08/08/1970
NA TERRA
DOS GERASENOS - I
P - Em
matéria de obsessão e obsidiados, o que mais nos impressiona é a passagem
evangélica na terra dos gerasenos. Gostaríamos, por isso, de receber pelo CEU
da LBV, uma explicação ampla, que nos dê elementos para uma pregação eficiente
aos que frequentam a nossa CRUZADA DO NOVO MANDAMENTO NO LAR. Podemos ser
atendidos pelo Espírito da Verdade?
R - Vamos
harmonizar Mateus, VIII: 28-34, Marcos, V: 1-20 e Lucas, VIII: 26-40.
Mateus: 28 - Ao
chegar Jesus à terra dos gerasenos,
na outra margem do lago, vieram-lhe ao encontro,
saindo dos túmulos, dois possessos tão
furiosos que
ninguém ousava passar por aquele
caminho. 29 - E
se puseram a gritar, dizendo:
"Jesus, Filho de Deus,
que tens tu conosco? Vieste para nos atormentar
antes do tempo?" 30 - Não longe dali,
estava pastan-
do uma grande vara de porcos. 31 - E os demônios
suplicaram a Jesus: "Se nos
expulsas daqui, manda-
nos para aqueles porcos!" 32 -
Jesus lhes disse:
"Ide". E eles, saindo dos
possessos, passaram para
os porcos. Logo toda a manada partiu a
correr, im-
petuosamente, e se foi precipitar no lago, onde os
porcos morreram afogados. 33 - Então, aquele que
os guardavam fugiram e, indo à cidade,
narraram
tudo o que acontecera aos possessos. 34 - Todos os
habitantes da cidade saíram ao
encontro de Jesus e,
ao vê-lo, lhe pediram que se retirasse
do país.
Marcos: 1 - Tendo atravessado o mar, desembarca-
ram no país dos gerasenos. 2 - E, mal
Jesus descera da
barca, um homem possuído do espírito imundo veio
ter com ele, saindo dos sepulcros, 3 - onde tinha sua
morada habitual, homem esse que ninguém mais
conseguia prender, nem mesmo com as
correntes, 4 –
pois muitas vezes já tinha estado com
ferros aos pés,
preso por cadeias, e os quebrara, não havendo
quem
pudesse dominá-lo. 5 - Vivia nas
montanhas e nos tú-
mulos dia e noite a gritar e se
flagelar nas pedras. 6 –
Ao ver Jesus de longe correu para ele e o adorou, 7
– exclamando em altas vozes: "Que há
entre mim e
ti, Jesus, Filho do Altíssimo? Eu te
conjuro, por Deus,
que não me atormentes!" 8 -
Isso porque Jesus lhe
ordenava: "Espírito imundo, sai
desse homem!" 9 –
Perguntou-lhe Jesus: "Como te
chamas?" Respondeu:
"Multidão é o meu nome, porque
somos muitos". 10 –
E lhe pedia, com insistência, que não
o expulsasse.
11 - Ora, havia ali uma grande vara
de porcos, pastan-
do na encosta do monte. 12 - E os
demônios faziam a
Jesus esta súplica: "Manda-nos
para aqueles porcos,
para que entremos neles". 13 - E, como Jesus lhes
desse permissão, os espíritos
imundos, saindo do
possesso, entraram nos porcos, e
toda a manada, que
era perto de duas mil cabeças,
correu com grande ím-
peto e foi precipitar-se no mar,
onde se afogou. 14 –
Os que a apascentavam fugiram e, na
cidade e nos cam-
pos, foram espalhar a notícia do que
se passara, e todos
saíram a ver o que havia acontecido.
15 - Vieram ter
com Jesus e, vendo o homem, que
estivera atormenta-
do pelo demônio, já sentado, vestido
e em seu juízo, se
encheram de temor. 16 - E eles ouvindo dos que pre-
senciaram os fatos a narrativa do
que sucedera ao pos-
sesso e aos porcos, 17 - pediram a Jesus que deixasse
aquela terra. 18 - Ao voltar Jesus para a
barca, o homem
que estivera possesso suplicou que
lhe fosse permitido
acompanhá-lo. 19 -
Jesus, porém, recusou, dizendo:
"Volta para tua casa, para o
meio dos teus, e conta-lhes
tudo o que o Senhor fez por ti; e
que Ele de ti se compa-
deceu!" 20 - O homem partiu, e
começou a espalhar em
Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera,
causando admira-
ção a todos.
Lucas: 26 -
Vieram navegando até ao país dos gerasenos,
que fica defronte da Galiléia. 27 - Ao chegar Jesus em
terra, veio ter com ele um homem que,
desde muito tem-
po, estava possuído do demônio, e não
trazia roupa algu-
ma e não morava em casa, mas nos
sepulcros. 28 - Logo
que viu Jesus, se prostrou diante
dele e, em altos brados,
dizia: Jesus, Filho de Deus
Altíssimo, que há entre mim e
ti? Eu te suplico: "não me
atormentes!" 29 - Isso porque
Jesus ordenava ao espírito imundo que
saísse daquele
homem que, havia muito tempo, era por ele
violentamen-
te subjugado. De nada servia
prenderem em correntes e
lhe
porem ferros aos pés: quebrava as correntes e o ferro,
e era impelido pelo demônio para os
lugares ermos. 30 –
Jesus lhe perguntou: "Qual é o
teu nome?" Ele respondeu:
"Meu nome é multidão", pois muitos demônios tinham
entrado nele, 31 - e esses demônios pediam a Jesus que
não os mandasse para o abismo. 32 - Como, no monte
próximo, estivesse pastando uma grande
vara de porcos,
os demônios pediram a Jesus que lhes permitisse entrar
nos porcos, o que lhes foi concedido.
33 - Então, saíram do
homem, entraram nos porcos e logo toda a manada
se
precipitou no lago, e aí se afogou. 34 - Vendo
isso, os que a
guardavam fugiram e foram contar na
cidade e nas alde-
ias o que se passara. 35 - De uma e de outras acorreram
muitas pessoas para ver o que
aconteceu. Vindo aonde es-
tava Jesus, encontraram o homem, que
ficara livre dos
demônios, sentado a seus pés, vestido e de
perfeito juízo,
o que os encheu de pavor. 36 - Os que
tinham visto o que se
passara lhes referiram como o possesso fora
libertado da
multidão de demônios. 37 - Então todos
os habitantes de
Gerasa pediram a Jesus que se
retirasse dali pois estavam
horrorizados. Jesus entrou de novo na barca, e
partiu. 38 –
O homem, de quem
os demônios tinham saído, suplicava
que lhe fosse permitido acompanhá-lo.
Jesus, porém, o
despediu,
dizendo: 39 - "Volta para tua casa. Narra aos teus
o que o Senhor fez por ti". E o
homem foi, por toda a cidade,
espalhando a notícia do que Jesus lhe fizera.
40 – Regressan-
do este, o povo o recebeu com alegria,
pois todos o esperavam.
A homens
materiais são necessários ensinamentos de feição material, SABEIS QUE HORROR
TINHAM OS JUDEUS AO PORCO, "ANIMAL IMUNDO" NO DIZER DAS ORDENAÇÕES DE
MOISÉS. E aqui são quase dois mil porcos, verdadeira multidão (legião seriam
6.000). Querendo dar a entender aos homens até que ponto eram perigosos e
repelentes os obsessores, Jesus permitiu que os que atuavam desde tanto tempo,
de modo tão violento e cruel, quanto extraordinário aos olhos humanos, sobre
aquele "demoníaco", isto é, sobre o geraseno que traziam subjugado,
assombrassem os porcos que ali perto passavam.
Os
homens, crentes de que os Espíritos, abandonando o possesso, entraram nos
porcos, compreenderam melhor O DESPREZO QUE LHES DEVIAM INSPIRAR TÃO PERIGOSAS
INSTIGAÇÕES, A QUE PODIAM ESTAR SUJEITOS TODOS AQUELES QUE NÃO TRILHAM O
CAMINHO QUE LEVA A SALVAÇÃO.
Observai
que os obsessores se satisfizeram com o espantar os porcos. Evidentemente, não
foram habitar neles. Assim como o subjugador não habita no subjugado -
limitando-se a influenciá-lo por meio de uma ação fluídica, permanecendo a seu
lado e atuando moralmente sobre ele - também os Espíritos impuros (que,
obedecendo à vontade de Jesus, se colocaram na sua passagem, PARA SERVIREM DE
INSTRUMENTO A LIÇÃO QUE ELE DESEJAVA DAR), se acercaram dos porcos e os
espantaram, impelindo-os a se precipitarem no lago.
Não
admitais nunca a união, embora momentânea, entre o Espírito e o animal, isto é,
a subjugação corporal deste por aquele, nem - ainda menos - a substituição ou a
possessão. Já vos explicamos os meios que se opera, as condições a que obedece
e os efeitos que produz a subjugação, quer corporal, quer corporal e
espiritual, bem como a possessão ou a substituição.
Não
temos, portanto de voltar a esse assunto.
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