terça-feira, 31 de março de 2015


01/08/1970
NÃO OLHAR PARA TRÁS

P - Jesus fez esta advertência: "Aquele que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, não serve para o reino de Deus". Como interpreta estas palavras o Espírito da Verdade?

R - O Mestre dirigiu essa advertência ao que lhe pedia permissão para ir, antes que partisse com ele, despedir-se dos que deixara em casa. Também aí é preciso que o homem busque o espírito, que vivifica, sem se ater à letra, que mata.

Houve quem acusasse o Cristo de, por estas palavras, pregar a secura de coração, despedaçando os laços amoráveis da família. Entretanto, bem longe estava isso do pensamento de Jesus! COMO PODERIA O REDENTOR, QUE DEU A SUA VIDA POR TODOS, AMIGOS E INIMIGOS, ENSINAR O EGOÍSMO? Absolutamente, não!

O que, por aquela forma, quis dizer aos homens, era: NÃO OLHEIS PARA TRÁS, QUANDO VOS ACHARDES NA ESTRADA DO BEM, POIS SEMPRE HAVERÁ UM LAÇO QUE VOS RETENHA, EM DETRIMENTO DA VOSSA MISSÃO. MEDITAI BEM, ANTES DE INICIAR A OBRA, ISTO É, ANTES DE COLOCARDES NO SULCO O ARADO, MAS, UMA VEZ FEITO ISSO, JÁ CONVENCIDOS DE QUE ELE RASGA O SOLO NO PONTO EM QUE A SEMENTE DEVE SER LANÇADA PARA PRODUZIR, NÃO PAREIS MAIS - CAMINHAI SEMPRE PARA A FRENTE!

Podeis, portanto, harmonizar os ensinamentos do Mestre, dessa forma: "Deixai que os mortos enterrem os seus mortos, e vai anunciar o Reino de Deus. Deixa entregues a si mesmos os que se mostram incapazes de VER A LUZ. Trata, primeiro, de LEVAR A LUZ AOS QUE A DESEJAM, PARA VIVER EM DEUS. Aquele que, tendo posto a mão no arado, olha para trás de si, não serve para o Reino de Deus. É PRECISO QUE AS CONDIÇÕES PESSOAIS, EGOÍSTICAS, NÃO TE FAÇAM VOLTAR ATRÁS E ABANDONAR A OBRA QUE TENS DE EXECUTAR. Começaste a caminhar para frente. Segue, pois, o teu caminho, convicto de que parar é recuar". 
São palavras ditadas pelo próprio Cristo. 

Ante tal manifestação dirigimos aos Espíritos Puros, que comandam a execução desta obra, mas principalmente ao Cristo de Deus, esta súplica: "Dignai-vos de permitir vos agradeçamos a Boa Vontade que tendes de nos esclarecer e de nos dar a Luz e a Verdade. Que Deus nos conceda a graça de progredirmos sempre na senda do Amor Infinito, que conduz a Ele, e na prática da Caridade que se universaliza na imensidade de suas obras!"

Espontaneamente, o médium escreveu, com a mesma caligrafia magistral: "JESUS VOS ABENÇOA". 

Depois dessa abençoada interrupção, continuamos o trabalho. E, na caligrafia anterior, recebemos esta mensagem: "Foi um Espírito intermediário de Jesus junto de vós quem se manifestou, e vos transmitiu a palavra do Mestre, encarregado, como seu mandatário, de falar por ele. Para sentirdes a vossa posição em tal caso, apenas vos dizemos: "É APALAVRA DO REI DE TODOS OS REIS, TRANSCRITA PELO SECRETÁRIO, MAS SELADA COM AS ARMAS REAIS".

Conheceis as relações que existem entre os homens e seus Guias Espirituais. SENDO MATERIAL DEMAIS, A NATUREZA DO TERRÍCOLA NÃO LHE CONSENTE ENTRAR EM RELAÇÃO FLUÍDICA COM OS ESPÍRITOS DE ORDEM MUITO SUPERIOR. A transmissão das palavras do CHEFE PLANETÁRIO se faz, então, por intermédio de Espíritos mais ou menos elevados, de conformidade com os extremos que devam ser postos em contato. O Mestre, com vigilante ternura, olha para todos vós e seu AMOR leva em conta os vossos menores esforços. Mas se (por estar Jesus muito acima dos Espíritos que vos servem de Guias ou Protetores) estes não são por ele pessoalmente dirigidos, COM MAIS FORTE RAZÃO, ENTRE ELE E VÓS SÃO INDISPENSÁVEIS OS INTERMEDIÁRIOS.

O Espírito que vos transmitiu as palavras do Mestre é um dos que recebem suas ordens e espalham, sob a sua direção, a Luz e a Ciência Universal. Grande seja o vosso reconhecimento!

A bondade do Senhor desce sobre os que se esforçam por cumprir as suas Leis. Paciência, coragem, perseverança, fé e amor!

MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO,
Assistidos pelos Apóstolos




segunda-feira, 30 de março de 2015

31/07/1970
DESERTO, PRECE, PREGAÇÃO

P - Há coisas, nos Evangelhos, que nos fazem refletir.  Por isso, perguntamos ao Espírito da Verdade: - Os Evangelistas estavam integrados em todos os pontos da missão de Jesus?

R - Vejamos Marcos, I: 35-39, e Lucas, IV: 42-44.

         Marcos: 35 - No dia seguinte, tendo se levantado muito
         cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto, onde se pôs
         a orar,   36 - Simão  e  os  que  estavam com ele foram ao
         seu encalço.    37 - E, quando  o encontraram,  lhe  disse-
         ram: "Todos te procuram!" 38 - Ele, então, disse: "Vamos
         às aldeias e cidades próximas, para que eu também pre-
         gue aí, pois foi para isso que vim!     39 - E assim pregava
         nas sinagogas, e por  toda  a  Galiléia,  expulsando  os  de
         mônios!"

         Lucas: 42 - Ao nascer do dia, saiu e foi para um lugar de-
         serto; a multidão que o procurava veio ter com ele, e não
         o largava com receio de que se fosse  embora.     43 -  Ele,
         porém, lhes disse: "É ´preciso que também nas outras ci-
         dades  eu  anuncie  o  reino de Deus, pois vim para isso".
         44 - E pregava nas sinagogas da Galiléia.

Não esqueçais nunca que a linguagem humana e a narração dos Evangelistas são conformes (debaixo da influência e da inspiração mediúnica) AS CRENÇAS DOS APÓSTOLOS, DOS DISCÍPULOS E DA MULTIDÃO QUE ACOMPANHAVA OS PASSOS DE JESUS, CRENÇAS QUE, COMO HOMENS, ELES ADOTARAM DE ACORDO COM OS TEMPOS E AS FASES DA MISSÃO QUE DESEMPENHAVAM. 

Jesus não estava submetido, materialmente, às necessidades humanas; mas, aos olhos dos homens, ele as experimentava. Quer isso dizer que elas ERAM APARENTES, NÃO REAIS. Assim, o repouso noturno não lhe era necessário. Entretanto, aos que supunham todos, ele se levantava, muito cedo, mau despontava o dia, ensinando-lhes com o exemplo de tão grande atividade - que não deviam dar-se a um repouso inútil, nem consagrar demasiado tempo aos cuidados pessoais. Todas as vezes que desaparecia das vistas humanas, é que voltara, como sabeis, às regiões superiores. Segundo os homens, porém, ele se retirava para lugar deserto, onde se conservava em vigília, orando sempre. Também nesse desaparecimento havia uma lição: ensinava que todos devem estar constantemente vigilantes, a fim de estarem sempre prontos a comparecer diante do Senhor. 

De volta das regiões superiores, onde estivera durante a noite, foi visto saindo de casa ao despontar do dia, muito cedo, para indicar a direção que deviam tomar, os discípulos e a multidão, para encontrá-lo. E, no momento em que o encontraram Pedro e todos aqueles que o procuravam, já ele retomava seu corpo perispirítico em sua aparência de corporeidade humana.

Meditai nas palavras que lhes dirigiu, quando a multidão pretendia retê-lo: encerram, ainda, um ensino dado a todos os apóstolos, que não devem limitar-se aos locais onde já executaram a pregação da Palavra de Deus. Evidentemente, os meios de comunicação eram diretos, pessoais, intransferíveis, naqueles tempos. 

Mas a ordem, ainda hoje, é levar a todos os lugares a Verdade Libertadora, não só do Evangelho, mas agora, principalmente, do Apocalipse.

domingo, 29 de março de 2015


30/07/1970
QUE OS MORTOS ENTERREM OS SEUS MORTOS

P - Disse Jesus: "Deixa aos mortos o cuidado de enterrarem os seus mortos". Muita gente ensina isso das maneiras mais contraditórias. Qual a orientação do Espírito da Verdade?

R - Por estas palavras "Deixa que os mortos enterrem os seus mortos" e "Quanto a ti, vai e anuncia o reino de Deus", dirigidas ao que pedia permissão para ir, antes de segui-lo enterrar o pai, entendei: Jesus não lhe disse "ABANDONA ÀS AVES DE RAPINA, AOS CÃES FAMINTOS, OS DESPOJOS MORTAIS DAQUELES A QUEM AMASTE, DAQUELES A QUEM ESTIVESTE UNIDO PELOS LAÇOS DO SANGUE OU DA AMIZADE, OS DESPOJOS MORTAIS DE TEUS IRMÃOS". 

Jogareis fora, por acaso, as roupas que eles tivessem usado, os objetos que lhes fossem caros? Não. Pois fazei com os corpos mortos o que fazeis com esses nadas que vos lembram aqueles que tanto amastes. 

Não os profaneis porque, se o Espírito não está mais aí, já esteve. Sepultai os mortos; que a profanação não os conspurque; que suas emanações empestem o ar; MAS NÃO FAÇAIS DO ENTERRAMENTO UM CULTO, NEM - O QUE É PIOR - OBJETO DE LUXO E OSTENTAÇÃO.

Há quantos, dentre vós, importa mais os estrépito de um enterro brilhante do que a lembrança daqueles cujos corpos são, assim, pomposamente levados à sepultura! Deixai que os mortos enterrem os seus mortos, e dispensai ao envoltório material a atenção devida a um objeto que o falecido amou. Amai, porém, AMAI COM TODO O VOSSO AMOR AQUELE QUE SE AUSENTOU DESSE CORPO INANIMADO! Para este, sim, todos os vossos cuidados. Consista o vosso luxo em orações íntimas, saídas do coração. E não deixeis que arrefeça o vosso zelo por aquele que abandonou o corpo, como arrefece com relação com este corpo, entrai num desses recintos povoados de cadáveres e observai a progressão decrescente do afeto e da lembrança. Contemplai as flores que fenecem, pouco a pouco, e das quais não resta o mais leve sinal ao cabo de alguns anos. Vede quanto o musgo e os parasitos progridem na pedra, tanto como os vermes no corpo! Compreendereis, então, não ser a morte material o que atrai o homem. 

Que são, afinal, os seus despojos mortais?

Matéria que os vermes decompõem um composto tirado ao TODO UNIVERSAL e que a ele tem de voltar, subdividindo-se. Não deis, portanto, valor pueril a esses restos que a terra reclama. SÓ O ESPÍRITO, QUE OS ANIMAVA, NÃO PERECE, SÓ ELE VÊ, SENTE, AMA E SOFRE. 

Agora, podem todos entender: os mortos que Jesus falava são os que vivem exclusivamente para o corpo, não para o Espírito e pelo Espírito. São aqueles para quem o corpo é tudo e o Espírito nada; aqueles que, tendo ouvidos para ouvir e compreender, não ouvem, nem compreendem - são incapazes de ouvir e compreender; aqueles que, tendo olhos para ver, não vêem - são incapazes de ver! Abandonai, portanto, os mortos. Que os mortos pelo Espírito e para o Espírito, vivos para o corpo, aos quais falecem outras consolações, se agarrem a esses amontoados de podridões. Deixai-os, isto é, deixai que enterrem os seus mortos. Abandonai-lhes esses mortos, e ide, vós anunciar a Vida Eterna. Consolai, amparai, exortai os homens, e fazei-os entrar nas veredas da Vida, onde tudo é perfume e luz!

Ontem, hoje e para sempre, JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. Como ele disse: - NINGUÉM VAI AO PAI SENÃO POR MIM!



sábado, 28 de março de 2015


29/07/1970
COMO SEGUIR O MESTRE

P - Os ateus costumam citar certas passagens do Evangelho, em que Jesus parece desumano e cruel. Analisam esses pontos ao pé da letra, que mata, esquecendo que só o espírito vivifica. Mas que diz, a respeito, o Espírito da Verdade?

R - Harmonizemos Mateus,  VIII: 18-22 com Lucas, IX: 57-62.

         Mateus: 18 - Vendo-se Jesus cercado por grande multidão,
         resolveu atravessar o lago.  19 - Um escriba aproximou-se
         e lhe disse: "Mestre, eu te seguirei onde quer que fores". 20
         - Jesus respondeu:  "As aves do céu têm seus ninhos, as ra-
         posas têm seus covis, mas o Filho do Homem não tem onde
         repousar a cabeça". 21 - Outro discípulo lhe disse: "Senhor,
         permite que eu, primeiro, vá enterrar meu pai". 22 - Jesus
         lhe retrucou: "Deixai que os mortos enterrem seus mortos".

         Lucas:   57 -  Quando iam a caminho um homem lhe disse:
         "Senhor, eu te acompanharei para onde fores". 58 - E Jesus
         lhe disse: "As raposas têm seus covis, as aves do céu têm seus
         ninhos, mas  o Filho  do Homem não tem onde reclinar a ca-
         beça".    50 - E disse a outro: "Segue-me". Ele respondeu: "Se-
         nhor, primeiro permite que eu vá sepultar meu pai".      60 –
         Mas Jesus lhe disse:   "Deixa que os mortos enterrem os seus
         mortos;  tu,  porém, vai  e anuncia  o reino  de Deus".     61 –
         Disse-lhe outro:   "Eu te seguirei,  Senhor, mas  permite  que,
         antes, eu vá dizer adeus aos de minha casa".     62 - Jesus lhe
         retrucou: "Aquele que, tendo posto a mão no arado, olha pa-
         ra trás, não serve para o reino de Deus".

O Cristo, por essas palavras, não pretendeu prescrever aos homens que, para trilharem o caminho por ele indicado e anunciarem o Reino de Deus, renunciasse às necessidades e exigências da vida humana, relativas tanto à habitação quanto ao vestuário e aos alimentos; que renunciassem  ao cumprimento dos deveres para com os despojos mortais daqueles a quem prendiam os laços de sangue ou da amizade; que rompessem as ligações da família, que a repudiassem ou deixassem de cumprir as obrigações que a ela lhes impõe. Devendo sempre buscar o espírito, o homem sempre esbarrou na letra.

O erro dos que comentam as palavras do Mestre consiste em admitirem, para umas, o símile, a figura oriental, que recusam às outras; em lhes falsearem ou modificarem o pensamento de acordo com os tempos, desfigurando-o ao sabor das conveniências, atribuindo assim ao Cristo, ABSURDOS DE QUE O PRÓPRIO HOMEM SE ENVERGONHARIA. PROCURAI NAS PALAVRAS DE JESUS O ESPÍRITO, SOB O VÉU DA LETRA, ENCONTRAREIS SEMPRE UMA LIÇÃO DE JUSTIÇA, DE AMOR, DE DEVOTAMENTO, DE CARIDADE IMENSA, UMA LUZ SEMPRE NOVA NA ESTRADA DO PROGRESSO.

Tratai, pois, de compreendê-las todas em Espírito e Verdade, sempre à luz do Novo Mandamento, segundo o espírito que ilumina, jamais segundo a letra que obscurece. O conjunto das lições de hoje ensina que O HOMEM DEVE CUMPRIR, ANTES DE TUDO, AS OBRIGAÇÕES QUE O MESTRE LHE IMPÔS. 

Cada uma de suas palavras comporta uma explicação à parte. Cada qual encerra um preceito, um ensinamento especial. O que ele disse ao escriba mostra o pouco caso que os homens devem fazer das voluptuosidades da vida terrestre, se querem realmente segui-lo, para conhecer as excelências da pátria celestial AINDA NESSE VOSSO PLANETA DE TREVAS. Importa que não se iludam com as doçuras materiais e um repouso suicida; a atividade, a energia, a confiança permanente em Deus - eis os fatores da vida espiritualizada e triunfante. Por isso lhes ensinava a serem desprendidos de tudo, a nunca se preocuparem demasiadamente, mais do que seja preciso, com seus interesses particulares.

Exatamente o que disse no Sermão do Monte: - BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS E SUA JUSTIÇA, E TODAS AS COISAS MATERIAIS VOS SERÃO ACRESCENTADAS.


sexta-feira, 27 de março de 2015


28/07/1970
CURAS FÍSICAS E ESPIRITUAIS

P - Se os homens não se colocarem no CAMPO NEUTRO em que Jesus se encontra, diante de todas as religiões e filosofias instituídas pelas mentes humanas, certamente não entenderão a Verdade do Evangelho e do Apocalipse, apresentada pelo CEU da LBV. Como o Espírito da Verdade explica a emocionante cura da sogra do Apóstolo Pedro?

R - Harmonizemos Mateus VIII: 14-17; Marcos, I: 29-34 e Lucas, IV: 38-41.

         Mateus: 14 - Tendo ido a casa de Pedro, Jesus encontrou aí de
         cama e com febre, a sogra dele.   15 - Tocou-lhe a mão e a fe-
         bre desapareceu: ela se levantou imediatamente e se pôs a ser-
         vi-lo. 16 - Pela tarde apresentaram-lhe muitos possessos, e to-
         dos expulsou com sua palavra aos maus Espíritos  e  curou  os
         que estavam doentes,   17 - a fim de se cumprirem estas pala-
         vras do profeta Isaías:    "Ele tomou sobre si as nossas enfermi-
         dades e carregou as nossas doenças".

         Marcos: 29 - Saindo da sinagoga, vieram com Tiago  e  João  à
         casa de Simão e André.  30 - Ora, estando a sogra de Simão de
         cama com febre, logo falaram dela a Jesus.   31 - Este, aproxi-
         mando-se, lhe pegou a mão e a fez levantar-se; no mesmo ins-
         tante a febre a deixou e ela se pôs a servi-lo.     32 - Ao cair da
         tarde, quando já o sol  se escondia, trouxeram-lhe muitos  do-
         entes e possessos,   33 - aglomerando-se à porta da casa todos
         os habitantes da cidade.    34 - E ele curou muitas pessoas ata-
         cadas de diferentes moléstias e expulsou muitos demônios, aos
         quais não permitia que falassem, porque o conheciam.

         Lucas: 38 - Saindo da sinagoga, entrou Jesus na casa de Simão,
         cuja sogra estava com muita febre e lhe  pediram  que se com-
         padecesse dela. 39 - Inclinando-se, Jesus ordenou à febre  que
         a deixasse e a febre a deixou; ela se levantou imediatamente  e
         começou a servi-los. 40 - Ao por do sol, todos os que tinham
         doentes atacados de diversas moléstias os traziam, e ele, pondo
         as mãos sobre cada um, os curava. 41 - Os demônios saíram de
         muitos, gritando e dizendo:    "É o Filho de Deus!"  Mas Jesus os
         ameaçava, não lhes permitindo que  falassem, pois  sabiam  ser
         ele o Cristo.

São sempre doenças e enfermidades físicas a curar; subjugações (tanto corporais quanto espirituais) a fazer cessar; e os meios empregados - quer para a cura das moléstias, quer para a libertação dos subjugados - são sempre os mesmos, para edificação dos incrédulos. Sim, tanto a cura da sogra de Pedro, como as dos outros doentes que se apresentaram ao por do sol, TODAS SE OPERARAM PELO MESMO PROCESSO: PELA AÇÃO MAGNÉTICA. 

Aproximando-se da sogra de Pedro, Jesus lhe tomou da mão e a sua vontade imprimiu a esse contato magnético a força necessária a determinar o desaparecimento da moléstia. Não se pense que Jesus precisasse usar e usasse, se, para obter cada uma das curas que operou, de fluidos diferentes, especialmente apropriados a cada moléstia. Não: os fluidos, mais ou menos, se assemelham. FLUIDOS PURIFICADORES E REGENERADORES, quando se trata de um organismo viciado; FLUIDOS FORTIFICANTES, quando se trata de restabelecer a ação dos músculos, e dos nervos, do mecanismo vital - os DOIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS. Jesus aplicava o remédio adequado ao mal, qualquer que fosse a sua natureza. 

Não concluais, porém, que o magnetizador, por não ter consciência nem conhecimento daqueles fluidos e dos efeitos que devam produzir, se ache impossibilitado de agir com segurança, no ponto de vista da cura, na medida de sua elevação, de sua pureza, de suas faculdades magnéticas, UMA VEZ QUE TENHA FÉ E  O IMPULSIONE A VONTADE DE FAZER O BEM. Não: pelo seu próprio poder vital ele atrai os fluidos, mas nunca age sozinho. Os Espíritos Protetores da Humanidade (que o assistem) escolhem os fluidos e os dispõe para que produzam o efeito desejado, DENTRO DOS LIMITES DO QUE É PERMITIDO, LEVANDO EM CONTA O MERECIMENTO DE CADA UM. Ajudam a Boa Vontade do operador, conforme os desígnios do Mestre. 

Este sabia do merecimento da sogra do Apóstolo Pedro. Pelo que respeita às curas espirituais, que operou afastando dos subjugados os obsessores, fazendo cessar a subjugação, JESUS EXPULSAVA OS MAUS ESPÍRITOS PELO PODER SUPERIOR A QUE OS DEMÔNIOS NÃO PODEM RESISTIR, QUANDO É POSTO EM AÇÃO. Ele não permitia que os subjugadores dissessem que o conheciam, isto é, que sabiam ser o Cristo que os expulsava, porque cada coisa tinha de vir a seu tempo. Se o Mestre fosse reconhecido mais cedo, os fariseus, os escribas, os príncipes da igreja teriam começado prematuramente a persegui-lo. 

Não esqueçais que ele tinha a presciência dos acontecimentos; que os Espíritos inferiores eram ignorantes; portanto, cumpria dar-lhes ordens de acordo com o fim a que visava. Jesus não se mostrava aos obsessores na glória que cerca o Santo de Deus, o Senhor do vosso planeta e da vossa humanidade, MOSTRAVA-LHES APENAS O SEU ESPÍRITO; MAS A FORÇA DA SUA VONTADE BASTAVA PARA LHES DEMONSTRAR O SEU IMENSO PODER.

Quando ao se afastarem, bradavam pela boca dos subjugados, então médiuns falantes, "ÉS O FILHO DE DEUS!", os obsessores, reconheciam nele os sinais marcantes dos Espíritos Superiores, e estes (como todos nós e também vós) são filhos do Onipotente ou filhos do Altíssimo, chamando-lhe "Filho de Deus", não lhe davam dessa filiação título diverso do que Jesus se atribuía diante dos homens, quando os tratava de "meus irmãos", quando lhes ensinava a dizer, referindo-se a Deus: "nosso Pai"! Os que se apoiam nessas palavras bem sabem quanto é frágil o apoio, tanto que só a tremer descansam nele a mão, não havendo um só que creia firmemente no princípio que apresenta como "artigo de fé".

Jesus, pela sua vida humana aparente e pelo desempenho da sua missão terrena, tendo uma e outra por objeto ENSINAR E EXEMPLIFICAR, deu pleno cumprimento às palavras do profeta Isaías: "Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças". Desceu ao meio dos homens para lhes ensinar a sofrer A FIM DE SE REGENERAREM. Curou os males que encontrou no seu caminho e, unicamente a título de lição e de exemplo, suportou, AOS OLHOS DOS HOMENS, os males de que fala o Evangelho.

quinta-feira, 26 de março de 2015

26/07/1970
LÁZARO E A FILHA DE JAIRO

P - Recebemos com prazer a promessa de que também serão fartamente analisados, quando chegar a hora, os fatos relativo à morte e ressurreição de Lázaro e da filha de Jairo. Mas não pode o Espírito da Verdade falar deles, por alto, completando a explicação referente ao filho da viúva de Naim?

R - Seja. A título de nota, vos dizemos o seguinte: primeiro, quanto à filha de Jairo.

Os servos, que levavam ao chefe da sinagoga a notícia da morte da menina, lhe disseram, na presença de Jesus, dos discípulos e da multidão: "Tua filha morreu, não dês ao Mestre o incômodo de ir vê-la". Jesus, porém, foi. E, chegando à casa de Jairo, disse aos que choravam e se lamentavam: "Não choreis, porque a menina dorme, apenas; não está morta". Aos tocadores de flauta e ao grande número de pessoas que lá se encontravam, fazendo alarido, igualmente declarou: "Retirai-vos, porque a menina não morreu, apenas dorme". Como sabeis pelo Evangelho, estas palavras foram acolhidas por todos com zombeteira incredulidade, por saberem QUE ELA ESTAVA MORTA.

E essa opinião, da massa ignorante, prevaleceu sobre as declarações expressas e contrárias do Mestre. OS DISCÍPULOS NÃO VIRAM SENÃO UM MILAGRE NO FATO QUE JESUS PRODUZIRA, E QUE ELES NÃO PODIAM NEM EXPLICAR NEM COMPREENDER. Tal opinião tinha de durar séculos, como realmente durou. Até aos vossos dias, em que a incredulidade por sua vez a atacou e recusou admitir o fato, POR NÃO O SABER EXPLICAR NEM CRER EM MILAGRE, o que os homens daquele tempo acreditaram é o que a Igreja ainda ensina: a morte real da filha de Jairo e a sua ressurreição, NO SENTIDO DA VOLTA DO ESPÍRITO (OU ALMA) A UM CADÁVER. 

Mas não censureis: tudo tem sua razão de ser. Essas crenças constituíam condição e meio de progresso para a Humanidade. Jesus conhecia o estado das inteligências, as necessidades e aspirações da época, e SABIA QUE AQUELA OPINIÃO HUMANA IA PREVALECER. Por isso mesmo, salvaguardou o futuro, ao dizer: "A menina não está morta; apenas dorme". Deixou à Revelação atual o encargo de, ante a narração evangélica, explicar EM ESPÍRITO E VERDADE o suposto milagre.

Agora, quanto ao fato relativo à morte e ressurreição de Lázaro, Jesus apropriou sua linguagem à situação, ao que devia ser, e dispôs tudo de maneira a servir ao presente e preparar o futuro, reservando aos tempos (então vindouros) da atual Revelação, os elementos e os meios de explicar aquele fato EM ESPÍRITO E VERDADE. 

Como no caso da filha de Jairo, disse o Mestre: "Esta enfermidade não é mortal, não chega a causar morte; vosso amigo Lázaro dorme. Vou despertá-lo". É verdade que também disse: "Lázaro está morto", mas só o disse respondendo à pergunta dos discípulos: "Mas, se Lázaro está dormindo, poderá ser curado?" LÁZARO ESTAVA MORTO AOS OLHOS DOS HOMENS, PARA TODOS ESTAVA MORTO, MENOS PARA JESUS, que o sabia apenas adormecido e que, assim, o ia despertar, não ressuscitar no sentido em que os homens empregam esta palavra.

A enfermidade de Lázaro não era mortal, não chegava a lhe causar a morte. Ele, portanto, não morrera, NÃO ESTAVA REALMENTE MORTO, (no momento oportuno, explicaremos quais são, em Espírito e Verdade, o sentido e o "por que" das palavras "LÁZARO ESTÁ MORTO", ditas por Jesus como resposta àquela pergunta dos seus discípulos. Nos comentários à própria narração evangélica, não só explicaremos o fato ocorrido com Lázaro como, também, a origem da opinião humana de Marta que, como as demais pessoas, acreditava na morte real do seu irmão chegando a dizer: "Ele cheira mal, pois está aí há quatro dias").

No desempenho da sua missão terrena, Jesus tudo dispunha TENDO EM VISTA A ÉPOCA EM QUE FALAVA PESSOALMENTE AOS HOMENS E OS SÉCULOS AINDA MUITO DISTANTES. Tinha, por isso, o cuidado de estabelecer as bases, de preparar os elementos e os meios para a explicação futura, em Espírito e Verdade, dos seus atos e palavras, de modo que recebesse cada um o que sua inteligência pudesse suportar.

NÃO CONFUNDAIS, NUNCA, NOS EVANGELHOS, AS PALAVRAS E OS ATOS DE JESUS COM O QUE REFLETE E REPRODUZ AS OPINIÕES, APRECIAÇÕES E INTERPRETAÇÕES HUMANAS, QUE TRAZEM O CUNHO DA ÉPOCA E DO MEIO EM QUE ELE CUMPRIU SUA MISSÃO. E, QUANTO ÀS SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS, NÃO LHES DEIS, JAMAIS - QUERENDO APRENDER-LHES O VERDADEIRO SENTIDO, QUERENDO PENETRAR O PENSAMENTO A QUE SERVEM DE ROUPAGEM, QUERENDO APRECIAR E DETERMINAR A NATUREZA E O CARÁTER DE SEUS ATOS - UM SENTIDO LITERAL QUE AS PONHA EM CONTRADIÇÃO CONSIGO MESMAS. 

Interpretai-as conforme ao espírito e compreendei-as, como é necessário, sem as isolar umas das outras, de modo que, consideradas na íntegra, em vez de se contradizerem, formem um TODO HARMONIOSO E VERDADEIRO.


quarta-feira, 25 de março de 2015


25/07/1970
O MISTÉRIO DAS RESSURREIÇÕES

P - É irrespondível a explicação dada ao caso da "ressurreição" do filho da viúva de Naim. Como devemos entender todas as outras "ressurreições" de que fala a Bíblia? E como o Espírito da Verdade encara o fato de as terem relatado os Evangelistas?

R - Em todas as "ressurreições" de mortos segundo os homens, operadas na Terra e em todas as épocas, especialmente aquelas de que falam os Testamentos Velho e Novo da Bíblia, não houve mais do que A VOLTA DO ESPÍRITO A UM CORPO QUE ELE NÃO ABANDONARA INTEIRAMENTE, ISTO É, A QUE SE CONSERVOU LIGADO E PRESO PELO LAÇO FLUÍDICO DO PERISPÍRITO. ASSIM, NÃO HAVIA CESSAÇÃO DA VIDA, MORTE REAL, NEM CADÁVER. Não havia mais que a suspensão da vida, morte apenas aparente, um estado de catalepsia completa, que passava aos olhos dos homens por um estado de morte real. Tais as "ressurreições" de Lázaro, da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim.

Quanto a este último, o cortejo seguia silenciosamente sua marcha; Jesus o fez parar, e disse à mãe do jovem o mesmo aos que choravam e se lamentavam na casa de Jairo: "Não choreis". Tendo todos parado, ordenou "Moço, levanta-te!", a mesma ordem que deu à filha de Jairo: "Menina, levanta-te!" E, em seguida, se afastou.

Ninguém proferiu palavra na presença de Jesus, diante de seus discípulos, da multidão que os acompanhava, compondo o cortejo fúnebre. Ninguém afirmou, referindo-se ao filho da viúva de Naim: "Ele está morto". Jesus, portanto, nada tinha a dizer, para salvaguardar a interpretação futura, EM ESPÍRITO E VERDADE, do ato que acabava de praticar. Pelo seu silêncio, deixou intencionalmente sujeito às explicações futuras aquele fato, tido por milagroso pelos que o presenciaram e pelos outros que dele ouviram falar. 

Assim procedeu porque o caso em questão tinha de contribuir para tornar aceita sua missão, e para que esta produzisse frutos naquele momento e no futuro, CABENDO AO ESPÍRITO DA VERDADE, PELO CRISTO PREDITO E PROMETIDO, EXPLICÁ-LO PELA ATUAL REVELAÇÃO. 

Os que formavam o cortejo, os discípulos, a multidão que os seguia, os que ouviram narrar o fato - acreditavam todos na morte do filho da viúva e na sua ressurreição. Para todos eles, o jovem estava morto e Jesus o ressuscitou no sentido que davam a esta palavra, de acordo com seus preceitos e tradições.Tal crença era fruto exclusivo das opiniões, das apreciações humanas, porque Jesus não dissera nada sobre o estado real do rapaz. OS EVANGELISTAS, NARRADORES DO FATO, TIVERAM, COMO SEMPRE, DE O RELATAR, E O RELATARAM REGISTRANDO O ATO E AS PALAVRAS DE JESUS, SEGUNDO AS OPINIÕES, APRECIAÇÕES E INTERPRETAÇÕES HUMANAS A QUE O MESMO FATO DERA CAUSA E QUE ELES ESPOSAVAM. De modo que, conforme haveis de notar, relataram o fato como foi compreendido por todos. Assim é que eles dizem, falando do jovem: "um morto" (versículo 12), "aquele que estava morto" (versículo 15). 

A resposta a esta pergunta: "o rapaz estava morto, ou não?" tinha de ser confiada às interpretações humanas ATÉ AOS VOSSOS DIAS. A Revelação atual, que vem explicar EM ESPÍRITO E VERDADE a situação real daquele que estava "morto" no entender dos homens, a natureza e o caráter reais do ato que Jesus praticou, responde a essa pergunta. E O FAZ QUANDO OS PROGRESSOS REALIZADOS PELA CIÊNCIA HUMANA, OS ESTUDOS E AS OBSERVAÇÕES SOBRE O MAGNETISMO E O SONAMBULISMO MAGNÉTICO, COMPLETADOS PELA CIÊNCIA ESPÍRITA, VOS PUSERAM EM CONDIÇÕES DE COMPREENDER A RESPOSTA. 

Quando chegar a hora, também vos explicaremos os fatos relativos à Lázaro e à filha de Jairo, narrados pelos Evangelistas.





terça-feira, 24 de março de 2015


24/07/1970
O ESPÍRITO E O CADÁVER

P - Há muito se impunha, a nosso ver, a revisão das Revelações de Deus com a sua devida ATUALIZAÇÃO. Afinal, são vários milênios de evolução humana! Agora, todos podem compreender por que HAVERÁ UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ PASTOR, QUE É JESUS. Como o Espírito da Verdade explica o interessante caso do filho da viúva de Naim?

R - Está no Evangelho segundo Lucas, VII: 11-17.

Lucas: 11 - No dia seguinte, Jesus se dirigiu a uma cidade chamada Naim, acompanhado de seus discípulos e de grande multidão. 12 - Ao se aproximar da porta da cidade, aconteceu-lhe ver que levavam a enterrar um morto, que era filho único de sua mãe viúva, acompanhada de grande número de pessoas da cidade. 13 - Vendo-a, Jesus compadeceu-se dela e lhe disse: "Não choreis". 14 - Aproximou-se e, tocando o esquife, ordenou: "Moço, levanta-te!" 15 - No mesmo instante, aquele que estava morto se sentou e começou a falar. Jesus o restituiu à sua mãe. 16 - Todos os presentes foram tomados de espanto e glorificaram a Deus, dizendo: "Um grande profeta surgiu entre nós! Deus visitou o seu povo!" 17 - O rumor desse milagre se espalhou por toda a Judéia e circunvizinhanças.

Conheceis a relação que existe entre o Espírito e o corpo quando este, num estado de repouso a que chamais sono, fraqueza, catalepsia se encontra separado da inteligência que o anima. O ESPÍRITO RETOMA UMA LIBERDADE MOMENTÂNEA MAS RESTRITA, PERMANECENDO LIGADO AO CORPO, DO QUAL SE SEPAROU, POR UMA CADEIA ELÉTRICA, QUE É O LAÇO FLUÍDICO DO PERISPÍRITO, laço que o conduz ao invólucro material, logo que o ordenam as necessidades humanas.

A MORTE REAL NÃO TEM DESPERTAR MATERIAL, POIS A VONTADE IMUTÁVEL DE DEUS JAMAIS FORÇA O ESPÍRITO A SE UNIR A PODRIDÃO. Dizemos "podridão" porque, uma vez quebrado o laço perispirítico, tem início o apodrecimento da matéria, ainda mesmo que a vida orgânica não se tenha extinguido aos olhos dos homens. A ciência humana, por enquanto, é incapaz de comprovar os primeiros efeitos e indícios da decomposição; entretanto, eles existem.

Portanto, com relação ao filho da viúva de Naim, como também em relação a Lázaro, à filha de Jairo e a todos os outros "mortos" (aos olhos humanos, bem entendido) não se havia quebrado o laço que une o Espírito ao corpo. A MORTE, POIS, ERA APENAS APARENTE, MAS FOI CONSIDERADA REAL PELOS HOMENS. Que aconteceu, então, em Espírito e Verdade? Jesus chamou o prisioneiro que se afastara do seu cárcere carnal e ele, submisso à ordem do Cristo, voltou imediatamente. NÃO TEM OUTRA CAUSA OS FATOS DESTA NATUREZA, REFERIDOS TANTO NO VELHO QUANTO NO NOVO TESTAMENTO DA BÍBLIA SAGRADA. Acabamos de dizer, falando do filho da viúva de Naim, que o Espírito voltou, incontinente, à sua prisão carnal. 

Para que ocorressem todos os fatos que se haviam de produzir pela ação de Jesus, deixando nos Evangelhos traços e lembranças entre os homens, os Espíritos que - por pertencerem ao GRUPO DOS PARTICIPANTES DA OBRA DO MESTRE - deviam concorrer para a produção desses fatos, se colocavam voluntariamente, nas condições precisas, ao longo do caminho que ele percorria e desempenhavam, assim, a missão que trouxeram quando encarnaram.

O fato ocorrido com o filho da viúva de Naim (como se deram com Lázaro e com a filha de Jairo) estava no número daqueles. O Espírito do filho da viúva, portanto, obedecia com submissão e devotamento à potente vontade de Jesus. O ESTADO REAL EM QUE SE ENCONTRAVA O JOVEM ERA O DE CATALEPSIA COMPLETA, ÚNICO ESTADO SINCOPAL QUE PODE APRESENTAR POR LONGO TEMPO AS APARÊNCIAS DA MORTE, DE MODO A SER CONSIDERADA MORTE REAL.

Jesus tocou o corpo e não o esquife, que os judeus usavam para enterrar os mortos, e o fez com o fim de deter a marcha do cortejo. Sua vontade, expressa na ordem "LEVANTA-TE", reconduziu o Espírito ao "cadáver", que despertou do seu prolongado sono, e imediatamente readquiriu, pela vontade do Espírito e pela influência benéfica do Mestre, a força e a lucidez que havia perdido. Esse Espírito - já  o dissemos - submisso e devotado, estava pronto a voltar, por ordem do Cristo, ao seu corpo inerte. Mas este, não estando sustentado pela vitalidade da matéria, porque - em virtude do afastamento do espírito - o laço fluídico se distendera cada vez mais e se tornara assim muito fraco, necessitava da ação poderosa de Jesus para readquirir de súbito, GRAÇAS AOS FLUIDOS QUE O PENETRAVAM, a força e a vitalidade. A restituição da vitalidade ao corpo foi devida àquela potência magnética, que restabeleceu a harmonia entre as forças vitais.

Repetimos: UMA VEZ MORTO REALMENTE, PELA RUPTURA DO LAÇO QUE UNE O ESPÍRITO AO CORPO, ISTO É, POR SE HAVER O ESPÍRITO, COM O PERISPÍRITO, SEPARADO COMPLETAMENTE DO CORPO, JAMAIS PODE O HOMEM READQUIRIR A VIDA CORPORAL HUMANA, PELA VOLTA DE UM E OUTRO À PODRIDÃO CHAMADA "CADÁVER".

Nesse caso, desde que o Espírito volveu à sua vida primitiva, à vida espiritual, não lhe é mais possível retomar a vida corporal humana, senão pela reencarnação, de acordo com as Leis Naturais e Imutáveis da reprodução vigente na Terra, insistimos: A VONTADE IMUTÁVEL DE DEUS JAMAIS FORÇA O ESPÍRITO A SE UNIR À PODRIDÃO; JAMAIS DERROGA, EM QUALQUER DOS MUNDOS HABITADOS, AS LEIS QUE ELE MESMO PROMULGOU DESDE TODA A ETERNIDADE.

segunda-feira, 23 de março de 2015


23/07/1970
A IGREJA DO CRISTO

P - Disse Jesus, no versículo 10 de Mateus e no versículo 9 de Lucas: "Em verdade vos digo que em Israel não encontrei tão grande fé". No versículo 11 de Mateus, disse o Mestre: "Também vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e sentarão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó, no reino dos céus". O Espírito da Verdade pode aclarar o sentido e o alcance destas palavras, tanto com relação à época em que Jesus falava quanto em relação à nossa época?

R - Estas palavras encerravam profundo ensinamento, visando a destruir, no espírito dos judeus, A IDÉIA DE QUE SÓ ELES ERAM FILHOS DE DEUS E TINHAM DIREITO AS GRAÇAS DIVINAS. Dessa forma, Jesus lhes ensinava que, seja qual for o homem, venha de onde vier, SE TIVER FÉ (OU MERECIMENTO), É VERDADEIRAMENTE FILHO DE DEUS. E mais: que ao contrário, os que pertenciam à grande família judaica, acreditando-se privilegiados, seriam repelidos se não seguissem o caminho que o Senhor traçou e Moisés lhes havia mostrado, chamando-os à prática do amor a Deus e do amor ao próximo. 

O mesmo ensino, podeis aplicar à Igreja de Roma, que repele quem não curva a cabeça ao jugo de sua lei. Habituou-se à grandeza e às honras humanas, servindo mais a Mamon que ao próprio Deus. Cheia de orgulho, persegue impiedosamente os que tentam abrir-lhe os olhos, porque se julga a Igreja de Jesus.

Mas a Igreja do Cristo tem por templo o vosso planeta; por fiéis todos os Homens de Boa Vontade que vivem o Novo Mandamento; por sacerdotes todos os corações puros, que arrebanham os Espíritos transviados para os reconduzir ao BOM PASTOR DO ÚNICO REBANHO.

Lembrai-vos destas outras palavras de Jesus, no versículo 12 de Mateus: "Os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde há pranto e ranger de dentes". Os que receberam a Palavra de Deus, e dela não fizeram o uso que deviam fazer, serão expurgados da Terra: tardiamente compreenderão o erro em que caíram. QUANTOS JÁ HOUVE NO PASSADO, E, QUANTOS HÁ NO PRESENTE, QUE CHORAM AS FALTAS COMETIDAS! ELES SE ACREDITAVAM SALVOS, PELA SIMPLES RAZÃO DE SE JULGAREM COM O DIREITO DE ABSOLVER OU CONDENAR AS ALMAS. É que foram pesados na mesma balança em que pesaram os outros. 

Quanto às palavras "pranto e ranger de dentes", sabeis que se referem, alegoricamente, aos sofrimentos e torturas morais, às expiações que - visando exclusivamente ao seu aperfeiçoamento moral - o Espírito tem de sofrer na erraticidade, de modo proporcional e apropriado às faltas e crimes que cometeu.

Evidentemente, falando-se de sofrimentos, sempre se devem entender OS SOFRIMENTOS MORAIS DO ESPÍRITO CULPADO E ARREPENDIDO, INEVITAVELMENTE SEGUIDOS DA REENCARNAÇÃO.


domingo, 22 de março de 2015


22/07/1970
ALOPATIA E HOMEOPATIA

P - Alguns estudiosos, em nosso Posto Familiar, querem saber o que se dará com os sistemas médicos, que, do ponto de vista terapêutico, dividem os homens, notadamente com os sistemas chamados "alopatia" e "homeopatia", sendo este último o que, por meio de experiências no homem, determina os sintomas morais e os sintomas físicos e mórbidos. O Espírito da Verdade pode esclarecer o assunto?

R - Todos os sistemas médicos terão de se unir PARA FORMAR UM ÚNICO, o qual se aliará ao magnetismo humano e ao sonambulismo magnético, prestando-se os três, mútuo apoio, constituindo o arsenal onde o homem irá buscar suas armas para combater a doença e restituir a saúde a seus irmãos. 

O princípio dos contrários, o princípio dos semelhantes, o magnetismo humano e o sonambulismo magnético são do domínio das Leis da Natureza. Compete ao homem saber, depois de estudos teóricos e experimentais, O CASO EM QUE DEVE EMPREGAR ESTE OU AQUELE MEIO. A esses estudos é que tem de se aplicar para restabelecer, no organismo, o equilíbrio desfeito e a harmonia das forças vitais, quando perturbada: REMONTE ELE À ORIGEM DO MAL; SOBRETUDO, PROCURE SEMPRE A CAUSA MORAL EM TODAS AS DORES FÍSICAS. 

Nos inúmeros males, que afligem a Humanidade, pesquisai bem o fundo das consequências e dos corações, e encontrareis a raiz dessa árvore que se estende por todos os membros. A alma e o coração quase sempre estão atacados: daí A PERTURBAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO, FONTE DE TODAS AS ENFERMIDADES E DE TODOS OS SOFRIMENTOS.

Perscrutai os antecedentes do que sofre e, muitas vezes, descobrireis o remorso oculto de uma ação má, um acontecimento que interessou a saúde, viciando o sangue que devia circular puro nas veias. Médicos, isto é, todos vós que vos consagrais a aliviar os males de vossos irmãos, sede clarividentes: não apliqueis o remédio na chaga do enfermo à guisa da criança que "medica" um boneco!

sábado, 21 de março de 2015


21/07/1970
A CIÊNCIA PERANTE O EVANGELHO

P - Só os cegos espirituais não entendem que POLÍTICA, RELIGIÃO E CIÊNCIA SÃO TRÊS ASPECTOS DA MESMA VERDADE, PORQUE POLÍTICA É A RELIGIÃO CIENTIFICAMENTE PRATICADA! Como o Espírito da Verdade explica o destino da ciência à luz do Evangelho do Novo Mandamento?

R - Os estudos espirituais, que vos darão o conhecimento da CIÊNCIA UNIVERSAL, são os que, elevando vossas almas, vos libertarão completamente dos instintos animais. Quanto mais o homem se purificar, na vivência do Novo Mandamento de Jesus, mais senhor será das suas forças, dos seus instintos, da sua vontade. Mais se aproximará da Perfeição que lhe cumpre atingir, multiplicando os seus poderes. Só a purificação moral lhe tornará possíveis os estudos necessários ao conhecimento dos fluidos magnéticos DOTADOS DE PROPRIEDADES REGENERADORAS E REVITALIZANTES; ao conhecimento da natureza e da maneira de atuar de cada um deles; das aplicações a que se prestam, sob o ponto de vista curativo, conforme a moléstia.

Sim, à medida que o Espírito se desprender da matéria, seus conhecimentos a respeito de TUDO QUANTO AINDA LHE É OBSCURO OU DESCONHECIDO se ampliarão e desenvolverão. Entretanto, muito antes de conhecer os fluidos, o homem se servirá deles com bom resultado GRAÇAS AO AUXÍLIO DOS ESPÍRITOS PROTETORES DA HUMANIDADE, os quais, mediante o magnetismo espiritual, intervindo ocultamente, se sentirão felizes de os colocarem ao alcance de sua mão, A FIM DE QUE OS EMPREGUE DE ACORDO COM AS NECESSIDADES, DENTRO DA LEI DIVINA. 

Repetimos: o conhecimento desses fluidos será progressivo, acompanhando o progresso do estado moral. Segue-se que só será completo quando o homem houver alcançado a Perfeição que pode esperar na Terra. 

O magnetismo humano ainda tem de progredir muito para chegar ao apogeu, isto é, A ÉPOCA EM QUE A VONTADE DO ESPÍRITO BASTARÁ PARA REUNIR OU DISPERSAR OS FLUIDOS SOBRE OS QUAIS DESEJE ATUAR. A ciência adquirida, porém, já produziu bons frutos e preparou para o futuro um bem imenso, pondo-vos em condições de ler através de todos os obstáculos e de perscrutar o seio da terra, para descobrir as riquezas que ela contém.

Não falamos aqui das riquezas que o homem deve desprezar, como geradoras do orgulho, do egoísmo e da sensualidade, mas daquelas que Deus lhe concede para recobrar a saúde e a força, quando diminuídas ou aniquiladas. Aludimos ao sonambulismo lúcido, produzido e revelado pelo magnetismo humano; às faculdades da visão espiritual e aos instintos que possui o sonâmbulo (perfeitamente lúcido) pelo desprendimento sob a ação magnética; e às descobertas que, do ponto de vista curativo, ele pode e há de proporcionar à Humanidade nos reinos mineral, vegetal e animal, e no seio mesmo da Terra, entre os produtos e detritos aí sepultados.

ATÉ QUE SE ULTIME A DEPURAÇÃO MORAL E, COMO CONSEQUÊNCIA, A DEPURAÇÃO FÍSICA DO HOMEM, A AÇÃO MAGNÉTICA HUMANA NÃO BASTARÁ POR SI SÓ, A MAIOR PARTE DAS VEZES, PARA A CURA DAS ENFERMIDADES. Na maioria dos casos essencialmente físicos, ou orgânicos, serão necessários o auxílio e o concurso tanto da ciência médica quanto do sonambulismo magnético, das propriedades curativas já conhecidas e das que virão a ser descobertas, nas substâncias minerais, vegetais e animais.

Ficai sabendo: os auxílios estranhos aos fluidos magnéticos podem servir, combinando-se com estes. Há simpatia entre as plantas que curam e os fluidos que, para esse fim, se assimilam. Aquelas que se saturam desses fluidos e os levam ao organismo. Atraindo-os em seguida, por meio do magnetismo humano, obtereis duplo resultado. Eis por que os sonâmbulos realmente lúcidos, livres (pelo desprendimento magnético) de quaisquer influências, se mostram aptos a escolher as plantas curativas. NÃO DESPREZEIS NENHUM DOS MEIOS QUE O SENHOR VOS CONFIOU PARA ATINGIRDES O FIM: a medicina não deve ser um sistema, e sim um meio de restabelecer no organismo o equilíbrio desfeito, de restaurar (quando perturbada) a harmonia das forças vitais.

E os homens quaisquer que sejam, que se consagram ao tratamento físico da Humanidade, devem entregar-se a profundos e perseverantes estudos, teóricos e experimentais, VALENDO-SE DA CIÊNCIA MÉDICA, destinada a progredir sempre; do magnetismo humano e do sonambulismo magnético, lançando mão de todos os meios e recursos que tais estudos necessariamente facultam, recursos e meios tirados - pela observação e pela experimentação - das propriedades curativas das substâncias minerais, vegetais e animais (sobretudo dos vegetais); e, ao mesmo tempo, dos fluidos de que se acha carregada a atmosfera que vos cerca. 

Já dissemos e agora repetimos: ATÉ QUE SE COMPLETE A PURIFICAÇÃO MORAL (E, POR CONSEGUINTE, A PURIFICAÇÃO FÍSICA) DO HOMEM, A AÇÃO MAGNÉTICA HUMANA NÃO BASTARÁ POR SI SÓ, NA MAIORIA DOS CASOS, PARA A CURA DAS ENFERMIDADES FÍSICAS OU ORGÂNICAS.

Haverá, porém, casos excepcionais, em que Deus permitirá ao homem adiantar-se; em que um privilegiado (privilegiado em virtude da elevação e pureza alcançadas) com o auxílio oculto dos Espíritos Superiores, produzirá - por ato de sua vontade e pela ação magnética - fenômenos de cura julgada impossível, fenômenos de cura dos que se chamam MILAGRES! 


sexta-feira, 20 de março de 2015

19/07/1970
RELIGIÃO E CIÊNCIA

P - Hoje, compreendemos por que a Ciência, serena e imparcial diante dos FATOS que analisa, despreza todos os sectarismos religiosos: cada crença se julga A VERDADEIRA, nos seus arroubos realmente infantis. Graças à LBV, tudo começa a mudar, em benefício do Brasil e de toda a Humanidade. Como o Espírito da Verdade interpreta a passagem evangélica do centurião?

R - Vejamos Mateus, VIII: 5-13 e Lucas, VII: 1-10.

         Mateus: 5 - Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, veio
         ter com ele um centurião e lhe fez esta súplica:     6 –
         "Senhor, meu servo  está  de  cama  em  minha  casa,
         atacado de paralisia, e sofre extremamente". 7 - Jesus
         lhe disse: "Irei lá e o curarei". 8 - Mas o centurião  lhe
         ponderou:   "Senhor, não sou digno de que entres na
         minha casa;  dize apenas uma palavra, e o meu servo
         ficará curado; 9 - pois sou homem sujeito à autoridade
         e tenho soldados sob as minhas ordens,  e digo a um:
         vai lá, e ele vai, e digo a outro: vem cá, e ele vem; e di-
         go ao meu servo: faze isto e ele faz".  10 - Ouvindo es-
         tas palavras, Jesus se admirou e disse àqueles que  o
         seguiam: Em verdade eu vos digo que nem mesmo em
         Israel encontrei tamanha fé. 11 - Também vos digo que
         muitos virão do Oriente  e  do  Ocidente  e  sentarão  à
         mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus, 12
         - ao passo que os filhos do reino  serão  lançados  nas
         trevas exteriores, onde haverá pranto e ranger de den-
         tes". 13 - E, voltando-se para o centurião, disse Jesus:
         "Vai, pois te será feito conforme a tua fé". Nessa mes-
         ma hora, o servo ficou curado.

         Lucas: 1 - Acabando de falar tais coisas ao   povo,  Je-
         sus entrou em Cafarnaum.    2 - Um centurião tinha em
         sua casa, doente, quase à morte, um servo que lhe era
         muito caro. 3 - Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião
         lhe mandou suplicar, por intermédio de alguns anciões
         judeus, que viesse curar o seu servo.  4 - Falando a Je-
         sus, com insistência lhe suplicaram, dizendo:     "É um
         homem que merece lhe faças esta graça,   5 - pois ama
         o nosso povo e construiu a nossa sinagoga". 6 - Jesus
         se pôs a caminho  com  eles;  mas,  quando  chegaram
         perto da casa do centurião, este lhe mandou dizer por
         seus amigos: "Senhor, não te incomodes, pois não sou
         digno de que entres na minha casa,    7 – como  não me
         achei digno de ir ter contigo: dize uma só palavra, e meu
         servo ficará curado; 8 - porque também sou  homem su-
         jeito à autoridade; tenho soldados sob as minhas ordens
         e, se digo a um:  vai lá, ele vai;  a outro:  vem aqui, e  ele
         vem; a meu servo: faze isto, e ele faz". 9 - Ouvindo isso,
         admirado, Jesus se voltou para o povo, que  o  acompa-
         nhava, e disse: "Em verdade eu vos digo que ainda não
         vi em Israel, tão grande fé". 10 - E, quando para casa do
         centurião voltaram os que este mandara a Jesus, encon-
         traram curado o servo que estava doente.

A grande lição é esta: TENDE FÉ, POR QUE PARA DEUS NÃO HÁ DIFERENÇA ENTRE SUAS CRIATURAS, sejam quais forem as leis que estejam submetidas. São seus filhos TODOS OS HOMENS DE BOA VONTADE, sem qualquer discriminação religiosa. Ide, pois, a Ele com absoluta confiança, qualquer que seja o humano jugo que suporteis. Ide, e Ele vos aliviará. Mostrai-lhe vossas angústias, vossos sofrimentos, vossas misérias, e Ele vos curará. É o exemplo do centurião, educado no paganismo! 

Quanto à cura do servo, JESUS A OPEROU PELO MESMO PRINCÍPIO DE SEMPRE: O MAGNETISMO. Todos os fatos de curas materiais, qualificados de milagrosos ou sobrenaturais, emanam da mesma fonte. A paralisia é um resfriamento dos fluidos animalizados que circulam no organismo humano. A vontade poderosa do Cristo mudou esses fluidos, revitalizando-os. Assim como a pilha galvânica pode, momentaneamente, dar movimento aos músculos e aos nervos de um cadáver, também a concentração, por efeito magnético, de certos fluidos espalhados na atmosfera, pode operar sobre o organismo vivo um abalo violento, capaz de regenerá-lo. NA FORÇA DAQUELE QUE, PELA AÇÃO EXCLUSIVA DA SUA VONTADE, OBTINHA TAIS EFEITOS É QUE O HOMEM PODERIA VER UM MILAGRE; MAS EXPLICAÇÃO FAZ VER QUE ESSA FORÇA É NATURAL. 

Do mesmo modo que juncou o solo, que pisais, de benéficas plantas, cujas propriedades curativas ainda não conheceis inteiramente, o Senhor também carregou a atmosfera, que vos envolve, de propriedades regeneradoras, purificadoras e revitalizantes, que nem sempre percebeis e para a maioria ainda são letra morta. Para vos servirdes dela eficazmente, tendes de fazer os estudos necessários: ESTUDOS ESPIRITUAIS, OS ÚNICOS QUE VOS PODEM ELEVAR A ALTURA DA CIÊNCIA UNIVERSAL.

Sim, religião e ciência se completam, formando a verdadeira política ainda ignorada pelos homens.


  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...