segunda-feira, 6 de abril de 2015


08/08/1970
NA TERRA DOS GERASENOS - I

P - Em matéria de obsessão e obsidiados, o que mais nos impressiona é a passagem evangélica na terra dos gerasenos. Gostaríamos, por isso, de receber pelo CEU da LBV, uma explicação ampla, que nos dê elementos para uma pregação eficiente aos que frequentam a nossa CRUZADA DO NOVO MANDAMENTO NO LAR. Podemos ser atendidos pelo Espírito da Verdade?

R - Vamos harmonizar Mateus, VIII: 28-34, Marcos, V: 1-20 e Lucas, VIII: 26-40.

         Mateus: 28 - Ao chegar Jesus à terra dos gerasenos,
         na outra margem do lago, vieram-lhe   ao encontro,
         saindo dos túmulos, dois possessos tão furiosos que
         ninguém ousava passar por aquele caminho.  29 - E
         se puseram a gritar, dizendo: "Jesus, Filho de Deus,
         que tens tu conosco?      Vieste para nos atormentar
         antes do tempo?" 30 - Não longe dali, estava pastan-
         do uma    grande vara de porcos. 31 - E os demônios
         suplicaram a Jesus: "Se nos expulsas daqui, manda-
         nos para aqueles porcos!"      32 - Jesus   lhes   disse:
         "Ide". E eles, saindo dos possessos,   passaram  para
         os porcos. Logo toda a manada partiu a correr,   im-
         petuosamente,   e se foi precipitar  no lago, onde  os
         porcos morreram afogados.   33 - Então, aquele que
         os guardavam fugiram  e, indo  à  cidade,  narraram
         tudo o que acontecera aos possessos.   34 - Todos os
         habitantes da cidade saíram ao encontro de Jesus e,
         ao vê-lo, lhe pediram que se retirasse do país. 

         Marcos:   1 - Tendo atravessado o mar, desembarca-
         ram no país dos gerasenos. 2 - E, mal Jesus descera da
         barca, um homem possuído do  espírito imundo veio
         ter com ele, saindo dos sepulcros,  3 - onde tinha sua
         morada  habitual,   homem   esse que  ninguém  mais
         conseguia prender, nem mesmo com as correntes, 4 –
         pois muitas vezes já tinha estado com ferros aos pés,
         preso por cadeias, e os quebrara, não havendo quem
         pudesse dominá-lo. 5 - Vivia nas montanhas e nos tú-
         mulos dia e noite a gritar e se flagelar nas pedras. 6 –
         Ao ver Jesus de longe correu  para ele  e  o   adorou, 7
          – exclamando em altas vozes: "Que há entre mim e
          ti, Jesus, Filho do Altíssimo? Eu te conjuro, por Deus,
          que não me atormentes!"      8 - Isso porque Jesus lhe
          ordenava: "Espírito imundo, sai desse homem!"    9 –
          Perguntou-lhe Jesus: "Como te chamas?" Respondeu:
          "Multidão é o meu nome, porque somos muitos". 10 –
          E lhe pedia, com insistência,   que  não  o   expulsasse.
          11 - Ora, havia ali uma grande vara de porcos, pastan-
           do na encosta do monte. 12 - E os demônios faziam a
           Jesus esta súplica: "Manda-nos para aqueles porcos,
           para que entremos neles".       13 - E, como Jesus lhes
           desse permissão,  os espíritos   imundos,   saindo  do
           possesso, entraram nos porcos, e toda a manada, que
           era perto de duas mil cabeças, correu com grande ím-
           peto e foi precipitar-se no mar, onde se afogou.     14 –
           Os que a apascentavam fugiram e, na cidade e nos cam-
           pos, foram espalhar a notícia do que se passara, e todos
           saíram a ver o que havia acontecido.     15 - Vieram ter
           com Jesus e, vendo o homem, que estivera atormenta-
           do pelo demônio, já sentado, vestido e em seu juízo, se
           encheram de temor.    16 - E eles ouvindo dos que pre-
           senciaram os fatos a narrativa do que sucedera ao pos-
           sesso e aos porcos,   17 - pediram a Jesus que deixasse
           aquela terra. 18 - Ao voltar Jesus para a barca, o homem
           que estivera possesso suplicou que lhe fosse permitido
           acompanhá-lo.     19  - Jesus,  porém, recusou,   dizendo:
           "Volta para tua casa, para o meio dos teus, e conta-lhes
           tudo o que o Senhor fez por ti; e que Ele de ti se compa-
           deceu!" 20 - O homem partiu, e começou a espalhar em
           Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera, causando admira-
           ção a todos.

          Lucas: 26 - Vieram navegando até ao país dos gerasenos,
          que fica defronte da Galiléia.        27 - Ao chegar Jesus em
          terra, veio ter com ele um homem que, desde muito tem-
          po, estava possuído do demônio, e não trazia roupa algu-
          ma e não morava em casa, mas nos sepulcros.     28 - Logo
          que viu Jesus, se prostrou diante dele e, em altos brados,
          dizia: Jesus, Filho de Deus Altíssimo, que há entre  mim e
          ti? Eu te suplico: "não me atormentes!"    29 - Isso porque
          Jesus ordenava ao espírito  imundo  que   saísse  daquele
          homem que, havia muito tempo, era por ele violentamen-
          te subjugado.  De nada servia prenderem em correntes e
         lhe porem ferros aos pés: quebrava as correntes e o ferro,
         e era impelido pelo demônio para os lugares ermos. 30 –
         Jesus lhe perguntou: "Qual é o teu nome?" Ele respondeu:
         "Meu nome é multidão",   pois muitos   demônios  tinham
         entrado nele,     31 - e esses demônios pediam a Jesus que
         não os mandasse para o abismo.         32 - Como, no monte
         próximo, estivesse pastando uma grande vara  de  porcos,
         os demônios pediram a Jesus que lhes  permitisse  entrar
         nos porcos, o que lhes foi concedido. 33 - Então, saíram do
         homem, entraram nos porcos  e logo   toda   a  manada  se
         precipitou no lago, e aí se afogou. 34 - Vendo isso, os que a
         guardavam fugiram e foram contar na cidade e  nas  alde-
         ias o que se passara.     35 - De uma e de outras acorreram
         muitas pessoas para ver o que aconteceu. Vindo aonde es-
         tava Jesus,  encontraram  o  homem,  que  ficara  livre  dos
         demônios, sentado a seus pés, vestido e de perfeito juízo,
         o que os encheu de pavor. 36 - Os que tinham visto o que se
         passara lhes referiram como o possesso fora libertado da
         multidão de demônios. 37 - Então todos os habitantes de
         Gerasa pediram a Jesus que se retirasse dali pois estavam
         horrorizados. Jesus entrou de novo na barca, e partiu. 38 –
         O homem,  de  quem os demônios  tinham saído, suplicava
         que lhe  fosse  permitido  acompanhá-lo.   Jesus,  porém,  o
         despediu, dizendo: 39 - "Volta para tua casa. Narra aos teus
         o que o Senhor fez por ti". E o homem foi, por toda a cidade,
         espalhando a notícia do que Jesus lhe fizera. 40 – Regressan-
         do este, o povo o recebeu com alegria, pois todos o esperavam.

A homens materiais são necessários ensinamentos de feição material, SABEIS QUE HORROR TINHAM OS JUDEUS AO PORCO, "ANIMAL IMUNDO" NO DIZER DAS ORDENAÇÕES DE MOISÉS. E aqui são quase dois mil porcos, verdadeira multidão (legião seriam 6.000). Querendo dar a entender aos homens até que ponto eram perigosos e repelentes os obsessores, Jesus permitiu que os que atuavam desde tanto tempo, de modo tão violento e cruel, quanto extraordinário aos olhos humanos, sobre aquele "demoníaco", isto é, sobre o geraseno que traziam subjugado, assombrassem os porcos que ali perto passavam. 

Os homens, crentes de que os Espíritos, abandonando o possesso, entraram nos porcos, compreenderam melhor O DESPREZO QUE LHES DEVIAM INSPIRAR TÃO PERIGOSAS INSTIGAÇÕES, A QUE PODIAM ESTAR SUJEITOS TODOS AQUELES QUE NÃO TRILHAM O CAMINHO QUE LEVA A SALVAÇÃO.

Observai que os obsessores se satisfizeram com o espantar os porcos. Evidentemente, não foram habitar neles. Assim como o subjugador não habita no subjugado - limitando-se a influenciá-lo por meio de uma ação fluídica, permanecendo a seu lado e atuando moralmente sobre ele - também os Espíritos impuros (que, obedecendo à vontade de Jesus, se colocaram na sua passagem, PARA SERVIREM DE INSTRUMENTO A LIÇÃO QUE ELE DESEJAVA DAR), se acercaram dos porcos e os espantaram, impelindo-os a se precipitarem no lago.

Não admitais nunca a união, embora momentânea, entre o Espírito e o animal, isto é, a subjugação corporal deste por aquele, nem - ainda menos - a substituição ou a possessão. Já vos explicamos os meios que se opera, as condições a que obedece e os efeitos que produz a subjugação, quer corporal, quer corporal e espiritual, bem como a possessão ou a substituição.

Não temos, portanto de voltar a esse assunto.


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