quinta-feira, 2 de abril de 2015


04/08/1970
FENÔMENOS DA NATUREZA - I

P - Muitos estudiosos querem saber como conciliar a ação dos Espíritos na produção do fenômeno das tempestades e, por conseguinte, os naufrágios que ocasionam, num instante fatal, a morte de certas pessoas como TERMO  DE SUAS PROVAÇÕES TERRENAS, como as descobertas pelas quais a Ciência, de antemão, determina o lugar e a época dos fenômenos meteorológicos. É que isso leva muita gente a não ver nas tempestades e nos naufrágios mais do que ação de uma força cega e necessária, enquanto na morte dos naufrágios não vê senão a obra daquilo que chama de ACASO, negando assim a intervenção de Deus e a ação dos Espíritos por ele prepostos ao uso, ao emprego, à execução e à aplicação das Leis Naturais e Imutáveis a que estão sujeitos os variados fenômenos da Natureza. Que nos diz sobre tudo isso, o Espírito da Verdade?

R - Por ventura a ciência humana também já predeterminou quais e quem - ao menos na aparência - seriam vítimas desses efeitos? Digamos, ao menos na aparência, porque os que morrem em tais casos (como explicaremos daqui a pouco) são apenas VÍTIMAS VOLUNTÁRIAS, NO SENTIDO DE QUE SÃO LEVADOS A SEMELHANTE FIM EM VIRTUDE DA ESCOLHA, QUE FIZERAM, DE SUAS PROVAS; DE QUE SÃO LEVADOS A ISSO PELOS SEUS PRÓPRIOS ESPÍRITOS; NO SENTIDO DE QUE O FATO OCORRIDO É CONSEQUÊNCIA FORÇADA DAS PROVAÇÕES E EXPIAÇÕES QUE ESCOLHERAM.

Tudo é sábio, tudo é grande, tudo é perfeito nas Leis Divinas; somente vós materialistas orgulhosos, sois pequeninos nas vossas críticas e negação do Todo-Poderoso.

Mas a Ciência, um dia, vos anunciará, com exatidão, o momento dos fenômenos da Natureza. Então, dada a vossa evolução moral, física e intelectual, não mais tereis de sofrer expiações e provações, quais as do naufrágio. É preciso que seja assim, porque é preciso que tudo marche regularmente na obra divina. Dia virá em que tendo vós a necessária ELEVAÇÃO ESPIRITUAL, todos os casos que hoje vos causam espanto se vos tornarão familiares, MAIS NEM POR ISSO MENOS REAL, SERÁ A AÇÃO DOS ESPÍRITOS. A ciência humana, se lhe fosse possível, anularia a existência de Deus, afirmando: "Previmos as tempestades; logo, elas se desencadearam porque assim devia acontecer". 

De tal sorte, os fenômenos da Natureza seriam apenas o resultado da ação de uma força cega e necessária, e não obra de uma inteligência suprema e providencial, que age por intermédio de Espíritos ativos e devotados, aos quais incumbem o uso, o emprego, funcionamento, a aplicação e a execução das Leis Naturais e Imutáveis que ela estabeleceu desde toda a Eternidade. Deste modo é que aquela inteligência opera, por sua vontade onipotente e livre, no sentido de que AGE SEGUNDO ESSAS MESMAS LEIS, QUE ELA DIRIGE, APLICA, FAZ FUNCIONAR, EXECUTAR COM PERFEIÇÃO, VISANDO SEMPRE AO PROGRESSO FÍSICO, MORAL E INTELECTUAL DENTRO DA VIDA E DA HARMONIA UNIVERSAIS. Prevendo-lhes o uso, a aplicação, a execução e os efeitos, essas Leis são reconhecidas por aqueles mesmos que negam, porque não as vêem, o Legislador que as promulgou e os agentes a quem incumbiu de as aplicar, de as executar, de as fazer produzir seus efeitos, nas condições e segundo as regras e os meios que lhes pôs nas mãos e se acham estabelecidos nas próprias Leis.

O LEGISLADOR É DEUS; OS AGENTES SÃO OS ESPÍRITOS PUROS, aqueles que se podem aproximar do centro da Onipotência e que, por sua vez, têm - como agentes submissos e devotados conforme a hierarquia espiritual - os Espíritos Superiores e os Bons Espíritos. O mesmo seria reconhecer a existência de qualquer máquina, prever-lhe e observar-lhe o uso, a aplicação, os efeitos, a execução da obra desde que o operário preposto do mecânico a faz funcionar e, AO MESMO TEMPO, NEGAR - POR NÃO SEREM VISÍVEIS, O MECÂNICO QUE A INVENTOU E OS OPERÁRIOS QUE A PÕEM EM MOVIMENTO.  Ora, o mecânico é Deus; os operários prepostos são os Espíritos.

Não, a Natureza obedece a determinada marcha regular. É assim como o homem recebe sempre - pelas circunstâncias ou pelos acontecimentos que preparam, procedem, produzem e executam essa marcha - O AVISO DE QUE TEM DE MORRER E, PORTANTO, DEVE ESTAR PRONTO PARA ESSE MOMENTO SUPREMO, do mesmo modo nas Leis da Natureza, todos os acontecimentos deixam prever a marcha que seguirão por meio dos sinais captados pela ciência especializada.

As tempestades, como as inundações, os fatos atmosféricos e todos os fenômenos da Natureza são produzidos por Espíritos prepostos à produção desses efeitos. Os Espíritos que, todavia, seguem a marcha que lhes traça o Criador, para os preparar, guiar e realizar pelos meios de que os armou, mas SEMPRE SEGUNDO AS LEIS NATURAIS E IMUTÁVEIS POR ELE ESTABELECIDAS, DESDE TODA A ETERNIDADE.

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