quinta-feira, 11 de junho de 2015


28/10/1970
A PRESCIÊNCIA DE DEUS

P - A alusão à presciência do futuro interessou a todos nós, em nosso Posto Familiar. Poderia o Espírito da Verdade falar, mais uma vez, sobre a presciência de Deus?

R - Diante da presciência de Jesus, como REPRESENTANTE DIRETO DA DIVINA VONTADE, em presença do livre arbítrio do homem, compreendei o que é a presciência de Deus!

Deus vê, sabe (como já explicamos) qual o estado do Espírito; sabe, vê e acompanha as fases de progresso: as fases sucessivas das existências que a alma tem a percorrer, munida de seu livre arbítrio, usando-o para o Bem ou para o mal, por impulso de sua vontade pessoal ou sob a influência oculta dos bons ou dos maus Espíritos, que ela atrai ou repele conforme à natureza boa ou má de seus sentimentos, de seus pendores e de suas tendências. 

Essa influência, sob a qual a alma se acha a todo instante, constitui a TENTAÇÃO A QUE ELA PODE CEDER OU RESISTIR UMA VEZ QUE É SEMPRE LIVRE PARA ESCUTAR OU NÃO AS BOAS INSPIRAÇÕES, DE AS SEGUIREM OU NÃO, COMO TAMBÉM É LIVRE PARA ACEITAR OU REPELIR AS MÁS INSPIRAÇÕES. É sob a ação e os efeitos dessas influências - que o assediam a todo o momento - que o Espírito, no pleno gozo do seu livre arbítrio, tem de avançar ou parar, na estrada do progresso. 

Assim, pois, era sob a ação e os efeitos de tais influências que aos escribas e fariseus, no pleno gozo do seu livre arbítrio, cumpria executar ou repelir os ensinos de Jesus. Sem dúvida, aqueles escribas e fariseus, que o rodeavam na sinagoga, eram, como Espíritos encarnados, muito empedernidos: por isso mesmo, não aceitariam a Luz. Mas nem por isso a Luz deixava de ser, para eles, um meio de escaparem a cruéis expiações.

Da parte do Senhor nunca há prevenção. Em geral os Espíritos encarnam procedendo livremente à escolha tanto do meio quanto do gênero das provações. Via-de-regra escolhem os meios que lhes são simpáticos. Ora, nos grupos que os fariseus, os príncipes dos sacerdotes, os escribas e todos os que exerciam qualquer autoridade, entre os judeus, formavam à volta de Jesus, O ORGULHO REINAVA SOBERANAMENTE E, POR CONSEGUINTE, LHES TAPAVA OS OLHOS E OS OUVIDOS. Mas, Deus, na sua infinita bondade, abria para eles (como abre para todos) uma via nova de purificação. Seus anjos guardiãs faziam por eles o que fazem por todos. ELES, PORÉM, OS REPELIAM POR SUA VONTADE INDEPENDENTE: NO PLENO GOZO DO SEU LIVRE ARBÍTRIO, ACEITAVAM AS MÁS INFLUÊNCIAS, AS INSPIRAÇÕES DOS MAUS ESPÍRITOS!

Em suma: se é certo que nenhum resultado produziu a caridade de Deus, abrindo-lhes nova estrada naquela existência, não menos certo é que essa obra de purificação teria de dar os seus frutos APÓS A MORTE DELES E NAS SUAS EXISTÊNCIAS SEGUINTES.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...