sábado, 3 de janeiro de 2015

17/04/1970
DEUS E A VIDA UNIVERSAL - IV

P - Só mesmo com Boa Vontade os homens poderão chegar à Revelação do Novo Mandamento de Jesus! E é tão simples a Doutrina da LBV! Como CEU explica o papel do magnetismo na Vida Universal?

R - O Espírito da Verdade responde: 
      - O MAGNETISMO É O AGENTE UNIVERSAL POR EXCELÊNCIA. Tudo está submetido à influência magnética; TUDO É MAGNETISMO NA NATUREZA; tudo, na ordem espiritual, na ordem fluídica e na ordem material,  é atração resultante desse AGENTE UNIVERSAL. 

Essa é a grande lei que rege todas as coisas. Os fluidos magnéticos ligam todos os mundos, uns aos outros, como também ligam todos os Espíritos, encarnados ou desencarnados. É O LAÇO UNIVERSAL QUE DEUS CRIOU PARA NOS UNIR A TODOS, DE MODO A FORMARMOS UM ÚNICO SER, tendo em vista ajudar-nos a subir até Ele, conjugadas todas as nossas forças. 

Ao sair do estado intermediário, que precede a vida do livre pensador, para entrar na posse do livre arbítrio, o Espírito organiza a sua constituição fluídica, isso a que chamais perispírito e que é (para nos servirmos de uma palavra que vos seja compreensível), o seu TEMPERAMENTO, havendo entre esse e o temperamento humano a diferença de que este, aos vossos olhos, independe do gênero de Espírito que o corpo encerre, ao passo que o temperamento fluídico é resultado das tendências do Espírito.

Há entre os fluidos atração recíproca, e daí as relações que se estabelece entre os Espíritos, conforme às suas tendências, boas ou más, seus pendores e sentimentos, bons e maus. Daí deriva a influência atrativa dos fluidos similares, simpáticos, a constituir o laço que aproxima um do outro dois Espíritos, senão da mesma categoria, animados dos mesmos pendores, dos mesmo sentimentos. Assim, pela natureza das suas inclinações, os Espíritos atraem a si outros Espíritos que lhes são semelhantes, simpáticos pela identidade dos sentimentos, e entram com eles em relação, graças a influência atrativa dos fluidos. 

De posse do livre arbítrio, podendo escolher o caminho que prefiram seguir, os Espíritos são subordinados a outros, prepostos ao seu desenvolvimento. É então que a vontade os leva a enveredar por este caminho, de preferência àquele. Galgado esse ponto, eles se mostram mais ou menos dóceis aos encarregados de os conduzir e desenvolver. A vontade, atuando então no exercício do livre arbítrio, traça uma direção, boa ou má, ao Espírito que, deste modo, pode falir ou seguir simplesmente, e gradualmente, o caminho que lhe é indicado para progredir.

Muitos se transviam. Alguns resistem ao arrastamento do orgulho, do egoísmo e da inveja. O orgulhoso sente inveja por não poder suportar o que quer que seja acima de si mesmo. É egoísta, pretendendo ser, para tudo, o ponto de referência. É presunçoso, pois deposita em suas energias, ou faculdades intelectuais uma confiança TÃO ERRÔNEA QUANTO CONDENÁVEL, que o leva, muitas vezes, a se revoltar contra a prudência de quem lhe interdita atos superiores às suas forças.

Não tendes visto crianças que tentam executar os vossos trabalhos, gabando-se de fazê-lo tão bem quanto vós, tal a "confiança" que depositam em si mesmas? E, não raro, se revoltam quanto a prudência dos pais, que vedam a esses temerários a prática de atos que estão acima de suas forças, e que lhes poderiam causar graves acidentes. São Espíritos que, há séculos, sofrem expiações e reencarnações sucessivas, e que ainda não se purificaram. O orgulho, o egoísmo e a inveja, que neles assim se manifestam, são sinais e foram causa de suas quedas primitivas.

Indóceis, rebeldes à direção dos Espíritos incumbidos de os desenvolver, os que se transviam atraem, por seus maus sentimentos, tendências ou pendores, Espíritos maus a quem esses sentimentos, tendências ou pendores, são simpáticos. Mas - guardai isto muito bem, porque nossas palavras precisam ser exatamente compreendidas: O ESPÍRITO CAI POR SI MESMO, NÃO PORQUE OUTRO O ARRASTE À QUEDA. Acabamos de dizer que os Espíritos seguem, livremente, este ou aquele caminho. Portanto, é por ato da própria vontade, por impulso próprio, que entram numa ou noutra vereda.

A simpatia que experimentam pelos Espíritos inferiores, e que sempre os domina, RESULTA DA DISPOSIÇÃO PRÓPRIA DE CADA UM. Só após a queda se estabelecem a suas relações com os inferiores. Inversamente, aqueles que, obedientes, seguem o caminho que seus Guias lhes apontam, para poderem progredir, atraem os bons Espíritos, simpáticos às suas tendências boas, aos seus bons sentimentos e pendores.

É como dizeis, com muita razão: sem Boa Vontade nenhum Espírito pode alcançar a moral sublime do Novo Mandamento de JESUS.

 

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