quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

12/03/1970
BOA VONTADE - I

P - A Doutrina do Centro Espiritual Universalista (CEU) é de uma clareza impressionante. Agora, sentimos a grandeza da sentença de Jesus: "Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará". Qual a explicação do CEU para os versículos 8 a 20, capítulo segundo, do Evangelho de Lucas?

R - Esta é a passagem evangélica:
              8 - Ora, havia no país muitos pastores, que passavam as noites 
               no campo, revezando-se na guarda dos seus rebanhos.   9  -  De
               repente, um Anjo do Senhor lhes apresentou,   a   claridade  de
               Deus os envolveu, e eles se sentiram preso  de   grande   temor.
               10 - Então, o Anjo lhes disse: "Não  tenhais  medo,  pois  venho
               trazer-vos uma notícia que, para vós, como para  todo  o povo,
              será motivo de grande alegria: 11 - é que, hoje, na cidade  de Da-
              vid, nasceu o Salvador que é o Cristo, o Senhor.   12 - Eis o sinal
              que vos fará reconhecê-lo: encontrareis um menino envolto em
              panos, deitado numa manjedoura".    13 - No   mesmo   instante
              reuniu-se ao Anjo uma multidão de milícia celeste, louvando  o
              Senhor e dizendo: 14 - Glória a Deus nas alturas,  Paz  na  terra
              aos homens da Boa Vontade de Deus! 15 - Logo que os Anjos  se
              retiraram para o céu, os pastores disseram entre si: - Vamos até
              Belém para verificar o que acaba de ser dito, o que aconteceu  e
              o Senhor nos mostra, 16 - partiram apressadamente,  e  encon-
              traram Maria, José e o menino deitado na manjedoura.  1 7 - E,
              tendo-o visto, reconheceram a verdade do que lhes  fora  dito a 
              respeito daquele menino. 18 - E todos aqueles,   que os ouviam,
              se admiravam do que era contado pelos pastores.       19 - Maria
             prestava atenção ao que diziam, e tudo guardava no seu coração.
             20 - E os pastores regressaram, glorificando e louvando ao   Se- 
             nhor Deus, por tudo quanto tinham visto e ouvido, conforme ao
            que lhes fora anunciado.

Em primeiro lugar, quanto à aparição do Anjo aos pastores, e quanto às palavras que lhes dirigiu, a mediunidade esclarece como puderam eles ver e ouvir: eram videntes e audientes. No que se refere à luz, à claridade que os envolveu, enchendo-os de grande temor, a explicação é a seguinte: sob a ação e a influência do magnetismo espiritual, achando-se em estado de êxtase por efeito de um completo desprendimento, portanto com a visão desimpedida, os pastores viram os fluidos ambientes, que para vós são incolores, mas para nós espalham grande claridade.  ELES OS VIRAM COMO NÓS OS VEMOS, porque essa claridade, relativa ao grau de elevação, de adiantamento do Espírito, para este não deixa de existir e de ser por ele percebida, qualquer que seja sua inferioridade (trata-se de mau ou sofredor), se não quando permanece nas trevas. Não compreendendo a causa simples de tal claridade (cláritas Dei), que olhos comuns não podem distinguir senão em casos excepcionais, em situações como aquela em que eles se encontravam, os pastores tomaram por uma luz divina, manifestação do próprio Deus, a  luminosidade dos fluidos ambientes: por isso mesmo, lhe deram a designação de "claridade de Deus". 

A ciência terrestre, por meio do magnetismo humano e do sonambulismo, já observou (com auxílio de sonâmbulos suficientemente lúcidos e impressionáveis), a luz, a claridade que os fluidos magnéticos e elétricos, em estado latente, espalham em derredor; assim como a luminosidade dos corpos, a luminosidade que apresentam sob a forma de vapor luminoso, os objetos, os metais, a madeira. 

E a ciência, por meio do magnetismo humano e do sonambulismo, com o auxílio de pacientes em condições semelhantes às que apresentavam os pastores, será levada a dar testemunho desse estado luminoso dos fluidos ambientes, fonte de grande e permanente claridade para os Espíritos errantes. Daí decorre que, para eles, não há noite, nem obscuridade, nem opacidade dos corpos, não existindo no espaço obstáculos ou barreiras que lhes detenham a visão espiritual.    

Aquela fração da milícia celeste não era mais que a multidão dos bons Espíritos prepostos à manifestação espiritual. Por efeito da mediunidade vidente e auditiva, os pastores os viram e escutaram as palavras que conheceis como O CÂNTICO DOS ANJOS, o qual - depois de atravessar tantos séculos - ainda ecoará pelos séculos vindouros: - Glória a Deus nas alturas, Paz na terra aos homens da Boa Vontade de Deus!

Um ensino resulta do confronto que se estabeleça entre o que ocorreu com os pastores e que se deu com os magos: O HOMEM JAMAIS DEVE ORGULHAR-SE DA POSIÇÃO QUE OCUPE NO MUNDO, PORQUE - DIANTE DE DEUS - O MENOR PODE SER O MAIOR. 

Quais as pessoas que receberam, primeiro, a notícia do nascimento de Jesus?
Humildes pastores que viviam sem instrução (e sem orgulho) no seio da natureza, aprendendo no seu livro imenso os segredos da divindade. São ignorantes? Mas sabem crer, amar e esperar. Tanto basta para serem considerados dignos de receber, antes de tanta gente culta e importante a Boa Nova de Deus.

Os dois pontos se extremam: depois deles, são os magos, os sábios, os poderosos, que recebem a Revelação destinada a transpor todas as classes: começando pelos degraus inferiores da escala, terá de subir ao ápice. Os magos também criam, mas neles a fé não era tão pura. Tinham mais curiosidade de verificar um fato duvidoso do que plena confiança nas palavras do Anjo. Todavia, também eles vêm ajoelhar-se diante do menino trazendo-lhe os tributos que se ofereciam ao Senhor. 

É que, sem o compreenderem, sentem que aquele menino, se de fato existe, deve ser de uma essência superior à deles, para causar tamanha expectativa. Seria o Messias tão anunciado desde Moisés? Estaria ali na forma de uma criança, o próprio filho de Deus?
       
 
 
          

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...