domingo, 19 de abril de 2015


25/08/1970
QUANDO O HOMEM PODE CURAR

P - Disse Jesus: "Tudo o que eu faço vós podereis fazer". Gostaríamos de fazer esta pergunta ao Espírito da Verdade: - Poderá o homem, realmente,  curar como o Cristo curava?

R - Tudo é possível naquele que crê, como vos ensinou o Mestre. 

Para chegar, de modo seguro e previsto, a curar a cegueira, a surdez, a mudez, todos os males e enfermidades, como os curava Jesus, é preciso que o homem, ao mesmo tempo, SE ELEVE ESPIRITUALMENTE E SE PONHA EM CONDIÇÕES DE APRECIAR O VALOR DOS FLUIDOS DE QUE SE POSSA SERVIR, DE CONHECER E DISTINGUIR A NATUREZA, OS EFEITOS E AS PROPRIEDADES DE AÇÃO DOS FLUIDOS VIVIFICANTES, FORTIFICANTES E REPARADORES, DOS FLUIDOS PURIFICADORES E REGENERADORES, PRÓPRIOS A DESTRUIR AS CAUSAS DE ENFERMIDADES E DOENÇAS, TANTO QUANDO ESSAS CAUSAS SEJAM INTERNAS PELO VICIAMENTO DO ORGANISMO, COMO SEJAM EXTERNAS.

Neste último caso os fluidos purificadores e regeneradores destroem e devoram de pronto, com muito mais eficácia e muito melhor do que por meio de uma intervenção cirúrgica, as substâncias estranhas causadoras do mal. Os fluidos fortificantes e reparadores se destinam a destruir as causas de enfermidades de origem nervosa ou paralisante.

Toda enfermidade que contribua, de maneira sensível, para modificar a existência ordinária do homem é PROVAÇÃO OU EXPIAÇÃO. 

A cegueira, quer permanente, quer temporária, é imposta - como provação ou expiação - segundo o grau de culpabilidade, aquele que recusou auxílio a seus irmãos, que abusou de suas faculdades, fossem elas quais fossem, e que assim ficou SUJEITO A SOFRER A PENA DE TALIÃO. Terá de viver na dependência dos outros e suportar as privações resultantes da ausência daquelas faculdades QUE FORAM SUA FORÇA E SEU ORGULHO EM EXISTÊNCIA ANTERIOR.

Perguntais quanto à proibição, de Jesus aos dois cegos, de falarem da cura que neles acabara de operar. Pois bem: Tinha por objetivo NÃO DAR A CRER AOS HOMENS QUE SE VALEU DE MEIOS HUMANOS, PRÓPRIOS A CRIAR UMA REPUTAÇÃO HUMANA. Aquele que tais coisas fazia proibindo que as divulgassem, não podia passar - aos olhos de seus irmãos - por ser um charlatão ou um homem comum, ávido de uma fama que atraísse doentes, tendo em vista vantagens mercantis.

JESUS, EM CERTAS OCASIÕES, COMO QUE SE CERCAVA DE MISTÉRIO PARA QUE A FAMA DOS SEUS "MILAGRES" CRESCESSE, REALÇADA POR ESTA AURÉOLA FASCINANTE: PROCEDIA SEMPRE DE ACORDO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS E COM O MEIO EM QUE SE ACHAVA.  Os efeitos tirados das leis naturais então conhecidas deviam ter um alcance moral, MAS NEM TODOS ESTAVAM APTOS A RECEBÊ-LO NAS MESMAS CONDIÇÕES. Para uns a publicidade era necessária, outros acolhiam mais favoravelmente o que lhes contavam com a sombra do mistério.

O grande talento do médico está em SABER APLICAR O MEDICAMENTO, NA DOSE APROPRIADA A FORÇA DO DOENTE.



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