sexta-feira, 31 de julho de 2015

25/12/1970
A FÉ E A AÇÃO MAGNÉTICA

P - Um episódio que motiva controvérsias é o da cura dos enfermos que tocavam as vestes de Jesus. Como a explica o Espírito da Verdade?

R - Vamos reler Mateus, XIV: 34-36 e Marcos, VII: 53-56.

         Mateus: 34 - Tendo atravessado o lago, vieram eles à
         terra de Genesaré,  35 - e, reconhecendo-os, os do lu-
         gar espalharam a notícia por todo  o  país e  lhe apre-
         sentaram todos os doentes;  36 - e lhe pediam que os
         deixasse apenas tocar na fímbria de suas vestes. E fi-
         caram sãos todos aqueles que as tocaram.

         Marcos:   53 - Tendo atravessado o lago, vieram à ter-
         ra de Genesaré, onde aportaram.   54 - Assim  que de-
         sembarcaram, os habitantes  do lugar reconheceram
         Jesus.   55 - Transmitiram a notícia a todo o país e co-
         meçaram a trazer, de todos  os lados,  os doentes  em
         seus leitos,  para  onde  quer  que o ouviam dizer que
         ele  estava.   56 - Em  qualquer  lugar  que  entrasse  –
         burgo, aldeia ou  cidade  -  punham  os  enfermos  nas
         praças públicas e pediam lhes  fosse  permitido tocar
         somente a fímbria de sua capa; e todo os que tocavam
         nela ficavam imediatamente curados.

Já vos explicamos O PODER MAGNÉTICO DE QUE JESUS DISPUNHA. 

O tocar-lhe nas vestes - fato que, devido à ignorância das causas e dos efeitos, os homens tinham por "milagroso" - não passava de UM MEIO MATERIAL, QUE LHES ERA INDISPENSÁVEL. A cura se operava pela ação daquele que exercia poder soberano sobre os elementos etéreos. Era, portanto, resultado da união desse poder com a fé que os curados possuíam.

Entendei: os doentes se curavam NÃO POR TEREM TOCADO NA FÍMBRIA DA CAPA OU DAS VESTES DE JESUS, MAS PELA AÇÃO DA SUA VONTADE PODEROSA, SOLICITADA PELA FÉ INABALÁVEL DOS ENFERMOS QUE TOCAVAM O MESTRE.

A cura era feita, como dissemos pela ação magnética exercida por Jesus; pela emissão que ele fazia - sob o influxo desta ação - dos fluidos apropriados a cada espécie de doença, os quais eram dirigidos para o organismo do enfermo. Com o mesmo critério deveis entender as curas operadas por "lenços e panos" e até pela "sombra" dos Apóstolos, das quais vos falaremos quando chegar a hora: TUDO É MAGNETISMO, COMPLETADO PELA FÉ, SEM A QUAL É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS.


quinta-feira, 30 de julho de 2015

24/12/1970
CORAÇÕES CEGOS

P - Diz o Evangelista: "O espanto de que ficaram tomados os discípulos, quando viram Jesus caminhando sobre as águas, mais ainda cresceu quando cessou o vento, logo que ele entrara na barca; pois não tinham compreendido a multiplicação dos pães e dos peixes porque seus corações estavam cegos". Qual o significado real dessas palavras, segundo o Espírito da Verdade?

R - Estas palavras "porque seus corações estavam cegos" significam: PORQUE NÃO PROCURAVAM COMPREENDER. Seus olhos espirituais ainda estavam velados. Para os discípulos a multiplicação dos pães e dos peixes se produzira a bem dizer, por si mesma, pois OS PÃES E OS PEIXES, QUE JESUS PARTIA, PARECIAM RENOVAR-SE INCESSANTEMENTE, NAS SUAS PRÓPRIAS MÃOS, DO MESMO MODO QUE NOS CESTOS OS PEDAÇOS SE MULTIPLICAVAM SEM ELES PODEREM VER PORQUE MEIOS, E SEM MESMO PROCURAREM INTEIRAR-SE DO FATO!

Na verdade, não vos acontece, algumas vezes, serdes testemunhas de acontecimentos que, na aparência, se produzem com derrogação das leis comuns à humanidade, observá-los sem os compreenderdes e sem, sequer, fazerdes o menor esforço por consegui-lo? O fato de Jesus caminhar por sobre as águas e a tentativa de Pedro, para fazer o mesmo, IMPRESSIONARAM MAIS OS DISCÍPULOS QUE A MULTIPLICAÇÃO DOS PEIXES E DOS PÃES, porque - para o entendimento humano deles - o primeiro fato surpreendia mais, por isso que MAIS PERCEPTÍVEL LHES ERA A IMPOSSIBILIDADE DE QUALQUER CRIATURA TRANSFORMAR A SUPERFÍCIE MÓVEL DO MAR EM TERRENO CAPAZ DE LHE RESISTIR AO PESO.

Concorrendo cada um daqueles fatos reciprocamente, para avivar a impressão do outro, ambos contribuíram para que seus olhos se desvendassem; e eles acabaram por compreender os dois acontecimentos que num dia só, presenciaram. E os compreenderam NÃO PORQUE TIVESSEM ADQUIRIDO O CONHECIMENTO DE SUAS ORIGENS E CAUSAS, E DOS MEIOS PELOS QUAIS SE PRODUZIRAM, POIS SÓ À NOVA REVELAÇÃO ESTAVA RESERVADO DAR ESSE CONHECIMENTO AOS HOMENS, MAS PORQUE "APRENDERAM" QUE TAIS FATOS DENUNCIAVAM A AÇÃO DE UMA POTÊNCIA TÃO SUPERIOR AO HOMEM QUE SÓ MESMO DEUS OS PODIA PRODUZIR. DAÍ ACHAREM QUE FORAM "MILAGRES" OPERADOS PELA PRÓPRIA DIVINDADE ONIPOTENTE.

Portanto, não foi por não terem compreendido o fato material da multiplicação que os discípulos se encheram de espanto, vendo Jesus caminhar sobre as ondas: foi porque na ocasião, não encararam aquele fato como obra do próprio Deus como posteriormente o consideraram. Se assim o tivessem considerado logo que se deu, não se teriam admirado do outro: O PRIMEIRO "MILAGRE" OS TERIA FEITO COMPREENDER DO MESMO MODO O SEGUNDO.





quarta-feira, 29 de julho de 2015

23/12/1970
JESUS NÃO É DEUS

P - Lemos no capítulo em exame: "Então os que estavam na barca se aproximaram dele e o adoraram dizendo: - És, verdadeiramente, o Filho de Deus". Como devemos entender tais palavras nos ensinos do Espírito da Verdade?

R - Para o homem fatos que tanto o surpreendiam SÓ PODIAM  PROVIR DO PRÓPRIO DEUS. Ora, sendo Jesus quem servia de intermediário para a produção dos fatos "milagrosos", o cognome que a si mesmo dava de Filho de Deus lhe valeu imediatamente, aos olhos dos homens, o cunho da Divindade.

Sem atinarem com o sentido genérico das palavras MEU PAI, que ele frequentemente empregava, falando do Criador Universal, os homens lhe deram de pronto o sentido restrito, e assim o consideraram COMO TENDO SIDO GERADO PELO PRÓPRIO DEUS: SENDO, PORTANTO, UMA PERSONIFICAÇÃO DA DIVINDADE ONIPOTENTE. Em consequência, eles o adoraram, o que deu causa ao erro - que tão profundamente se arraigou - segundo o qual Deus, querendo salvar a Humanidade e resgatar-lhe as faltas, se oferecera a si mesmo em HOLOCAUSTO DE PROPICIAÇÃO.

Aliás, não foi um mal que tal erro se houvesse generalizado, pois serviu àquela época e PREPAROU O FUTURO RESERVADO A NOVA REVELAÇÃO DO PARÁCLITO. O homem, sempre orgulhoso do seu valor pessoal julgou-se tão importante aos olhos do Criador QUE ENTENDEU SÓ PODEREM SUAS FALTAS SER RESGATADAS COM O SACRIFÍCIO DO ONIPOTENTE EM PESSOA, NA CONDIÇÃO HUMANA!

Só mesmo Deus, isto é, somente Aquele que, por efeito exclusivo de sua vontade, segundo o modo de ver do próprio homem precipitaria, se o quisesse, no completo caos todos os mundos disseminados pelo infinito, poderia operar resgate tão precioso, MEDIANTE UM SACRIFÍCIO IMOLANDO-SE A SI MESMO, REBAIXANDO-SE, PORTANTO, AO NÍVEL DAS SUAS INDIGNAS CRIATURAS! SÓ ASSIM, SEM DÚVIDA, A VÍTIMA IMOLADA SERIA DIGNA DAQUELES CUJO RESGATE REPRESENTARIA O PREÇO DA IMOLAÇÃO!

Orgulho, delirante orgulho do homem que sempre se considerou "o rei da criação", quando não é mais que um miserável inseto que passa despercebido, por assim dizer, como insignificante mosquito que voa num raio de sol! 

Felizmente, a Nova Revelação, rompendo o véu da letra e todas as suas superstições, que ocultavam à Humanidade a Luz e a Verdade vem na hora certa, predeterminada pelo Senhor quando as inteligências se desenvolveram e o progresso espiritual se realizou DAR-VOS A CONHECER QUEM É O FILHO E QUEM É O PAI, RESTAURANDO O ENSINO DO PRÓPRIO CRISTO QUE SEMPRE DEIXOU BEM CLARO PARA TODOS OS SÉCULOS: 

JESUS É O FILHO, COMO TODOS VÓS QUE "SEREIS DEUSES" E DEUS É O PAI ETERNO!


terça-feira, 28 de julho de 2015


22/12/1970
JESUS E PEDRO CAMINHA SOBRE AS ÁGUAS

P - Todos estão ansiosos por ver explicada a passagem do Evangelho em que Jesus e Pedro caminham por sobre o mar. Como a interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?

R - Vamos harmonizar Mateus, XIV: 23-33 e Marcos, VI: 46-52.

         Mateus: 23 - Tendo despedido a multidão, Jesus subiu
         a um monte, para falar com Deus.  Ao  cair da noite,  lá
         se achava ele só. 24 - Entretanto, a barca era impelida
         de um lado para outro  pelas  ondas,  no  meio  do mar,
         pois o vento era contrário.   25 - Mas, na quarta  vigília
         da noite, Jesus veio ter com  eles,  caminhando  por  so-
         bre o mar.   26 - Ao vê-lo andando sobre as águas,  eles
         se turbaram  e  diziam:   "É um fantasma!"  E,  apavora-
         dos, se puseram a gritar.   27 - Logo, porém, Jesus  lhes
         falou assim:  "Tende confiança!  Sou  eu!  Não  temais!"
         28 - Pedro lhe respondeu: "Senhor, se és tu mesmo, or-
         dena  que  vá  ao  teu encontro caminhando sobre as á-
         guas!" 29 - E Jesus lhe disse: "Vem!" E pedro, descendo
         da barca, andou sobre as águas em direção a Jesus.  30
         - Mas, vendo que o vento estava forte, teve medo, e, co-
         mo principiasse  a  submergir  bradou:  "Salva-me,  Se-
         nhor!"   31 - Ato contínuo, Jesus estendendo-lhe a mão
         o segurou e lhe disse:  "Porque duvidaste, homem sem
         fé?"   32 - Assim que subiram, para a barca, o vento ces-
         sou.   33 - Então os que estavam na barca se  aproxima-
         ram dele e o adoraram, dizendo: És, verdadeiramente,
         o Filho de Deus!

         Marcos:  46 -  Depois de haver despedido o povo,  Jesus
         subiu a um monte, para orar.   47 – Ao  cair  da  noite,  a
         barca estava no meio  do  mar,  e  Jesus  estava  sozinho
         em terra.   48 - Vendo que seus discípulos tinham  gran-
         de dificuldade em remar, por lhes ser contrário  o  ven-
         to, Jesus, por volta da quarta  vigília  da  noite,  veio  ter
         com eles, caminhando sobre o mar, pois queria passar-
         lhes adiante. 49 - Eles, porém, desde que o viram  cami-
         nhando sobre o mar, supuseram ser um fantasma e  co-
         meçaram a gritar,   50 - pois todos o viram e ficaram  a-
         pavorados. Ele logo lhes falou, dizendo:   "Acalmai-vos!
         Sou eu! Não tenhais medo!" 51 - Subiu para barca onde
         eles estavam e o vento cessou, e eles ficaram ainda ma-
         is espantados,    52 - visto que não tinham compreendi-
         do  a  multiplicação  dos  pães  e peixes é que seus cora-
         ções estavam cegos.

Facilmente deveis compreender o fato de Jesus andar sobre as águas. Do mesmo modo que o Espírito pode atravessar os ares, podia o Mestre - unicamente pela ação da sua vontade - PRIVAR O SEU PERISPÍRITO TANGÍVEL DO CUNHO HUMANO QUE LHE IMPRIMIRA E DAR-LHE AS CONDIÇÕES ETÉREAS DAS FORMAS ESPIRITUAIS.

No momento em que, caminhando por sobre o mar, veio ter com seus discípulos, Jesus se colocara nas condições perispiríticas das aparições. Seu corpo perispiritual, conservando a aparência do corpo humano, a visibilidade e a tangibilidade, era - quando deu a mão a Pedro - MAS LEVE DO QUE A ÁGUA, TENDO-SE EM VISTA O PESO ESPECÍFICO DA ONDA DO MAR. 

Seus discípulos, como diz o Evangelista, julgaram tratar-se de um fantasma, quando o viram caminhando sobre as ondas. Ficaram sem saber se o que viam era, mesmo o Cristo ou uma simples aparição. É que nessa ocasião, como dissemos, Jesus se colocara, NAS CONDIÇÕES PERISPIRÍTICAS DAS APARIÇÕES, QUE ALGUNS DELES JÁ TINHAM PODIDO OBSERVAR. É QUE, EM TODOS OS TEMPOS O MUNDO INVISÍVEL ESTEVE SEMPRE EM COMUNICAÇÃO COM A HUMANIDADE TERRESTRE. 

Suas manifestações, que os homens não compreendiam por lhes desconhecerem as causas, passavam - mesmo no tempo do Mestre - por ser: ou fantasias da imaginação ou obra dos Espíritos maus; ou, ainda, uma graça especial, que Deus se dignava de conceder a esta ou àquela das suas criaturas na Terra. Entre os idólatras, vós o sabeis muito bem, essas aparições deram causa à multiplicação dos deuses e deusas DOS QUAIS FOI VÍTIMA A CREDULIDADE DO POVO, EXPLORADA PELA AMBIÇÃO OU CUPIDEZ. 

Os judeus, como os outros povos, tinham, nas suas famílias, médiuns videntes que, às vezes, observavam a aparição de um amigo, de um parente e, mesmo, de alguns de seus patriarcas e profetas, pois - não o ignorais - OS ESPÍRITOS PODEM REVESTIR TODAS AS FORMAS. Daí o fato de não ter o Apóstolo Pedro - que era um médium audiente e vidente muito adiantado, muito desenvolvido, e também médium de efeitos físicos - podido reconhecer o Mestre, tomando-o por um fantasma. Ele via em Jesus apenas a aparência inconsistente das aparições que já tinha observado. Só quando o Cristo o segurou pela mão, verificou que era realmente Jesus, pois AINDA NÃO TIVERA ENSEJO DE EXPERIMENTAR A TANGIBILIDADE DAS APARIÇÕES. 

Estando Pedro decidido, pela sua fé, a obedecer a Jesus, ordenou este mentalmente, aos Espíritos que o cercavam - prepostos ao efeito de sustentarem o Apóstolo sobre as ondas - que o sustentassem: assim, pode ele, também, caminhar sobre as águas.
Foi, ainda, obedecendo a uma ordem mental do Mestre, que os mesmos Espíritos deixaram que ele submergisse um pouco, NO MOMENTO EM QUE LHE VOLTAVA A DÚVIDA. 

Não era preciso que Jesus desse a mão a Pedro para que este, caminhando com ele sobre as águas, voltasse à barca: teria bastado o amparo dos Espíritos prepostos à sustentação do Apóstolo. O Cristo, porém, querendo demonstrar a Pedro que era mesmo, o seu Mestre (que ali se achava e o sustentava com o seu poder), lhe estendeu a mão. De fato, assim era, porque - se Jesus não houvesse ordenado - os Espíritos não teriam ajudado o Apóstolo a manter-se em equilíbrio, caminhando pela superfície do mar.

Como dissemos, Pedro era (para nos servirmos de uma expressão consagrada) médium de efeitos físicos, da mais alta categoria. Assim, foi com o auxílio dos fluidos nele existentes que os Espíritos prepostos conseguiram sustentá-lo, de modo a poder caminhar sobre as ondas FOI, TAMBÉM, GRAÇAS A ESSA MEDIUNIDADE QUE ELE CONSEGUIU (AUXILIADO PELOS ESPÍRITOS PREPOSTOS A REALIZAÇÃO DESSE OUTRO FATO) LIBERTAR-SE DAS CORRENTES COM QUE O ATARAM NA PRISÃO (ATOS DOS APÓSTOLOS, XII: 6-7). E QUE DO OUTRO MODO NÃO TERIA EXPLICAÇÃO.

Mas, mesmo, que o Apóstolo não fosse médium de efeitos físicos, nem por isso deixaria de ser sustentado pelos Espíritos prepostos e de caminhar, com o auxílio deles, sobre as águas do mar, JÁ QUE O MESTRE O QUERIA. Desde que essa era a vontade de Jesus, os Espíritos reuniriam em torno de Pedro os fluidos, de que necessitavam para sustentá-lo: o fato se produziria exatamente como se deu. 

Logo que Jesus e Pedro entraram na barca, cessou a ventania. CESSOU PORQUE ASSIM O ORDENOU JESUS MENTALMENTE AOS ESPÍRITOS PREPOSTOS AO GOVERNO DOS VENTOS E DAS ÁGUAS, COMO ACONTECEU COM RELAÇÃO À TEMPESTADE QUE SE DESENCADEOU NO MAR E QUE POR ORDEM DO CRISTO, CESSOU IMEDIATAMENTE FAZENDO-SE GRANDE BONANÇA.

Pois, sempre que, tenhais merecimento, o Mestre aplacará todas as tempestades que ameaçarem as vossas vidas por causa da pregação e da EXEMPLIFICAÇÃO DO NOVO MANDAMENTO DE JESUS!



segunda-feira, 27 de julho de 2015

20/12/1970
PRODUTOS, CESTOS E PEDAÇOS

P - Os cinco mil não notaram qualquer diferença no gosto do pão e do peixe? E qual o destino que tiveram os cestos? Que aconteceu, ainda, com os pedaços de pão e peixe que sobraram? São perguntas que fazem os componentes do nosso Posto, com relação ao capítulo em pauta. Como as responde o Espírito da Verdade? 

R - Os cinco mil receberam os produtos da multiplicação como se não tivesse havido multiplicação: era o gosto perfeito do pão e do peixe. E não existe aí nada que vos deva espantar. Os sonâmbulos magnéticos não tomam a água, o vinho, ou qualquer alimento COMO SENDO O QUE LHES DIGA QUE SÃO? Não sabeis qual seja o poder da influência espiritual do homem? Como então, ignorar A INFLUÊNCIA DE JESUS E DA FALANGE INUMERÁVEL DE ESPÍRITOS QUE O RODEAVAM? Não tendes visto aparecerem, sem que ninguém saiba como, sob a forma de coisas materiais, próprias para a alimentação humana, PRODUTOS OBTIDOS COM O EMPREGO DE FLUIDOS PRODUTORES E QUE TEM PARA O HOMEM, O ASPECTO E O SABOR DOS PRODUTOS HUMANOS QUE REPRESENTAM? 

Dizem os Evangelistas que todos comeram e ficaram saciados e ainda levaram doze cestos, cheios dos pedaços que sobraram. Não dizem o que foi feito desses doze cestos, nem que os cinco pães e os dois peixes estivessem com os Apóstolos. Não dizem ainda, se foram conservados os pedaços que sobraram. É que tudo isso pouco importa. Qualquer que tenham sido a quantidade dos peixes e dos pães, as pessoas que forneceram os cestos e o destino dado a estes e àquilo que continham, o fundamental é que O FATO PRODUZIDO POR JESUS REALMENTE SE VERIFICOU.

Isto, sim, importa que todos saibam. Deveis compreender que, em multidão considerável como aquela, há sempre certa agitação. Terminada a distribuição dos pães e dos peixes, os Apóstolos deixaram no chão os cestos, que tinham servido para fazê-la, e foram tomar a barca, a fim de se transportarem à outra margem, onde - de acordo com a ordem recebida - esperariam o Mestre, que ficava assistindo à dispersão do povo. Mais preocupados com as suas necessidades espirituais do que com as do corpo, que no momento se achavam satisfeitas, os Apóstolos não cuidaram de mais nada.

A influência oculta, que sobre eles era exercida, lhes dirigia a atenção para aquilo que os pudesse impulsionar, sempre que se fazia preciso desviá-la de outros pontos. A ordem de Jesus - passarem, antes dele, para a outra margem - tinha por objetivo preparar um novo fato que se devia produzir. Na sua retirada desordenada e confusa, aquela grande massa de homens, mulheres e crianças, ia tropeçando nos cestos, alguns dos quais foram apanhados vazios, enquanto outros já ficavam esmagados, SEM QUE NINGUÉM SE PREOCUPASSE COM ELES NEM COM O SEU CONTEÚDO.

Os fluidos componentes dos "produtos fluídicos" que, sob as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, sobraram da distribuição, voltaram à fonte de onde tinham sido tirados, logo que - sob a ação dos Espíritos - desapareceu dos mesmos produtos a tangibilidade e tudo entrou de novo na ordem da humanidade terrena. TUDO FORA PREVISTO, PREPARADO PARA A EXECUÇÃO DAS OBRAS DO CRISTO ENTRE OS HOMENS.  

Notai, por último, que a narrativa evangélica, feita sob a influência mediúnica, tratando do fato que acabamos de apreciar, reproduz mais uma vez - como convinha que ocorresse sempre - AS IMPRESSÕES E CONCLUSÕES HUMANAS. 

Notai, ainda, que o Mestre, segundo decorre dessas impressões e conclusões, TEVE POR FIM, COMO SEMPRE, DESPERTAR E CHAMAR SOBRE SI A ATENÇÃO DE SEUS DISCÍPULOS E DA MULTIDÃO, DE TAL MODO QUE - ACREDITADO TODOS (COMO ACREDITARAM) SER JESUS DE NATUREZA IGUAL A DOS OUTROS HOMENS - FICASSEM VIVAMENTE IMPRESSIONADOS POR SEUS ATOS E PALAVRAS.


domingo, 26 de julho de 2015

19/12/1970
O "MILAGRE" DA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E PEIXES

P - Foi excelente a explicação dada, mas há um ponto que merece destaque maior: o fato de ser considerado, "milagre" a multiplicação dos pães e dos peixes. Como interpreta o caso o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV? 

R - Para os Apóstolos, os discípulos e a multidão, foi com os pedaços em que Jesus dividiu os cinco pães e os dois peixes (pedaços que - multiplicados "ao infinito" - ele entregou aos Apóstolos e estes distribuíram pelo povo) que todos se saciaram dando ainda para encher doze cestos, depois de estarem todos satisfeitos.

Foi isso o que todos viram; esse o fato que se passara à vista de todos; o fato de que todos eram testemunhas e do qual, todos haviam participado, desde que comeram os pedaços dos cinco pães e dois peixes, partidos pelas mãos de Jesus e distribuídos pelos discípulos. FOI ISSO O QUE TODOS VIRAM E SOMENTE ISSO O QUE PODIAM ATESTAR, E ATESTARAM.

Por lhe ser incompreensível e inexplicável, dada a ignorância de todos (dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão) relativamente a origem, às causas e aos meios ocultos que o produziram. O FATO DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES FOI POR TODOS CONSIDERADO UM "MILAGRE". Foi e ainda o é pelos que se conservam estranhos à Nova Revelação.

Alguns homens de coração simples e Espírito humilde acreditaram na sua autenticidade sem o compreenderem, firmados no testemunho dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão, a na fé que lhes inspira a narração evangélica. Os outros ou fingiram acreditar, por não ousarem negá-lo, ou o negaram e rejeitaram abertamente, encastelados na sua orgulhosa ignorância, pela simples razão de não o poderem compreender e não saberem explicá-lo.

 E sem a presença da ciência espírita, que vos veio mostrar a origem, as causas e os meios ocultos por que se operou a multiplicação dos pães e dos peixes, de fato não seria um "milagre" mesmo para vós? Porventura vedes o que a todo o momento se passa em torno de vós no mundo espiritual? Sem a Nova Revelação, ninguém saberia que aquela multiplicação se produziu pela ação espiritual e pelo emprego de fluidos, UMA VEZ QUE A CIÊNCIA COMUM É IMPOTENTE PARA COMPROVÁ-LA, PORQUE NÃO VÊ, NÃO OBSERVA E NÃO DESCOBRE SENÃO COM OS OLHOS CARNAIS.

Os Evangelistas que, como os Apóstolos, os discípulos e a multidão, não podiam compreender o fato. POR IGNORAREM TAMBÉM A FONTE, AS CAUSAS E OS MEIOS QUE O PRODUZIRAM, SE LIMITARAM (E ASSIM DEVIA SER) AO NARRÁ-LO DEBAIXO DA INFLUÊNCIA MEDIÚNICA. 

 "Jesus - dizem eles - partiu com as mãos os cinco pães e os dois peixes, e os deu aos discípulos e estes os deram ao povo; todos comeram e ficaram saciados, e ainda levaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e peixe que sobraram".  

 Estas últimas palavras indicam que Jesus partiu os pães e os peixes e dava os pedaços aos discípulos, que os depositavam em cestos, onde os transportavam para distribui-los pela multidão. Os cestos eram os que as mulheres do Oriente costumam trazer à cabeça e que servem para o transporte de frutas e legumes, assim, como para abrigá-las dos ardores do sol. E muitas mulheres havia na multidão. Antes que se iniciasse a multiplicação dos pães e dos peixes os discípulos - cumprindo as ordens do Mestre - haviam arrebanhado (e colocado junto dele) todos os cestos que as mulheres traziam. 
  
 Eis aqui, agora, como se operou a multiplicação: tendo nas mãos os pães e os peixes, JESUS OS ENVOLVIA EM FLUIDOS APROPRIADOS A PRODUÇÃO DE TAIS ALIMENTOS (FLUIDOS PRODUTORES). 

 Como deveis compreender, o Cristo - para multiplicá-los entre os seus dedos - atraía a si os fluidos próprios ao efeito desejado e os tornava visíveis, tangíveis, dando-lhes o aspecto, a forma e o sabor de pedaços de pão ou de peixe, pois JAMAIS OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES TERIAM FORNECIDO PEDAÇOS, AINDA QUE DE TAMANHO MÍNIMO, NA QUANTIDADE QUE ERA NECESSÁRIA. Por esse meio, ia ele substituindo nos pães e nos peixes as porções que deles tirava. Assim, era que, com o auxílio dos fluidos produtores em que os envolvia, multiplicava os pães e os peixes e os pedaços que os partia (pedaços que entregava aos discípulos e que estes colocavam nos cestos).

No momento em que nos cestos eram depositados, sob a forma de pedaços de pão e de peixe, os produtos fluídicos obtidos por Jesus, LOGO A ELES SE JUNTAVAM OS QUE OS ESPÍRITOS POR SUA VEZ, TRAZIAM E QUE IMEDIATAMENTE SE TORNAVAM VISÍVEIS E TANGÍVEIS.

Esses fornecimentos de pedaços de pão e de peixe os Espíritos os preparavam nas mesmas condições dos que Jesus entregava aos discípulos, com o auxílio dos fluidos produtores, e os depositavam invisíveis nos cestos vazios. À medida que os discípulos deitavam nestes os pedaços que recebiam do Mestre, os Espíritos tornavam visíveis e tangíveis os pedaços que ali já haviam depositado.

Assim, de um lado Jesus e os Espíritos tiravam - indefinidamente - dos fluidos produtores que o Mestre atraía para junto de si, os elementos e os meios de multiplicação dos peixes e dos pães e, de outro lado, os discípulos tiravam dos cestos - indefinidamente - os pedaços de pão e peixe cuja provisão se renovava por si mesma, mas sempre mediante a intervenção dos Espíritos prepostos à produção de tal efeito, que se verificava a medida que os discípulos ali depositavam os pedaços que recebiam de Jesus.

Foi por esse processo que, pela ação do Cristo e dos Espíritos Superiores que invisivelmente o cercavam, se operou a multiplicação dos cinco pães e dois peixes, e que OS PEDAÇOS PARTIDOS PELO MESTRE, PARECIAM ÀS VISTAS CARNAIS MULTIPLICAR-SE INFINITAMENTE EM SUAS MÃOS E DELAS SAÍREM PARA OS CESTOS.

Sabeis que o Espírito não deixa ver o objeto que ele transporta senão quando quer ser visto operando, caso em que torna visível o fluido que envolve o mesmo objeto e que serve para realizar o transporte. Mas, igualmente, sabeis que o Espírito, à sua vontade, pode tornar invisível aos olhos grosseiros do homem o objeto que transporta, só fazendo visível quando e como quiser. Os fluidos que envolvem o objeto transportado não são visíveis, senão querendo o Espírito que o sejam.

Fora disso o Espírito passa despercebido assim com o próprio objeto; que ele não submete à vista do homem senão quando julga oportuno o momento, SE JESUS O TIVESSE DESEJADO, TERIA FEITO SOZINHO A MULTIPLICAÇÃO. Mas, entendei os meios empregados eram mais prontos e mais fáceis para a consecução do fim visado. Com efeito, não era mais fácil, e mais pronto que os Espíritos depositassem invisíveis, nos cestos vazios, os produtos que eles mesmos preparavam e os fossem tornando visíveis à medida que os discípulos ali colocassem os produtos que recebiam do Mestre do que este fazer sair de suas mãos para as mãos deles tudo o que fosse preciso para encher o cesto?

Os produtos da multiplicação, tendo recebido as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, como tais foram comidos pelos cinco mil. E TODOS FICARAM SACIADOS E AINDA LEVARAM DOZE CESTOS CHEIOS DOS PEDAÇOS QUE SOBRARAM. 


sábado, 25 de julho de 2015


18/12/1970
MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES

P - Um dos fatos do Evangelho que mais empolgam os frequentadores do nosso Posto é o da multiplicação dos cinco pães e dos peixes. Como o interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?

R - Harmonizemos Mateus, XIV: 13-22, Marcos, VI: 30-45 e Lucas, IX: 10-17.

         Mateus: 13 - Ouvindo a narrativa que lhe fizeram os discí-
         pulos de João, Jesus partiu numa barca e se retirou, secre-
         tamente, para um lugar deserto.   Ao  saber  disso,  o  povo
         deixou as cidades e o foi seguindo  a  pé.   14 – Quando  ele
         saltou em terra, viu grande multidão  e, compadecendo-se
         dela, curou os doentes.   15 - Como caísse a tarde, os  discí-
         pulos se aproximaram e lhe disseram: "Este lugar é deser-
         to e a hora vai adiantada: manda-os embora, a fim de  que
         possam comprar o que comer, nas aldeias".  16 - Jesus, po-
         rém, lhes disse: "Não é preciso que eles se afastem  daqui;
         dai-lhes vós mesmos de comer".   17 - Os  discípulos repli-
         caram: "Só temos cinco pães e dois peixes".    18 - Jesus or-
         denou: "Trazei-nos aqui".  19 - Em seguida, mandou que a
         multidão sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois
         peixes e, olhando para o céu, os abençoou,  e os  partiu, e,
         os deu aos discípulos, que os passaram ao povo.   20 – To-
         dos  comeram,  ficaram  saciados  e  ainda  levaram   doze
         cestos cheios de pedaços que sobraram.    21 - Ora, os que
         comeram eram em número de  cinco  mil,  sem  contar  as
         mulheres e as crianças.  22 - Feito isso, ordenou Jesus aos
         discípulos que tomassem a barca e passassem para  a  ou-
         tra margem do  lago  antes  dele,  que  ficou  despedindo a
         multidão.

         Marcos:   30 - Ora, os apóstolos, reunindo-se  em  torno de
         Jesus, lhe deram conta de tudo o que haviam feito  e  ensi-
         nado.    31 - E ele lhes disse: "Vinde, retiremo-nos para um
         lugar deserto, a fim de aí repousardes um pouco.  É que e-
         ram  tantos  os  que  iam  e vinham,  que  eles  nem tinham
         tempo para comer. 32 - Entrando, pois, numa barca, se re-
         tiraram para um  lugar  deserto.   33 - Mas,  tendo-os  visto
         partir, e muitos tendo sido informados da partida,  grande
         multidão  acorreu  até, de todas as cidades, e chegou antes
         dele.   34 - Ao saltar da barca, vendo Jesus a multidão,  teve
         compaixão dela, pois era como  rebanho sem  pastor,  e  co-
         meçou a ensinar-lhes muitas coisas. 35 - E como já se fizes-
         se tarde, os  discípulos  se  aproximaram  dele  e  disseram:
         "Este lugar é deserto e a hora já vai adiantada;  36 – despe-
         de-os a fim de que vão aos povoados e cidades dos  arredo-
         res para comprar o que  comer".   37 - Respondendo,  Jesus
         disse:  "Dai-lhes vós mesmos de  comer".   Eles  replicaram:
         "Onde iremos  comprar, por  duzentos  denários,  pães  que
         bastem para lhes darmos de comer?   38 - Jesus perguntou:
         "Quantos pães, tendes vós? Ide e vede".  Depois  de o verifi-
         carem eles disseram: "Cinco pães e dois peixes".  39 - Jesus,
         então, lhes ordenou que fizessem o povo sentar-se, em ran-
         chos, na relva.   40 - Sentaram-se todos, formando diversos
         ranchos, uns de cem pessoas,  outros  de  cinquenta.   41 - E
         Jesus, tomando os cinco pães e os dois peixes e olhando pa-
         ra o céu, abençoou e partiu os pães, e os entregou aos discí-
         pulos, para que os pusessem  diante  do  povo;  assim,  tam-
         bém, repartiu os dois peixes com  todos.   42 - Todos  come-
         ram e ficaram fartos.  43 - E ainda levaram doze cestos com
         os pedaços de pão e peixe que haviam sobrado  44 - apesar
         de serem cinco mil os que comeram. 45 - Em seguida, Jesus
         mandou que os discípulos entrassem  de  novo  na  barca  e
         passassem para a outra margem do lago em direção a  Bet-
         aida, enquanto ele ficava despedindo a multidão.

         Lucas:  10 - De volta, os apóstolos relataram a Jesus  tudo  o
         que haviam feito. E, Jesus levando-os consigo se retirou pa-
         ra um lugar deserto, próximo  a Betsaida.   11 - Informadas
         disso, as turbas o seguiram, e Jesus, recebendo-as, entrou a
         lhes falar do reino de Deus e a curar os enfermos.  12 - Ora,
         como estava o dia a declinar,  os  doze vieram,  e  lhe  disse-
         ram: "Manda embora essa gente, a  fim  de  que vá procurar
         alojamento e algo para comer nas granjas e aldeias dos  ar-
         redores, pois estamos num lugar  deserto".   13 – Mas Jesus
         lhes disse: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Ao que eles re-
         plicaram: "Só se formos nós mesmos comprar comida para
         esse povo, pois  não  temos  mais que cinco pães e dois pei-
         xes". 14 - Eram cerca de cinco mil pessoas. Disse, então,  Je-
         sus aos discípulos: "Fazei-os sentar em grupos de cinquen-
         ta".    15 - Os  discípulos  obedeceram  e  fizeram  que  todos
         sentassem. 16 - Jesus tomou os cinco pães e os dois  peixes,
         levantou os olhos ao céu e abençoou-os, partiu-os  e  entre-
         gou  aos  discípulos, para  que  os distribuíssem pela multi-
         dão.   17 - Todos  comeram, ficaram saciados e ainda  enxe-
         ram doze cestos com os pedaços que tinham sobrado.

Já vos temos falado da força que dispunha o Cristo, por efeito da sua potencialidade superior, PARA ATRAIR OS FLUIDOS DE QUE PRECISAVA. QUEM, ABAIXO DE DEUS, CONHECE TÃO PROFUNDAMENTE A LEI DOS FLUIDOS? Pela ação da sua vontade poderosa sobre os Espíritos que lhes obedeciam pressurosamente, conseguiu ele, mediante transportamentos e o emprego dos fluidos, multiplicar ao infinito (como dizeis) a pequena quantidade de alimentos que os discípulos tinham à sua disposição.

Preparados com os fluidos próprios à sua produção, os quais lhes davam as necessárias propriedades nutrientes, aqueles alimentos satisfaziam as exigências da matéria. BASTANDO UMA DIMINUTA PORÇÃO DELES PARA SACIAR A MAIS DEVORADORA DAS FOMES.

Para que a multidão ficasse saciada, não bastaria que Jesus o quisesse? Sem dúvida! E para isso não lhe seria preciso mais do que reunir em torno dela os fluidos convenientes os quais SENDO ASPIRADOS FARIAM CESSAR QUAISQUER EXIGÊNCIAS DO ESTÔMAGO. Entretanto, era mister que, diante daqueles observadores materiais, SE PRODUZISSE UM EFEITO FÍSICO. 

Compreendei, irmãos, bem-amados de todo o mundo e principalmente vós, senhores das ciências humanas: A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES CAUSOU IMPRESSÃO MUITO MAIOR DO QUE TERIA CAUSADO A VONTADE DE JESUS ATUANDO NOS HOMENS!

sexta-feira, 24 de julho de 2015


17/12/1970
O BATISTA E A REENCARNAÇÃO

P - As lições do Centro Espiritual Universalista estão sendo acompanhadas com o mais vivo interesse. Nas referências a João o Batista, e ao Mestre Jesus, nos Evangelhos Sinóticos, vemos que os judeus acreditavam na Lei da Reencarnação. Que diz a respeito, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?

R - Vamos harmonizar Mateus, XIV: 1-12, Marcos, VI: 14-29 e Lucas, III: 19-20 e IX: 7-9.

         Mateus: 1 - A esse tempo chegou aos ouvidos do tetrar-
         ca Herodes a fama de Jesus, 2 - e ele disse aos seus ser-
         vos:   "Esse é  João, o  próprio  Batista  que  ressuscitou
         dentre os mortos; por isso é que, por  seu  intermédio,
         se fazem tantos milagres".  3 - Herodes mandara pren-
         der João, pusera-o a ferros  e o  metera  na  prisão,  por
         causa de Herodíades, mulher de seu irmão.  4 - É que o
         Batista lhe dizia: "Não te é permitido tê-la por mulher".
         5 - Herodes queria dar-lhe a morte, mas temia o  povo,
         que considerava  João  um  profeta.   6 - Entretanto,  no
         dia do aniversário de Herodes, a  filha  de  Herodíades
         dançou diante dele e muito lhe agradou,   7 - tanto que
         prometeu sob juramento dar-lhe tudo o que pedisse. 8
         - Ela, de antemão instruída por sua mãe, disse: "Dá-me,
         aqui mesmo, num prato a cabeça de João Batista!"   9 –
         Esse pedido muito afligiu o rei que, todavia, por  causa
         do juramento que fizera e dos que com  ele  estavam  à
         mesa, ordenou que lhe dessem a cabeça de João.     10 –
         Ao mesmo tempo, ordenou que ao Batista cortassem  a
         cabeça na prisão.    11 - E  a  cabeça  de  João foi trazida
         num prato e dada à moça, que a levou à sua mãe.    12 –
         Os discípulos do Batista vieram, carregaram seu corpo,
         o sepultaram e foram comunicar tudo isso a Jesus. 

         Marcos: 14 - Ora, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cuja
         fama se espalhara muito, e dizia: "João Batista  ressusci-
         tou dentre os mortos;  daí  vem  que  tantos  milagres  se
         operam por seu intermédio. 15 - Outros, porém, diziam:
         "É Elias!" E outros:  "É um profeta,  igual  a  qualquer dos
         profetas!"    16 - Ouvindo  isso,  disse Herodes:  "Esse  ho-
         mem é  João,  a  quem  mandei  cortar a cabeça e que res-
         suscitou dentre os mortos".   17 - Herodes,  tendo despo-
         sado Herodíades, não obstante ser ela a mulher de Felipe,
         irmão dele, mandara  prender  João,  atando-o  no cárcere,
         por causa dela. 18 - Pois João lhe dizia:  "Herodes, não te é
         lícito possuir a mulher de  teu irmão!"   19 -  Desde  então,
         Herodíades sempre lhe armava ciladas, desejosa  de  fazê-
         lo morrer, o que não conseguia. 20 - Visto que Herodes te-
         mia João, por saber que era  um  varão  justo  e  santo,  e  o
         guardava com segurança.   E, quando  o  ouvia,  ficava per-
         plexo, escutando-o  atentamente.   21 - Afinal,  chegou  um
         dia favorável, o do aniversário de  Herodes,  no  qual  este
         ofereceu um banquete aos grandes da sua corte, e aos tri-
         bunos e aos maiorais da Galileia.    22 - A filha de Herodía-
         des teve entrada, dançou diante de Herodes,  e  de  tal mo-
         do lhe agradou, bem como a  todos  os  que  se  achavam  à
         mesa, ele lhe disse: "Pede-me o que quiseres e eu te darei!"
         23 - E acrescentou, jurando: "Sim, o que me pedires  eu  te
         darei, ainda que seja  a  metade  do  meu  reino!"   24 - Ela,
         quando saiu, perguntou à sua mãe Herodíades: "Que devo
         pedir?" 25 - Esta lhe respondeu: "A cabeça de João Batista!"
         25 - Ela se deu pressa em voltar à sala onde estava o  rei  e
         fez o seu pedido, dizendo:   "Quero que, neste  mesmo  ins-
         tante, me dês num prato a cabeça de  João Batista!"   26 - O
         rei se aborreceu com tal pedido;  mas,  por  causa  do  jura-
         mento que fizera e dos que estavam com  ele  à  mesa,  não
         quis desatendê-lo.  27 - E, enviando logo o  executor,  man-
         dou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi, e o  deca-
         pitou no cárcere,   28 - e,  trazendo  a  cabeça  num prato, a
         entregou, à jovem e esta, por sua vez a  sua  mãe  Herodía-
         des.   29 - Sabendo  do  ocorrido, os  discípulos de João vie-
         ram, levaram-lhe o corpo e o puseram num sepulcro. 

         Lucas: III: 19 - Herodes, o tetrarca, tendo ouvido de João u-
         ma censura por causa de Herodíades mulher de  Felipe, ir-
         mão dele, e por causa de  todos  os  males  que  fizera   20 –
         juntou a todos os seus crimes o de lançar João  no  cárcere.
         IX:   7 - Herodes, tendo  ouvido falar de tudo o que Jesus fa-
         zia não sabia o que pensar, pois  uns  diziam,   8 - que  João
         ressuscitara dentre  os  mortos,  outros  que  Elias  voltara,
         enquanto ainda outros afirmavam que um dos velhos  pro-
         fetas havia ressuscitado. 9 - Herodes dizia:  "Mandei  deca-
         pitar João Batista! Quem é, pois, esse de quem ouço tantas
         maravilhas?" E ardia por vê-lo.

Aquelas palavras "É ELIAS!" - "É JOÃO BATISTA, QUE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS!" - "É ELIAS QUE VOLTOU!" - "È UM DOS VELHOS PROFETAS QUE RESSUSCITOU!"  ditas e repetidas como sendo o que a voz pública afirmava com relação a Jesus; estas outras, que o rumor popular levou Herodes a proferir, falando do Cristo: "Mandei decapitar João Batista! Quem é, pois, esse de quem ouço tantas maravilhas?" - "Esse homem é João, a quem mandei cortar a cabeça!" - "João ressuscitou dentre os mortos!", confirmam a existência, entre os judeus (embora de modo ainda incompleto), da crença na Lei Universal da Reencarnação. Com efeito, os homens não poderiam considerar Jesus como sendo OU ELIAS OU JOÃO BATISTA OU UM DOS ANTIGOS PROFETAS, QUE VOLTARA A VIVER NA TERRA, SENÃO ADMITINDO QUE A ALMA OU ESPÍRITO,  QUER DE ELIAS, QUER DE JOÃO, QUER DE UM DOS ANTIGOS PROFETAS,  REENCARNARA NAQUELE NOVO CORPO QUE - COMO ENTÃO ACREDITAVAM - ERA OBRA HUMANA DE JOSÉ E MARIA, OS QUAIS COMO SABEIS, PASSAVAM POR SER O PAI E A MÃE DE JESUS.

Não vos admireis, portanto, de todas aquelas insistentes palavras de Herodes, tetrarca, filho de Herodes chamado "O Grande". Ele não ouviu falar de Jesus só uma vez; por conseguinte, não fez só uma observação relativamente ao Cristo. As palavras que Lucas registra foram as primeiras que, a tal respeito, Herodes pronunciou e que repetiu em diversas ocasiões.

As que constam das narrativas de Mateus e de Marcos só mais tarde ele as disse e também repetiu em oportunidades diferentes. Quanto ao que se refere à morte de João e às particularidades dessa morte, nenhuma explicação, precisamos dar: é uma simples narração de fatos. 

Notais, apenas, que os Evangelhos segundo Mateus e Marcos se explicam e completam um pelo outro. A filha de Herodíades não podia de antemão, saber qual o efeito que sua dança produziria no rei, nem que este lhe faria um oferecimento. Portanto, só depois que ouviu a promessa do tetrarca, foi consultar sua mãe Herodíades. 

Para dizer a Herodes: "DÁ-ME AQUI, NESTE MOMENTO, A CABEÇA DE JOÃO BATISTA NUM PRATO!" É que fora previamente instruída. Ela havia saído e, depois de contar à mãe não só o efeito que a dança produzira no rei, mas também, o oferecimento que este lhe fizera, lhe perguntou: "Que devo pedir?" E Herodíades prontamente respondeu: "A cabeça de João Batista num prato, neste mesmo instante!"

Esta explicação nós damos para dissipar a dúvida em vosso Espírito, que julgava estar diante de uma "contradição" entre os dois Evangelhos citados. MAS, COMO VOS ALERTAMOS NÃO VOS DETENHAIS NUNCA, ANTE TAIS FUTILIDADES, DESTITUÍDAS DE QUALQUER VALOR!" Na verdade, que importaria que Herodíades tivesse dito a filha, antes ou depois da dança, antes ou depois do oferecimento do tetrarca que pedisse a cabeça do Batista? 

Entendei: HERODÍADES E SUA FILHA HAVIAM ESCOLHIDO TOMANDO CADA UMA A SUA PARTE AQUELA TEMÍVEL PROVA E O MEIO EM QUE DEVIAM SUPORTÁ-LA. Sendo essa prova superior às suas forças, tinham ambas, por isso mesmo, de sucumbir, e sucumbiram. Tendes alguma dificuldade em compreender, que Deus conheça, antecipadamente, quais os que sucumbirão? Pois assim é: sua Infinita Sabedoria, conhecendo a fraqueza do Espírito, prevê a que transviamentos este será levado, no uso do seu livre arbítrio.

Se um dos vossos filhos vos pedir consentimento para desempenhar tarefa superior às suas forças, E SE OBSTINAR NO SEU INTENTO, NÃO PREVEREIS (AO CONCEDER A LICENÇA SOLICITADA) QUE A FORÇA E A PERSEVERANÇA LHE FALTARÃO? MAS, APESAR DISSO, CONDESCENDENDO, QUAL O VOSSO OBJETIVO SENÃO LHE DAR ENSEJO DE APRECIAR, COM JUSTEZA, O SEU VALOR REAL?

Herodíades e sua filha depois daquelas provas a cujo peso faliram, tinham de encontrar (e encontraram) na expiação, mediante novas provações, uma fonte e um meio de purificação e de progresso.




  A DOUTRINA DO CEU   P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?   R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os...