domingo, 30 de novembro de 2014


07/03/1970
OBRA DO ESPÍRITO SANTO - V

 P - O conhecimento da Lei dos Fluidos abre novos horizontes para os estudiosos da verdadeira Doutrina Cristã. Como o CEU da LBV analisa as consequências do "parto" de Maria?

R - Os Espíritos que vos cercam, chegados a um certo grau de adiantamento atuam - pelo poder da própria vontade - sobre os fluidos ambientes, atraem os que são necessários e, combinando-os, traçam, para os olhos carnais do homem, os quadros que ele precisa ver. Entretanto, tais meios só são empregados em casos excepcionais, da maior seriedade.

Assim, não pense o homem estar sempre submetido a essas "alucinações espirituais". Mas, todas as vezes que, para um fim útil à Humanidade, seja preciso recorrer a esses meios, eles são empregados. Não vos equivoqueis, porém, a respeito do sentido desta expressão "alucinações espirituais": trata-se de efeitos espirituais representando, para os olhos humanos, uma coisa qualquer que não exista realmente, nem do ponto de vista material, nem do ponto de vista espiritual, e que não passa de ilusão produzida, sob a ação dos Espíritos, por uma SIMPLES COMBINAÇÃO DOS FLUIDOS.

O fenômeno, que mais tarde explicaremos, chamado a manipulação dos pães e dos peixes, simples resultado de uma ação espiritual, obtida por mera combinação dos fluidos apropriados e necessários a tais efeitos, é de molde a vos fazer compreender como seria igualmente fácil produzir, para aqueles que porventura assistissem Maria, a ilusão perfeita do parto, dando-lhe as características da realidade.

É pelo mesmo princípio e pelo emprego das mesmas causas que os Espíritos culpados defrontam, na erraticidade, as vítimas que fizeram e as faltas que cometeram e vêem desenrolar-se o panorama sangrento do passado ou o cenário das dores que os esperam no futuro. Os fluidos empregados pelos Espíritos prepostos a essa missão apresentam aos olhos do culpado - ou quadros animados, de uma ilusão perfeita, ou a aparência de objetos sob a mais completa ilusão da realidade.

Fácil teria sido, portanto, produzir nos homens, naqueles que porventura a assistissem, a ilusão do parto de Maria. Mas, a isso se opunha o misterioso prestígio de que devia cercar-se o "nascimento" de Jesus. No momento a Virgem estava só. Fácil era dar a ilusão àquele Espírito cuja existência material apenas começava, tanto mais quando - embora o desenvolvimento da mulher em tais paragens seja mais precoce do que sob o vosso clima - a vida contemplativa de Maria a conservara ao abrigo de todas as aspirações e sensações materiais. Sendo ela, portanto, ignorante das leis da matéria, seria inútil levar mais longe essa ilusão.

Notai que os acontecimentos se encadearam de tal sorte que Maria se viu isenta de quaisquer socorros humanos, sendo o rebanho encurralado no estábulo sua companhia única naquele momento em que, estando sozinha, ela tivesse de acreditar num parto real; em que sob a influência magneto-espiritual, os fatos ocorreram para efetivar a ilusão sobre esse ponto; em que, finalmente, se verificou o aparecimento de Jesus sob o aspecto de uma criancinha.

Notai que NENHUM HISTORIADOR DE JESUS FALA DO TRABALHO DO PARTO DE MARIA, NEM DAS CONSEQUÊNCIAS QUE PUDESSEM OCASIONAR.

Os "espíritos fortes" farão sentir que, sendo a Judéia um país quente, as mulheres eram morenas e vigorosas, e que assim as condições mórbidas, do ponto de vista das consequências do parto, deviam ser quase nulas. Efetivamente, em certas atitudes, a mulher se encontra senão livre, ao menos aliviada de uma parte de seus sofrimentos. Mas Jerusalém, Nazaré e Belém de Judá não se acham em condições idênticas às das margens do Ganges, tão citadas em casos semelhantes. Ela, portanto, deveria ter estado "doente", como qualquer outra mulher, durante certo tempo. NINGUÉM DISSE UMA SÓ PALAVRA A TAL RESPEITO. Ao contrário, logo na manhã seguinte, recebeu os pastores (aos quais o Anjo, ou Espírito, se manifestara) e lhes apresentou o menino.

Ela era, já o dissemos, um Espírito muito puro, tendo por missão prestar-se a obra que se havia de realizar, e não procurava, como vós o fazeis, compreender o mecanismo dos atos ocultos. Observai: avisada pelo Anjo de que teria, aos olhos humanos um filho de essência diversa da sua, diversa da essência humana do vosso planeta, obedece e desempenha com fé, submissão e amor, A TAREFA QUE ACEITARA.

Avisada pelo Anjo, ou Espírito, de que não seria mais que um instrumento,  recebe como obra do Espírito Santo e sem inquirir da natureza da solução do problema, o filho que julgou ser fruto de suas entranhas e do qual tinha de se encarregar aos olhos dos homens. Não digam aqueles, que sem cessar controvertem, que isso teria sido embuste ou fantasmagoria. Não: vossa natureza está sujeita a muitas coisas que ainda não compreendeis, mas cuja fonte única é a combinação dos fluidos de que dispomos - para vossa utilidade e vosso progresso.

Jamais agimos sem propósito: cumprimos SEMPRE as vontades do Senhor. O que ocorreu era necessário ao início de uma nova era transitória, na qual a Humanidade então ia entrar, a fim de preparar o advento de nova Revelação. 




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