a cumprir sua missão. Neste momento, quando se prepara a volta de Jesus ao vosso mundo, escutai as palavras de Elias, que novamente clama aos povos, dizendo: "Arrependei-vos! Aproxima-se a hora do julgamento, e a morte pode surpreender-vos e entregar os Espíritos culpados à expiação na erraticidade e, depois, as penas e angústias da reencarnação!

Não vem longe o instante em que a Terra passará pelo cadinho da depuração, em que OS MAUS SERÃO SEPARADOS DOS BONS; O INSTANTE EM QUE OS ESPÍRITOS CULPADOS E REBELDES, VOLUNTARIAMENTE CEGOS, SERÃO DEPORTADOS PARA OS MUNDOS INFERIORES, ONDE TERÃO DE EXPIAR A SUA REBELDIA DURANTE LONGOS SÉCULOS!

ORAI E VIGIAI, PARA NÃO SERDES SURPREENDIDOS; PURIFICAI-VOS PORQUE, EMBORA USURPADORES DESEJEM PENETRAR NA MORADA CELESTE, SÓ OS ELEITOS SERÃO ALI RECEBIDOS. E TODOS VÓS SOIS DESTINADOS A FIGURAR ENTRE OS ELEITOS, OS QUE TAL SE TORNAREM PELO SEU MERECIMENTO!" 

Ouçam os que têm ouvidos de ouvir: Moisés - Elias - João, o Precursor, revive no meio de vós. Sua presença assinala imenso progresso, tanto no terreno espiritual quanto no moral e intelectual científico. Sua missão é a do AMOR UNIVERSAL, CONSEQUÊNCIA DO NOVO MANDAMENTO QUE O CRISTO VOS LEGOU, A QUASE DOIS MIL ANOS.

Os tempos chegaram, com as clarinadas imortais do Apocalipse! Breve, também tereis na Terra os casos de aparição IDÊNTICOS AO DA APARIÇÃO DE JESUS, ISTO É, POR INCORPORAÇÃO PURAMENTE PERISPIRÍTICA, MEDIANTE O REVESTIMENTO DE UM PERISPÍRITO TANGÍVEL COM A APARÊNCIA DO CORPO HUMANO! COMO VOS DIZ A PALAVRA DE DEUS: O CRISTO VOLTARÁ COM OS SEUS ANJOS!



segunda-feira, 25 de maio de 2015


08/10/1970
A VIOLÊNCIA E O REINO DOS CÉUS

P - Anotamos, no ponto em exame, estas palavras do Mestre: "Desde os dias de João até ao presente, o Reino de Deus sofre violência, e os violentos o arrebatam". Que sentido dá o Espírito da Verdade a essas palavras profundas?

R - Esta afirmação do Mestre encerrava uma figura, destinada a fazer sentir os judeus que OS QUE PRETENDIAM SER OS ÚNICOS A ALCANÇAR O REINO DE DEUS ERAM INCAPAZES DE ENTRAR NELE. 

Tais palavras, repetimos, foram empregadas figuradamente, porquanto o Espírito culpado jamais gozou, nem gozará jamais,  da felicidade celeste, ENQUANTO NÃO SE HOUVER TRANSFORMADO, VENCENDO O MAL COM O BEM. 

E "os violentos o arrebatam", acrescentava Jesus, porque os escribas e os fariseus entendiam que só eles alcançavam a Paz do Senhor, PRATICANDO OSTENSIVAMENTE A LEI QUE VIOLAVAM COM O CORAÇÃO. Alardeando a posse de todas as graças de Deus, com requintes de hipocrisia, não arrebatavam eles, AOS OLHOS DA MULTIDÃO IGNORANTE, a morada eterna?

Na verdade, AOS OLHOS DE DEUS, não havia da parte deles nenhum esforço, nenhuma tentativa, nenhum merecimento para tamanha pretensão, eram o que são os inquisidores de todos os tempos supostos herdeiros do Cristo e do Cristianismo. Eram o que são os vossos "filósofos", os vossos "espíritos fortes", os vossos "crentes" que interiormente em nada creem. CEGAVAM A MASSA POPULAR, CHAMAVAM A SI AS HORAS E OS PROVEITOS, E AINDA USURPAVAM, À VISTA DAQUELES POBRES CEGOS, A FELICIDADE E A PAZ DO CÉU.

Mas continua Jesus: "Pois, até João, todos os profetas e a lei profetizaram". E ninguém escutou as profecias; ninguém procurou, verdadeiramente, conquistar a morada celeste, MAS TODOS (PELO PENSAMENTO) A USURPARAM. O "Elias tem de vir" realmente veio: João, o Batista.

Os publicanos constituíam a classe dos empregados subalternos que, obedecendo aos chefes da Sinagoga, arrecadavam os impostos; desempenhavam, portanto, funções que sempre despertavam a animosidade popular. Eram como os mais humildes: receberam com o povo a palavra de João e, por consequência, o batismo da penitência. MAS OS FARISEUS ERAM OS SECTÁRIOS ORGULHOSOS, QUE CUMPRIAM AS MAIS DIFÍCEIS PRESCRIÇÕES DE MOISÉS COM O FIM EXCLUSIVO DE DEMONSTRAR A SUA PERMANÊNCIA, E, NA SUA "SUPERIORIDADE", IGNORAVAM QUE JOÃO ERA O PRÓPRIO MOISÉS REENCARNADO, PARA CONTINUAR SUA MISSÃO.

Os doutores da lei eram os que preparavam e punham sobre os ombros de seus irmãos - como advertiu Jesus - os fardos que eles mesmos não ousariam tocar com o dedo. Os escribas e os fariseus, acastelados no seu orgulho, rejeitaram a palavra e o batismo de João, repelindo os desígnios de Deus para com eles próprios, desprezando a ocasião de entrarem no Reino do Céu: o batismo era um emblema ou um símbolo, mas a palavra de João era o meio. Daí a sentença do Redentor: "A lei e os profetas duraram até João; a partir de então, o Reino de Deus é pregado aos homens e cada um lhe faz violência".

 Violência inútil já o sabeis; cada um lhe faz violência (linguagem figurada) no sentido de que NINGUÉM SE APLICA A FAZER O QUE DEVE PARA ALCANÇÁ-LO, COMO AQUELES DE QUEM QUEM JESUS FALAVA, AINDA EM VOSSOS DIAS CADA UM DELES TRABALHA POR CRIAR PARA SI MESMO O REINO DA TERRA E FORÇAR O REINO DO CÉU, ISTO É, FAZ DA HIPOCRISIA OU DO ANÁTEMA UM MEIO DE CONQUISTÁ-LO, MAS NENHUM PROCURA PENETRAR NELE PARA LÁ SE MANTER, DENTRO DA LEI DIVINA.

domingo, 24 de maio de 2015

07/10/1970
JOÃO ESPÍRITO E JOÃO HOMEM

P - No ponto em estudo, Jesus afirma: "Em verdade vos digo que nenhum dos nascidos de ventre de mulher foi maior do que João Batista; entretanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele". Como o Espírito da Verdade explica esta assertiva do Mestre?

R - Falando desse modo, Jesus procurava impressionar fortemente os homens atrasados a quem se dirigia. Apresentando-lhes João, que tão grande era na Terra, como inferior ao que fosse o menor no Reino dos Céus, intentava desenvolver naqueles homens a aspiração por esse reino e o desejo de alcançá-lo, ouvindo e guardando as palavras do Precursor e as suas próprias palavras, seguindo os caminhos que ambos traçaram: A DIFERENÇA ESTABELECIDA POR JESUS ENTRE JOÃO HOMEM E JOÃO ESPÍRITO DIZIA RESPEITO AOS ENTRAVES DA MATÉRIA.

Por mais elevado que seja, o Espírito sofre sempre a influência do corpo que o constrange. Mas, por isso mesmo, o Senhor não se serve de uma só medida, como faz a Humanidade, para julgar os atos de seus filhos. Quantas vezes o homem anatematiza seu irmão, por faltas derivadas da organização da máquina, E FECHA OS OLHOS ÀS FALTAS GRAVES PROVENIENTES DE DESVIOS DO ESPÍRITO. 

João humanizado era naturalmente menor do que João Espírito. E Jesus, comparando-o ao menor no Reino dos Céus, queria que o homem compreendesse a DIFERENÇA QUE EXISTE ENTRE O ESPÍRITO LIVRE DE ENTRAVES E O ESPÍRITO APRISIONADO NO CORPO. ALÉM DISSO, AFIRMAVA INDIRETAMENTE (SOB O VÉU QUE SÓ A NOVA REVELAÇÃO PODERIA LEVANTAR) SER SUPERIOR A JOÃO, PORQUE ELE - JESUS - NÃO NASCERA DE VENTRE DE MULHER. 

E isso constitui a prova definitiva do que ensinamos a respeito da origem do Cristo e da virgindade de Maria Santíssima.




sábado, 23 de maio de 2015


06/10/1970
A MISSÃO DO PRECURSOR DE JESUS

P - As palavras de Jesus sobre a figura de João, o Batista, são realmente consagradoras. Qual, segundo o Cristo de Deus, a missão do Precursor, na análise do Espírito da Verdade?

R - Antes vamos harmonizar: Mateus, XI: 7-15, Lucas, VII: 24-30,  e XVI: 16.

         Mateus: 7 - Logo que eles se foram embora, começou
         Jesus a falar de João, dirigindo-se ao povo nestes ter-
         mos:  "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado
         pelo vento? 8 - Que é que fostes ver? Um homem ves-
         tido de roupas finas? Na casa dos reis é que vivem os
         que se vestem assim. 9 - Que é que, então, fostes ver?
         Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais que profeta;  10
         - porquanto dele é que está escrito:   Eis que envio na
         tua frente o meu anjo, que vai preparar-te o caminho.
         11 - Em    verdade vos digo: nenhum dos nascidos  de
         ventre de mulher é maior do que João Batista,  mas o
         menor no Reino de Deus é maior do que ele.         12 –
         Desde os dias de João até o presente, o reino dos céus
         sofre violência e os violentos os arrebatam;  13 - pois,
         até João, todos os profetas e a lei profetizaram; e,   14
         - se quereis saber, ele é Elias que há de vir.  15 – Ouça
         quem tiver ouvidos de ouvir."

         Lucas: 24 - Logo que foram  os mensageiros  de   João,
         entrou Jesus a falar dele à multidão, dizendo:  "Que é
         que fostes ver no  deserto?   Um  caniço  agitado  pelo
         vento?       25 - Pergunto: que é que fostes ver? Um ho-
         mem trajando roupas finas? Na casa dos reis é que se
         encontram os que  se  vestem  magnificamente,  e  vi-
         vem nas suas delícias.      26 - Que é, então, que fostes
         ver?  Um profeta?    Sim,  certamente,  e  eu  vos  digo:
         mais do que profeta.     27 - Porque de João é que está
         escrito: Eis que, na tua frente, envio o meu anjo, para
         te preparar o caminho adiante de ti.      28 - E por isso
         eu vos digo que, dentre  os  nascidos  de  mulher,  ne-
         nhum ainda houve maior do que o Batista; mas o me-
         nor no Reino de Deus é maior do que ele."   29 - Todo
         o povo, e os publicanos que  o ouviram,  se  submete-
         ram aos desígnios de Deus recebendo  o  batismo  de
         João. 30 - Mas os escribas e os doutores da lei despre-
         zaram os desígnios de Deus para com eles, não se   fa-
         zendo batizar por João. XVI:      16 - A lei e os profetas-
         duraram  até  João,  desde  então,  o  Reino  de  Deus  é
         pregado aos homens e cada um lhe faz violência.

Falando de João nesses termos, Jesus dava testemunho da missão que o Precursor viera desempenhar, assim como anunciava A NOVA E FUTURA MISSÃO QUE ELE DESEMPENHARIA, e lançava a pedra fundamental em que assentaria o edifício da regeneração da Humanidade.

A época do aparecimento de Jesus na Terra, sob a forma corporal humana, vos é indicada como sendo a base do progresso que nas ideias se havia de produzir. E elas se elevaram, lentamente, é verdade, mas o bastante para se despojarem do envoltório material que as constrangia. E tendem a elevar-se, cada vez mais, para às regiões espirituais. O ACABAMENTO DESSA GRANDE EMPRESA, A CONTINUAÇÃO DA OBRA DE JESUS, EIS A TAREFA QUE NÓS DESEMPENHAMOS, SOB AS VISTAS E A DIREÇÃO DO MESTRE.

Referindo-se ao Precursor, disse Jesus à multidão: "Fostes ver um profeta? Sim, e mais do que profeta, porque dele é que está escrito: ENVIO À TUA FRENTE O MEU ANJO, PARA TE PREPARAR O CAMINHO." Jesus se exprimiu assim porque João, Espírito adiantado, já atingira um grau de elevação mais alto do que os dos profetas. Contai os séculos de trabalho e de saber, decorridos depois da existência de Elias, e entendeis que, comparando os profetas, nas diversas épocas em que apareceram, COM ELIAS REENCARNANDO COMO PRECURSOR DO CRISTO, Jesus mostrava a longa trilha de progresso que fora percorrida.  Hoje, ELIAS, É MUITO MAIS AINDA QUE O ELIAS DOS HEBREUS. 

Ao cumprir a sua derradeira missão, encerrando sua passagem pela Terra, maior ainda será, não sob o aspecto da austeridade dos costumes e do Espírito, mas sob o aspecto do poder e da ciência. NADA HÁ IMUTÁVEL NA CRIAÇÃO: O PROGRESSO MORAL SÓ PODE PARAR NO SEIO DE DEUS. Ele prossegue sempre, até ao instante em que atinge, aos pés do Eterno, os últimos limites da perfeição moral.

QUANTO AO PROGRESSO EM CIÊNCIA UNIVERSAL, ESTE É INDEFINIDO: PARA O ESPÍRITO QUE SE TORNOU PERFEITO, VEM ELE DIRETAMENTE DE DEUS A QUEM, TODAVIA, O ESPÍRITO JAMAIS SE PODERÁ IGUALAR.

sexta-feira, 22 de maio de 2015


04/10/1970
JESUS E OS DISCÍPULOS DE JOÃO

P - Dizem os Evangelhos segundo Mateus e Lucas que João enviou dois de seus discípulos a Jesus, para saber se era ele, realmente, o Cristo anunciado desde Moisés. Como o Espírito da Verdade interpreta essas passagens da Bíblia?

R - Harmonizemos: Mateus, XI: 2-6 com Lucas, VII: 18-23.

         Mateus: 2 - Tendo, na prisão, sabido das obras de
         Jesus, João mandou que dois de seus  discípulos
         fossem ter com ele,    3 - dizendo-lhe:   "És aquele
         que devia vir ou esperamos outro?" 4 - Jesus lhes
         respondeu:     "Ide contar a João o que ouvis e ve-
         des.    5 - Os cegos vêem, os coxos caminham, os
         leprosos são curados, os surdos  ouvem, os mor-
         tos ressuscitam;    o Evangelho é pregado aos po-
         bres.   6 - Bem aventurado o que não se escandali
         za de mim."

         Lucas:    18 - Os discípulos de João lhes referiram
         todas as coisas que Jesus fazia.   19 - E João cha-
         mou dois deles e os mandou a Jesus, para lhe per-
         guntarem: "És aquele que tinha de vir ou é outro o
         que devemos esperar?"      20 - Esses homens, em
         contrando Jesus, lhe disseram:  "João Batista nos
         mandou aqui para te  perguntarmos  se  és  aquele
         que tinha de vir ou é  outro  o que  devemos  espe-
         rar?" 21 - Nesse mesmo instante, Jesus curou mui-
         tas pessoas de enfermidades,  de  chagas  e  maus
         Espíritos, e restituiu a vista a muitos cegos.     22 –
         Em seguida, respondendo aos discípulos de  João,
         disse:   "Ide  contar a João o que vistes e ouvistes:
         os cegos estão vendo, os coxos estão andando, os
         leprosos estão limpos,  os  surdos  estão  ouvindo,
         os mortos ressuscitam e o Evangelho é  anunciado
         aos pobres.    23 - Bem aventurado será aquele que
         não se houver escandalizado de mim."

As rivalidades, decorrentes das paixões doutrinárias, explicam o fato. Mesmo entre os melhores discípulos do Evangelho, traídos pela paixão de Deus, surgem ciumadas e dissensões perigosas. A fama levara aos discípulos do Batista o rumor dos atos de Jesus. Eles não tinham a certeza de que o Mestre fosse QUEM DEVIA SER. Não se trataria de algum hábil impostor? Foi, portanto, para comprovar a sua identidade que João lhe enviou dois emissários. O precursor queria que eles se certificassem com os seus próprios olhos de que JESUS ERA, REALMENTE, AQUELE CUJA VINDA ELE MESMO ANUNCIARA. 

Quanto aos chamados "milagres", que Jesus praticou diante dos discípulos de João Batista nada precisamos dizer por ser inútil repetir explicações já divulgadas. O Mestre disse: "O EVANGELHO É PREGADO AOS POBRES". As palavras "aos pobres" eram ditas mais para aquela época do que para o futuro. Os pobres se viam desprezados, efetivamente abandonados; ninguém se importava com eles. Falando como falou, Jesus tinha em mira ELEVAR AQUELA CLASSE MISERÁVEL, FAZÊ-LA PARTÍCIPE DO PROGRESSO INTELECTUAL HUMANO.  

Tomadas numa acepção geral, aplicadas a todas as épocas, as palavras "aos pobres" se devem entender como abrangendo TODOS OS QUE, SENTINDO A NECESSIDADE DE SE ENRIQUECEREM COM A PALAVRA DE DEUS, DESEJEM OUVIR DE CORAÇÃO AS VERDADES ETERNAS DO EVANGELHO, COMPLETADAS AGORA PELAS VERDADES FINAIS DO APOCALIPSE. 

Por isso advertiu o Cristo: "Bem aventurado aquele que não se houver escandalizado de mim". Quer dizer: REPELE O MESTRE QUEM REJEITA SEU ENSINAMENTO. Feliz, pois, é aquele que escolhe os seus preceitos e os põe em prática, porque progride e não tem que temer sua repulsa naquele terrível Dia do Senhor.



quinta-feira, 21 de maio de 2015


03/10/1970
REGRESSO DOS SETENTA E DOIS

P - Na passagem referente a volta dos 72 discípulos, Jesus disse: "Eu via Satanás caindo do céu como relâmpago". Como explica isso o Espírito da Verdade?

R - Vejamos Lucas, X: 17-20.

         17 - Os setenta e dois discípulos voltaram cheios
         de alegria, dizendo:     "Senhor, até os demônios
         se submetem a nós, em teu nome!"       18 - Jesus
         lhes disse:  "Eu via Satanás caindo do céu  como
         relâmpago. 19 - Vedes que vos dei o poder de es-
         magar as serpentes, os  escorpiões  e  todo  o po-
         der do inimigo; nada vos causará dano.         20 –
         Contudo,  não  vos  alegreis por estarem os Espí-
         ritos submetidos a vós; alegrai-vos antes por es-
         tarem os vossos nomes escritos no céu". 

Dizendo aos discípulos que via Satanás cair do céu qual relâmpago, Jesus lhes falava, como sempre, figuradamente. Toda vez que tentardes combater o mal sob qualquer forma que se apresente, mas tendo em vista O PROGRESSO E O AMOR UNIVERSAL, O MAL SE PRECIPITARÁ NOS ABISMOS INSONDÁVEIS E A SUA QUEDA SERVIRÁ PARA VOS ESCLARECER.

Sempre que vos aventurardes por uma estrada desconhecida, perigosa e difícil, mas ao fim da qual podeis entrever o bem de vossos irmãos e o progresso da Humanidade, caminhais desassombradamente. Os répteis venenosos, que se ocultam por onde passais, não levantarão as cabeças malfazejas contra vós nem vos lançarão seus dardos mortíferos. E vós os esmagareis com os pés, e eles se ocultarão envergonhados da derrota. DEUS PROTEGE OS QUE TRABALHAM COM ZELO NA OBRA QUE LHES CONFIOU. 

Por isso mesmo, não vos orgulheis nunca do que o Senhor permita que façais. Vosso objetivo e vossa única ambição devem constituir em ganhar a recompensa prometida. REJUBILAI-VOS, POIS, SE VIRDES QUE VOSSAS OBRAS VOS AUTORIZAM A ESPERÁ-LA, MAS NÃO TIREIS DAÍ NENHUM MOTIVO DE VAIDADE.

Na verdade, os que andam sinceramente no caminho do Mestre podem rejubilar-se, pois seus nomes ESTÃO ESCRITOS NO CÉU. O Cristo paga sempre ao trabalhador na razão do seu trabalho. Se, portanto, sentirdes que vossas obras são boas, sabeis igualmente que tendes os nomes escritos para o recebimento do salário. Daí a afirmação de Jesus: "Vedes que vos dei o poder de esmagar as serpentes, os escorpiões e todo o poder do inimigo: NADA VOS CAUSARÁ DANO. Contudo não vos alegreis por estarem os obsessores submetidos a vós; alegrai-vos antes POR ESTAREM OS VOSSOS NOMES ESCRITOS NO CÉU". 

Cristãos do Novo Mandamento, igual a dos discípulos deve ser a vossa alegria, porque também sois designados para trabalhar na Obra e conseguireis tudo o que tentardes em Seu nome, com o fim exclusivo de impulsionar o progresso da Humanidade!

quarta-feira, 20 de maio de 2015


02/10/1970
DIREITO DE VIDA E MORTE, SOBRE A ALMA

P - Disse Jesus aos 72 discípulos: "Aquele que vos escuta a mim me escuta; aquele que vos despreza a mim me despreza; e o que me despreza, despreza aquele que me enviou". Como o Espírito da Verdade interpreta estas palavras?

R - Estes dizeres se aplicavam AOS APÓSTOLOS E AOS DISCÍPULOS ESCOLHIDOS QUE, UNS E OUTROS, TINHAM A ASSISTÊNCIA E O CONCURSO DO ESPÍRITO SANTO, isto é, dos Espíritos Superiores que constantemente os acompanhavam no desempenho de suas missões e que assim, como ECOS FIÉIS DOS ENSINAMENTOS DO CRISTO, OS REPETIAM E PUNHAM EM PRÁTICA, JUNTANDO DESSE MODO, ENTRE AQUELES A QUEM PREGAVAM, O EXEMPLO À PALAVRA. 

Entretanto, apoiando-se nessas proposições de Jesus, os homens se arrogaram o direito de vida e de morte sobre as almas: NÃO COMPREENDERAM QUE NÃO SE CONFIA A EXECUÇÃO DA OBRA SENÃO AO OPERÁRIO CAPAZ DE A EXECUTAR, E QUE NÃO BASTA QUE O PAI TENHA SIDO HÁBIL PARA QUE O FILHO O SEJA IGUALMENTE.

Enviando os discípulos que escolhera para transmissores de sua palavra, com autoridade para abençoar ou reprovar, JESUS NÃO DEU ESSE DIREITO A QUEM QUER QUE ENTENDESSE DE EXERCÊ-LO. Conquanto um gentio pudesse expulsar os demônios em seu nome, ainda assim era preciso que o invocasse seriamente, isto é, com fé viva, humildade, caridade e amor.

Disse Jesus aos discípulos: "Ide levar minha palavra a todas as cidades e a todas as povoações; ide pregar a Boa Nova. A Verdade vos pôs nas mãos o seu facho; iluminai com sua luz todas as inteligências. Que a luz se espalhe. Ai dos que se recusarem a vê-la! Em torno deles, mais densas as trevas se farão. Entretanto, não condeneis os que a repelem, mas sacudi a poeira dos vossos pés, isto é, afastai-vos sem deles nada aceitar ou levar, nem mesmo a poeira que vossos passos levantem. Esses serão tratados com mais rigor que os de Sodoma e Gomorra, pois a luz lhes foi mostrada e eles fecharam os olhos; a palavra de paz lhes foi levada e taparam os ouvidos."

OS QUE, APLICANDO A SI MESMOS AS PALAVRAS DO MESTRE, SE INVESTIRAM DO PODER DE LIGAR E DESLIGAR, ESQUECERAM QUE JESUS RECOMENDAVA AOS DISCÍPULOS QUE NÃO SE MUNISSEM DE DUAS TÚNICAS, NEM DE DOIS PARES DE SANDÁLIAS. Nisto, como em tudo, cada um tomou o que lhe convinha, sem se importar com o resto. 

Dando aquele poder aos Apóstolos e discípulos, o Cristo lhes proibiu, ao mesmo tempo, que cogitassem do bem estar pessoal, que recebessem coisa alguma em troca de seus ensinamentos e suas preces, que pensassem no exibicionismo de autoridade, sob qualquer aspecto, junto aos poderosos ocasionais do mundo.

Como procederam, os que interpretaram e aplicaram as palavras de Jesus?

Como ousaram, desde o momento em que se tiveram por herdeiro dos poderes que o Mestre conferiu aos que chamou, transgredir suas ordens, ao ponto de passarem a vida no fausto e na voluptuosidade, ligando e desligando do alto de seus tronos mundanos, pregando o desprendimento e abstinência do seio do luxo e da abundância, lavando os pés de alguns e permitindo que lhes beije os seus?

Para vergonha sua, O HOMEM NÃO COMPREENDE QUE A ÚNICA FORMA DE ERIGIR PARA SI MESMO UM TRONO CONSISTE EM ASSENTÁ-LO NO EXEMPLO DE UMA VIDA AUSTERA E HUMILDE, PRIMANDO POR SEGUIR AS PEGADAS DO CRISTO, POR IMITAR SEUS APÓSTOLOS E DISCÍPULOS, VIVENDO OS ENSINOS DO EVANGELHO DE DEUS. 

Maior seria o poder desses homens, que se dizem herdeiros dos Apóstolos, mais persuasivas e escutadas seriam as suas palavras, mais obedecidos e respeitados seriam eles se, pelo exemplo, pregassem as virtudes que apenas lhes saem dos lábios rosados, como ironia atirada à face dessas pobres, macilentas e miseráveis criaturas, a quem recomendam o desprendimento das glórias do vosso mundo!

Não está, porém, dentro deste quadro a nossa tarefa atual; por isso encerramos, aqui, nossas observações. A cada dia basta o seu labor. 

As virtudes cristãs, que hão de atrair os homens, virão breve assentar-se, brilhantes e perenes, no cimo da montanha. Mas não esqueçais: SOMENTE OS QUE EM TUDO SE ESFORÇAM POR SEGUIR OS PASSOS DE JESUS, OS QUE IMITAM OS APÓSTOLOS E DISCÍPULOS, OS QUE PRATICAM SINCERAMENTE AS SUAS LIÇÕES, SUA DOUTRINA ETERNA, TEM O DIREITO - SEJAM O QUE FOREM - PADRES OU LEIGOS, JUDEUS OU GENTIOS, DE SE DIZEREM CONTINUADORES DO CRISTO, aplicando a si mesmos estas palavras: "Aquele que vos escuta a mim me escuta; aquele que vos despreza a mim me despreza; e o que me despreza, despreza o Pai que me enviou".

Os termos do versículo 16 também se aplicam, hoje, a vós outros, CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO, guiados e inspirados pelos Espíritos do Senhor, chamados a divulgar a Nova Revelação, a ensinar o Evangelho e o Apocalipse em Espírito e Verdade. Sede, portanto, os legítimos descentes e herdeiras dos Apóstolos, caminhando sempre com a BOA VONTADE DE DEUS.

Que nenhuma nódoa possa tisnar a túnica alva de que vossas  almas se revestiram, para a LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL DE TODA A HUMANIDADE!



  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...