18/08/1970
A IGREJA
DO CRISTO
P - Os
ensinos do CEU da LBV vêm abrir novos horizontes para aqueles que desejam
progredir. Sinceramente, a parte relativa ao jejum moral é novidade para a
maioria. Vemos, assim, que a Igreja do Cristo é bem diferente das igrejas dos
homens. Que diz isto o Espírito da Verdade?
R - O
jejum moral, O ÚNICO QUE DEUS EXIGE, consiste em a criatura não se submeter,
nunca, aos seus maus instintos, por mais agradável que isso lhe pareça; em
infligir humilhações à natureza animal, tendo por fim o adiantamento de seus
irmãos, constituindo exemplo para eles; em não se entregar a ato algum de
culposa leviandade; em não se dar a excessos de qualquer natureza.
NÃO
JULGUEIS SEJA "MUITO PENOSO" PARA O HOMEM VIVER TRANQUILAMENTE DIANTE
DE DEUS: BASTA-LHE ESTAR COM A SUA CONSCIÊNCIA EM PAZ E SATISFEITA, PARA TER A
FORÇA E A SAÚDE DO CORPO.
De onde
provém, senão dos excessos de toda ordem a que sujeitais os vossos corpos, a
degeneração das raças humanas?
Que é que
produz o apoucamento da inteligência do homem senão o arrojo desavergonhado das
suas idéias, o desejo imoderado de saber prematuramente mais do que lhe deve
ser dado?
Formais
uma sociedade; portanto, vivei em sociedade. Sede, solidários e bons aos olhos
do Pai. Não procureis o luxo material que enerva, nem adquirir, desequilibradamente,
a ciência que desvaira. Jesus não pretendeu impor - E NÃO IMPÔS - A OBRIGAÇÃO
DO JEJUM MATERIAL. Ele disse: "O que mancha o homem não é o que lhe entra
no corpo, já que isso não lhe vai ao coração e é lançado fora”. O que mancha o
homem é o que lhe sai do coração: são os maus pensamentos, as más palavras, as
más ações, os vícios que degradam a Humanidade, AS INFRAÇÕES DA LEI DIVINA
CONSIGNADA NO DECÁLOGO E NO NOVO MANDAMENTO DE JESUS, O ÚNICO REPRESENTANTE DE
DEUS EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE.
Os
mandamentos humanos relativos ao jejum material, prescrevendo a privação de
alimentos ou só permitindo - em determinados dias e em determinada época -
certas espécies de alimentos, FORAM E SÃO INÚTEIS PARA O HOMEM DE INTELIGÊNCIA
E DE CORAÇÃO. JAMAIS O SENHOR LHE IMPÔS OBEDIÊNCIA A TAIS
"MANDAMENTOS". Entretanto, tiveram sua razão de ser. A
observância desses preceitos, por mais ridículos que sejam em si mesmos, foi um
freio posto aos excessos da gula e da luxúria, nas épocas em que somente as
leis materiais podiam dominar a matéria. Sujeitando o corpo a um regime
rigoroso, elas lhe diminuíam as forças animais e, assim, se continham muitos
abusos.
Mantendo
as prescrições materiais do jejum e da abstinência, a igreja humana se conservou
contemporânea dos escribas e fariseus: impõe um fardo pesado, que já não é
necessário. Não quis caminhar com a Humanidade, e hoje está distanciada desta.
Mas TUDO VOLTARÁ AOS SEUS EIXOS, PORQUE DEUS ASSIM O QUER, E SUA VONTADE É
IMUTÁVEL.
Os
versículos 16 e 17 de Mateus, 21 e 23 de Marcos, 36 e 39 de Lucas - encerram
alegorias espirituais. Aos homens daquele tempo, e às gerações que se seguiram
até aos vossos dias, precursores de novas Revelações, se referia Jesus quando
falava da roupa velha, incapaz de receber REMENDO DE PANO NOVO; quando falava
de velhos odres, dos quais o vinho novo - rebentando-os - escaparia, ficando
uns e outros perdidos. Quer isso dizer que AQUELES HOMENS ERAM INCAPAZES DE
RECEBER, aceitar e conservar uma nova Revelação que, assim, ficava reservada
para os tempos vindouros, para quando chegasse o momento de cumprir-se a
sentença: A LETRA MATA, O ESPÍRITO VIVIFICA.
Só a
reencarnação e os séculos - expiação, reparação e progresso - poderiam preparar
as inteligências e os corações de maneira a fazer deles ODRES NOVOS, CAPAZES DE
CONSERVAR O VINHO NOVO.
Ignorantes,
materiais, obstinados nos seus preconceitos e tradições, os homens daquele
tempo teriam sido esmagados pelo peso de um fardo, para eles insuportáveis: ou
alijariam dos ombros esse "fardo" ou cegariam ante o brilho de tão
viva Luz. Por isso lhes convinha, primeiro, a linguagem da parábola, o regime
da letra, sujeita a interpretações humanas e materiais, a fim de que os
necessários esforços e as lutas constantes do pensamento PREPARASSEM O ADVENTO
DO ESPIRITO.
Constituem
o vinho novo os ensinos de Jesus através dos Espíritos do Senhor, que vêm
dispor as coisas de modo a ter fim o mundo moral do erro e da mentira. Esses
Guias Espirituais vêm explicar, tornar compreensível e desdobrar, em Espírito e
Verdade, a Lei simples e sublime do Cristo, tirando da letra o espírito,
libertando-a das falsas interpretações que lhe deram, e que a alteraram ou
desnaturaram, impedindo-a de produzir os seus frutos. É o que significa esta frase
do Mestre: "O VINHO NOVO DEVE SER POSTO EM ODRES NOVOS, PORQUE ASSIM
TUDO SE
CONSERVA.
Os odres
novos são os verdadeiros cristãos, aqueles que vivem o Novo Mandamento, que
fará rebentar o odre velho, incapaz de resistir à fermentação das Novas
Revelações.
Sim, o
odre velho ainda existe em vossos dias: são aqueles que, cegos e interesseiros,
bebendo em fontes impuras ou falsificadas, procuraram, procuram e procurarão em
travar a Igreja do Cristo, cujo templo é o vosso planeta e a qual todos os
homens serão fiéis brevemente, quando a RELIGIÃO DE DEUS estiver acima de todas
as religiões dos homens.
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