quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

06/06/1970
O SERMÃO DA MONTANHA

P - Infelizmente, os ignorantes do Evangelho e do Apocalipse de Jesus dão valor somente ao que não tem nenhum valor. O que realmente tem valor, para todo o sempre, fica relegado ao desprezo total! Como o Espírito da Verdade interpreta o Sermão da Montanha?

R - Vamos reunir estas passagens: Mateus, V: 1-12; Lucas, VI: 20-26 do Evangelho de Jesus.

          Mateus: 1 - Jesus, vendo a multidão, subiu ao monte. Sentan-
          do-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. 2 - E ensinava, 
          dizendo: 3 - "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque 
          deles é o Reino dos Céus;    4 - Bem-aventurados os pacientes, 
          porque eles possuirão a Terra;      5 - Bem-aventurados os que 
          choram, porque eles serão consolados;   6 - Bem-aventurados 
          os que têm fome e sede de justiça, porque eles alcançarão mi-
          sericórdia;     8 - Bem-aventurados os limpos de coração, por-
          que eles verão Deus, frente a frente;   9 - Bem-aventurados os 
          pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; 10 
          - Bem-aventurados os que sofrem  perseguição  por  causa  da 
         verdade, porque deles é o Reino de Deus; 11 - Bem-aventurados 
         sois vós quando vos perseguem, quando  vos  injuriam  e,  men-
         tindo, fazem todo mal contra vós por minha causa! 12 - Exultai 
         e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; por-
         que assim também perseguiram os profetas, que vieram antes
         de vós".

         Lucas: 20 - Jesus, dirigindo o olhar para os seus discípulos, di-
         zia: "Bem-aventurados vós, que sois pobres, porque   vosso é o 
         Reino de Deus. 21 - Bem-aventurados vós, que agora tendes fo-
         me, porque sereis  saciados;  bem-aventurados  vós  que  agora 
         chorais, porque  haveis  de  rir.    22 -  Bem-aventurados  sereis 
         quando os homens vos odiarem, quando vos separarem, quan-
         do vos carregarem de injúrias, quando rejeitarem como mau o 
         vosso nome por causa do Cristo.    23 - Alegrai-vos  nesse  dia  e 
         exultai, porque é grande a vossa  recompensa  no  céu;  porque 
         era assim que os pais deles tratavam os profetas. 24 - Mas ai de 
         vós, ó ricos, pois tendes a vossa consolação no mundo!    25 - Ai 
         de vós, que estais saciados, pois vireis  a  ter  fome!   Ai  de  vós, 
         que rides agora, pois tereis de gemer e chorar!     26 - Ai de vós, 
         quando vos elogiarem, porque assim os  pais deles   faziam aos
         falsos profetas!".

A humildade - a doçura que tem por companheiras a afabilidade e a benevolência; a resignação nos sofrimentos morais, físicos e espirituais, que são sempre expiação justa, porque derivam OU DE FALTAS E IMPRUDÊNCIAS COM QUE O HOMEM AGRAVA SUAS PROVAÇÕES TERRENAS, OU DE EXISTÊNCIAS ANTERIORES, TODAS SOLIDÁRIAS ENTRE SI, DE MODO QUE CADA UM TRAZ CONSIGO A PENA SECRETA DA SUA PRECEDENTE ENCARNAÇÃO; o amor ardente, sério, perseverante, do dever, por toda parte e sempre; a tolerância sempre, também por toda parte; a indulgência para com os fracos e as faltas de outrem; a simpatia viva e delicada pelos sofrimentos e angústias, morais e físicos, de seus irmãos; o perdão, do íntimo da alma, para as ofensas e injúrias; o esquecimento, mas de tal maneira que o passado fique morto, tanto no coração quanto no pensamento; a caridade e o amor; a pureza de coração, que exclui não só todas as palavras e ações más como,  ainda, todos os maus pensamento, e só existe quando há abstenção de TUDO QUE É MAL, de par com a prática ativa e abnegada DE TUDO QUE É O BEM, tanto na ordem física quanto na ordem moral e intelectual; a moderação, a brandura, a paciência, a obediência, a firmeza e a perseverança na fé, na prática da justiça - qualquer que sejam as injúrias, as perseguições morais e físicas que venham dos homens; o desinteresse e a renúncia às coisas materiais como determinante do orgulho e do egoísmo, dos apetites animais, das paixões e vícios que degradam a Humanidade; a aspiração da felicidade celeste, o reconhecimento ao Criador, que reserva grande recompensa aos que cumprirem esses deveres e praticarem essas virtudes - eis que encerram essas palavras de Jesus, no Sermão do Monte.

Meditai-as, portanto, e ponde-as em prática. Não vos fieis na felicidade terrena; não descanseis nas "riquezas" do mundo; não vos firmeis na vossa inteligência: CONFIAI UNICAMENTE EM DEUS, DE QUEM RECEBEIS TODAS AS COISAS. 

Aquele que possui riquezas (todas transitórias) use-as sempre em benefício dos pobres, e viva humildemente; aquele que tem inteligência faça como a criancinha que espera ser guiada por seus pais, e ao mesmo tempo a partilhe com todos os seus irmãos, dando-lhes conselhos salutares, SOBRETUDO PELO EXEMPLO; aquele que está saciado, pense nos que têm fome, divida com eles o pão material, que sustenta o corpo, e o pão espiritual, que alimenta a alma; aquele que se acha alegre proceda como se estivesse triste, para associar à sua alegria o irmão que chora, dando-lhe consolação e tomando parte em suas dores.

Nisto se resumem as palavras do Mestre: prática do trabalho, do amor e da caridade, tanto na ordem física, ou material, quanto na ordem moral e intelectual. 

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