21/11/1970
A GRANDE
FAMÍLIA ESPIRITUAL DE JESUS
P - Foi
muito oportuna a explicação sobre as palavras do Cristo: "Quem é minha mãe
e quais são os meus irmãos?" Liquidou a argumentação dos que acusavam o
Mestre de indiferença para com sua família! Que tem ainda a nos dizer, a
respeito do assunto, o Espírito da Verdade?
R -
"Eis aqui minha mãe e meus irmãos! Minha mãe e meus irmãos são os que
ouvem a Palavra de Deus e a praticam".
Ao dar
esta resposta, Jesus visava, também, a preparar os homens para - nos tempos
preditos - receberem a Nova Revelação, que lhes faria conhecer sua verdadeira
origem, as condições e o modo por que se deu a sua aparição na Terra, sua
missão messiânica, sua potencialidade e seus poderes como ÚNICO REPRESENTANTE
DE DEUS NO QUE DIZ RESPEITO AO NOSSO PLANETA CUJA FORMAÇÃO PRESIDIU, tendo por
meta dirigir-lhe o progresso e levá-lo à realização dos seus destinos,
conduzindo a Humanidade à Perfeição pela regeneração espiritual, através do
amor e da ciência pura.
Por esta
Nova Revelação, ficam todos sabendo, EM ESPÍRITO E VERDADE, À LUZ DO NOVO
MANDAMENTO, QUE JESUS É DE TODOS IRMÃO E AO MESMO TEMPO SENHOR, PELO PODER
ILIMITADO QUE TEM, SOBRE QUANTOS SE RELACIONA COM O MUNDO QUE HABITAIS. Tinha,
ainda, por fim preparar os homens para - quando chegasse o momento -
abandonarem a crença de que "Jesus é Deus e Maria é mãe de Deus",
crença que (ele mesmo o previra) se havia de generalizar, uma vez terminada a
sua missão terrena, de acordo com o estado das inteligências, com as
impressões, interpretações e aspirações humanas e, ainda, com as necessidades
da época. Correspondendo a essas necessidades e servindo para preparar os
tempos de hoje (que, então, eram o futuro) tal crença seria, como realmente
foi, uma condição e um meio de progresso, MAS QUE HOJE NÃO TEM MAIS NENHUMA
RAZÃO DE SER.
Disseram
a Jesus: "Tua mãe e teus irmãos te procuram". Confrontando tais
palavras com estas outras "Não é esse o filho do carpinteiro? Sua mãe não
é Maria? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mateus XIII:
55); com mais estas "E todas as suas irmãs não se acham entre nós?"
(Mateus, XIII: 56); com estas, ainda "Não é esse Jesus o carpinteiro,
filho de Maria, irmão de Tiago, de José e de Simão?" (Marcos, VI: 3); e
com estas mais "E José a tinha conhecido quando ela deu à luz o seu filho
primogênito, ao qual deu o nome de Jesus" (Mateus, I: 25) - PRETENDEM
ALGUNS IGNORANTES, AINDA HOJE, AFIRMAR QUE O CRISTO TEVE IRMÃOS E IRMÃS POR
OBRA DE JOSÉ E MARIA!
Há nisso
um erro manifesto que, após as discussões travadas outrora e principalmente nos
dias deste fim de ciclo, não pode nem deve subsistir. Diante da Nova Revelação,
relativamente à verdadeira origem espiritual do Mestre, ao seu aparecimento na
Terra, à natureza e ao caráter da sua missão no passado, no presente e no
futuro; à elevação e à pureza de Maria e de José, à natureza e ao caráter da
missão que os dois desempenharam, auxiliando a Obra do Salvador - SEMELHANTE
ERRO TEM DE DESAPARECER DAS CONTROVÉRSIAS E DEBATES HUMANOS.
Somente
aos olhos dos homens, jamais na realidade dos fatos, existia parentesco próximo
entre Jesus e aqueles que eram chamados seus irmãos e suas irmãs por laço de
sangue. Em hebreu a palavra irmãos tinha várias acepções: significava, ao mesmo
tempo o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os
judeus os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não
de fato, ao menos de nome, e se confundiam, muitas vezes, tratando-se
indistintamente de irmãos e irmãs. Geralmente se designavam pelo nome de
irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
Assim, os
chamados irmãos e irmãs de Jesus nos Evangelhos citados, eram segundo o
parentesco humano que entre eles havia aos olhos dos homens seus primos-irmãos.
Maria não era filha única: Tinha uma irmã, que também se chamava Maria, mulher
de Cleofas e mãe de Tiago, de José, de Simão e de Judas, que todos tratavam
como "irmãos de Jesus". Do mesmo modo as chamadas irmãs do
Cristo eram suas primas co-irmãs, de acordo com o parentesco humano que,
segundo os homens, havia entre elas e o Mestre.
Que
importaria aos homens que Jesus tivesse irmãos e irmãs na Humanidade, uma vez
que a essência deles não podia ser igual à do Cristo Espírito Perfeito que
encarnara, para ser visto pelos mesmos homens, tomando um perispírito tangível,
com a forma ou a aparência do corpo humano, adequado às necessidades e à
duração da sua missão terrena? TAL, PORÉM NÃO PODIA DAR-SE E NÃO SE DEU:
Espíritos muito elevados, José e Maria sofriam o constrangimento do envoltório
material que haviam aceitado, mas não estavam sujeitos aos instintos carnais de
que já se haviam libertado. Exilados momentaneamente da verdadeira pátria, dela
guardavam intuitivamente a lembrança e um, unicamente um, era o anelo de ambos:
voltar para lá.
Nunca se
deve acompanhar o curso de um rio de águas impuras. Deixai que os ímpios
desnaturem os fatos mais sérios. Nós repetimos: ESPÍRITOS MUITO ELEVADOS,
ENCARNADOS EM MISSÃO SUPERIOR, JOSÉ E MARIA NÃO EXPERIMENTAVAM AS NECESSIDADES
CARNAIS DA HUMANIDADE.
Intuitivamente
preparada para a missão que lhe cumpria desempenhar naquela grande Obra de
Regeneração, cujo desenlace constituiu exemplo para todas as raças humanas que,
a partir de então, se sucederam, Maria foi e permaneceu sempre virgem. José,
menos elevado que ela, mas também desempenhando missão sagrada, compreendeu,
pela revelação do Anjo, QUAL O OBJETIVO DA SUA EXISTÊNCIA MATERIAL E A ELA
SE CONSAGROU INTEIRAMENTE, PARA HONRA E GLÓRIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
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