domingo, 30 de novembro de 2014


07/03/1970
OBRA DO ESPÍRITO SANTO - V

 P - O conhecimento da Lei dos Fluidos abre novos horizontes para os estudiosos da verdadeira Doutrina Cristã. Como o CEU da LBV analisa as consequências do "parto" de Maria?

R - Os Espíritos que vos cercam, chegados a um certo grau de adiantamento atuam - pelo poder da própria vontade - sobre os fluidos ambientes, atraem os que são necessários e, combinando-os, traçam, para os olhos carnais do homem, os quadros que ele precisa ver. Entretanto, tais meios só são empregados em casos excepcionais, da maior seriedade.

Assim, não pense o homem estar sempre submetido a essas "alucinações espirituais". Mas, todas as vezes que, para um fim útil à Humanidade, seja preciso recorrer a esses meios, eles são empregados. Não vos equivoqueis, porém, a respeito do sentido desta expressão "alucinações espirituais": trata-se de efeitos espirituais representando, para os olhos humanos, uma coisa qualquer que não exista realmente, nem do ponto de vista material, nem do ponto de vista espiritual, e que não passa de ilusão produzida, sob a ação dos Espíritos, por uma SIMPLES COMBINAÇÃO DOS FLUIDOS.

O fenômeno, que mais tarde explicaremos, chamado a manipulação dos pães e dos peixes, simples resultado de uma ação espiritual, obtida por mera combinação dos fluidos apropriados e necessários a tais efeitos, é de molde a vos fazer compreender como seria igualmente fácil produzir, para aqueles que porventura assistissem Maria, a ilusão perfeita do parto, dando-lhe as características da realidade.

É pelo mesmo princípio e pelo emprego das mesmas causas que os Espíritos culpados defrontam, na erraticidade, as vítimas que fizeram e as faltas que cometeram e vêem desenrolar-se o panorama sangrento do passado ou o cenário das dores que os esperam no futuro. Os fluidos empregados pelos Espíritos prepostos a essa missão apresentam aos olhos do culpado - ou quadros animados, de uma ilusão perfeita, ou a aparência de objetos sob a mais completa ilusão da realidade.

Fácil teria sido, portanto, produzir nos homens, naqueles que porventura a assistissem, a ilusão do parto de Maria. Mas, a isso se opunha o misterioso prestígio de que devia cercar-se o "nascimento" de Jesus. No momento a Virgem estava só. Fácil era dar a ilusão àquele Espírito cuja existência material apenas começava, tanto mais quando - embora o desenvolvimento da mulher em tais paragens seja mais precoce do que sob o vosso clima - a vida contemplativa de Maria a conservara ao abrigo de todas as aspirações e sensações materiais. Sendo ela, portanto, ignorante das leis da matéria, seria inútil levar mais longe essa ilusão.

Notai que os acontecimentos se encadearam de tal sorte que Maria se viu isenta de quaisquer socorros humanos, sendo o rebanho encurralado no estábulo sua companhia única naquele momento em que, estando sozinha, ela tivesse de acreditar num parto real; em que sob a influência magneto-espiritual, os fatos ocorreram para efetivar a ilusão sobre esse ponto; em que, finalmente, se verificou o aparecimento de Jesus sob o aspecto de uma criancinha.

Notai que NENHUM HISTORIADOR DE JESUS FALA DO TRABALHO DO PARTO DE MARIA, NEM DAS CONSEQUÊNCIAS QUE PUDESSEM OCASIONAR.

Os "espíritos fortes" farão sentir que, sendo a Judéia um país quente, as mulheres eram morenas e vigorosas, e que assim as condições mórbidas, do ponto de vista das consequências do parto, deviam ser quase nulas. Efetivamente, em certas atitudes, a mulher se encontra senão livre, ao menos aliviada de uma parte de seus sofrimentos. Mas Jerusalém, Nazaré e Belém de Judá não se acham em condições idênticas às das margens do Ganges, tão citadas em casos semelhantes. Ela, portanto, deveria ter estado "doente", como qualquer outra mulher, durante certo tempo. NINGUÉM DISSE UMA SÓ PALAVRA A TAL RESPEITO. Ao contrário, logo na manhã seguinte, recebeu os pastores (aos quais o Anjo, ou Espírito, se manifestara) e lhes apresentou o menino.

Ela era, já o dissemos, um Espírito muito puro, tendo por missão prestar-se a obra que se havia de realizar, e não procurava, como vós o fazeis, compreender o mecanismo dos atos ocultos. Observai: avisada pelo Anjo de que teria, aos olhos humanos um filho de essência diversa da sua, diversa da essência humana do vosso planeta, obedece e desempenha com fé, submissão e amor, A TAREFA QUE ACEITARA.

Avisada pelo Anjo, ou Espírito, de que não seria mais que um instrumento,  recebe como obra do Espírito Santo e sem inquirir da natureza da solução do problema, o filho que julgou ser fruto de suas entranhas e do qual tinha de se encarregar aos olhos dos homens. Não digam aqueles, que sem cessar controvertem, que isso teria sido embuste ou fantasmagoria. Não: vossa natureza está sujeita a muitas coisas que ainda não compreendeis, mas cuja fonte única é a combinação dos fluidos de que dispomos - para vossa utilidade e vosso progresso.

Jamais agimos sem propósito: cumprimos SEMPRE as vontades do Senhor. O que ocorreu era necessário ao início de uma nova era transitória, na qual a Humanidade então ia entrar, a fim de preparar o advento de nova Revelação. 




sábado, 29 de novembro de 2014

06/03/1970
OBRA DO ESPÍRITO SANTO - IV

 P - A explicação do Evangelho de Jesus, em Espírito e Verdade, sempre à luz do Novo Mandamento, nos reintegra na realidade eterna do Cristo de Deus. Poderia o Espírito da Verdade continuar suas lições sobre o magnetismo?

R - Sim. Precisamos explicar-vos, ainda, a ação do magnetismo sobre o Espírito do magnetizando.

O que a este respeito vamos dizer, se aplica tanto ao magnetismo humano quanto ao magnetismo espiritual; só que a ação deste é mais pura em suas causas e em seus efeitos. Entretanto, são os mesmos resultados de um e outro: o desprendimento do Espírito encarnado se produz em condições mais ou menos boas, conforme seja mais ou menos elevado o magnetizador, humano ou espiritual. Haveis de compreender que o magnetismo não pode causar ilusão ao Espírito, porque concorre para o seu desprendimento. Uma vez desprendido o Espírito, por esse meio, dos entraves da carne, a consequência é que se torna cúmplice voluntário de quem sobre ele atua, quer a ação magnética emane de um Espírito livre, que de um que esteja reencarnado.

A lembrança que o paciente, depois de acordar, guarde do que ocorreu durante o sono magnético, resulta do cooperação do mesmo paciente, o qual - seja por simpatia, seja por fraqueza, seja por subordinação, conforme às relações existentes entre ele e o magnetizador (humano ou espiritual) - consente em obedecer ao que lhe impõe ou propõe. Assim, ele se recordará das palavras ou atos cuja lembrança tenha, durante o sono assentido em guardar, sob a influência das sensações e impressões recebidas pela matéria, que conserva a marca do compromisso, assumido pelo paciente, de se lembrar dos atos como se fossem realmente praticados. O Espírito, iludido pela carne, ao despertar considera reais aqueles atos.

Se o Espírito do magnetizador e o do magnetizando são simpáticos, a lembrança é devida ao bom entendimento existente entre ambos. Se o Espírito do magnetizando é mais fraco do que o do magnetizador, e este lhe impõe uma vontade arbitrária, o Espírito desprendido cede algumas vezes. Se o Espírito do magnetizando é inferior ao do magnetizador, o primeiro por deferência, levado pelo respeito, obedece.

Maria, tinha de crer num parto real e lembrasse dos fatos que lhe cumpria atestar, como se tivessem ocorrido. Os Espíritos prepostos à preparação do aparecimento do Cristo na Terra, colocando Maria sob a influência do magnetismo espiritual, puseram-na em estado de sonâmbulo que vê e acredita, sente e experimenta, o que se quer que ela veja e acredite, sinta e experimente. Nesse estado, a Virgem se achou em condições idênticas as dos indivíduos, ainda raros entre vós, de que há pouco falávamos.

Quando ela ainda se encontrava sob aquela influência, os Espíritos prepostos - que, para produzirem a gravidez aparente e fluídica, haviam atraídos os fluidos apropriados - os dispersaram: deste modo, cessando as causas, os efeitos deixaram de existir. Pela dispersão daqueles fluidos, a menstruação retornou em seu curso normal e Maria se achou nas condições exigidas em tais casos para poder, no prazo estabelecido, preencher as formalidades prescritas na Lei de Moisés para a purificação. A fim de dar à Virgem - sempre sob a influência magneto-espirtual - a ilusão do parto e da maternidade, os Espíritos prepostos pela ação fluídica, fizeram-na experimentar efeitos semelhantes às contrações naturais de um parto qualquer. E essas impressões recebidas pela matéria a dispuseram a tomar, por simpatia com os Espíritos elevados que sobre ela atuavam, isto é, por acordo com eles, o compromisso de se lembrar materialmente de fatos que precisavam ser atestados, submetendo-se ao que lhe era proposto em nome do Senhor.

No momento em que Jesus apareceu, exatamente como por efeito de um nascimento real, sob o aspecto de uma criancinha, cessou toda a influência magneto-espiritual. E Maria, iludida pela carne, sob a influência das impressões recebidas pela matéria, que conservara o sinal do compromisso que seu Espírito assumira, tomou nos braços o menino, como se o parto fora comum, crente assim de que ele era fruto de suas entranhas, por obra do Espírito Santo.

Maria era quase uma criança, pouco experiente das coisas humanas, tendo sempre vivido em contemplação e adoração. Tomou o menino e rendeu graças a Deus. A gravidez e o parto não tiveram, da sua marcha natural, senão a aparência. Se fosse necessário dar também aos homens a ilusão desses fatos, fácil teria sido aos Espíritos preposto fazer com que, pelas dores da carne em elaboração, Maria experimentasse todos os incidentes e sintomas de cada uma das fases da maternidade, de modo a lhes  imprimir, aos olhos humanos, todos os caracteres aparentes da realidade, segundo as leis da encarnação do vosso planeta.

Sabeis como os Espíritos, que vos cercam, podem manipular os fluidos ambientes. Por isso, a gravidez teve, aos olhos dos homens, a aparência da realidade. O mesmo se deu com referência ao parto: cercando Maria dos fluidos necessários a produzir a ilusão, esses fluidos, pelas combinações que sofreram sob a ação espiritual, imprimiram aos olhos humanos todos os caracteres da realidade às fases do parto, de modo que este, para os que assistissem a Virgem, revestiria a aparência do fato real.  

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

05/03/1970
OBRA DO ESPÍRITO SANTO - III

P - Impressionante a explicação do Espírito da Verdade sobre a concepção, a gravidez e o parto da Virgem Maria! Poderia o CEU da LBV explicar o que sucedeu depois?
R - Passado o tempo normal da gravidez, houve efeito de magnetismo espiritual: os Espíritos prepostos à preparação do advento do Cristo colocaram Maria sob a influência magnética, e ela teve a impressão completa do parto e da maternidade. 
Deveis compreender essa influência recordando a ação e os efeitos que, por meio do magnetismo humano, o magnetizador exerce e produz sobre o magnetizado, assim como a ação e os efeitos que, mediante o magnetismo espiritual, os Espíritos exercem e produzem sobre o homem. O magnetizador pode, como sabeis, pela ação da sua vontade e com o auxílio dos fluidos humanos bem dirigidos, levar o paciente, em estado de sonambulismo, a experimentar todas as sensações e impressões, a ver e acreditar em tudo quanto ele queira que o mesmo paciente veja e acredite, ao ponto de conseguir que este se impressione com a ficção, como se fora uma realidade. 
Pode ainda produzir no paciente todas as aparências de um sofrimento qualquer, fazê-lo mesmo passar por este sofrimento e, por fim, livrá-lo dele. Se estudardes o magnetismo humano por todas as suas faces, notareis que alguns pacientes, cujo desprendimento se opera com grande facilidade, falam e procedem exatamente como se não estivessem mergulhados em sono magnético, não apresentando nenhum traço ou sintoma por onde o observador possa reconhecer esse estado. É que a ação magnética se exerce sobre o Espírito, deixando ao corpo a sua liberdade. São indivíduos que gozam do desenvolvimento de faculdades extra-humanas, isto é, indivíduos excepcionais,  que gozam não só (como todo Espírito desprendido da matéria) de faculdades extra-humanas, mas também de faculdades superiores às que observais nos homens mais lúcidos e que são capazes, em certos casos, de resolver problemas em que o Espírito encarcerado na carne não ousaria nem poderia abordar.
Há questões que o homem não se atreve a propor à ciência, não por humildade nem por uma cautelosa apreciação de suas forças, mas sim por considerar a ciência incapaz de responder a todas elas. Raros são ainda, tais indivíduos. Mas hão de se multiplicar, mediante o emprego dessa força que vos está confiada. Servirão imensamente ao progresso das ciências e das artes do vosso planeta.
São instrumentos mais perfeitos do que os outros, mas - por isso mesmo - mais fáceis de se quebrarem, isto é, são pessoas cujas faculdades mediúnicas, mal dirigidas, se estragariam rapidamente.  Tal a razão porque não vos aparecem em grande número. Preciso é que, em matéria de magnetismo, ganheis mais experiência.
Sabeis, também, que o esquecimento ao despertar é, em princípio, efeito do sonambulismo. Todavia, excepcionalmente, pode o magnetizador - pela ação de sua vontade e dando ordens nesse sentido - conseguir que, uma vez despertado, o sonâmbulo guarde lembrança do que tenha ocorrido no estado sonambúlico e da qual ele queira que o mesmo sonâmbulo se recorde no seu estado comum.
Tudo quanto, pela ação do magnetismo humano, o magnetismo pode fazer com outro indivíduo, igualmente o podem pela ação do magnetismo espiritual, os bons Espíritos. Estes atuam com maior discernimento e mais ciência do que o homem sobre o homem, e nas condições necessárias à obtenção dos efeitos que queiram produzir, dos resultados que desejam alcançar. Podem fazer que o paciente sinta pancadas ou dores, que aparecem ou desaparecem à vontade dos operadores invisíveis. 
Também sabeis, por numerosos fatos observados em todos os tempos e agora mesmo, como são sentidas essas pancadas, essas dores. 
Lembrai-vos: tudo está sujeito à influência magnética. 
 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

04/03/1970
OBRA DO ESPÍRITO SANTO - II

P - Deixou-nos impressionados a franqueza do Espírito da Verdade, ao afirmar que até os Evangelistas, os Apóstolos e os discípulos ignoravam a verdadeira origem espiritual de Jesus! De fato, a letra mata, só o Espírito vivifica. Tudo será aclarado agora?
R - Sim. A letra produziu seus frutos: não consegue mais satisfazer ao estado e ao progresso das vossas inteligências, às reais necessidades da época atual. Pois que agora mata, ela tem de ceder seu lugar ao espírito renovador e revitalizante. 
Chegaram os tempos de ensinar, de acordo com a Ciência e a Verdade, iniciando a todos os segredos da Natureza, o que foram - como obra do Espírito Santo - a gravidez e o parto de Maria. 
Esta obra, qualificada de "sobrenatural", "milagrosa", "divina", foi, com a permissão de Deus e de acordo com as leis naturais e imutáveis por ele promulgadas de toda a eternidade, o resultado de um ato espiritual e de uma ação magnética, executados com o auxílio e por meio de fluidos apropriados. 
O magnetismo é um agente universal que tudo aciona: TUDO ESTÁ SUBMETIDO À INFLUÊNCIA MAGNÉTICA. A atração existe em todos os reinos da Natureza. 
Não é por efeito da atração magnética, que o macho se aproxima da fêmea, nas diferentes partes da Terra, ainda mesmo nas mais desertas e quando, não raro, os dois se encontram a grande distância um do outro? 
Não é a atração magnética que leva uma flor a outra o princípio fecundante?
Que nas entranhas da Terra, une as substâncias próprias para a formação dos minerais que ela encerra?
Que atua sobre as águas, dirigindo-as para as terras áridas, necessitadas de fecundação?
TUDO É ATRAÇÃO MAGNÉTICA NO UNIVERSO. Esta é a grande lei que rege as coisas. Quando o homem tiver os olhos bem abertos para aprender toda a extensão dessa lei, o mundo estará sob o seu domínio, visto que ele poderá dirigir a ação material dessa força.
Mas para chegar lá, lhe será necessário um estudo longo e aprofundado das causas, e sobretudo muito respeito e amor ao Todo-Poderoso, que lhe confiou tão grande meio de ação. Quando, sob os auspícios desse respeito e desse amor, ele, todo humildade e desinteresse, houver conquistado pelo estudo e pelo trabalho o conhecimento de todos os fluidos, das suas naturezas diversas, de suas propriedades e efeitos, das diferentes combinações e transformações por que podem passar, POSSUIRÁ O SEGREDO DA VIDA UNIVERSAL E DA FORMAÇÃO DE TODOS OS SERES EM TODOS OS REINOS, sob a ação magnética e espiritual, pela vontade de Deus e segundo LEIS NATURAIS E IMUTÁVEIS. 
Os fluidos magnéticos ligam todos os mundos entre si no Universo, como todos os Espíritos, encarnados ou não. Eis o laço universal com que Deus nos ligou a todos para formarmos UM ÚNICO SER, conjugando-nos as forças para NOS INTEGRARMOS NELE. Pois os fluidos se reúnem pela ação magnética; tudo é magnetismo na Natureza; tudo é atração produzida por esse agente universal. No vosso planeta, além do magnetismo mineral, vegetal e animal, existem ainda o magnetismo humano e o magnetismo espiritual. 
O magnetismo humano consiste na concentração, por efeito da vontade do homem, dos fluidos existentes nele e na atmosfera que o cerca, e mediante os quais, a certa distância, ele atua sobre outros homens ou sobre as coisas. O magnetismo espiritual resulta da concentração da vontade dos Espíritos, concentração por meio da qual estes reúnem à volta de si os fluidos, quaisquer que sejam, encerrados no ser humano ou disseminados no espaço, e o dispõe de modo a exercerem ação sobre o homem ou sobre as coisas, produzindo os efeitos por ele desejados.
A gravidez de Maria foi obra do Espírito Santo porque foi OBRA DOS ESPÍRITOS DO SENHOR e, como tal, aparente e fluídica, de modo a fazer crer numa gravidez real. Houve, aí, efeito de magnetismo espiritual. Sabeis qual a ação dos fluidos espirituais sobre o homem. Podeis avaliá-la pelo poder dos fluidos humanos bem dirigidos. Os Espíritos prepostos à preparação do aparecimento do Cristo na Terra reuniram, em torno de Maria, fluidos apropriados que lhe operaram a distensão do abdómen e o intumesceram. Ainda pela ação dos fluidos empregados, o mênstruo parou durante o tempo preciso de uma gestação, contribuindo este fato para a aparência da gravidez, pela intumescência e pelos incômodos ocasionados. 
Maria, sob a inspiração do seu Guia Superior, e diante desses resultados, que eram para ela o cumprimento da anunciação do Anjo, acreditou na realidade do seu estado. Nessa crença nada há de surpreendente: aos hospícios se têm recolhido não poucas vítimas da vossa ciência, as quais se acreditavam prestes a dar à luz, QUANDO NÃO PASSAVAM DE JOGUETES DAS ILUSÕES PROVOCADAS POR OBSESSORES. Em tais casos não havia nenhuma aparência de gravidez aos olhos dos homens; entretanto, os obsessores as faziam experimentar todos os sintomas da gravidez e do parto. Assim, só aparência de gestação houve em Maria; a gravidez foi apenas aparente, se não intumescência do ventre produzida por ação fluídica, efeito do magnetismo espiritual.
Seu parto foi, igualmente, obra do Espírito Santo, porque foi obra dos Espíritos do Senhor, e só se deu na aparência, tal como a gravidez, por isso que resultava desta, que fora também aparente. Tanto quanto da gravidez magnética, Maria teve a ilusão, do parto, na medida do que era necessário, a fim de que acreditasse, COMO DEVIA ACONTECER, num nascimento real. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

03/03/1970
OBRA DO ESPÍRITO SANTO - I

P - Diante das explicações do CEU da LBV, hoje podemos compreender perfeitamente a sua máxima: Religião é a Política cientificamente praticada. Sim, entendemos que é no campo espiritual que se encontra solução para todo e qualquer problema, do Brasil e da Humanidade. Como explicar, agora, a concepção, a gravidez e o parto de Maria por OBRA DO ESPÍRITO SANTO?
R - Eis os versículos 1 a 7, capítulo segundo, do Evangelho de Jesus segundo Lucas:
         1 - Sucedeu que, por aqueles dias, se publicou um decreto de César
          Augusto, para o recenseamento dos habitantes de todo o mundo. 2
          - Esse recenseamento foi feito por Quirino, governador da Síria. 3 -
          Todos iam fazer suas declarações, cada um na sua cidade.    4 - José
          partiu da cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, a foi à Judéia,  à ci-
          dade de David, chamada Belém, por isso que  ele  era da  casa  e   da
          família de David, 5 - a fim de se fazer registrar com  Maria,  sua  es-
          posa, que estava grávida. 6 - Enquanto ali se achava, sucedeu  com-
          pletarem-se os dias em que devia dar à luz;   7 - e Maria  deu  à luz o
          seu filho primogênito, e o enfaixou, e o  deitou  numa  manjedoura,
          por não haver lugar para eles na hospedaria. 
Para todos, já o dissemos e repetimos, Maria tinha de ser a mãe de Jesus. Para todos, sua gravidez era visível. Decorrido o tempo que esta devia durar, igual ao de qualquer gravidez, o simples fato da presença do menino nos braços de Maria bastou para causar a crença no parto. Para todos, portanto, houve "parto" e "nascimento".
Eis por que, durante todo o tempo da sua missão terrena, Jesus foi considerado - pelos homens, pelos Apóstolos, pelos discípulos, pelas multidões que o seguiam - como fruto da concepção humana, por obra de Maria e de José. 
Mais tarde, depois de finda aquela obra, isto é, depois da "ascenção", amadureceram os frutos da revelação conservada secreta. Ela se tornou conhecida do povo. Em consequência da anunciação feita a Maria e da advertência recebida por José, Jesus passou a ser considerado um homem nascido de ventre de mulher e, ao mesmo tempo, um Deus encarnado, porque formado miraculosamente no seio de uma virgem pelo Espírito Santo. Dessa crença vulgar, relativa à "concepção" e ao "nascimento" de Jesus, à "gravidez" e ao "parto" de Maria, crença que se originou de uma revelação apropriada às necessidades e às exigências da época - preparo da vossa humanidade para a compreensão da vida espiritual - dessa crença partilharam os Evangelistas, os Apóstolos e os discípulos, como o povo em geral.
ERA NECESSÁRIO QUE ASSIM FOSSE, porque - se eles tivessem conhecido a origem espiritual de Jesus - teriam sido impostores, representando essa origem como carnal nas condições da vossa humanidade, e ao mesmo tempo, como fruto de uma encarnação divina. Os Evangelistas, bem como os Apóstolos e os discípulos, eram simples de coração; eram na condição de reencarnados, criancinhas pela humanidade e pela inteligência. Aceitaram a revelação recebida por Maria e por José, considerando-a emanada de Deus e feita por um dos seus Anjos. Instrumentos do Senhor, eles transmitiram essa revelação e os fatos. Médiuns historiadores, cada desempenhou sua tarefa dentro do quadro que lhes traçaram a influência e a inspiração espiritual.
Já o dissemos e agora o repetimos: convinha que fosse assim, porque os homens precisavam de um exemplo frisante. 
Por perto de vinte séculos, a matéria idealizada vos preparou com o auxílio do tempo e das reencarnações sucessivas, mediante as quais se efetuaram a expiação, a reparação e o progresso, para a compreensão da vida espiritual e vos conduziu à era nova do Espírito da Verdade, cujo advento foi preparado, lenta e laboriosamente, desde que o Mestre esteve pessoalmente entre vós.
E os tempos chegaram.   
          

terça-feira, 25 de novembro de 2014

01/03/1970
O NASCIMENTO DE JESUS

P - Ao contrário do que pensávamos, sentimos hoje que é fácil realizar a Cruzada do Novo Mandamento em nossas casas. Devemos esta feliz descoberta à Legião da Boa Vontade. Como o CEU interpreta os versículos 18 a 25, capítulo primeiro, do Evangelho de Jesus segundo São Mateus?
R - Vejamos:
         18 - O nascimento de Jesus se deu assim:  quando Maria, sua mãe,
          desposou José, verificou-se que ela concebera, pelo Espírito   San-
          to, antes que houvesse coabitado. 19 - José, seu marido, sendo jus-
          to e não querendo expô-la à desonra,  resolveu  mandá-la   embora
          secretamente. 20 - Mas, quando pensava nisso, um Anjo do Senhor
          lhe apareceu em sonho, dizendo: "José, filho de David,  não  temas 
          receber Maria por tua esposa, porquanto o que nela  se   gerou   foi
          formado pelo Espírito Santo. 21 - Ela terá um filho e lhe dará o  no-
          me de Jesus, porque Ele próprio libertará seu povo dos pecados. 22
          - Tudo aconteceu para cumprimento do que o   Senhor   disse   pelo
          profeta: 23 - "Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, a quem
          será dado o nome de Emmanuel, que quer dizer DEUS CONOSCO".
          24 - José, então, despertando, fez o que o Anjo do Senhor lhe orde-
          nara e aceitou Maria por esposa.  25 - E,  sem  que  tivessem   união
          carnal, ela deu à luz seu filho e lhe pôs o nome de Jesus.
José não se recordava da sua origem, como Jesus, não tinha consciência do seu destino: sofria os efeitos da encarnação humana. Assim, reencarnado, estava submetido às leis e aos preconceitos da humanidade, apesar da superioridade do seu Espírito. Era homem justo, mas homem. Eis porque, sob a influência dessas leis e desses preconceitos, resolvera a princípio abandonar Maria, secretamente. A revelação que lhe fez em sonho o Anjo, ou Espírito, tinha por fim retirar, em parte, o véu que lhe cobria a inteligência. Alma pura, José compreendeu a santidade da sua missão. Emissário também para cooperar na obra do Cristo, aceitou com alegria, tal como devia ser, a tutela humana que o Senhor lhe confiava. 
Não estranheis que o Evangelista haja espalhado, pelas multidões, a atitude secreta de José e a revelação que o levou a revogá-la. Cumpria que todos compreendessem na época determinada pela Boa Vontade do Senhor, que JESUS NÃO ERA FRUTO DA CONCEPÇÃO HUMANA. E as palavras do Anjo - "o que nela se gerou foi formado pelo Espírito Santo" - servindo para aquela época segundo a letra, salvaguardavam o futuro, no qual teriam de ser, segundo o Espírito, a base da Terceira Revelação.
Quanto à aparição do Anjo, em sonho, a José - da qual a ignorância humana, em seus mais culposos desvios, tem abusado tantas vezes, para fazer abomináveis gracejos, insultuosos ao que há de mais sagrado para o homem: o seu Deus - essa aparição vós a compreendeis muito bem. Aquele que ainda não percebeu a Luz de que é portadora a Revelação dos Espíritos, deve inclinar-se e calar em vez de repelir o que não sabe explicar.
Durante o sono, o Espírito se desprende da matéria, para poder reunir-se no espaço, aos amigos que o cercam. Quando o desprendimento é completo, o Espírito se eleva e, desde que seja de certa grandeza, se associa às falanges felizes, sem deixar, todavia, a zona do planeta. Se o desprendimento não é completo, os Espíritos simpáticos descem e se aproximam dele. Qualquer que seja a condição moral em que vos encontreis, essas relações se estabelecem, mas geralmente com Espíritos que guardam paridade com os vossos. Por vezes, contudo, Espíritos mais elevados vem até vós, para vos instruir durante esses momentos de liberdade, para vos mostrar os obstáculos que tereis de vencer.
Toda comunicação obtida durante o sono deve ser classificada entre os sonhos, com a diferença, porém, de que os sonhos ordinários provém geralmente de recordações, ou da luta da matéria com o Espírito, ao passo que os sonhos da natureza daquele de José são revelações.
Não imagineis, entretanto, que, partindo desse principio, vos seja dado achar a significação de todos os vossos sonhos. Seria o mesmo que procurar o sentido racional das balbúcies de uma criança. 
Diante do fato, no que diz respeito à revelação que o Anjo fez a José, houve COMUNICAÇÃO DE ESPÍRITO A ESPÍRITO. Da mesma forma que conservais, muitas vezes, a lembrança dos vossos sonhos, ainda os mais insignificantes e ridículos, não sendo completo o desprendimento, também José, ao despertar, se lembrou do sonho que tivera. Quando o desprendimento foi completo, a lembrança só se verifica em casos excepcionais.
Nesses casos, por ocasião do despertar, há uma ação espiritual que, mediante a inspiração, renova a impressão recebida, a lembrança.
Muitas das vossas recordações humanas, igualmente, são fruto de uma ação dessa natureza, que vos recorda fatos passados, a fim de que sirvam ao vosso futuro. 
  
  

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

28/02/1970
A CIÊNCIA DO CRISTIANISMO

P - Apreciamos muito a diferença entre batismo com água e batismo com o Espírito Santo. Isso, devemos, realmente, à Doutrina codificada por Allan Kardec. Como o CEU da LBV encara o Espiritismo?
R - Em todas as obras do Codificador, e são seis, não há uma linha, sequer, classificando o Espíritismo como religião. Ele veio para unificar as crenças e todos os ismos humanos num Cristianismo diferente do ensinado pelos homens: o CRISTIANISMO DO CRISTO. Este CRISTIANISMO não será mais uma religião, porque será A RELIGIÃO DO TERCEIRO MILÊNIO. Nele se fundirão, para sempre, todas as religiões criadas pelos que se dizem seguidores do Cristo, como também todas as outras chamadas não-cristãs. 
Autêntico emissário de Jesus, Kardec não desejou - nem deseja - ser colocado acima de seu Mestre. O Espiritismo, a Doutrina dos Espíritos, é portanto, A CIÊNCIA DO CRISTIANISMO DO NOVO MANDAMENTO, A RELIGIÃO DE DEUS, a única religião que os homens não forjaram. Ela está nos Evangelhos (especialmente no de João), nos Atos dos Apóstolos, nas Epístolas e no Apocalipse, como o demonstra a Quarta Revelação, que é a última deste ciclo, e que pertence - com as três anteriores - ao CRISTO DE DEUS. 
O Espiritismo veio com o objetivo de vos preparar para o estado de perfeição, abrindo-vos os olhos para a LUZ, desenvolvendo gradualmente a vossa inteligência, pondo-vos assim em condições de romper francamente - e para sempre - com todas as fraquezas da vossa humildade, a fim de estardes prontos a receber o Espírito da Verdade quando começar o seu reinado, isto é, APTOS A RECEBER A VERDADE EM TODA A SUA EXTENSÃO. 
Para alcançardes essa grande meta, preciso é que trabalheis sem cessar sobre vós mesmos, destruindo tudo o que pertence ao homem velho, vencendo todas as tentações da carne (para evitar exageros, explicaremos adiante o que designamos por tentações da carne), trabalhando continuamente pelo vosso progresso moral. A Terceira Revelação de Jesus teria, pois, o objetivo: a perfeição humana. Para alcançá-la, três meios a empregar: CARIDADE, ESTUDO, AMOR. Tudo em benefício de todos os vossos irmãos, recebendo a Luz que vos é dada e levando-a a toda parte, para que suas centelhas iluminem ao longe, auxiliando por essa forma o advento do Espírito da Verdade.
Nós vos exortamos a vencer as tentações da carne: não concluais daí que vos forcemos - como fizeram vossos pais - as macerações materiais, à abstinência de apetites humanos, quaisquer que sejam, impostos pelas leis da vossa natureza. Longe disso! Não é cobrindo-vos de cilícios que vencerás a carne; não é recusando atender às exigências do corpo - NEGANDO-LHE O QUE FOR JUSTO E NECESSÁRIO - que vós o dominareis. Deveis, sim, manter-vos em guarda, constantemente, contra seus excessos, contra seus desvios. 
Não esqueçais estas palavras do Mestre: "O Espírito (pela tentação) está pronto, mas a carne é fraca". Lutai contra as tentações que afringem as Leis Divinas, mas conceda ao vosso corpo tudo o que a matéria exige sempre, nos limites de uma prudente sobriedade. Insistimos: Não vos vos martirizeis pensando em agradar ao Senhor: deveis, ao contrário, manter o vosso corpo no equilíbrio necessário ao curso das vossas provas, sobretudo não vos abandoneis à indolência. Orai e vigiai sem cessar. 
Ó homens sem fé e de pouca inteligência, que estais sob as vistas do Senhor, que julga - não só as vossas mais secretas ações - como também os pensamentos mais ocultos do vosso coração. Vigiai, portanto, a fim de que vossos pensamentos e ações possam ser revelados, nao somente diante do vosso Pai, mas perante cada um dos vossos irmãos; orai, para que vossos atos estejam sempre em relação com vossos pensamentos. A ORAÇÃO AGRADÁVEL A DEUS É O TRABALHO. Trabalho da inteligência e trabalho do corpo. Cada um de vós deve trabalhar conforme a tarefa que lhe está confiada. Cada um de vós, portanto, deve orar continuamente. Trabalhai, eis a oração. Vigiai, isto é, cuidai de vos garantir, exercendo permanente vigilãncia sobre vós mesmos. Só assim vossa carne se tornará forte e não mais temereis a tentação. Vigiai e orai, porque o Mestre conta convosco. 
O Espírito da Verdade virá sempre e vos dará o conhecimento de tudo o que, ainda por algum tempo, terá de permanecer oculto, ele vos ensinará a encarar a Santa Luz sem serdes ofuscados por ela. O Espírito da Verdade não é um ser corporal ou fluídico: é o CONHECIMENTO INTEGRAL DA VERDADE, conhecimento que não podereis adquirir senão pelo vosso aperfeiçoamento. 
Ora, o vosso aperfeiçoamento não pode ser operado senão pelos Espíritos do Senhor, sob o comando direto do Mestre. Tal a razão porque Jesus é o CRISTO e, ao mesmo tempo, O ESPÍRITO DA VERDADE: por isso podeis entender - como Espírito da Verdade - de modo complexo e simbólico ao mesmo tempo. Primeiro os Espíritos mais elevados, que auxiliam Jesus na sua missão redentora, conduzindo-vos gradualmente ao conhecimento integral da Verdade; finalmente o próprio Jesus que volta, para dar aos que vivem seu Novo Mandamento esse conhecimento integral, quando estiverem prontos a recebê-lo e fazem dignos de o merecer. 

domingo, 23 de novembro de 2014

27/02/1970
CÂNTICO DE ZACARIAS 

P - O povo está recebendo com muita alegria as explicações do CEU da LBV, através do Espírito da Verdade. Como deve ele entender as palavras contidas nos versículos 67 a 80, capítulo primeiro, do Evangelho de Jesus segundo São Lucas?
R - Eis a passagem:
         67 - Zacarias, seu pai, cheio do  Espírito Santo, profetizou,   dizendo:
          68 - "Bendito seja o Senhor Deus de Israel, por ter visitado e resgata-
          do seu povo; 69 - por nos ter suscitado um poderoso Salvador na   ca-
          sa do seu servo David,   70 - conforme prometera  pela  boca  de   seus
          santos profetas, que existiram em todos os séculos passados,  71 - pa-
          ra nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de   todos   aqueles   que
          nos odeiam; 72 - para usar de misericórdia   com     nossos pais,  lem-
          brando-se da sua aliança, 73 - como jurou a Abraão nosso pai,  quan-
          do nos prometeu a graça   74 - de que,  livres dos  nossos  inimigos,  o
          serviríamos sem temor, 75 - na santidade e na justiça em sua presen-
          ça, por todos os dias da nossa vida. 76 - E tu, menino, serás chamado
          profeta do Altíssimo,  porquanto  irás  adiante  do  Senhor,  para  lhe
          preparar os caminhos, 77 - para dar ao seu povo o conhecimento   da
          salvação pela remissão dos pecados, 78 - e pelas entranhas  de  mise-
          ricórdia do nosso Deus, graças as quais este sol que vem do Alto  nos 
          visitou, 79 - para iluminar todos aqueles que estão sentados nas  tre-
          vas e na sombra da morte e dirigir nossos passos  pelo   caminho   da
          paz". 80 - E o menino crescia e se fortificava no  Espírito,   permane-
          cendo no deserto até ao dia em que teria de aparecer diante do povo
          de Israel. 
Todos vós podeis, como Zacarias, louvar o Senhor pela graça que vos fez, de visitar novamente, agora, o seu povo, pelo advento do Espírito da Verdade, depois de o ter visitado - e resgatado - a primeira vez com a vinda de Jesus. Os hebreus contavam que o prometido Messias fosse um libertador material. Atribuindo tudo ao presente, os homens não compreenderam que seus vícios eram os inimigos dos quais deviam ser libertados.
Compreendei-o todos vós, empregando todos os esforços para atingir a  LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL, como o devem fazer os discípulos do Cristo, aos quais Ele agora ensina todas as verdades sem os mentirosos véus com que as tinham coberto. Os discípulos, hoje, são aqueles que lhe seguem os passos com a orientação permanente dos Espíritos do Senhor. 
Ainda uma vez, o Sol da Verdade, luz para vós. Sim, o Mestre vos ilumina. Não fecheis os olhos: preparai os caminhos, para que Ele possa realmente caminhar convosco e conduzir-vos ao seu reino, isto é, perfeição moral, intelectual e espiritual. Acabamos de dizê-lo e repetimos,  o Mestre, mais uma vez, visita e resgata o seu povo pelo ADVENTO DA VERDADE.
 Há quase dois mil anos, Jesus ensinou a Verdade, mas não TODA A VERDADE. Isto Ele o declarou com muita clareza, firmando o princípio das Revelações Progressivas. Só deu aos homens, naquele tempo, o que estes podiam entender e de maneira por que o podiam suportar. Se os homens se tivessem contentado com o que receberam, a Verdade não poderia conquistar o seu reino, que as tradições, os preconceitos, os dogmas - provocados, alimentados e conservados por espírito de dominação, de cupidez e tirania - se conluiaram para destruir. 
Estais na época do ESPÍRITO DA VERDADE: a Verdade se despoja de todas as mentiras que a furtam à pobre Humanidade, afogando-a nas trevas, quando é certo que a libertam das ondas da Luz Divina. Como vedes, o Senhor não abandona seus filhos nas garras da mentira: deixou seguirem o caminho que haviam escolhido, porque só assim ganhariam experiência e verificariam a inutilidade das doutrinas humanas.
Hoje, estais crescidos. Vossos olhos, fatigados de tatear nas sombras, pedem a Luz e se voltam para ela, sustentada pela Verdade. Para tudo é preciso um começo. O Espírito da Verdade descerá a toda a Terra e marcará o fim do mundo, isto é, o fim da maldade gerada pela ignorância da Lei de Deus. 
Mas, para todo advento, é indispensável uma era preparatória. João, o Precursor de Jesus, concitava os homens ao arrependimento e os batizou com água. Veio Jesus e lhes ensinou O MODO DE SE ARREPENDEREM, e os batizou com o Espírito Santo, isto é, fez que descesse sobre eles o Espírito do Senhor, devolvendo-lhes os dons carismáticos, as faculdades que os punham em condição de receber a inspiração. 
O batismo com o Espírito Santo é a comunhão com os Espíritos elevados que velam por vós. Mas, para chegar a essa comunhão, era preciso ao tempo da missão terrena de Jesus - E AGORA MUITO MAIS - ser puro, cheio de zelo, de amor e de fé, como os Apóstolos fiéis. Eis porque está convosco o Espírito da Verdade, que vos ensina a distinguir entre a Verdade e a mentira desenvolvendo a vossa experiência, estimulando a vossa perspicácia, aumentando o vosso devotamento, clareando a vossa inteligência, iluminando os vossos corações, tornando-vos dignos da proteção do Alto.   

sábado, 22 de novembro de 2014

26/02/1970
NASCIMENTO DE JOÃO

P - Em nosso posto familiar, que é a Igreja do Novo Mandamento em casa, estamos fazendo reuniões à luz do Evangelho explicado pelo Espírito da Verdade. Como é que o CEU da LBV explica os versículos 57 a 66, capítulo Primeiro, do Evangelho segundo São Lucas?
R - Vamos ler o trecho citado:
         57 - Cumpriu-se o tempo de Isabel dar à luz, e ela teve um filho. 58 - 
          seus vizinhos e parentes, tendo sabido que o Senhor usara de  mise-
          ricórdia para com ela, a felicitavam. 59 - No oitavo dia, como   trou-
          xesse o menino para a circuncisão, todos lhe   chamavam  Zacarias,
          dando-lhe o nome do pai. 60 - A mãe, porém, disse:   "Não,    ele   se
          chamará João".   61 - Responderam-lhe:   "Não há na vossa  família
          quem tenha esse nome".  62 - E, ao mesmo tempo perguntavam   ao
          pai do menino como queria que este se chamasse. 63 - Zacarias pe-
          diu uma tabuinha e escreveu: "João é o seu nome", o que encheu de
          espanto a toda gente.   64 - No mesmo instante se lhe abriu  a  boca, 
          soltou-se-lhe a língua e ele começou a falar, louvando o Senhor Deus. 
          65 - Todos os que habitavam nas vizinhanças se encheram de temor;
          a notícia destas maravilhas se espalhou por toda   região   e   monta-
          nhas da Judéia;   66 - E todos, os que a ouviram,  guardaram   delas 
          lembrança, e diziam entre si: "Quem virá a ser, um dia, este  meni-
          no?", pois sobre ele estava a mão do Senhor.

Estes versículos não precisam de comentários amplos. Provam que tudo, nos desígnios do Senhor, se encadeia harmoniosamente. Todos os acontecimentos estavam preparados, e haviam de concorrer para a execução da obra. 
A resposta de Isabel aos parentes e vizinhos: "Não, ele se chamará João", não foi efeito de mediunidade audiente, ou inspiração espiritual: por meio da escrita em tábuas de cera, Zacarias cientificara a Isabel das palavras proferidas pelo Anjo (ou Espírito) que lhe aparecera no templo. 
Pelo que já vos dissemos, explicando como se produzira a mudez de Zacarias, deveis compreender por que modo se lhe soltou a língua, isto é, por que modo cessou para ele a mudez e lhe foi restituída a palavra: pela ação dos Espíritos do Senhor, por efeito do magnetismo espiritual, houve a dispersão dos fluidos, que tinha servido para tornar pesada a sua língua e provocar a paralisia aparente.    

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

24/02/1970
JESUS, O CRISTO - XI

P - Estamos atentos à advertência da LBV: a Unificação das Quatro Revelações é do próprio Jesus, e só poderá ser julgada após a última linha da interpretação do Apocalipse. O Unificador é o Cristo! Quatro são os Evangelhos, quatro são as Revelações! Como explica o CEU os versículos 46 a 56, capítulo primeiro do Evangelho de Jesus segundo São Lucas?
R - Contém o cântico da Virgem:
         46 - Disse, então, Maria: "Minha alma glorifica o Senhor, 47 - e meu
          Espírito se alegra em Deus, meu Salvador. 48 - Pois Ele deu  atenção 
          à humanidade da sua serva e, daqui por diante, todas as gerações me
          chamarão bem-aventurada, 49 - porquanto grandes coisas me fez   o
          Todo-Poderoso, cujo o nome é Santo, 50 - e cuja misericórdia se espa-
          lha, de idade em idade, sobre aqueles que o amam. 51 - Manifestou  a
          força do seu braço; dispersou os que se elevaram, cheios de orgulho, 
          nos seus pensamentos íntimos; 52 - derrubou de seus tronos   os  po-
          derosos e elevou os humildes; 53 - cumulou de bens os que estavam   
          famintos e despediu os ricos de mãos vazias; 54 - recebeu Israel como
          seu servo, lembrando-se da sua misericórdia,      55 - conforme   disse  
         aos nossos pais, a Abraão e a sua posteridade na sucessão dos séculos".       
         56 - Maria ficou em companhia de Isabel cerca de três meses; depois
         regressou à sua casa.
Versículos 46, 47, 48: - Não há, aqui, o que explicar. É um transporte de reconhecimento e de amor, que deveis imitar. 
Versículos 49 e 50: - Podeis aplicar as palavras destes versículos ao tempo em que viveis, no esplendor do Espírito da Verdade, selando a regeneração da Humanidade. Glorificai o Senhor, que vos envia seus Bons Espíritos, que espargem por toda parte sua luz suave e pura. Glorificai o Senhor, que por vós faz grandes coisas e neutraliza os desígnios dos maus. Ele detém a corrupção que vos ameaça destruir, e ainda vos dá o bálsamo que cura todas as feridas. Agradecei, glorificando o Senhor, as bênçãos da sua misericórdia e do seu infinito amor. 
Versículos 52, 53, 54, 55: - Ainda por amor de vós, o Senhor mostra o seu poder, servindo-se de instrumentos bem fracos para abater os muito poderosos. Glorificai o Senhor, porque vai terminar o reinado do orgulho e da maldade. Sim, os médiuns são os instrumentos de que se valem os Espíritos Superiores para rebaixar o egoísmo, a ambição, a cupidez e a tirania. Israel é uma palavra simbólica: DESIGNA, ESPIRITUALMENTE, TODA A HUMANIDADE TERRESTRE. Os homens são UM aos olhos do Senhor. Para Ele não há povos nem nacionalidades. Deus sempre usa de misericórdia para com aqueles que o amam e cumprem seus Mandamentos.  Sua mão potente destrói, porém, os orgulhosos romanos, que pretendam levantar muito alto "a fronte altiva". Dá o pão à criancinha que o pede com coração cheio de humildade; mas despoja o orgulhoso que só confia nas suas riquezas. Ele é o apoio dos bons, mas é o terror dos maus. Glorificai o Senhor Onipotente!
P - Estes termos do versículo 50: "Sua misericórdia se espalha, de idade em idade, sobre aqueles que o amam", encerram no seu sentido, então, oculto para todos, mas que a Terceira Revelação veio por a descoberto, uma referência a reencarnação, lei imutável da Natureza e que é a expressão sublime da justiça de Deus?
R - Sim, mas também se referem ao Mandamento que diz (Êxodo, XXVIII: 5-6): "Puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem; uso de misericórdia, em mil gerações, para com aqueles que me amam e guardam os meus Mandamentos". 
O pensamento é o mesmo: a mão do Senhor pesa sobre o homem, através das gerações, por meio da Grande Lei da Reencarnação, visando ao seu progresso, ao seu aperfeiçoamento moral, mediante a expiação e a reparação, até que ele se tenha despojado de todas as suas impurezas. 
O homem, na sua cegueira espiritual, entendeu que Deus feria os pais nos filhos. Assim era somente na aparência. A letra dessa linguagem convinha aos hebreus, que só pelo terror podiam ser governados. Mas o conhecimento do DEUS DE AMOR mostrava não ser mais, embora o homem não procurasse compreender o desacordo que havia entre a justiça e a vingança. A letra era para os povos primitivos; estamos agora na era do espírito. 
  

 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

22/02/1970
JESUS, O CRISTO - X

P - Hoje, devido à pregação da LBV, sabemos que se completam o Evangelho e o Apocalipse: quem não sabe Apocalipse já não pode afirmar que sabe Evangelho. Esta é, a nosso ver, a grande vantagem da UNIFICAÇÃO DAS QUATRO REVELAÇÕES DO CRISTO DE DEUS. Como o CEU interpreta os versículos 39 a 45, capítulo 1º, do Evangelho de Jesus segundo São Lucas?
R - Trata-se da visita de Maria a Isabel:
         39 - Ora, por aqueles dias, Maria, levantando-se, tomou apres-
          sadamente a direção das montanhas, indo a uma cidade de Ju-
          dá. 40 - E, entrando na casa de Zacarias, saudou Isabel.       4l  -
          sucedeu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria,   o    menino
          lhe saltou no ventre, e ela ficou cheia do Espírito Santo.      42 -
          Exclamou, então, em alta voz: "És bendita entre todas   as mu-
          lheres, e bendito é o fruto do teu ventre. 43 - E de onde me vem  
          a dita de ser visitada pela mãe do meu Senhor? 44 - Sim,   por-
          que - mal me chegaram aos ouvidos as palavras com   que    me
          saudaste - meu filho saltou de alegria dentro de mim. 45 - Bem-
          aventurada tu, que acreditaste, porque o que te foi dito, da par-
          te do Senhor, se cumprirá".
O Espírito de Jesus estava ao lado de Maria, em casa de Isabel. Ele a acompanhava então, como fazem os vossos Anjos da Guarda. O Espírito de João não precisou ver chegar Jesus, porque também estava lá. Era livre: os penosos preliminares da encarnação, como  já dissemos, não o afetavam. Nenhuma perturbação experimentava, e não perdeu a consciência de si mesmo e da sua origem, senão um momento antes de nascer. 
Não tendo de suportar as angústias da encarnação, a relação entre João - Espírito e o feto se estabeleceu desde a concepção de Isabel. A ação do Espírito se podia fazer sentir, quando fosse preciso, para dar novo testemunho dos fatos. 
O ato que produziu o estremecimento, no ventre de Isabel, visava a aumentar o número das provas do fato anunciado. As palavras que ela dirigiu à Virgem foram um efeito mediúnico, fruto da ação ou inspiração dos Espíritos do Senhor. Isabel as pronunciou como médium inspirado e,  por isso, cheia do Espírito Santo. Dizendo "bendito é o fruto do vosso ventre", falava a Maria em termos que ambas pudessem compreender.
Exprimiu-se desse modo, sob a inspiração do Alto, de acordo com a crença que as duas, e depois todos, haviam de partilhar. Crença que se tornaria e - POR EFEITO DA REVELAÇÃO APROPRIADA AO ESTADO DAS INTELIGÊNCIAS E ÀS NECESSIDADES DA ÉPOCA - se tornou comum, vulgar, destinada a subsistir até o dia em que, com o advento do Espírito da Verdade, se verificasse a exatidão destas palavras: a letra mata, o espírito vivifica. É o que acontece aos vossos olhos, uma vez explicado, em Espírito e Verdade, o que da parte do Senhor fora dito à Virgem Maria. 
Crede, os tempos chegaram e tudo será restaurado pela Boa Vontade do Cristo, à luz do seu Novo Mandamento.    
         

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

21/02/1970
JESUS, O CRISTO - IX

P - A resposta do Anjo (ou Espírito) a Maria Santíssima (v. 37) merece uma explicação geral para todos os filiados e simpatizantes do CEU da LBV, diante do seu caráter anti-sectário. Como todos devem entender estas palavras humanas, tantas vezes repetidas: "A Deus nada é impossível"?
R - Deus, só e único princípio universal, só e única potência criadora, na imensidade, no infinito, é imutável e eterno. 
Tudo Ele previu, tudo quis e tudo regulou desde toda a eternidade. Assim, tudo emana da sua Boa Vontade, e NADA SE REALIZA SEM A SUA PERMISSÃO. Sabei, de uma vez por todas, que não há "acaso" nem há "milagre". Para o Todo-poderoso, as palavras acaso e milagre não têm sentido. Deveis considerá-las, apenas, como exprimindo a ignorância dos homens quanto as verdadeiras causas dos fenômenos e dos fatos, devidos sempre a uma aplicação das leis universais, naturais e imutáveis, à ação dessas leis ou à apropriação delas aos diversos planetas, sob a direção permanente do Espírito.
As palavras humanas: possivel e impossível são, igualmente, como estas outras - tempo, duração, espaço - desprovidas para Deus de qualquer significação. Elas só têm sentido para as criaturas na vida e harmonia universais, por causa e em consequência da ignorância e da incapacidade dos Espíritos encarnados, ignorância e incapacidade resultantes da carência, neles, de elevação moral e intelectual, de conhecimento científico das leis do universo, dos poderes de Deus, ACIMA DE TODO O ENTENDIMENTO DA CIÊNCIA MATERIALISTA. Nada há contingente, nem facultativo, sob a ação espiritual com relação ao que é físico.
Os efeitos são todos os mesmos, e se sucedem regularmente. TUDO É IMUTÁVEL NA NATUREZA, só que nem tudo está ao vosso alcance: se a vossa inteligência, como à vossa vista, causam espanto em muitos dos efeitos que uma ou outra percebem, é simplesmente por lhes serem novos esses efeitos. Todos eles, porém, estão na ordem da natureza. Vós é que não estais ainda, em estado de os apreender. Somente o que é moral e intelectual é contingente e facultativo, sob a ação espiritual e por ato do livre arbítrio dos Espíritos reencarnados, mas sempre nos limites das provações por que devem passar, a título de expiação.
O Espírito, porém, reencarnado ou errante, nada pode fazer nem reproduzir senão pelas simples aplicação das leis universais, naturais e imutáveis, ou pela apropriação delas no meio onde os efeitos se operam. Unicamente nos limites e sob a ação de tais leis que entre vós e em consequência da vossa ignorância, tomam o nome de "milagres" as suas aparentes derrogações que, entretanto, não passam de aplicações, DESCONHECIDAS PARA OS HOMENS, INCLUSIVE OS CIENTISTAS, das mesmas leis, de efeitos dessas aplicações, tais leis ao vosso planeta, NÃO HÁ NADA SOBRENATURAL.
Tudo emana, por toda parte e sempre, da Boa Vontade imutável de Deus, conforme às leis universais inalteráveis, por Ele mesmo estabelecidas desde toda a eternidade e que desse modo participam da sua essência mesma.
  

terça-feira, 18 de novembro de 2014

20/02/1970
JESUS, O CRISTO - VIII

P - Em face destas palavras de Maria (v. 34): "Como sucederá isso, se não conheço varão?", qual a significação da resposta do Anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti"?
R - O Espírito Superior anunciava assim à Virgem que seus olhos se abririam, que ela iria compreender um "mistério" que lhe parecia, então, impenetrável. Efetivamente, mais tarde, a tempo e hora, Maria - a exemplo dos homens e sob a inspiração dos Espíritos do Senhor - atribuiu à ação divina, como convinha que o fizesse, aquela que lhe fora anunciada, tendo em vista as palavras do Anjo a José: "Aquele que nela se gerou foi formado pelo Espírito Santo". Ela, então, percebeu a missão especial que Jesus viera desempenhar: lembrou-se.

P - "E a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra". Qual a significação das palavras do Anjo e como podia tal sombra fazer que Maria concebesse e desse à luz um filho?
R - A interpretação foi feita falsamente, de um ponto de vista material. Com aquelas palavras, o Espírito (ou Anjo) tinha por fim tranquilizar Maria que, na sua condição humana, se atemorizava ante a ideia de ficar sua vida maculada por uma concepção ilegal aos olhos dos homens.

P - E como devemos entender as palavras: "Eis por que aquele, que de ti há de nascer, será chamado o FILHO DE DEUS"?
R - Elas confirmam o que acabamos de dizer. Aquele que de ti há de nascer (por obra do Espírito Santo) será chamado O FILHO DE DEUS. Esse título, segundo o espírito que vivifica, só se aplica a Jesus em consideração à sua pureza. Mas todos vós podeis conquistá-lo. 
É o que foi dito a João na Ilha de Patmos: "Disse-me ainda: - Tudo está feito. Eu sou o A e o Z, o princípio e o fim. A quem tem sede EU darei de graça a fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, EU serei seu Deus e ele será meu filho" (Apocalipse, XXI: 6-7). 
Do ponto de vista humano, o exemplo de Jesus serviria para que os homens se elevassem a seus próprios olhos e COMPREENDESSEM O AMOR DE DEUS. Não havendo divindade a que não se oferecessem sacrifícios sangrentos, qual não deveria ser, aos olhos dos homens, a grandeza de Deus, qual não se contentava se não com o holocausto do seu filho bem-amado e único (relativamente a vós outros), a qual não deveria ser, aos olhos de Deus, o valor dos homens, uma vez que, para os resgatar, era indispensável tamanho sacrifício?!...
Homens, não esqueçais (dissemos e repetimos) que éreis criancinhas e quase ainda o sois; que a cada época se deve falar a linguagem conveniente, para ser compreendido e, sobretudo, escutado. Não vos deixeis levar pelos filósofos sem filosofias, que - não compreendendo os meios transitórios e necessários da Revelação, empregados para a efetivação do vosso progresso - negam a realidade e o objetivo das manifestações dos Espíritos do Senhor.
Estas manifestações, sempre em obediência à vontade do Altíssimo se produzem para a vossa regeneração.  Os Espíritos são instrumentos: preparam o caminho sem o saberem e, muitas vezes, sem o quererem. A entrada estava impedida: eles removeram os materiais que a obstruíram. Nós ergueremos o Edifício que o homem não tentará destruir, porque nele encontrará a paz, a esperança e a felicidade.

P - Qual o significado das seguintes palavras que o Anjo dirigiu à Virgem Maria (v. 37) : "E nada será impossível a Deus!"?
R - Refere-se, do ponto de vista do mundo espiritual, à manifestação, ao aparecimento de Jesus na Terra com um corpo fluídico; do ponto de vista de Maria, explica o que ela considerava um "milagre", isto é, um fato impossível.
 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

19/02/1970
JESUS, O CRISTO - VII

P - Na transmissão anterior da Doutrina do CEU da LBV, despertou nossa atenção este trecho: "Deixai que os materialistas envolvam o Mestre numa veste de carne igual à vossa; por mais que façam, não conseguirão nunca igualá-lo nesta desgraçada era apocalíptica". Quais o sentido e o alcance destas últimas palavras?
R - Não há, nem haverá, por longo tempo ainda, um homem que possa viver a vida de Jesus. Tendes muitíssimo que fazer, para chegar lá, principalmente neste fim de ciclo. 
Podeis, entretanto, aproximar-vos dele. O homem do vosso planeta e todos os Espíritos, sejam quais forem - quer habitem os mundos inferiores para um fim de provação ou de expiação, ou ainda para o desempenho de suas missões, quer tenham alcançado os mundos superiores - participação, já o dissemos e repetimos, da pureza de Jesus e da sua felicidade.
Mas em que condições e por quais caminhos? 
Só mesmo adquirindo a perfeição, pela constante prática do AMOR que, através de todos os séculos, em todos os tempos da eternidade, é a fonte e o meio de todos os progressos: dá acesso à todas as ciências e conduz a Deus.

P - Nestas frases: "Deus é a única potência criadora, que reina sobre todo o universo, é o único princípio universal, mas não não é divisível; cria, mas não pela divisão da sua essência",  que sentido se deve dar às seguintes palavras: "não divisível", "não pela divisão da sua essência"?
R - Elas encerram a resposta ao dogma das três pessoas, mantido até hoje pela Igreja.

P - Estas palavras do Anjo (v. 28): "O Senhor está contigo, és bendita entre todas as mulheres", tomadas ao pé da letra e confrontadas com os vs. 31, 32, 33, 34, 35 e 38, justificam a divindade atribuída a Jesus por efeito da encarnação do próprio Deus no seio de Maria?
R - O homem, como sempre, materializa tudo o que suas mãos tocam. Tirar semelhantes conclusões não é aviltar a divindade? O Senhor estava com Maria, mulher entre todas bendita, por ser ela, entre todas, Espírito muito puro no desempenho da sua missão na Terra. Eis tudo.

P - Qual, despojado da letra que mata, o espírito que vivifica, a significação destas palavras do Anjo à Virgem Maria (v. 30): "caíste em graça perante Deus"?
R - Estás em graça (ou caíste em graça) quer significar apenas o seguinte: - Obtiveste de Deus a missão que pediste.

P - Qual o motivo destas palavras do Anjo à Virgem (v. 31): "É assim que conceberás em teu seio e que de ti nascerá um filho, ao qual darás o nome de Jesus", nunciativas de uma concepção material humana no ventre de uma virgem, contrariamente às leis imutáveis de reprodução do nosso planeta, com derrogação dessas leis, quando é certo que a vontade imutável de Deus jamais derroga as leis da Natureza, por Ele estabelecidas de toda a eternidade, dando isso causa a que aquela concepção fosse pelos homens considerada sobrenatural, miraculosa, divina, como obra do Espírito Santo?
R - Não era ainda conveniente que os homens erguessem o véu que lhes ocultava os segredos de além-túmulo. Convinha que acreditassem na matéria sensível e impressionável, NA DOR FÍSICA, para darem valor ao sacrifício. E também convinha, já o dissemos e repetimos, que acreditassem na origem divina de Jesus, exatamente para que se curvassem ao seu jugo, para que a missão do Mestre fosse aceita e suas leis obedecidas.

P - Qual a razão destas outras palavras do Anjo à Virgem Maria (v. 32): "O Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai" e "ele reinará eternamente sobre a casa de Jacob"?
R - Era necessário um fio que ligasse as promessas do Antigo Testamento - as interpretações que lhe tinham sido dadas às necessidades do momento - às promessas feitas para o futuro. Constituiu esse fio o aparente parentesco, por descendência de tribo. Eis por que José encarnou na tribo de David e não em outra. Tudo é concatenado nos desígnios do Senhor e nos acontecimentos sucessivos, que preparam e efetuam, em cada transição, o vosso progresso e a obra da regeneração humana.

P - Qual, tirado da letra o espírito, o significado destas palavras (v. 33): "E o seu reino não terá fim"?
R - Não terá fim porque o vosso Salvador vos há de levar à perfeição. 
Não é Jesus o emblema da perfeição? O seu reino não estará eternamente firmado quando a houverdes atingido? 
Sem dúvida, seu reino não terá fim.

domingo, 16 de novembro de 2014

18/02/1970
JESUS, O CRISTO - VI

P - A notícia, verdadeira Boa Nova, que nos deu o Espírito da Verdade, ao falar do corpo fluídico tangível de Jesus, deixou-nos eletrizados: "Sabei que este fato, único até hoje nos anais do vosso planeta, DE NOVO SE PRODUZIRÁ, QUANDO A HORA FOR CHEGADA!" Segundo a orientação do CEU da LBV, é a confirmação da volta do Mestre?
R - Sim, confirmamos. 
Então, Jesus será compreendido pelos homens que, pelo progresso físico, moral e intelectual, realizado sob os auspícios e a prática do Bem, com desinteresse e humildade, terão aprofundado, suficientemente as ciências, e avançando no conhecimento das leis eternas, pelo estudo da Verdade.
É novo, para eles, este ponto de vista, mas precisa NÃO CONTINUAR IGNORANDO, pois que - pelo trabalho que vos levamos a empreender - ele conduzirá os homens à unidade das crenças. Não sois os únicos a encarar o Cristo por este aspecto. Momento virá em que, conhecida esta obra, todos os Espíritos - que não ousam divulgar a IDEIA NOVA - virão juntar-se a vós e confirmar estes ensinos, apoiados nas Revelações que já tiveram. Há quase vinte séculos, falou-se, é certo, A CRIANÇAS MENTAIS. 
Julgai, porém, que chegastes à maturidade?
Pobres filósofos, cuja sabedoria consiste em solapar um edifício que sois incapazes de reparar e que não basta às necessidades da vossa época. 
Não, Jesus não nasceu de ventre de mulher. A matéria perecível não entrou, por coisa alguma, no conjunto das suas perfeições. Que os têm ouvidos de ouvir - ouçam; que os que se limitam a negar - procurem compreender. Jesus, Espírito Perfeito, que nunca faliu, pertence ao pequeno número daqueles que trabalham incessantemente por progredir, sem se desviarem do caminho reto, que seus Guias lhe mostraram, e que assim atingiram a perfeição, Jesus, cuja grandeza se perde na Eternidade, Protetor e Governador do Planeta em que creceis e enfrentais as vossas provas, tendo presidido a sua formação, desceu à Terra para vos dar o Novo Mandamento com o seu exemplo de AMOR. 
Mas, não esqueçais: todo aquele que reveste a carne e sofre, como vós a encarnação material humana - é falível. JESUS ERA DEMASIADAMENTE PURO PARA VESTIR A ROUPA DO CULPADO. Sua natureza espiritual era incompatível com a encarnação material, como a sofreis. Ele não esperou, sepultando no seio de uma virgem, a hora do nascimento. Tudo, como vos explicaremos - como obra do Espírito Santo, isto é, do Espíritos do Senhor, foi aparência, imagem, no "nascimento" do Mestre, na "gravidez" e no "parto" de Maria. 
A presença de Jesus na Terra foi uma aparição espiritual tangível: o Espírito - segundo as leis naturais que vos acabamos de explicar - tomou todas as aparências do corpo. O perispírito, que o envolvia, foi feito mais tangível, de modo a produzir a impressão perfeita, na medida do que o reclamavam  as necessidades, MAS JESUS ERA SEMPRE ESPÍRITO. Notai que contrariamente a todas as leis aqui se acha submetido o Espírito encarnado, ele tinha consciência exata da sua origem e a certeza do seu futuro. Isto, por si só, basta para fazer-vos entender que seu Espírito não fora submetido às leis da encarnação, tal como vós a suportais.
ELE NÃO ESTAVA SUJEITO A NENHUMA DAS NECESSIDADES DA EXISTÊNCIA MATERIAL HUMANA. 
Só na aparência, exteriormente, para exemplo, as experimentava, como vos explicaremos quando chegar o momento de falarmos da figura emblemática do jejum e da transfiguração. 
Conforme também vos diremos,nessa passagem, a natureza do corpo que Jesus tomou não foi mais que um espécime precoce do organismo humano, tal como será daqui a muitos séculos, em certos centros do vosso planeta, e tal como é em planetas mais elevados - mas sem ação da vontade, para decompor ou reconstituir o perispírito tangível ou corpo da natureza perispirítica: ESSE PODER SÓ TEM O ESPÍRITO PURO.
Deixai que os materialistas envolvam o Mestre numa veste de carne igual a vossa. Por mais que façam, não conseguirão nunca igualá-lo, nesta desgraçada era apocalíptica. Deixai, também, que os deístas recusem a divindade a Jesus: eles se aproximam de vós. Sim, é tempo de ser arvorado o estandarte da Verdade e da fé simples, raciocinante, racional.
Sim, Deus é a única potência criadora que reina sobre todo o Universo. Deus é o único princípio, mas não divisível; cria, mas nunca pela divisão da sua essência. DEUS É UNO. Jesus, a quem podeis e deveis chamar seu filho bem-amado; de quem podeis e deveis dizer NOSSO DIVINO MODELO - DIVINO POR SER O ÓRGÃO DO SENHOR TODO-PODEROSO e está em relação direta com ELE - Jesus é a maior essência depois de Deus, mas não é a única essência espiritual dessa grandeza.
Cada planeta tem o seu Espírito Fundador, Protetor e Governador infalível, por se achar constantemente em relação direta com Deus, recebendo diretamente a inspiração divina, e que nunca faliu. Explicaremos, mais tarde, o sentido e o alcance destas últimas palavras. 
Nenhum de vós, nenhum de nós que vos dirigimos a vossa marcha pode dizer que jamais faliu; mas todos podemos alimentar a esperança de poder participar da pureza de Jesus e da sua felicidade, pela nossa perseverança na prática do Bem e no estudo constante das Verdades Eternas. 
Nosso Pai é justo e bom; todos nós somos filhos pródigos; voltaremos à casa paterna. 
Apressemos-nos, apressemos-nos, irmãos bem-mados: o Divino Modelo reacende sua Luz, que os vapores deletérios do vosso mundo tinham ensombrado. Ele arde com mais vivo brilho. Fixai nele os olhos. Acelerai o passo, que já se faz tarde. Vosso PAI está no limiar, esperando a todos vós de braços abertos.
                                      Mateus, Marcos, Lucas e João, assistidos pelos Apóstolos.   

  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...