25/07/1970
O
MISTÉRIO DAS RESSURREIÇÕES
P - É
irrespondível a explicação dada ao caso da "ressurreição" do filho da
viúva de Naim. Como devemos entender todas as outras "ressurreições"
de que fala a Bíblia? E como o Espírito da Verdade encara o fato de as terem
relatado os Evangelistas?
R - Em
todas as "ressurreições" de mortos segundo os homens, operadas na
Terra e em todas as épocas, especialmente aquelas de que falam os Testamentos
Velho e Novo da Bíblia, não houve mais do que A VOLTA DO ESPÍRITO A UM CORPO
QUE ELE NÃO ABANDONARA INTEIRAMENTE, ISTO É, A QUE SE CONSERVOU LIGADO E PRESO
PELO LAÇO FLUÍDICO DO PERISPÍRITO. ASSIM, NÃO HAVIA CESSAÇÃO DA VIDA,
MORTE REAL, NEM CADÁVER. Não havia mais que a suspensão da vida, morte apenas
aparente, um estado de catalepsia completa, que passava aos olhos dos homens
por um estado de morte real. Tais as "ressurreições" de Lázaro,
da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim.
Quanto a
este último, o cortejo seguia silenciosamente sua marcha; Jesus o fez parar, e
disse à mãe do jovem o mesmo aos que choravam e se lamentavam na casa de Jairo:
"Não choreis". Tendo todos parado, ordenou "Moço,
levanta-te!", a mesma ordem que deu à filha de Jairo: "Menina,
levanta-te!" E, em seguida, se afastou.
Ninguém
proferiu palavra na presença de Jesus, diante de seus discípulos, da multidão
que os acompanhava, compondo o cortejo fúnebre. Ninguém afirmou, referindo-se
ao filho da viúva de Naim: "Ele está morto". Jesus, portanto, nada
tinha a dizer, para salvaguardar a interpretação futura, EM ESPÍRITO E VERDADE,
do ato que acabava de praticar. Pelo seu silêncio, deixou intencionalmente
sujeito às explicações futuras aquele fato, tido por milagroso pelos que o
presenciaram e pelos outros que dele ouviram falar.
Assim
procedeu porque o caso em questão tinha de contribuir para tornar aceita sua
missão, e para que esta produzisse frutos naquele momento e no futuro, CABENDO
AO ESPÍRITO DA VERDADE, PELO CRISTO PREDITO E PROMETIDO, EXPLICÁ-LO PELA ATUAL
REVELAÇÃO.
Os que
formavam o cortejo, os discípulos, a multidão que os seguia, os que ouviram
narrar o fato - acreditavam todos na morte do filho da viúva e na sua
ressurreição. Para todos eles, o jovem estava morto e Jesus o ressuscitou no
sentido que davam a esta palavra, de acordo com seus preceitos e tradições.Tal
crença era fruto exclusivo das opiniões, das apreciações humanas, porque Jesus
não dissera nada sobre o estado real do rapaz. OS EVANGELISTAS, NARRADORES DO
FATO, TIVERAM, COMO SEMPRE, DE O RELATAR, E O RELATARAM REGISTRANDO O ATO E AS
PALAVRAS DE JESUS, SEGUNDO AS OPINIÕES, APRECIAÇÕES E INTERPRETAÇÕES HUMANAS A
QUE O MESMO FATO DERA CAUSA E QUE ELES ESPOSAVAM. De modo que, conforme
haveis de notar, relataram o fato como foi compreendido por todos. Assim é
que eles dizem, falando do jovem: "um
morto" (versículo
12), "aquele que estava morto" (versículo 15).
A
resposta a esta pergunta: "o rapaz estava morto, ou não?" tinha de
ser confiada às interpretações humanas ATÉ AOS VOSSOS DIAS. A Revelação atual,
que vem explicar EM ESPÍRITO E VERDADE a situação real daquele que estava
"morto" no entender dos homens, a natureza e o caráter reais do ato
que Jesus praticou, responde a essa pergunta. E O FAZ QUANDO OS PROGRESSOS
REALIZADOS PELA CIÊNCIA HUMANA, OS ESTUDOS E AS OBSERVAÇÕES SOBRE O MAGNETISMO
E O SONAMBULISMO MAGNÉTICO, COMPLETADOS PELA CIÊNCIA ESPÍRITA, VOS PUSERAM EM
CONDIÇÕES DE COMPREENDER A RESPOSTA.
Quando
chegar a hora, também vos explicaremos os fatos relativos à Lázaro e à filha de
Jairo, narrados pelos Evangelistas.
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