28/10/1970
A
PRESCIÊNCIA DE DEUS
P - A
alusão à presciência do futuro interessou a todos nós, em nosso Posto Familiar.
Poderia o Espírito da Verdade falar, mais uma vez, sobre a presciência de Deus?
R -
Diante da presciência de Jesus, como REPRESENTANTE DIRETO DA DIVINA VONTADE, em
presença do livre arbítrio do homem, compreendei o que é a presciência de Deus!
Deus vê,
sabe (como já explicamos) qual o estado do Espírito; sabe, vê e acompanha as
fases de progresso: as fases sucessivas das existências que a alma tem a
percorrer, munida de seu livre arbítrio, usando-o para o Bem ou para o mal, por
impulso de sua vontade pessoal ou sob a influência oculta dos bons ou dos maus
Espíritos, que ela atrai ou repele conforme à natureza boa ou má de seus
sentimentos, de seus pendores e de suas tendências.
Essa
influência, sob a qual a alma se acha a todo instante, constitui a TENTAÇÃO A
QUE ELA PODE CEDER OU RESISTIR UMA VEZ QUE É SEMPRE LIVRE PARA ESCUTAR OU NÃO
AS BOAS INSPIRAÇÕES, DE AS SEGUIREM OU NÃO, COMO TAMBÉM É LIVRE PARA ACEITAR OU
REPELIR AS MÁS INSPIRAÇÕES. É sob a ação e os efeitos dessas influências -
que o assediam a todo o momento - que o Espírito, no pleno gozo do seu livre
arbítrio, tem de avançar ou parar, na estrada do progresso.
Assim,
pois, era sob a ação e os efeitos de tais influências que aos escribas e
fariseus, no pleno gozo do seu livre arbítrio, cumpria executar ou repelir os
ensinos de Jesus. Sem dúvida, aqueles escribas e fariseus, que o rodeavam na
sinagoga, eram, como Espíritos encarnados, muito empedernidos: por isso mesmo,
não aceitariam a Luz. Mas nem por isso a Luz deixava de ser, para eles, um meio
de escaparem a cruéis expiações.
Da parte
do Senhor nunca há prevenção. Em geral os Espíritos encarnam procedendo
livremente à escolha tanto do meio quanto do gênero das provações. Via-de-regra
escolhem os meios que lhes são simpáticos. Ora, nos grupos que os fariseus, os
príncipes dos sacerdotes, os escribas e todos os que exerciam qualquer
autoridade, entre os judeus, formavam à volta de Jesus, O ORGULHO REINAVA
SOBERANAMENTE E, POR CONSEGUINTE, LHES TAPAVA OS OLHOS E OS OUVIDOS. Mas, Deus,
na sua infinita bondade, abria para eles (como abre para todos) uma via nova de
purificação. Seus anjos guardiãs faziam por eles o que fazem por todos. ELES,
PORÉM, OS REPELIAM POR SUA VONTADE INDEPENDENTE: NO PLENO GOZO DO SEU LIVRE
ARBÍTRIO, ACEITAVAM AS MÁS INFLUÊNCIAS, AS INSPIRAÇÕES DOS MAUS ESPÍRITOS!
Em suma:
se é certo que nenhum resultado produziu a caridade de Deus, abrindo-lhes nova
estrada naquela existência, não menos certo é que essa obra de purificação
teria de dar os seus frutos APÓS A MORTE DELES E NAS SUAS EXISTÊNCIAS
SEGUINTES.
Nenhum comentário:
Postar um comentário