sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

05/05/1970
DEUS E A VIDA UNIVERSAL - XVII

P - Queremos saber quais o sentido e o alcance destas palavras ditadas pelo Espírito da Verdade: "Maria, Espírito perfeito; José, Espírito perfeito, menos elevado que a Virgem; ambos inferiores a Jesus". Quais, na PERFEIÇÃO, a causa e o motivo da inferioridade de uns com relação a outros?

R - Deus é perfeito de toda a Eternidade, somente Ele tem a PERFEIÇÃO ABSOLUTA: o amor universal infinito, a ciência universal infinita. Somente Deus pode dizer: "não irei mais longe". Porque, desde toda a Eternidade, está no limite supremo (pobre linguagem humana!). DEUS É ÚNICO QUE, TENDO SEMPRE SIDO, TENDO SEMPRE SABIDO, NADA TEM DE APRENDER OU DE SER MAIS. Criador incriado, Ele é ETERNO, e o ETERNO não tem causa.

Ora, o Espírito criado jamais o pode igualar; tudo, no Universo, na imensidade, do infinito, tende sempre a progredir. Portanto, o Espírito - por mais adiantado que seja, moral, intelectual e espiritualmente - não poderá nunca igualar-se a Deus: tem de aprender sempre através das "eternidades", por toda a Eternidade!

Para o Espírito, qualquer que seja, o progresso intelectual é indefinido, restando-lhe sempre aquisições a fazer em ciência universal, SEM QUE O HAJA LIMITE ALGUM PARA ESSE PERMANENTE PROGREDIR. A PERFEIÇÃO MORAL, COMO A INTELECTUAL É RELATIVA. Um Espírito pode ser moral e intelectualmente perfeito com relação a todos os mundos inferiores ao que ele habita. Pode ser muito elevado relativamente a vós outros na hierarquia espiritual; perfeito, moral e intelectualmente, relativamente AO VOSSO PLANETA, e não ter chegado ainda ao ponto culminante da perfeição. Cumpre-lhe, para atingi-lo, progredir muito em ciência universal. São esses os Espíritos que designais superiores. 

Perfeito, com relação a vós e ao vosso planeta, é o Espírito que se tornou senhor das paixões e soube libertar-se delas; que se despojou de toda a impureza de pensamento e, por conseguinte, de ação; que vive animado do mais ardente e devotado amor a todas as criaturas de Deus; que alcançou o apogeu do amor e da caridade, MAS NÃO DA CIÊNCIA UNIVERSAL.

O ponto culminante da Perfeição é a PERFEIÇÃO SIDERAL, isto é, a perfeição moral e intelectual relativamente aos mundos superiores e inferiores, materiais ou fluídicos, habitados por Espíritos que faliram ou por Espíritos que não faliram, até chegarem aos MUNDOS FLUÍDICOS PUROS, onde a essência do perispírito já está completamente purificada, do que RESULTA NÃO SE ACHAR MAIS O ESPÍRITO SUJEITO A ENCARNAR EM PLANETA ALGUM, porque já é nula sobre ele a influência da matéria. 

A PERFEIÇÃO SIDERAL SÓ O ESPÍRITO PURO A POSSUI; não possui, porém, o saber sem limites, do qual só Deus dispõe. Nem mesmo os Espíritos mais aproximados Dele pela ciência desfrutam desse saber sem limites, porquanto nenhum Espírito criado - é preciso repetir - poderá JAMAIS igualar-se a Deus.

Aquele que conquistou a infalibilidade moral, não é infalível intelectualmente, senão de modo relativo e por efeito da essência de que goza, quando lhe falta alguma coisa da ciência para o desempenho de qualquer missão. Perfeito moralmente com relação a todos os Espíritos, sejam quais forem, ele é sempre, porque Deus assim o quer, assistido e sustentado pelos que lhe estão superiores em ciência.

A hierarquia que, no tocante à ciência, existe entre os Espíritos Puros, não passa - dentro da igualdade resultante da pureza que lhes é comum - de um  princípio de assistência que se origina de Deus, Única Fonte de onde promanam e à qual remontam todo o mérito e todo o poder.

Continuaremos, antes de vos falarmos de Jesus, Maria e José.

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