terça-feira, 6 de janeiro de 2015

21/04/1970
DEUS E A VIDA UNIVERSAL - VII

P - A Doutrina do Novo Mandamento de Jesus está interessando a muita gente, que nunca se preocupou com  Evangelho e Apocalipse. É uma prova de que está sendo cumprida a grande missão do Centro Espiritual Universalista, da LBV! Pode o Espírito da Verdade esclarecer outros pontos da vida e harmonia universais?

R - Sim, é a nossa maior satisfação: libertar as Almas pelo conhecimento da Verdade. Prossigamos, pois. Tempo longo, tempo cuja duração sois incapazes de calcular, demanda a essência espiritual no estado de inteligência relativa, no estado de animal, para adquirir nesse reino, o desenvolvimento que lhe permita passar ao estado intermediário, que lhe permita, a seguir, atravessar as espécies que participam do animal e do homem. Depois de haver passado por todas essas espécies intermediárias, ela permanece ainda longo tempo, cuja duração não sois, igualmente, capazes de calcular, na fase preparatória da sua entrada na humanidade, fase esta da qual, pela vontade do Senhor e mediante uma transformação completa, sai o Espírito formado, com inteligência independente, livre, responsável. 

Nessa grande UNIDADE DE CRIAÇÃO, E DE TODOS OS REINOS DA NATUREZA, tudo concorre para a vida e harmonia universais, segundo as leis naturais, imutáveis e eternas, por meio de uma ação recíproca e solidária, do ponto de vista da conservação, da reprodução e da destruição. Tudo concorre para o desenvolvimento e para o progresso de todas as criaturas. Tudo o que é, vive e "morre", nos reinos mineral e vegetal, todos os seres que, no reino animal e no reino humano, vivem e "morrem",  desde o ser microscópico até ao homem, tudo e todos têm um emprego, uma utilidade, uma função, que tendem e servem para o desenvolvimento de cada espécie, para a vida e a harmonia universais.

Essa multidão de microscópicos animálculos, que olhos carnais não logram ver, que só pela ação óptica do microscópio solar se tornam visíveis, que se encontram espalhados no ar, na água, nos líquidos e nos sólidos, concorrem para entreter e desenvolver a existência animal e a existência humana, como os que vivem na água contribuem para a existência da planta e os que se escondem na planta - para a alimentação do carneiro e do cabrito que pastam. Em tais organizações, porém, é completa a ausência do pensamento, que também não é o agente que leva o carneiro a morrer para servir de alimento ao homem. 

Entretanto, a faca, que abre escoadouro ao sangue do animal, liberta a inteligência relativa, o Espírito em estado de formação e lhe proporciona ensejo de ser utilizado em melhores condições. É pela passagem da essência espiritual, durante uma "eternidade", por todos os reinos da Natureza e pelas formas e espécies intermédias, mediante as quais eles se encadeiam, que o desenvolvimento se opera numa progressão contínua, que o pensamento surge e COMEÇA A EXISTÊNCIA MORAL.

Não conclua o homem, porém, do que dissemos, que deva destruir o que em torno dele existe, para auxiliar aquele desenvolvimento: cairia num erro culposo! CADA UM TEM DE VIVER, MAS SOMENTE VIVER. Não destrua, portanto, senão o que for estritamente necessário à sua existência.

Quanto ao mais, só a vontade soberana do Senhor pode prover. 

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