quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

01/05/1970
DEUS E A VIDA UNIVERSAL - XV

P - A Doutrina do CEU, da LBV, liquida a "magia" do materialismo dialético, que ainda fascina tanta gente, no mundo inteiro. Agora, todos sabemos que a VERDADEIRA IGUALDADE é muito diferente. Que diz o Espírito da Verdade?

R - Um único é, originalmente, o ponto de partida PARA TODOS OS ESPÍRITOS: formação primitiva e rudimentar pela quintessência dos fluidos, substância tão sutil que por nenhuma expressão podem vossas inteligências limitadas fazer idéia perfeita dela: quintessência que a vontade de Deus anima para lhe dar o ser e que constitui a essência espiritual (princípio de inteligência), destinada a se tornar - por uma progressão contínua - Espírito. ESPÍRITO FORMADO, isto é, inteligência independente, dotada de livre arbítrio, consciente de sua vontade, de suas faculdades e de seus atos.

Segue-se a encarnação, ou melhor - a co-materialização dessas essências espiritual mediante a sua união íntima com a matéria inerte, primeiro no reino mineral e nas espécies intermediárias que participam do mineral e do vegetal; depois no reino vegetal e nas espécies intermediárias que participam do vegetal e do animal. Desse modo, numa contínua marcha progressiva, se opera o seu desenvolvimento, que a prepara e conduz às raias da CONSCIÊNCIA DA VIDA.

Em seguida, vem a encarnação no reino animal, depois nas espécies intermediárias que, do ponto de vista do invólucro material, participam do animal e do homem, adquirindo assim aquela essência (ESPÍRITO EM ESTADO DE FORMAÇÃO), sempre em progressão contínua, a consciência da vida ativa exterior, da vida de relação, o desenvolvimento intelectual que a levará aos limites do PERÍODO PREPARATÓRIO QUE PRECEDE O RECEBIMENTO DO LIVRE ARBÍTRIO, da vida moral, independente, responsável, característica do livre pensador.

Chegados, quanto ao desenvolvimento intelectual, ao ponto em que recebem o dom precioso (e perigoso) o livre arbítrio, os Espíritos, IGUAIS SEMPRE, TODOS NO ESTADO DE INOCÊNCIA E DE IGNORÂNCIA, se revestem do perispírito que recobre a inteligência independente. Essa operação de revestir o perispírito (que, do vosso ponto de vista material, se deveria chamar envoltório) constitui então, PARA TODOS, UMA ENCARNAÇÃO FLUÍDICA.

Todos, puros nesta fase de inocência e de ignorância, igualmente submetidos a Espíritos encarregados de os guiar e desenvolver, têm a liberdade dos seus atos e podem, no estado fluídico, progredir sempre, até à Perfeição, mediante conquistas espirituais contínuas e sucessivas.

É o caso do estudante que, sempre dócil e atento à voz, às lições e conselhos dos Guias, passa por todas as classes e chega a tomar o grau. Eles podem, todavia, cometer uma falta e, dessa forma, provocar e receber o castigo, a punição a que faz jus ao culpado, MAS SOMENTE AO CULPADO. Dá-se, então, o que sucede com o estudante que, insubmisso, culposo e rebelde, pela sua própria falta provoca e recebe a punição, o castigo de ser expulso e ir, noutro estabelecimento de ensino, noutro meio e noutras condições, percorrer a fieira de todas as classes, até alcançar o grau.

A muitos Espíritos acontece falir - já o dissemos - PORQUE QUASE TODOS FAZEM MAU USO DO LIVRE ARBÍTRIO. Alguns, porém, dóceis aos preceptores incumbidos de os guiar e desenvolver, seguem simples, gradualmente pelo caminho reto. Os primeiros sofrem uma punição, UM CASTIGO QUE TERIAM PODIDO EVITAR. 

É para experimentarem as consequências da falta cometida que, conforme ao que explicamos, uma vez preparados, eles entram na encarnação humana, de acordo com o grau de culpabilidade e nas condições apropriadas, sempre, às exigências da expiação e do progresso - ora em terras primitivas, ou em mundos já habitados por Espíritos que faliram anteriormente, exatamente o caso do vosso planeta, diluindo a tenda de Adão e Eva: quando a raça adâmica surgiu entre vós, a Terra já possuía muitos habitantes de outras raças. Pois, se houvesse em vosso mundo apenas um casal de brancos, seria impossível explicar a existência dos negros.  

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