31/07/1970
DESERTO,
PRECE, PREGAÇÃO
P - Há
coisas, nos Evangelhos, que nos fazem refletir.  Por isso, perguntamos ao
Espírito da Verdade: - Os Evangelistas estavam integrados em todos os pontos da
missão de Jesus?
R -
Vejamos Marcos, I: 35-39, e Lucas, IV: 42-44.
         Marcos: 35 - No
dia seguinte, tendo se levantado muito 
         cedo, Jesus saiu e foi para um lugar
deserto, onde se pôs 
         a orar,   36 - Simão  e  os  que  estavam
com ele foram ao 
         seu encalço.    37 - E, quando  o encontraram,  lhe  disse-
         ram: "Todos te procuram!" 38
- Ele, então, disse: "Vamos 
         às aldeias e cidades próximas, para
que eu também pre-
         gue aí, pois foi para isso que vim!     39 - E assim pregava 
         nas sinagogas, e por  toda  a  Galiléia,  expulsando  os  de
         mônios!"
         Lucas: 42 - Ao
nascer do dia, saiu e foi para um lugar de-
         serto; a multidão que o procurava veio
ter com ele, e não 
         o largava com receio de que se fosse  embora.     43 -  Ele, 
         porém, lhes disse: "É ´preciso
que também nas outras ci-
         dades  eu  anuncie  o  reino
de Deus, pois vim para isso". 
         44 - E pregava nas sinagogas da
Galiléia.
Não
esqueçais nunca que a linguagem humana e a narração dos Evangelistas são
conformes (debaixo da influência e da inspiração mediúnica) AS CRENÇAS DOS
APÓSTOLOS, DOS DISCÍPULOS E DA MULTIDÃO QUE ACOMPANHAVA OS PASSOS DE JESUS,
CRENÇAS QUE, COMO HOMENS, ELES ADOTARAM DE ACORDO COM OS TEMPOS E AS FASES DA
MISSÃO QUE DESEMPENHAVAM. 
Jesus não
estava submetido, materialmente, às necessidades humanas; mas, aos olhos dos
homens, ele as experimentava. Quer isso dizer que elas ERAM APARENTES, NÃO
REAIS. Assim, o repouso noturno não lhe era necessário. Entretanto, aos que
supunham todos, ele se levantava, muito cedo, mau despontava o dia,
ensinando-lhes com o exemplo de tão grande atividade - que não deviam dar-se a
um repouso inútil, nem consagrar demasiado tempo aos cuidados pessoais. Todas
as vezes que desaparecia das vistas humanas, é que voltara, como sabeis, às
regiões superiores. Segundo os homens, porém, ele se retirava para lugar
deserto, onde se conservava em vigília, orando sempre. Também nesse
desaparecimento havia uma lição: ensinava que todos devem estar constantemente
vigilantes, a fim de estarem sempre prontos a comparecer diante do
Senhor. 
De volta
das regiões superiores, onde estivera durante a noite, foi visto saindo de casa
ao despontar do dia, muito cedo, para indicar a direção que deviam tomar, os
discípulos e a multidão, para encontrá-lo. E, no momento em que o encontraram
Pedro e todos aqueles que o procuravam, já ele retomava seu corpo perispirítico
em sua aparência de corporeidade humana.
Meditai
nas palavras que lhes dirigiu, quando a multidão pretendia retê-lo: encerram,
ainda, um ensino dado a todos os apóstolos, que não devem limitar-se aos locais
onde já executaram a pregação da Palavra de Deus. Evidentemente, os meios
de comunicação eram diretos, pessoais, intransferíveis, naqueles tempos. 
Mas a
ordem, ainda hoje, é levar a todos os lugares a Verdade Libertadora, não só do
Evangelho, mas agora, principalmente, do Apocalipse.
 
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