quinta-feira, 14 de maio de 2015


25/09/1970
JESUS E O AMOR DA FAMÍLIA

P - Muitas pessoas acham que "Jesus foi desumano ao exigir que seus discípulos abandonassem a família para segui-lo". Qual, a respeito do assunto, a explicação do Espírito da Verdade?

R - Harmonizemos: Mateus, X: 37-39 e Lucas, XIV: 25-27.

         Mateus: 37 - "Aquele que ama seu pai ou sua mães mais
         do que a mim não é digno de mim;  e a quele  que ama a
         seu filho ou a sua filha mais do que a  mim  não  é  digno
         de mim. 38 - Aquele que não toma  a  sua  cruz,  para me
         seguir, não é digno de mim.   39 - Aquele que quiser sal-
         var sua vida a perderá; mas aquele que perder a sua  vi-
         da, por minha causa, certamente a salvará".

         Lucas: 25 - Jesus, voltando-se para a multidão que o acom-
         panhava, disse:  26 - "Aquele que vem a mim e não odeia o
         seu pai e a sua mãe, a sua mulher, a seus filhos, e seus ir-
         mãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser
         meu discípulo; 27 - e aquele que não toma a sua cruz, para
         me seguir, não pode ser meu discípulo".

Muitíssimo comentados tem sido estes versículos. FORAM, PORÉM, MAL COMPREENDIDOS (OU NÃO O FORAM JUDICIOSAMENTE ANALISADOS) POR HOMENS QUE NÃO SOUBERAM LEVAR EM CONTA OS TEMPOS, OS LUGARES E AS INTELIGÊNCIAS A QUE JESUS FALAVA. 

Sem procurar penetrar-lhes o espírito, detiveram-se na letra, atendo-se principalmente a um termo que, com significação demasiado forte na vossa linguagem, a tradução emprestou ao Mestre. Poderia falar em ódio quem deu a vida por todos, deixando à Humanidade o seu Novo Mandamento? 

A expressão que, na língua hebraica, corresponde a essa palavra não tem tanta energia nem encontrou equivalente da parte dos tradutores. Compreendei, primeiro, EM ESPÍRITO E VERDADE, CONFORME AO ESPÍRITO QUE VIVIFICA E NÃO SEGUNDO A LETRA QUE MATA, as palavras do Cristo, o pensamento a que servem de roupagem, o ensinamento que delas decorre.

Para o homem, o único interesse deve ser o do futuro de seu Espírito. Se, portanto, um laço humano qualquer é de molde a desviá-lo do caminho que deve trilhar, cumpre se liberte dele. Não suponhais que Jesus tenha pretendido pregar - que nós preguemos em seu nome - o egoísmo místico e a secura de coração. Longe disso, pois o homem PODE AMAR A DEUS ACIMA DE TODAS AS COISAS E, COM MAIS FORTE RAZÃO, ISTO É, POR ISSO MESMO, CUMPRIR TODAS AS OBRIGAÇÕES QUE LHE IMPONHAM OS DEVERES PARA COM A FAMÍLIA, qualquer que sejam a dissensões existentes entre o pai e o filho, entre a mãe e a filha: dissensões no modo de pensar. Ele pode e deve cumprir todos os deveres humanos, no que tenham de mais escrupuloso. 

O QUE JESUS QUIS FAZER SENTIR É QUE POR CONDESCENDÊNCIA OU INTERESSE HUMANO QUALQUER, A NINGUÉM SERÁ LÍCITO JAMAIS RENEGAR A LEI DO AMOR QUE ELE VEIO PREGAR E VIVER.

Não pratiqueis, portanto, nenhuma ação repreensível, tendo em visto satisfazer a esta ou aquela pessoa, objeto do vosso amor no mundo, pois, do contrário, renegareis o vosso Mestre, que a seu turno vos renegará.

Como vedes, só entende a palavra do Redentor, quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, principalmente agora, A UM PASSO DO PRÓXIMO, E ÚLTIMO ARMAGEDON DO APOCALIPSE.



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