segunda-feira, 3 de novembro de 2014

31/01/1970
JOÃO, O BATISTA - I

P - Qual a interpretação que o CEU da LBV dá ao Evangelho de Jesus segundo São Lucas, I: 5 a 25?
R - A mesma dos Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos. Vejamos esta passagem evangélica:
         
         5 - Havia, sob o reinado de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote
          chamado Zacarias, da turma de Abias (a oitava das vinte e quatro
          que David sorteara para servirem no templo cada uma   por    sua
          vez); e sua mulher pertencia, também, à raça de Arão e se chama-
          va Isabel. 6 - Eram justos aos olhos de Deus e obedeciam a todos
          os mandamentos e ordem do Senhor, de modo irrepreensível. 7 -
          Não tinham filhos, por ser Isabel estéril e estarem ambos avança-
          dos em anos. 8 - Ora, desempenhando Zacarias suas funções    sa-
          cerdotais perante Deus, na vez da sua turma, 9 - sucedeu que,  ti-
          rada a sorte, conforme ao que era observado entre os sacerdotes,
          lhe tocou entrar no santuário do Senhor, para oferecer os  perfu-
          mes, 10 - enquanto a multidão, do lado de fora, orava no momen-
          to de serem os perfumes oferecidos. 11 - Um Anjo do Senhor apa-
          receu a Zacarias, conservando-se de pé, à direita    do   altar    dos
          perfumes. 12 - Vendo-o, Zacarias ficou todo perturbado e o pavor
          se apoderou dele. 13 - Mas o Anjo lhe disse:  "Não   tenhas   medo,
          Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida e Isabel, tua esposa,   te-
          rá um filho ao qual darás o nome de João. 14 - Exultarás com isso
          de alegria, e muitos se rejubilarão com o    seu   nascimento;    15 -
          Pois ele será grande aos olhos do Senhor, não beberá vinho   nem
          bebida alguma espirituosa, será cheio do Espírito Santo desde   o
          seio materno; 16 - converterá muitos dos filhos de Israel   ao  Se-
          nhor Deus;   17 -  e irá à sua frente,  com o Espírito e a virtude   de
          Elias, para atrair os corações dos pais aos filhos e os   incredulos
          à sabedoria dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo
          perfeito". 18 - Zacarias disse ao Anjo: "Como me certificarei dis-
          so, sendo já velho e estando minha mulher em idade avançada?"
          19 - O Anjo respondendo lhe disse: "Sou Gabriel, sempre presente 
          diante de Deus, e fui enviado para te falar e te dar esta boa nova.
          20 - Vais ficar mudo, e não podereis falar, até o dia em que   estas
          coisas acontecerem, por não haveres acreditado nas minhas   pa-
          lavras, que a seu tempo se cumprirão". 21 - O povo esperava   Za-
          carias, e se admirava de que estivesse demorando tanto   no tem-
          plo. 22 - Mas, quando ele saiu sem poder falar, todos  compreen-
          deram que tivera uma visão no santuário, pois isso lhes  dava en-
          tender por sinais, e ficou mudo. 23 - Decorrido os dias do seu mi-
          nistério sacerdotal, voltou para   sua   casa.    24 - Tempos depois,
          Isabel,  sua mulher, concebeu. E se ocultou durante cinco meses,
          dizendo:  25 - "Esta é a graça que o Senhor me fez, quando se dig-
          nou de me tirar do opróbio diante dos homens".

O nascimento de João, como filho de Isabel, tinha por fim impressionar, desde logo, o espírito público. 
Isabel era estéril, isto é, não havia concebido até então, e tal se dera por ser da sua missão servir aos desígnios do Senhor. A esterilidade, aqui, se deve entender no sentido de que Isabel, que ainda não chegara, em idade, aos limites extremos além dos quais cessa a fecundidade, segundo as leis naturais da reprodução em vosso planeta, estivera sem filho até aquele momento.
É o que verificais, pelas palavras do Anjo à Virgem Maria (versículo 36), falando de Isabel: "Ela é chamada estéril". De qualquer efeito, na humanidade, se deve procurar a causa nos antecedentes da vossa existência, visto que nenhum ato, praticado em precedente encarnação, deixa de ser consequência. 
O homem, como sabeis, nasce e morre muitas vezes, antes de chegar ao estado de perfeição, no qual gozará, em toda plenitude, das faculdades espirituais, isto é, em que possuirá a Caridade e o Amor perfeitos, o conhecimento de Deus e de suas obras, o conhecimento da Verdade sem véu na ordem física (material e fluídica) e na ordem espiritual (moral e intelectual), pela ciência adquirida de tudo o que vive, existe e se move na imensidade da criação. Tal sucede quando o Espírito atingiu a culminância da perfeição sideral, e ainda lhe deixa aberto e por percorrer, do ponto de vista da ciência universal, o caminho do infinito.  
Cada uma das existências, que se sucedem, é solidária com aquelas que a precedeu. E, se os atos não foram culposos, muitas vezes o Espírito - aceitando missão no vosso planeta - também aceita uma série de fatos que hão de acontecer, apesar da repugnância que, à sua condição de reencarnado, devam causar e causem. 
Assim, Isabel - fazendo parte do grupo de espíritos que pediram e obtiveram a missão de auxiliar Jesus na sua obra regeneradora - aceitara a sua condição de mulher, e mulher estéril, o que era tido por opróbrio entre os judeus, a fim de tornar MAIS RUIDOSO o nascimento de João. Assim, igualmente, Zacarias aceitara viver sem filhos: porque a libré da carne lhes tenha feito esquecer os compromissos tomados na vida espiritual, estes não se tornaram menos reais. E haviam de produzir as consequências inevitáveis.

    
             

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