quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

20/05/1970
JESUS E OS HOMENS - I

P - O Espírito da Verdade poderia explicar quais eram os meios de vida e de nutrição do corpo que Jesus tomou, para o desempenho da sua missão terrena?

R - Já vos dissemos: Jesus tomou um corpo de natureza perispirítica, análogo aos corpos dos habitantes dos mundos superiores, porém mais materializado do que estes, por também terem entrado na sua composição fluidos ambientes do vosso planeta. Tal corpo teria, portanto, as mesmas propriedades que os corpos dos Espíritos Superiores, os mesmo meios de vida e nutrição.

As necessidades da vida e da nutrição materiais, a que estão sujeitos os corpos humanos, desparecem quando o Espírito - purificado, tendo atingido certo grau de elevação moral e intelectual - passa (livre de qualquer contato com a matéria) a encarnar, ou melhor - a incorporar fluidicamente nos mundos superiores. Desde então, as necessidades de vida e nutrição se tornam conformes ao meio em que o Espírito se encontra, revestindo um corpo de natureza perispiritual.

Este corpo, bem como o perispírito de cuja natureza ele participa, aure os elementos de vida e nutrição NOS FLUIDOS AMBIENTES QUE LHE SÃO PRÓPRIOS E NECESSÁRIOS, ASSIMILANDO-OS. Tais fluidos bastam ao sustento dos princípios constitutivos do mesmo corpo. A assimilação dos fluidos ambientes, para o efeito da nutrição e da conservação da vida, se efetua de acordo com as leis a que eles são submetidos, LEIS QUE O HOMEM AINDA NÃO PODE CONHECER NEM COMPREENDER. Somente quando soa a hora, dentro da Lei da Evolução, lhe serão explicados a natureza desses fluidos, as leis a que são submetidos, o emprego a que se destinam, e as funções que desempenham. É cedo para estarmos nestas particularidades. 

Limitamo-nos, por hora, a lhes fazer notar que, nos mundos materiais, a cujo número pertence a Terra, onde a união da matéria com a matéria é necessária para a formação da matéria, o homem, revestido de um invólucro material, formado segundo as leis da procriação e reprodução material, está sujeito a uma alimentação material, tirada dos reinos vegetal e animal. Além desse invólucro que, depois da "morte", É RESTITUÍDO À MATÉRIA em forma de cadáver e a que chamais corpo humano, o homem tem outro invólucro, de natureza fluídica, a que destes o nome de perispírito e que, após a "morte", fica sendo o CORPO FLUÍDICO DO ESPÍRITO e lhe constitui a individualidade humana.

Para manter a vida e efetuar a nutrição desses dois invólucros, dispõe o homem de órgãos e aparelhos elaboradores dos elementos e dos meios necessários àquele fim: uns se destinam a operar a nutrição material do corpo humano, tirando-a dos elementos líquidos e sólidos, com o concurso dos elementos que lhes são próprios e necessários; outros servem para absorver os fluidos ambientes, apropriados à vida e à nutrição do perispírito ou envoltório fluídico.  A ALIMENTAÇÃO MATERIAL não é, pois, necessária, nem possível, senão ao homem revestido de um corpo material nos mundos materiais.

Quando o Espírito encarna, ou, melhor, INCORPORA FLUIDICAMENTE EM MUNDOS SUPERIORES, onde o corpo é de natureza perispirítica, a vida e a nutrição se mantém pela absorção dos fluidos ambientes apropriados. A planta não precisa beber nem comer, para se alimentar: alimenta-se absorvendo, da terra e do ar, os sucos e os fluidos que lhe são próprios e necessários. O ESPÍRITO, QUER NA ERRATICIDADE, QUER REVESTINDO UM CORPO DE NATUREZA PERISPIRÍTICA, NÃO TEM NECESSIDADE (NEM POSSIBILIDADE, COMO VÓS) DE COMER E DE BEBER. 

Ele também absorve, como meio de nutrição, para entreter o funcionamento da vida, os fluidos ambientes necessários à sustentação dos princípios constitutivos do perispírito, QUANDO SE TRATA DE UM ESPÍRITO ERRANTE; e, quando se trata de UM ESPÍRITO INCORPORADO FLUIDICAMENTE, os fluidos necessários à sustentação dos princípios constitutivos do perispírito e do corpo fluídico, de natureza semelhante à desse perispírito que o assimilou, COMPOSTO UNICAMENTE DE FLUIDOS E LIBERTO DO APODRECIMENTO, O QUE NÃO SE DÁ COM OS VOSSOS CORPOS MATERIAIS!

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