30/05/1970
A PESCA CHAMADA MILAGROSA
P - Hoje, só entendemos o Evangelho e o Apocalipse de Jesus explicados em Espírito e Verdade, sempre à luz do Novo Mandamento do Cristo de Deus. Como o Espírito da Verdade nos transmite a realidade da pesca chamada milagrosa?
R - Vamos reunir estas passagens do Evangelho de Jesus: Mateus, IV: 18-22; Marcos, I: 16-20; Lucas, V: 1-11.
Mateus: 18 - Andando Jesus pela praia do mar da Galiléia, viu
dois irmãos, Simão e André, que lançavam suas redes ao mar,
pois eram pescadores, 19 - e lhes disse: "Segui-me, e farei que
vos torneis pescadores de homens". 20 - Logo os dois aban-
donaram as redes, e o seguiram. 21 - Continuando a andar,
viu dois outros irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, que
numa barca, com o pai, consertavam as redes, e os chamou.
22 - No mesmo instante, deixando o pai e as redes, ambos o
seguiram.
Marcos: 16 - Passando pela praia do mar da Galiléia, Jesus viu
Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois
eram pescadores, 17 - e lhes disse: "Segui-me, e farei de vós
pescadores de homens". 18 - Logo os dois abandonaram as re-
des, e o seguiram. 19 - Tendo caminhado um pouco mais, viu
Tiago e João, filhos de Zebedeu, que também, numa barca,
consertavam suas redes. 20 - Jesus os chamou e ambos, dei-
xando na barca Zebedeu com os operários, o seguiram imedia-
tamente.
Lucas: 1 - Um dia, em que se achava à margem do lago de Ge-
nezaré, Jesus, assediado pela multidão, que se comprimia para
ouvir a Palavra de Deus, 2 - viu duas barcas à borda do lago; os
pescadores tinham saltado para lavar as suas redes. 3 - Jesus
entrou numa delas, pertencente a Simão, e lhe pediu que afas-
tasse um pouco da praia e, sentando-se, começou a pregar ao
povo, de dentro da barca. 4 - Quando acabou de falar, disse a
Simão: "Faze-te ao largo e atira a tua rede para pescar". 5 -
Simão lhe objetou: "Mestre, trabalhamos a noite toda e nada
pescamos; mas, obedecendo à tua ordem, lançarei a rede. 6 - E,
tendo-o feito, pescaram tão grande quantidade de peixes que a
rede se rompia. 7 - Acenaram aos companheiros, que estavam
noutra barca para que viessem ajudá-los; os outros vieram, e
as duas barcas ficaram cheias, de tal modo que quase afunda-
vam. 8 - Vendo isso, Simão Pedro se prostrou aos pés de Jesus,
dizendo: "Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!" 9
- Tanto ele, com o os que o acompanhavam, ficaram assombra-
dos da pesca que haviam feito. 10 - Tiago e João, filhos de Zebe-
deu e companheiros de Simão, partilhavam do mesmo assom-
bro. Mas disse Jesus a Simão: "Nada temas; daqui por diante,
serás pescador de homens". 11 - Tendo de novo conduzido as
barcas à praia, eles abandonaram tudo e seguiram Jesus.
O ensinamento, aqui, decorre da submissão dos primeiros Apóstolos, pois haviam assumido tal compromisso antes da reencarnação. Inspirados pelos seus Anjos da Guarda, eles atenderam à voz que os concitava à obediência. "Escolhidos" por Jesus, que lia em suas almas e lhes conhecia os Espíritos, eles seguiram o Mestre imediatamente, cedendo à atração que liga os Espíritos simpáticos.
Com relação à pesca, não houve milagre algum, no sentido que o homem dá a esta palavra, porque tal pesca não constituiu UM FATO QUE SE HAJA PRODUZIDO COM DERROGAÇÃO DAS LEIS DA NATUREZA. Já o dissemos, mas insistimos sempre: a vontade de Deus jamais derroga as Leis Naturais e Imutáveis, por Ele mesmo estabelecidas desde toda a Eternidade. NADA HÁ SOBRENATURAL. Na ordem física, tudo se passa, sempre, conforme à vontade do Senhor, sob a ação espiritual, segundo essas Leis Naturais e Imutáveis, e pela execução delas em todo o Universo.
A pesca havia de surpreender (e surpreendeu) extremamente aqueles homens, simples e ignorantes COMO ENCARNADOS, e até os encheu de temor. De coração humilde, eles - ignorando as causas do fenômeno - o atribuíram a Deus, considerando-o um milagre, manifestação do Divino Poder, sem cuidarem de lhe perscrutar o segredo.
Que há de estranhável na estupefação dos discípulos quando, ainda em vossos dias, A INCREDULIDADE, FILHA DO ORGULHO E DA IGNORÂNCIA, REJEITA ESSE MESMO FATO POR NÃO O PODER EXPLICAR, negando sem estudo e sem exame suficientes, teóricos e experimentais, os poderes dos Espíritos e o efeitos magnéticos, que são de duas fontes de luz e verdade para o progresso físico, moral e intelectual de toda a Humanidade?
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
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