15/12/1970
PARÁBOLA
DA REDE LANÇADA AO MAR
P - Como
estamos estudando as parábolas do Evangelho, queremos focalizar em nosso Posto
Familiar a parábola da rede de pesca, principalmente na parte referente à
separação dos peixes. Como a interpreta o Espírito da Verdade?
R -
Mateus, XIII: 47-52.
47 - "O
reino dos céus, é semelhante a uma rede de
pescar, a qual, lançada ao mar, apanha
toda espé-
cie de peixes. 48 - Quando fica cheia,
os pescadores
a puxam para bordo, onde, sentados, se
põem a se-
pará-los, deitando os bons nos vasos e
lançando fo-
ra os maus. 49 – Assim será no
fim do mundo: os
Anjos virão separar os maus
do meios dos justos,
50 - e os lançarão na fornalha de
fogo, onde haverá
pranto e ranger de dentes. 51 – Compreendeis to-
das estas coisas?" Eles
responderam: - Sim. 52 – Je-
sus, então lhes disse: "Todo
escriba instruído acer-
ca do reino do céus se assemelha ao
pai de família,
que do seu tesouro tira coisas novas e
coisas velhas".
Não
precisamos explicar-vos o símile da pesca: podeis facilmente compreender que se
trata do afastamento dos maus e da escolha dos bons. Ele deve ser entendido e
explicado, em tudo e por tudo, do mesmo modo por que o foi a parábola do joio. Podeis notar que muitas palavras têm o
mesmo sentido. Foram ditas a homens diferentes muitas vezes em ocasiões
diversas, mas sempre com o mesmo objetivo.
"Compreendeis todas essas coisas?" - perguntou Jesus aos
seus discípulos. E eles responderam: - Sim. Eles
haviam compreendido a parábola da pesca tal como lhes foi apresentada, isto é,
COMO IMAGEM DA ESCOLHA QUE, POUCO A POUCO SE IRIA FAZENDO ENTRE OS ESPÍRITOS, A
FIM DE QUE, NA HORA DETERMINADA, JÁ NÃO HOUVESSE MUITOS ESPÍRITOS REBELDES A
AFASTAR.
Disse-lhes,
ainda, o Cristo: "Todo escriba instruído acerca do reino dos céus se
assemelha ao pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e coisas
velhas". Por escriba designava Jesus o homem mais esclarecido do que as
massas e encarregado de espalhar no meio delas as luzes provenientes do tesouro
da sua erudição e da sua inteligência. Os escribas eram os sábios daquela
época: espalhavam (ou, melhor, tinham o dever de espalhar) a luz! Mas,
infelizmente, colocavam debaixo do alqueire.
"Tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas". Aquele
que se serve da Ciência, que recebeu dos tempos antigos, para fortificar e, por
assim dizer, tornar recomendável aquilo que ele deseja ver acreditado. Assim,
vós outros, modernos discípulos do Cristo, dentro dos limites da vossa
instrução, das vossas faculdades, sempre em busca das Verdades Eternas, deveis
investigar as crônicas antigas, esmiuçar as lendas dos povos, desencavar os
velhos manuscritos - sepultados no fundo das bibliotecas seculares ou dos
avaros conventos que os possuem - e, armados com os vetustos documentos que
possuirdes DEMONSTRAR AOS TÍMIDOS, AOS INCRÉDULOS, AOS PSEUDOS SÁBIOS DO MUNDO
PROFANO A ANCIANIDADE E A AUTENTICIDADE DA DOUTRINA QUE PROFESSAIS, SINTETIZADA
NO NOVO MANDAMENTO DO SÁBIO DOS SÁBIOS - NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
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