sábado, 8 de novembro de 2014

06/02/1970
JOÃO, O BATISTA - VI

P - Foi providencial a criação do Centro Espiritual Universalista. Julgamos acertada a afirmativa de que, no CEU da LBV, só se aceitam ensinos de Jesus através do Espírito da Verdade. Estamos desiludidos de "mestres" e instrutores que só querem projeção, dinheiro e cartaz literário. Como explica o Espírito da Verdade estas palavras sobre João (v. 15): "Será cheio do Espírito Santo desde o seio materno"?
R - A sentença é do único Mestre do vosso planeta: "Quem não é por mim é contra mim. Quem comigo não junta, espalha". 
O divisionismo é a grande chaga aberta pelos egoístas, infiltrados em todas as boas causas. Só o Novo Mandamento poderá unir os que realmente colocam o Cristo acima de seus melindres e vaidades pessoais. Todos terão de dar o testemunho do Batista: "Importa que eu desapareça, para que Ele apareça". Por isso estava, antes de renascer, cheio do Espírito Santo. 
As vozes de além-túmulo já vos revelaram as angústias por que passa o Espírito que vai encarnar de novo, para suportar as provações que lhes são necessárias; quais as suas inquietações, quanto ao resultado destas novas provas; qual a perturbação que isso lhe cause, perturbação que aumenta continuamente até ao instante do nascimento, e que vai mais longe, ainda que enfraquecendo durante o primeiro período da infância material. 
Já o sabeis: o Espírito, depois de haver expiado, na erraticidade, as faltas ou crimes cometidos, experimentando sofrimentos ou torturas morais adequados e proporcionais a esses crimes ou faltas, entra na fase da reparação. Escolhe, então, as provações que julga mais apropriadas ao seu adiantamento. Depois, entretanto, essas provações se lhe afiguram sempre terríveis. Tão fraco se sente, examinando o passado, que duvida de suas forças no futuro. Aí começa a perturbação, o estado da ansiedade, a princípio bem nítido, mas que perde em nitidez o que ganha em intensidade, à medida que no seio materno se forma o invólucro que lhe cumpre revestir e ao qual ele se acha ligado, desde o princípio da concepção por um laço fluídico, uma espécie de cordão que gradualmente se encurta, aproximando-o cada vez mais do seu cárcere.
Consumado o nascimento, completa é a ligação entre o Espírito e o corpo, do qual aquele não pode mais separar-se. principiam suas provações. Sofre logo o efeito da perturbação, que, entretanto, muda de caráter: já não é a angústia dos primeiros momentos, é o torpor produzido pela matéria, até que, desenvolvendo-se esta, lhe seja possível adquirir, pouco a pouco, relativa liberdade.
Não suponhais, porém, que o mesmo aconteça com um Espírito elevado que toma a veste carnal como se vestisse um uniforme, dentro do qual se achasse bem aparelhado para prestar bons serviços à Pátria. É com alegria que esse recebe o amplexo da carne. 
E, mesmo no seio materno, enquanto não se apertaram inteiramente os laços que o prendem ao corpo, ele - sempre livre - apreciava a importância da obra que lhe foi confiada a extensão da confiança de que o Senhor, por essa forma, lhe dá prova, e daí tira motivo de grande júbilo. Não lhe sucede, desde a concepção, ficar subjugado pela carne: conserva desde logo, certa independência. Sem sofrer as angústias que precedem a encarnação, sente apenas o entorpecimento que a matéria causa por ocasião do nascer, quando o corpo constringe completamente o Espírito, e que se prolonga até que com o desenvolvimento gradual da matéria, aquele readquire sua liberdade.
João era cheio do Espírito Santo desde o seio materno porque, sendo o seu espírito elevadíssimo, atraía a si os que lhe eram iguais ou superiores, de mundos maiores, para assisti-lo na sua missão de Precursor do Cristo de Deus.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...