29/01/1970
REENCARNAÇÃO
P - Hoje, em nosso posto familiar que é a Igreja de Deus em Casa, o irmão católico não entendeu o que chama de "teoria da reencarnação". Qual, a respeito, a orientação do CEU da LBV?
R - Não se trata de teoria, mas de uma Lei, atestada pelo fato de poder o Espírito habitar, sucessivamente, muitos corpos.
P - Por que devemos crer na Lei da Reencarnação?
R - Porque somente ela explica as diferenças materiais, morais e intelectuais que se notam entre os homens. Não é criação do Espiritismo: é mais antiga que o planeta que habitais.
P - Quais as diferenças materiais?
R - As de fortuna, saúde, formação física e tantas outras.
P - Quais as diferenças morais?
R - A variedade dos caracteres humanos, em escala impressionante.
P - Quais as diferenças intelectuais?
R - Os diversos graus de inteligência, que se patenteiam logo na infância. E mais tarde vos falaremos das DIFERENÇAS ESPIRITUAIS.
P - É um fato provado a reencarnação?
R - Sim, pelas aptidões inatas dos homens e pelas Revelações dos Espíritos. Nos tempos mais remotos, os maiores homens a professavam, convictamente. O Decálogo já a incluía, como demonstramos.
P - Jesus também a professou?
R - Sim, em vários pontos dos Evangelhos, como iremos demonstrar examinando toda a Segunda Revelação: Mateus, Marcos, Lucas e João.
P - O Espírito encarna sempre em condições mais felizes que as anteriores?
R - É o que geralmente acontece, mas o contrário também se pode dar.
P - Qual a razão disso?
R - É que, quando o Espírito conhece as causas da situação em que se encontra e o que deve fazer, para sair dela, pede a prova em que melhor possa expiar e reparar suas faltas.
P - Como se explica o fato, tantas vezes observado, da manifestação de grandes talentos em crianças?
R - Pelas aptidões inatas, de suas vidas anteriores.
P - Que devemos entender por aptidões inatas?
R - A recordação dos seus conhecimentos de encarnações precedentes. Eis alguns casos: Jesus, aos doze anos ensinando os doutores; Mozart, aos sete, compondo música; Pascal, ensinando matemática aos doze; Mondex, que aos sete não encontrava problema que o embaraçasse; Van de Keerqkover, pintor aos dez; Inaudi, hábil calculador aos oito; e tantos, tantos mais.
P - Podemos atribuir também a essa causa a precocidade de certos criminosos?
R - Claro que sim. O criminoso é um Espírito imperfeito que se desviou do bom caminho.
P - Os selvagens são seres como nós?
R - Sim: são Espíritos que progrediram pouco, por terem menos encarnações.
P - Qual a necessidade de reencarnarmos muitas vezes?
R - A do nosso aperfeiçoamento, a fim de nos tornarmos dignos da felicidade que nos está reservada por Deus.
P - Onde reencarna os Espíritos?
R - Na Terra e nos outros mundos, a que chamais planetas e estrelas.
P - É a Terra comparável aos outros planetas?
R - A Terra é um dos menores planetas do Sistema Solar: Urano é 74 vezes maior que ela; Netuno - 100 vezes maior; Saturno - 864; Júpiter - 1.300 vezes maior que a Terra. Esse último não está sujeito às vicissitudes das estações nem às bruscas alternativas da temperatura: é favorecido por uma primavera constante, isto é, sem frio nem calor.
P - Que são as estrelas?
R - Sóis, como aquele que é o CENTRO do vosso Sistema Planetário. Se alguns deles (não obstante serem milhões de vezes maiores do que a Terra) vos parecem pequenos, é porque estão a imensa distância do vosso mundo.
P - Para que foram criados esses mundos?
R - Deus não criou nada inútil. Esses mundos são habitados por seres que nem sempre podem ser vistos ou fotografados.
P - É infinito o espaço?
R - Sem dúvida. Se lhe puserdes um limite, que haverá além dele?
P - Existe o vácuo absoluto?
R - Não: o próprio espaço é ocupado pela substância que a ciência denomina éter.
P - Que e que constitui o Universo?
R - O Universo compreende a infinidade dos mundos que povoam o espaço infinito; todos os seres classificados pelo homem como animados e inanimados; todos os astros; todos os fluidos e todos os seres espirituais.
P - Como se forma os mundos?
R - Pela condensação da matéria disseminada no espaço ou matéria cósmica.
P - Também os mundos desaparecem?
R - Com o tempo, tudo se transforma no Universo, a fim de se cumprir a Lei do Progresso.
P - A constituição física é a mesma em todos os mundo?
R - Não. Às vezes, eles diferem em tudo, e o mesmo acontece com os seres que os habitam.
sábado, 1 de novembro de 2014
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