quarta-feira, 25 de março de 2015


25/07/1970
O MISTÉRIO DAS RESSURREIÇÕES

P - É irrespondível a explicação dada ao caso da "ressurreição" do filho da viúva de Naim. Como devemos entender todas as outras "ressurreições" de que fala a Bíblia? E como o Espírito da Verdade encara o fato de as terem relatado os Evangelistas?

R - Em todas as "ressurreições" de mortos segundo os homens, operadas na Terra e em todas as épocas, especialmente aquelas de que falam os Testamentos Velho e Novo da Bíblia, não houve mais do que A VOLTA DO ESPÍRITO A UM CORPO QUE ELE NÃO ABANDONARA INTEIRAMENTE, ISTO É, A QUE SE CONSERVOU LIGADO E PRESO PELO LAÇO FLUÍDICO DO PERISPÍRITO. ASSIM, NÃO HAVIA CESSAÇÃO DA VIDA, MORTE REAL, NEM CADÁVER. Não havia mais que a suspensão da vida, morte apenas aparente, um estado de catalepsia completa, que passava aos olhos dos homens por um estado de morte real. Tais as "ressurreições" de Lázaro, da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim.

Quanto a este último, o cortejo seguia silenciosamente sua marcha; Jesus o fez parar, e disse à mãe do jovem o mesmo aos que choravam e se lamentavam na casa de Jairo: "Não choreis". Tendo todos parado, ordenou "Moço, levanta-te!", a mesma ordem que deu à filha de Jairo: "Menina, levanta-te!" E, em seguida, se afastou.

Ninguém proferiu palavra na presença de Jesus, diante de seus discípulos, da multidão que os acompanhava, compondo o cortejo fúnebre. Ninguém afirmou, referindo-se ao filho da viúva de Naim: "Ele está morto". Jesus, portanto, nada tinha a dizer, para salvaguardar a interpretação futura, EM ESPÍRITO E VERDADE, do ato que acabava de praticar. Pelo seu silêncio, deixou intencionalmente sujeito às explicações futuras aquele fato, tido por milagroso pelos que o presenciaram e pelos outros que dele ouviram falar. 

Assim procedeu porque o caso em questão tinha de contribuir para tornar aceita sua missão, e para que esta produzisse frutos naquele momento e no futuro, CABENDO AO ESPÍRITO DA VERDADE, PELO CRISTO PREDITO E PROMETIDO, EXPLICÁ-LO PELA ATUAL REVELAÇÃO. 

Os que formavam o cortejo, os discípulos, a multidão que os seguia, os que ouviram narrar o fato - acreditavam todos na morte do filho da viúva e na sua ressurreição. Para todos eles, o jovem estava morto e Jesus o ressuscitou no sentido que davam a esta palavra, de acordo com seus preceitos e tradições.Tal crença era fruto exclusivo das opiniões, das apreciações humanas, porque Jesus não dissera nada sobre o estado real do rapaz. OS EVANGELISTAS, NARRADORES DO FATO, TIVERAM, COMO SEMPRE, DE O RELATAR, E O RELATARAM REGISTRANDO O ATO E AS PALAVRAS DE JESUS, SEGUNDO AS OPINIÕES, APRECIAÇÕES E INTERPRETAÇÕES HUMANAS A QUE O MESMO FATO DERA CAUSA E QUE ELES ESPOSAVAM. De modo que, conforme haveis de notar, relataram o fato como foi compreendido por todos. Assim é que eles dizem, falando do jovem: "um morto" (versículo 12), "aquele que estava morto" (versículo 15). 

A resposta a esta pergunta: "o rapaz estava morto, ou não?" tinha de ser confiada às interpretações humanas ATÉ AOS VOSSOS DIAS. A Revelação atual, que vem explicar EM ESPÍRITO E VERDADE a situação real daquele que estava "morto" no entender dos homens, a natureza e o caráter reais do ato que Jesus praticou, responde a essa pergunta. E O FAZ QUANDO OS PROGRESSOS REALIZADOS PELA CIÊNCIA HUMANA, OS ESTUDOS E AS OBSERVAÇÕES SOBRE O MAGNETISMO E O SONAMBULISMO MAGNÉTICO, COMPLETADOS PELA CIÊNCIA ESPÍRITA, VOS PUSERAM EM CONDIÇÕES DE COMPREENDER A RESPOSTA. 

Quando chegar a hora, também vos explicaremos os fatos relativos à Lázaro e à filha de Jairo, narrados pelos Evangelistas.





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