24/04/1970
DEUS E A VIDA UNIVERSAL - IX
P - Queremos uma explicação importante do Espírito da Verdade, através do CEU da LBV: - Como é que, chegando ao período de preparação para entrar na humanidade, na espiritualidade consciente, o Espírito passa desse estado misto, que o separa do animal e o apronta para a vida espiritual, AO ESTADO DE ESPÍRITO FORMADO, isto é, de individualidade inteligente, responsável e livre? Outra pergunta que julgamos da mais alta importância: - Uma vez de posse do livre arbítrio, da consciência de suas faculdades, da sua vontade, da liberdade de seus atos, como é que lhe sucede FALIR POR ORGULHO OU INVEJA?
R - Depois de haver passado pela matéria animal, chegando a um certo grau de desenvolvimento, o Espírito, antes de entrar na vida espiritual, precisa permanecer num estado misto. Eis por que e como se opera essa "estagnação", sob a direção e vigilância dos Espíritos prepostos.
Para entrar na vida ativa, consciente, livre e independente, o Espírito tem necessidade de se libertar por completo do contato forçado em que esteve com a carne, de esquecer as suas relações com a matéria, isto é, de se depurar dessas relações. É NESSE MOMENTO QUE SE PREPARA A TRANSFORMAÇÃO DO INSTINTO EM INTELIGÊNCIA CONSCIENTE.
Já bem desenvolvido no estado animal, o Espírito é, de certo modo, restituído ao todo universal, mas em condições especiais: é conduzido aos mundos ad hoe, às regiões preparativas, porque lhe cumpre achar o meio onde se elaboram os princípios constitutivos do perispírito. Fraco raio de luz, ele se vê lançado na massa de vapores que o envolvem por todos os lados. Aí perde a consciência do seu ser, porque a influência da matéria tem de se anular no período da estagnação, e cai num estado a que chamaremos (para que todos possam compreender) letargia.
Durante esse período, o perispírito, destinado a receber o princípio espiritual, se desenvolve e se constitui ao derredor daquela centelha de verdadeira vida. Toma, a princípio, uma forma instintiva, depois se aperfeiçoa gradualmente como o germe no seio materno, e passa por todas as fases do desenvolvimento. Quando o invólucro está pronto para contê-lo, o Espírito sai do torpor em que jazia e solta o seu primeiro brado de admiração: nesse ponto, O PERISPÍRITO É COMPLETAMENTE FLUÍDICO, MESMO PARA NÓS. Tão pálida é a chama que ele encerra (a essência espiritual da vida) que os nossos sentidos, embora sutilíssimos, dificilmente a distinguem. Esse é o estado de infância espiritual.
É então que os altos Espíritos (que comandam a educação dos que se encontram, assim, no estado de simplicidade, de ignorância e de inocência), os encaminham para as esferas fluídicas, onde deverão ficar durante o seu desenvolvimento moral e intelectual, até ao momento em que se achem no uso completo de suas faculdades, JÁ EM CONDIÇÕES DE ESCOLHER O CAMINHO QUE DESEJEM TRILHAR. Seguem-se as fases da infância.
Os Guias ou Protetores ensinam o Espírito o que é o livre arbítrio que Deus lhe concede, explicam o uso que dele podem fazer e o concitam a se ter em guarda contra os escolhos que venha a deparar. O reconhecimento e o amor devidos ao Criador constituem o objeto da primeira lição que o Espírito recebe. Levam-no, depois, gradualmente, ao estudo dos fluidos que o cercam e das esferas que descortina. Conduzidos pelos seus prudentes Guias, passa às regiões onde se formam os mundos, a fim de lhes estudar os "mistérios". Desce, enfim, às regiões inferiores, para aprender a dirigir os princípios orgânicos de tudo o que é, em qualquer dos reinos da Natureza. Daí vai às esferas mais elevadas, onde aprende a dirigir os fenômenos atmosféricos e geológicos, que todos vós observais SEM O COMPREENDER.
Assim é que, de estudo em estudo, de progresso em progresso, o Espírito adquire a ciência que, infinita, o aproximará do Mestre Supremo. Mas, como já dissemos, quando o livre arbítrio atinge um desenvolvimento completo, o Espíritos fazem dele bom ou mau uso, uns logo no início da vida espiritual consciente, outros em ponto mais ou menos adiantado da carreira. Todos seguem os seus caminhos entregues a si mesmos, como vós outros, isto é, não experimentando mais do que a influência amiga de seus guias, que eles vêem à volta de si, com o adolescente vê os membros da família se agruparem ao seu derredor, para o preservarem dos perigos da vida. É O TERRÍVEL APRENDIZADO, QUE LHE CUMPRE FAZER, DO LIVRE ARBÍTRIO.
Tudo é tão belo nas regiões superiores, o Espírito admira tão grandes coisas que fica maravilhado, deslumbrado!
As tendências, então, se desenvolvem. A ambição nobre de aprender, de crescer e de subir, quase sempre se imiscui o orgulho ou a inveja. Neste ponto, sente a influência paternal de Deus, cuja existência lhe é revelada, mas que ele não vê. Só o que é perfeito pode aproximar-se da Perfeição. Ora, o Espírito independente e livre, está ainda ignorante e não experimentou, por si mesmo, o seu valor.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
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