quarta-feira, 18 de março de 2015


17/07/1970
A LEPRA FÍSICA E A LEPRA MORAL

P - Achamos divina a missão do CEU da LBV, devolvendo ao Cristo o que é do Cristo. Realmente é uma ignomínia tentar dividir o REBANHO ÚNICO de Nosso Senhor e Mestre Jesus! É a lepra moral, que ainda infelicita os que fazem da religião um campo de batalha! Por falar nisso, como o Espírito da Verdade explica a "milagrosa" cura do leproso?

R - Harmonizemos estas passagens dos Evangelhos sinóticos: Mateus, VIII: 1-4; Marcos, I: 40-45; Lucas, V: 12-16.

         Mateus: 1 - Tendo Jesus descido do monte, grande
         multidão o acompanhou.  2 - Aproximando-se dele,
         um leproso se pôs a adorá-lo, dizendo: "Senhor, se
         quiseres, bem podes me limpar!"   3 - Jesus, esten-
         dendo a mão, tocou o leproso e disse: "Quero, estás
         curado". E, no mesmo instante, a lepra desapareceu.
         4 - E Jesus acrescentou: "Não fales disto a ninguém,
         mas vai mostrar-te aos sacerdotes e fazer a oferenda
         prescrita por Moisés, a fim de que lhes sirva de tes-
         temunho.

         Marcos: 40 - Aproximou-se dele um leproso e, de joe-
         lhos, implorava, dizendo: "Se quiseres, podes limpar-
         me!"   41 - Jesus teve pena dele e, estendendo a mão,
         o tocou, e lhe disse: "Eu o quero, fica limpo!" 42 – As-
         sim que pronunciou estas palavras,  a lepra  deixou o
         homem, ficando este curado. 43 - Mandando-o embora,
         Jesus lhe proibiu, terminantemente, a  divulgação  do
         fato, dizendo: 44 - "Não fales disto a ninguém, mas vai
         mostrar-te aos príncipes dos sacerdotes e oferece, pe-
         la tua cura, o que Moisés ordenou, para que lhes sirva
         de testemunho". 45 - O homem, porém, logo que  saiu
         dali, começou a falar da sua cura  e  a  anunciá-la  por
         toda parte, de modo que Jesus não podia mais apare-
         cer ostensivamente na cidade;  permanecia fora,  nos
         lugares desertos; mas de toda parte o povo ia ter com
         ele.

         Lucas: 12 – Sucedeu  que achando-se Jesus  em certa
         cidade, um homem coberto de lepra o viu, dele se apro-
         ximou e, prostrando-se com o rosto em terra, implorou,
         dizendo: "Senhor, se quiseres, podes curar-me!"   13  -
         Estendendo a mão, Jesus o tocou, dizendo: "Eu o que-
         ro, ficarás curado".      A lepra desapareceu, no mesmo
         instante. 14 - Jesus lhe ordenou que não falasse a nin-
         guém, e lhe disse: "Vai mostrar-te aos sacerdotes, e o-
         ferece pela tua cura o que Moisés determinou, a fim de
         que lhes sirva de testemunho". 15 - Sua fama cada vez
         mais se espalhava, e a ele acorria grande multidão   de   
         pessoas, que vinham aos bandos para o ouvir e curar
         as suas enfermidades. 16 - Ele, porém, se retirava  para  
         o deserto, e orava.

Jesus conhecia e recompensava a fé, mas também sabia não serem chegados os tempos de publicar abertamente as graças que prodigalizava. 

AINDA HOJE ASSIM É: O SENHOR VOS CONCEDE O SEU APOIO E SE DIGNA DE CURAR A LEPRA DE VOSSAS ALMAS; MAS NEM TODOS SE ACHAM EM ESTADO DE COMPREENDER A GRAÇA QUE RECEBEM. 

Eis por que dizemos: procedei com prudência. Na indiscrição e na desobediência do leproso tendes um sinal de que os benefícios do Senhor serão conhecidos, façam o que fizeram as forças contrárias. A cura instantânea daquele homem (efeito da vontade poderosa de Jesus e do seu domínio sobre os fluidos apropriados) se operou pela CONCENTRAÇÃO MAGNÉTICA DESSES FLUIDOS. O magnetismo humano pode operar curas que ainda não compreendeis. Quanto mais o homem se aproxima da vida espiritual, mais se depura, mais em relação se põe com os fluidos que o cercam, E TANTO MAIS FACILMENTE OS DOMINA E EMPREGA COMO MEIOS CURATIVOS.  Ainda não sabeis o que pode o homem com o magnetismo e, sobretudo, O QUE PODERÁ DAQUI  A ALGUM TEMPO.

A cura instantânea do leproso não foi, portanto, mais que um fato natural, mais do que uma concentração dos fluidos de que Jesus podia dispor e que, PENETRANDO A PELE DO DOENTE, DEVORARAM, ANIQUILARAM AS MATÉRIAS IMPURAS NELA CONTIDAS, IMPEDINDO FOSSEM INTERIORMENTE LANÇADAS NO ORGANISMO E NA CIRCULAÇÃO GERAL. Entendei, portanto: a purificação dos fluidos sanguíneos destruiu o princípio interno da lepra. O tecido da pele foi instantaneamente limpo e o enfermo se achou curado.

Nisso constituiu aos olhos dos homens, o "milagre", PELA RAZÃO DE QUE AO HOMEM AINDA NÃO É POSSÍVEL CONSEGUIR SEMELHANTE EFEITO, EM VIRTUDE DA SUA IMPUREZA OU LEPRA MORAL. Quando, por essa forma, for capaz de produzir a cura física, sua cura moral estará realizada.

Com a prática permanente do Novo Mandamento, a submissão e a fé expulsarão de vossas almas as influências impuras que as corroem, tornando-as LIMPAS AOS OLHOS DE DEUS.

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