terça-feira, 9 de dezembro de 2014

18/03/1970
O MENINO JESUS

P - Como explica o CEU da LBV os versículos 36 a 40, capítulo segundo, do Evangelho de Jesus segundo São Lucas?
       
R - Esta é a passagem:

         36 - Havia, também, uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel,
         da tribo de Aser. Estava em idade muito  avançada,  e  não  vivera  se-
         não sete anos com o marido, desde que se casara.    37 - Era, então,
         viúva, contava oitenta e quatro anos e não se afastava   do   templo,
         servindo a Deus, dia e noite, em jejuns e orações. 38 - Chegando ao
         templo naquele instante, pôs-se a louvar o Senhor e falar do meni-
         no a quantos esperavam a redenção de Israel. 39 - Depois de terem
         cumprido tudo o que era ordenado pela lei do Senhor. José e Maria 
         regressaram à Galiléia, indo para Nazaré, sua cidade.    40 - E o me-
         nino crescia e se fortificava cheio de sabedoria, porque nele estava
         a graça de Deus.


Fala o Espírito da Verdade:
- Ana era médium  audiente e falante. Era chamada profetisa porque possuía, sob a influência e a proteção dos Espíritos do Senhor, a faculdade de predizer certos acontecimentos. Era um Espírito elevado, muito desenvolvido mediunicamente, como os profetas que apareceram em Israel. O povo, como sabeis, considerava os profetas como inspirados, mesmo pelo Altíssimo. Na realidade, eram médiuns.

As palavras de Ana foram semelhantes às de Simeão. Quanto ao versículo 40, deve permanecer no lugar que ocupa: nenhuma relação tem com ambos os cânticos. Ele se aplica à época que se seguiu à apresentação no templo. Jesus, estando fora da vossa humanidade, não teve uma infância semelhante à de todos vós, por isso que seu corpo, não sendo mais que um perispírito quase material, com a aparência da corporeidade humana, encobria (dada a sua natureza puramente perispirítica) UM ESPÍRITO PERMANENTEMENTE LIVRE.

Ele, portanto, agia sob a influência desse Espírito, de um modo sempre superior a tudo o que se possa esperar de um menino mais desenvolvido. "O menino, diz o Evangelista, crescia e se fortificava, cheio de sabedoria, porque nele estava a graça de Deus." Isso não é mais do que a apreciação humana, que a narração evangélica havia de refletir (e reflete). Tendo a aparência humana, o corpo de Jesus seguia, ao olhos dos homens, a linha de desenvolvimento de qualquer terrícola, MAS SEMPRE EM CONDIÇÕES DE ABSOLUTA PRECOCIDADE. Jesus, para os homens, crescia corporalmente, e a sua inteligência se desenvolvia. Tais progresso e desenvolvimento, na humanidade, podem ser acompanhados, observando-se uma criança.

Perguntamos: não há na Terra algumas, entre muitas da mesma idade, por menor que seja esta, mais fortes e inteligentes? Como não ser assim com relação àquele em que não havia mais que a APARÊNCIA DA INFÂNCIA? E não é compreensível que seus primeiros passos no mundo que habitais - assim como todo o resto da sua passagem por ele -  tivessem a marcá-los um cunho particular, excepcional? E "nele estava a graça de Deus" porque, sendo tudo nele puro e santo, santos e puros haviam de ser (foram) todos os seus atos e palavras. Na sua primeira "infância", aos olhos dos homens, ele esteve isento, como podeis facilmente concluir, das faltas e fraquezas da infância humana. FOI PERFEITO DESDE OS PRIMEIROS INSTANTES, e isso, naturalmente, provocou em todos admiração e espanto. Porque todos sentiam, sem o saber explicar, o "toque divino" no menino Jesus.

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