11/11/1970
A JUSTIÇA
PERFEITA DE DEUS
P - Não
podia ser mais feliz e edificante a explicação do capítulo em exame. Uma
pergunta, ainda, queremos formular ao Espírito da Verdade: - Pode haver
Espírito eternamente culpado?
R -
Quando Jesus falava (ou os Evangelhos falavam, em suas narrativas) em ESPÍRITO
SANTO, esta expressão, como sabeis, designava os Espíritos Puros, ou Espíritos
Superiores, os Bons Espíritos, que desempenham junto dos homens as funções de
órgãos do Senhor, de seus ministros, mensageiros ou agentes, de acordo com o
grau de elevação de cada um.
Servindo-se
da expressão ESPÍRITO SANTO, QUANDO TRATOU DA BLASFÊMIA CONTRA DEUS, Jesus o
fez porque, como também já o dissemos, os judeus entendiam por Espírito Santo a
inteligência mesma de Deus. Em última análise, tudo vem a dar no mesmo, num
caso e noutro, por isso que OS ESPÍRITOS DE LUZ NADA MAIS SÃO QUE O REFLEXO DA
VONTADE DO SENHOR ONIPOTENTE.
O homem
que blasfema contra Deus é um rebelde às inspirações do seu Anjo Guarda e dos
Bons Espíritos; incorre em culpa grave e não obtém perdão ENQUANTO PERMANECE
CULPADO E REBELDE: PORTANTO, A ETERNIDADE DO CASTIGO CORRESPONDE A ETERNIDADE
DA FALTA. Se o Espírito permanecesse eternamente rebelde, seria réu de delito
eterno; jamais obteria perdão na eternidade, nem além dela (para nos servirmos
das expressões bíblicas).
Mas não é
nem pode ser assim. Por efeito da onipotência, da justiça, da bondade e da
misericórdia infinita do Senhor, e de acordo com a promessa que Jesus fez em
nome do Pai, e com o que disse na "Parábola do Filho Pródigo":
"MEU PAI NÃO QUER QUE PEREÇA NENHUM DESTES PEQUENINOS - VIM SALVAR O QUE
ESTAVA PERDIDO, SEDE PERFEITOS COMO É PERFEITO O PAI QUE ESTÁ NO
CÉU".
Não há
Espírito culpado e rebelde que, no curso da eternidade que se desdobra diante
de si, não experimente o influxo das Leis Imutáveis do progresso e da
perfectibilidade, do sofrimento e da expiação. Não há Espírito que, usando de
seu livre arbítrio sob a ação da sua consciência, presa do remorso e do
arrependimento, auxiliado na erraticidade pelos sofrimentos ou torturas morais
adequados e proporcionados aos crimes e faltas cometidos, iluminado pelas
provações e expiações, deixe - com o tempo e mediante a reencarnação - de
voltar ao aprisco, assim como a ovelha transviada; de voltar à casa paterna,
como o filho pródigo, arrependido e submisso.
É assim a
justiça perfeita de Deus: NINGUÉM HÁ QUE, PURIFICADO, NÃO VENHA A SER, UM DIA,
ACOLHIDO PELO PAI DE FAMÍLIA, PELO SENHOR ONIPOTENTE, DE INFINITA MISERICÓRDIA!
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