quarta-feira, 10 de junho de 2015


27/10/1970
A MÃO SECA

P - A LBV já nos ensinou como é fácil fazer a Cruzada do Novo Mandamento no Lar. Mas, sem dúvida, essa facilidade decorre das lições do CEU, que nos apresenta o Evangelho sem mistério e sem milagres. Como o Espírito da Verdade interpreta a cura do homem da mão seca?

R - Vamos harmonizar os Evangelhos sinóticos: Mateus, XII: 9-14, Marcos, III: 1-6 e Lucas, VI: 6-11.

         Mateus: 9 - Então, veio Jesus à sinagoga deles. 10 - Aí se
         achava um homem que tinha seca uma das mãos. E, pa-
         ra acusarem o Cristo, lhe perguntaram:     "É permitido
         curar em dia de sábado?"      11 - Jesus lhes respondeu:
         "Qual, dentre  vós,  tendo  uma  ovelha  e  vendo-a  cair
         num fosso em dia de sábado, não procurará tirá-la da-
         li?        12 - E não vale o homem muito mais do que uma
         ovelha?    Sim, é permitido fazer o bem em dia de sába-
         do!" 13 - E disse ao homem: "Estende a tua mão". O ho-
         mem estendeu e ela ficou sã como a outra. 14 - Os fari-
         seus, porém, se reuniram em conluio contra ele,   estu-
         dando o modo de se vingarem de Jesus.

        Marcos: 1 - Jesus entrou de novo na Sinagoga. Como, ali,
        se achasse um homem que tinha seca uma das mãos, 2 –
        eles ficaram observando, para ver se Jesus o curaria em
        dia de sábado, a fim de o poderem acusar.  3 - Disse, en-
        tão, Jesus ao homem que tinha a mão seca:      "Vem aqui
        para o meio".    4 - E perguntou:  "É permitido, em dia de
        sábado, fazer o bem ou o mal, salvar ou tirar uma vida?"
        Eles ficaram calados.    5 -Perpassando, então, por eles o
        olhar, tomado de cólera,  em  vista da dureza de seus co-
        rações, disse ao homem: "Estende a tua mão". O homem
        estendeu, e ela ficou sã. 6 - Os fariseus se retiraram logo
        e, com os herodianos, fizeram conciliábulo,  buscando  o
        meio de o prenderam.

        Lucas: 6 - Entrando na sinagoga, em outro sábado, Jesus
        começou a ensinar.    Lá estava um homem  cuja mão di-
        reita era seca. 7 - Os escribas e os fariseu o observavam
        para ver se ele curaria em dia  de  sábado, para o acusa-
        rem.  8 - Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse
         ao homem que tinha a mão seca:   "Levanta-te e fica de pé
         aqui no meio". O homem se levantou e ficou de pé. 9 – En-
         tão disse Jesus: "É lícito, em dia de sábado, fazer o bem ou
         o mal? Salvar a vida ou tirá-la?" 10 - Depois de olhar para
         todos, disse ao homem: "Estende a tua mão".  Ele a esten-
         deu, e ela ficou sã.      11 - Cheios de furor, os escribas e os
         fariseus perguntavam uns aos outros, o que fariam a Jesus.

Nenhuma explicação reclama o que, nestes versículos, se referem ao sábado e ao emprego que o homem pode e lhe deve dar: já o dissemos o que tínhamos a dizer a esse respeito.

Quanto a cura que o Mestre operou na sinagoga tratava-se de uma paralisia que atacara a mão direita do homem de que se fala. Nas traduções se lê "mão seca, mão árida"; entretanto, de acordo com o texto original, corretamente interpretado, o caso era de MÃO PARALÍTICA. Já por duas vezes explicamos as curas de paralisias feitas pelo Cristo.

A mão paralítica, a que aludem os versículos de hoje, se tornou sã, como a outra, por ato da vontade do Mestre, que dirigiu, mediante a ação magnética do olhar - para a mão doente e para o organismo do homem - os fluidos fortificantes. NÃO TENDES VISTO O MAGNETISMO OPERANDO PELO OLHAR? 

Relativamente aos escribas e fariseus, nas traduções do Evangelho segundo Marcos se diz que JESUS OS OLHOU TOMADO DE CÓLERA EM VISTA DA DUREZA DE SEUS CORAÇÕES. Meras palavras humanas! Não confundais nunca nas narrações evangélicas, O QUE REPRODUZ AS IMPREÇÕES, AS IDEIAS, A OPINIÃO, AS APARIÇÕES DOS QUE CERCAVAM JESUS, DAQUELES A QUEM ELE FALAVA, COM AS PRÓPRIAS PALAVRAS, PENSAMENTOS E ATOS DE JESUS. A CÓLERA JAMAIS ENTROU NO CORAÇÃO DELE! A palavra do texto original, bem interpretada, pode ser tomada nas acepções de cólera e de indignação: nesta última, e não naquela, é que deve ser entendida. Os judeus não cessavam de falar na cólera do Todo-Poderoso a cair sobre culpado. 

COMO ADMITIR QUE DEUS E O CRISTO, REPROVANDO A CÓLERA NO HOMEM, DELA FOSSEM POSSÍVEIS? Jesus pareceu encolerizado diante de homens que os cercavam indignado por ver que os escribas e fariseus resistiam voluntariamente aos esforços que ele empregava ´para os conduzir ao bom caminho. Sofria, realmente, vendo que OS ESPÍRITOS CULPADOS, A QUEM TRAZIA A LUZ DA VERDADE, FECHAVAM OS OLHOS PARA REJEITÁ-LA.

Vossos Anjos da Guarda não se afligem com o vosso endurecimento de coração? E os escribas e fariseus não tinham o livre arbítrio? Não vos admireis, portanto, de que Jesus sofresse ante a maldade consciente deles, embora tivesse A PRESCIÊNCIA DO FUTURO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...