12/11/1970
RAÇA DE
VÍBORAS
P -
Finalizando o estudo que fazemos, na Cruzada da Novo Mandamento no Lar,
concentramos nossa atenção nos versículos 33 de Mateus, sobre os frutos da
árvore; 24 e 25, também de Mateus, sobre "raça de víboras"; 36 e 37,
ainda no Evangelho de Jesus segundo Mateus, sobre "palavras ociosas".
Como explica tudo isso o Espírito da Verdade?
R -
Versículo 33 de Mateus:
"Se uma árvore for boa, seu fruto será bom; se for má, seu
fruto será mau: pelos frutos é que se conhece a árvore".
Por estas
palavras, dirigidas aos discípulos, JESUS LHES ENSINAVA A CONHECER OS HOMENS.
Sem dúvida, o homem de maus instintos praticará más ações. Mas, se o virdes
esforçar-se por fazer o bem, por cumprir os deveres que a consciência lhe
impõe, podeis dizer que a árvore é boa. E ficai certos de que, se for
cultivada, com as lições do Evangelho e do Apocalipse, melhor ainda se tornará.
Versículos
24 e 25:
"Raça de víboras, como podeis, sendo maus, dizer coisas
boas, se a boca fala aquilo de que está cheio o coração? O homem bom tira boas
coisas do bom tesouro e o homem mau tira coisas más do mau tesouro".
Pelos
termos RAÇA DE VÍBORAS, apropriados aos tempos e aos homens, JESUS DESIGNAVA
AQUELA RAÇA DE ESPÍRITOS INFERIORES E ORGULHOSOS, QUE ACREDITAVAM PODER
ALCANÇAR, SEM SOCORRO, A MORADA CELESTE, E QUE NÃO QUERIAM RECEBER LUZ ALGUMA.
A palavra emerge do coração, quando exprime abertamente a maneira de pensar.
Mas, se oculta o pensamento, ou lhe dá a aparência da doçura, sendo ele
agressivo, então a palavra é mentirosa, hipócrita e má.
Por isso
é que Jesus perguntava aos fariseus: "Como é que, sendo
maus, podeis dizer coisas boas?" As palavras saem do tesouro do
coração. Se o Tesouro é mau, também más serão as palavras e ações, quer as
primeiras exprimam abertamente a maneira de pensar, quer sirvam de disfarce à
mentira, à hipocrisia ou à maldade.
Versículos
36 e 37:
"Ora, se eu vos digo que os homens, no dia do julgamento,
darão contas de toda palavra ociosa que houverem proferido. Porque sereis
justificados pelas vossas palavras e pelas vossas palavras sereis
condenados".
As
traduções preferiram os termos: ociosa e inútil para - dando maior extensão ao
texto - fazerem que as palavras do Mestre ABRANGESSE A TODOS E NÃO SOMENTE AOS
BLASFEMADORES. Essa alteração do original teve por efeito reprimir os costumes
e por um freio ao deboche dos inimigos do Evangelho. Estendendo a sentença do
Cristo até às palavras ociosas, restringia a linguagem aos limites do justo e
do necessário.
Sendo
mister coibir as conversações mais que levianas, capazes de desviar as
inteligências do fim elevado que lhes propunha, necessário era que se batesse
com força para atingir esse objetivo. O DIA DO JULGAMENTO, em que os homens
prestarão contas, é aquele em que o Espírito culpado, após a morte, faz uma introspecção,
observa a sua passada existência, suas faltas ou crimes e, TOCADO PELO
ARREPENDIMENTO, FUSTIGADO PELO REMORSO, SOFRE A EXPIAÇÃO, INEVITAVELMENTE
SEGUIDA DA NECESSIDADE DE REENCARNAR.
E ISSO
EXPLICA A ADVERTÊNCIA DE JESUS: NÃO SAIRÁS DA PRISÃO (O CORPO MATERIAL) ATÉ
PAGARES O ÚLTIMO CEITIL.
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