sábado, 4 de abril de 2015


06/08/1970
FENÔMENOS DA NATUREZA - III

P - A explicação dos fenômenos da Natureza não podia ser mais objetiva nem mais clara. Mas os flagelos ligados a esse fato devem interessar a toda a Humanidade. Que diz, por exemplo, o Espírito da Verdade sobre as vítimas de naufrágios, incêndios e outras tantas tragédias?

R - Aquele que, ao reencarnar, escolheu por provação a morte violenta, precedida das angústias e alternativas que cercam aos últimos momentos do naufrágio - sujeito a se debater entre a submissão ao Criador, a resignação, o remorso das faltas passadas, a confiança na divina bondade e o pavor, a blasfêmia, a raiva insensata que se apodera de muitos nessa hora terrível - será levado pelo próprio Espírito, a preferir um navio a outro, a se ver urgido por um negócio a embarcar em determinada ocasião, a contar mesmo com um acaso feliz, com sorte, com a sua "boa estrela". E partirá porque, durante o desprendimento, a que o sono deu lugar, O SEU ESPÍRITO SE TORNA CONSCIENTE DAS SÉRIAS OBRIGAÇÕES QUE CONTRAIU, E TOMA DE NOVO A RESOLUÇÃO DE CONDUZIR O CORPO À SITUAÇÃO EM QUE, UNIDOS, DEVEM AMBOS TERMINAR AS SUAS PROVAS VOLTANDO ESTE A MASSA COMUM E LIBERTANDO-SE ELE (O ESPÍRITO) DA ESCRAVIDÃO CORPORAL E READQUIRINDO A LIBERDADE.

A resolução assim retomada, e da qual não resta lembrança no estado de vigília, deixa no homem uma impressão vaga, que vem a construir o que ele chama a sua inspiração, a determinante dos seus atos. Assim como não pode prever o seu naufrágio, também o homem não prevê a hora em que as chamas de um incêndio devorará a sua casa; em que será sepultado pelo desabamento da escavação, mina ou pedreira em que trabalhe; e os que tem de perecer, desse modo, efetivamente perecem. Por quê?

Porque, semelhantemente ao naufrágio escolheram - para término da vida terrena - a morte violenta, cercada das angústias e alternativas daquele, e precedida da mesma luta entre a submissão ao Criador, a resignação, o remorso, a confiança na divina bondade e o pavor, a blasfêmia, o desespero. COMO O NAUFRÁGIO, FORAM LEVADOS, PELOS SEUS PRÓPRIOS ESPÍRITOS, A PREFERIR UMA HABITAÇÃO A OUTRA, EM CERTA OPORTUNIDADE; A PREFERIR, PARA TRABALHAR, ESTA MINA OU PEDREIRA ÀQUELA OUTRA. Os que tenham de morrer de qualquer desses modos, por haver soado a hora final das suas provações terrenas e por serem de qualquer desses gêneros a provação e a expiação que escolheram, morrem inevitavelmente.

OS QUE DEVAM ESCAPAR A MORTE, POR NÃO HAVER AINDA SOADO ÀQUELA HORA, ESCAPAM: OS MEIOS DE SALVAMENTO LHE SÃO FACULTADOS PELA INFLUÊNCIA OU AÇÃO DOS ESPÍRITOS PREPOSTOS. 

Não tendes visto duas pessoas caírem da mesma forma, e nas mesmas condições, e dar-se que uma pereça da queda e que a outra não morra? Quando, num naufrágio, num incêndio, ou num desabamento todos perecem, é que TODOS TINHAM CHEGADO AO TERMO DE SUAS PROVAÇÕES QUE HAVIAM ESCOLHIDO - POR EXPIAÇÃO E PROVAÇÃO - AQUELE GÊNERO DE MORTE. No mesmo dia, à mesma hora, não morre na Terra uma porção de homens? Deem-se, ou não, no mesmo lugar as mortes, a razão é sempre a mesma: o término das provas térreas.

Todos esses fatos ocorrem as vistas dos homens, sem que eles procurem conhecer - quer as causas da morte, quer as causas e influências que preparam e põe em prática os meios (quaisquer que sejam) de salvamento, fazendo-o por forma tal que suceda tudo quanto deve suceder. Desses "vivos" é que podeis dizer: - DEIXAI AOS MORTOS O CUIDADO DE ENTERRAREM OS SEUS MORTOS.

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