13/02/1970
JESUS, O CRISTO - II
P - Louvamos a franqueza com que o CEU declara: todos estes ensinamentos não são de homens, por mais célebres que sejam; são do próprio Jesus, através do seu porta-voz - o Espírito da Verdade. Agora, entendemos melhor o martírio inenarrável do Mestre, durante a sua missão na Terra. Por que o fizeram sofrer tanto?
R - O homem é orgulhoso. A descida de um Espírito do Senhor não lhe teria bastado: tinha de ser um Deus!
Não esqueçais que os judeus se achavam em contato direto com os romanos; que as ideias e costumes dos conquistadores se infiltram sempre no povo do país conquistado; que, assim, as ideias politeístas vieram à encontrar-se com o monoteísmo. A vida e os atos de Jesus; sua "morte" e sua "ressurreição"; os fatos que se seguiram; a interpretação humana dada às "suas palavras"; a divulgação feita pelos discípulos, uma vez terminada a missão, do que o Anjo (ou Espírito) anunciara à Virgem Maria e depois a José, acerca daquela concepção e daquela gravidez, obra do Espírito Santo, e como tal considerada "sobrenaturais", "miraculosas", "divinas" - criaram para os judeus a necessidade de multiplicarem a divindade, tentando manter a unidade na pluralidade. E assim se explica a origem do que os homens chamaram "o dogma das três pessoas".
O materialismo esmagava o mundo com o seu peso carnal e o mundo perecia, porque toda a carne apodrece. Cumpria erguer o Espírito e dar-lhe a força de lutar contra a matéria. Para se conseguir tal objetivo era indispensável que o mundo tivesse diante dos olhos UM EXEMPLO IMATERIAL, imaterial sob o ponto de vista da divindade atribuída ao Cristo, não durando a sua materialidade, para os homens, mais que um tempo muito restrito e não passando de um meio de comunicação.
Na apresentação deste exemplo em vosso mundo é que está cegando as vistas humanas, O MILAGRE, porque - aos olhos dos homens - houve derrogação das leis estabelecidas. Aí não há, porém, nenhum milagre: a vontade imutável de Deus não derroga NUNCA às leis naturais por Ele promulgadas desde de toda a eternidade. Como vereis pela explicação que vos daremos, na medida do que a vossa inteligência (obscurecida pela carne) pode receber e comportar. O que houve FOI APLICAÇÃO DAS LEIS QUE REGEM OS MUNDOS SUPERIORES E ADAPTAÇÃO DESSAS LEIS AOS VOSSO FLUIDOS, isto é, do planeta que habitais.
Maria era um Espírito Puro, que descera à Terra com a sagrada missão de cooperar com Jesus na obra da regeneração humana. Em comunhão com os Espíritos do Senhor, mas submetida à Lei da Reencarnação, material, humana, tal qual a sofreis, a Virgem era médium vidente, intuitivo e audiente, no sentido de ter consciência do ser que se lhe apresentava e da predição que lhe fazia. Sua inteligência entorpecida pelo invólucro material, não estava em estado de lembrarp-se. É o que explica tenha feito sentir ao Anjo, ou Espírito, a impossibilidade de conceber durante a virgindade. Era preciso que, tanto quanto os homens, a Virgem desconhece a origem espiritual do Flho, que lhes era anunciado.
A explicação que daremos da concepção, da gravidez e, portanto do parto de Maria, como obra do Espírito Santo, vos fará compreender que, não devendo conhecer aquela origem, ela de fato não a tenha conhecido e HAJA ACREDITADO NA SUA MATERNIDADE.
Os judeus, de acordo com as suas tradições e as interpretações dadas ao Antigo Testamento, criam que o próprio Deus se comunicava diretamente com os homens; que o Espírito Santo era a inteligência mesma de Deus, a se manifestar por um ato qualquer. Isso explica a resposta do Anjo, ou Espírito, ao anunciar - primeiro a ela, depois a José - a concepção no seio de uma virgem, a gravidez e o parto, como obra do Espírito Santo.
A resposta era adequada, segundo a vontade do Senhor, ao estado geral das inteligências, de modo a poder ser escutada e compreendida, apropriada às necessidades da época, tendo em vista os acontecimentos que iam ocorrer, preparando a Humanidade para o que teria de saber mais tarde, mediante a uma nova Revelação, quando fossem chegados os tempos em que a pudessem suportar.
Ora, para os judeus que esperavam um chefe temporal, capaz de lhes reanimar a nacionalidade, de lhes reavivar as glórias, de os constituir em povo livre, preciso era um chefe que, afastando-se do programa humano, lhes fizesse compreender NÃO SER SEU REINO DO PLANO TERRA. Na verdade, eles tinham a ideia fixa de oferecer um sacrifício ao Deus terrível que, segundo o seu modo de ver, se deleitava com o fumo dos holocaustos.
E, para que o sacrifício fosse realmente grande, aqueles a quem era proibido sacrificar homens a Deus - SACRIFICARAM DEUS A SI MESMO!
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
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