quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

A DOUTRINA DO CEU

 

P – Qual a Doutrina do Centro Espiritual Universalista da LBV?

 

R – Ela unifica, neste fim de ciclo, todos os ensinamentos de Jesus, em Espírito e Verdade, mas à luz do Novo Mandamento. Nenhum sectarismo, nenhum ecletismo, nenhum hibridismo – porque a Verdade não é híbrida, não é eclética, não é sectária. A Legião da Boa Vontade publica toda Doutrina do CEU – exatamente a Doutrina do Cristo de Deus, acima de todas as perversidades geradas pelas religiões humanas, diletas filhas do Anti-Cristo. Cada integrante do CEU, como autêntico Legionário da Boa Vontade, terá de fazer suas estas palavras do Apóstolo Paulo: “Porventura procuro eu o favor dos homens ou o de Deus? Procuro eu agradar aos homens? Se agradasse a homens, não seria servo de Cristo Jesus. Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o Evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi nem o aprendi de homem algum” (Gálatas, capítulo primeiro, versículos 10 a 12). A LBV unificará, portanto, todas as Revelações Progressivas de Jesus, a partir do Decálogo, restaurando a Verdade Divina deturpada pelos os que se dizem representantes de Deus. O CEU confirma que só o Cristo pode ensinar alguma coisa à Humanidade. Não se baseia em doutrinas de homens, por mais ilustres que sejam. É a grande devolução iniciada em 1948 pela LBV: ao Cristo o que é do Cristo. Os reveladores foram meros instrumentos do Redentor na obra sublime de salvação de TODAS AS CRIATURAS. Como todos podem perceber, esta é a Revelação Total do Chefe Planetário, precedendo sua volta, por Ele mesmo anunciada no seu Evangelho e no seu Apocalipse. É fácil prever a difusão de tal obra no mundo inteiro, especialmente agora, nesta Era Apocalíptica. Os tempos chegaram, e é preciso dar à Humanidade a Luz Eterna do Cristo Universal. Todos os Legionários serão mobilizados para esse trabalho, que provará ser o Brasil o Coração do Mundo, a Pátria do Evangelho, a Pátria de todas as pátrias porque é a PÁTRIA DO NOVO MANDAMENTO. Esta é a verdade: espiritualmente, o Brasil já está na vanguarda do Mundo.

 

 

 

 

AS 4 REVELAÇÕES

 

P – A Legião da Boa Vontade inaugurou o Centro Espiritual Universalista (CEU) no XIII Congresso, anunciando a Doutrina do Novo Mandamento com a unificação de todas as Revelações de Jesus. Quais são essas Revelações?

 

R – A Primeira Revelação de Jesus veio por intermédio de Moisés: é a Lei de Deus nos Dez Mandamentos, o Decálogo Real como exatamente se encontra no Velho Testamento da Bíblia Sagrada, isto é, sem as alterações introduzidas pela religião humana. A Segunda Revelação é o Cristianismo, que Jesus nos veio trazer pessoalmente, advertindo: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o poderíeis entender agora; quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido de mim e vos anunciará todas as coisas que hão de vir; ele me glorificará, porque há de receber do que é meu para traze-lo a todos vós”. Estas palavras do Cristo estão no Evangelho segundo João, XVI: 12-13-14, e são completadas por estas outras desse mesmo Evangelho, XIV: 24-25-26: “Quem não me ama não guarda as minhas palavras (e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou). Isto vos tenho dito, estando ainda convosco; mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”. Aqui está a prova de que não há uma só Revelação, mas Revelações Progressivas, que vêm de acordo com a evolução da Humanidade até ao final do Ciclo. A Terceira Revelação é a dos Espíritos, cujos instrumentos pioneiros, no Século XIX, foram Kardec e Roustaing. Finalmente, a Quarta e Última Revelação de Jesus é a do Novo Mandamento, unificando todas as Revelações e incluindo a do Apocalipse, que também é do Cristo através de João, o Evangelista. Só agora a Humanidade terá a RELIGIÃO DE DEUS, o verdadeiro Cristianismo do Cristo que é o do Novo Mandamento; somente agora se manifestará o Espírito da Verdade com a Revelação Total e Final, acima de todos os sectarismos estratificados – religiosos, científicos e filosóficos. E a pedra de toque é exatamente o Apocalipse de Jesus, que nos desvenda o que vai acontecer até ao final dos tempos. A LBV iniciou, portanto, no XIII Congresso dos Homens e Mulheres da Boa Vontade de Deus, seu grande trabalho UNIFICADOR, de acordo com a Proclamação do Novo Mandamento: a Igreja do Legionário é a sua própria casa, e cada Legionário é o Templo do Deus Vivo. Anuncia, por isso mesmo, a próxima volta de Jesus, com a formação de Um só Rebanho para um só Pastor pela reunião efetiva de todas as boas ovelhas, até agora aparentemente separadas, distribuídas por todos os rebanhos. Esclarece, ainda, que todas as religiões são evidentemente cristãs, mesmo aquelas que assim não se consideram por se encontrarem nos diversos graus de evolução espiritual. Mas a razão é simples: todas as criaturas são naturalmente cristãs, queiram ou não queiram, saibam ou não saibam, até mesmo as que se dizem materialistas, demonstrando ignorar a verdade da formação da Terra pelo Cristo de Deus, como se lê no capítulo primeiro do Evangelho de Jesus segundo João: “No princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus; o Mundo foi feito por Ele, tudo foi feito por Ele e nada do que se fez foi feito sem Ele”. Para esta missão, sem paralelo na História, é que veio o Centro Espiritual Universalista, o CEU da LBV.

 

 

 

OS 10 MANDAMENTOS

 

P – O Centro Espiritual Universalista (CEU da LBV) adota os Dez Mandamentos, exatamente como se acham no Pentateuco de Moisés, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada. Como a LBV interpreta o Decálogo, a chamada Lei de Deus?

 

R – A LBV não segue as religiões criadas pelos homens. Portanto, vamos dar a palavra aos Evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: Deus não se comunica diretamente com os homens. Entretanto, segundo o modo de ver dos hebreus, era o próprio Deus quem falava a Moisés e era preciso que assim fosse. Espírito elevado, em relação ao povo que dirigia; médium, em certas circunstâncias, vidente, audiente, ou inspirado, e também de efeitos físicos, de acordo com os casos e necessidades da sua missão, Moisés viu-se obrigado a cercar-se de todo mistério e pompas que os impressionassem, para dar força e valor aos Mandamentos que impunha aos hebreus, para lhes gravar na memória e no coração as ordenações e os estatutos que lhes eram indispensáveis naquela época; obrigado a empregar fórmulas capazes de lhes infundir respeito. Seu Espírito revestiu as três personalidades terrenas conhecidas pelos nomes de Moisés, Elias e João, filho de Zacarias e Isabel, e desempenhou as três missões correspondentes a essas individualidades. Vamos, agora, explicar-vos o Decálogo em Espírito e Verdade. Vamos dar uma explicação não restrita aos hebreus e aos chamados “cristãos”, mas geral, passível de aplicar-se a todos os povos e a todas as épocas. Diz a Escritura: “Então, fez Deus que se ouvissem estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus que te salvou do Egito da casa da servidão”. Deus, o Criador de tudo o que é, tirou do nada o Espírito (explicaremos, a seguir, o sentido que deveis atribuir a essas palavras tomada à linguagem humana), para lhe dar o ser, o pensamento, a personalidade. Foi por sua vontade onipotente que o homem saiu das faixas da matéria, para ensaiar seus primeiros passos na senda espiritual. Foi o Senhor quem lhe mostrou o caminho que o salva da escravidão do pecado, iluminando-o com o facho da Verdade. Falando do Espírito, dissemos que Deus o tirou do nada, para lhe dar o ser, o pensamento, a personalidade. O nada, na acepção humana em que empregais esse termo, não existe, é coisa sem sentido, do ponto de vista correlativo de Deus e da Criação. O nada, para o Espírito, é a inconsciência do ser. Assim, o princípio espiritual contido nos minerais e nos vegetais está no nada, com relação ao seu ser. O nada da matéria propriamente dita é a volatilização dos princípios materiais, que devem aglomerar-se para constituir – quer os corpos, quer os planetas. É assim que foi explicado haver Deus feito sair do nada, do caos, o mundo que habitais; foi porque Ele constituiu em um corpo as moléculas esparsas na imensidade. Povos da Terra, levantai os olhos! A “coluna luminosa” que vos há de guiar para fora da servidão, que vos há de conduzir à Pátria da Liberdade, ainda se move à vossa frente. O Espírito da Verdade acendeu o farol em que devem concentrar-se os vossos olhares. Caminhai, caminhai sem descanso, pois tendes de chegar à Terra Prometida, onde correm o leite e o mel da palavra de paz e de amor a Deus.

 

 

 

 

PRIMEIRO MANDAMENTO

 

P – Como o CEU da LBV explica o Primeiro Mandamento da Lei de Deus?

 

R – Antes de tudo, vamos concentrar toda a nossa atenção nos Dez Mandamentos que Moisés recebeu do Cristo: 1- Não terás outros deuses diante de mim. 2 – Não farás imagens esculpidas das coisas que estão em cima, nos céus; nem embaixo, sobre a terra; nem nas águas, sob a terra. Não te prostrarás diante delas, não as adorarás nem as servirás, porque eu sou o Eterno, teu Deus, Deus zeloso que puni a iniqüidade dos pais nos filhos na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e que uso de misericórdia na sucessão de mil gerações com os que me amam e guardam os meus mandamentos. 3 – Não tomarás em vão o nome do Eterno, do Senhor teu Deus; porque o Eterno, o Senhor, não terá por inocente aquele que em vão houver tomado o seu nome. 4 – Lembra-te do dia de sábado para o santificares. Trabalharás seis dias e farás a tua obra, mas o sétimo dia é o dia de descanso, consagrado ao Eterno, ao Senhor teu Deus. Não farás obra alguma nesse dia, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu gado, nem teu hóspede, o estrangeiro que estiver dentro dos muros de tuas cidades. 5 – Honra a teu pai e tua mãe. 6 – Não matarás. 7 – Não cometerás adultério. 8 – Não furtarás. 9 – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 10 – Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que seja de teu próximo. Esta é a Lei de Deus, que se caracteriza pela sua imutabilidade por ser perfeita e eterna, para todos os povos e nações da Terra. A ninguém é dado alterar o Decálogo Divino, como fez a Igreja de Roma, porque o próprio Jesus declarou: “Não vim revogar a Lei de Deus”. Essa loucura da ICAR já está enquadrada no Primeiro Mandamento, que taxativamente ordena: Não terás outros deuses diante de mim. Porque o Senhor Todo-Poderoso é o Deus só e único, o Criador incriado que não tem princípio nem terá fim, aquele que é, aquele de quem, por quem e em quem TUDO É. Portanto, não desvie o homem do seu Criador o pensamento, para concentrá-lo na criatura (mesmo quando se intitula vigário de Deus) e lhe render culto e homenagem devidos tão somente ao Senhor, não porque Ele seja um Deus vingativo, mas porque o homem é um espírito fraco, que facilmente se afasta do caminho certo e penosamente volta a este. É a explicação dos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés.

 

 

 

SEGUNDO MANDAMENTO

 

P – Qual a explicação que o Centro Espiritual Universalista (CEU da LBV) dá ao Segundo Mandamento da Lei de Deus?

 

R – O CEU não deu, não dá nem dará nenhuma orientação baseada em religiões criadas pelos homens. Por isso é que afirmou André Luiz: “Jesus segue na vanguarda do nosso movimento”. Estamos, como toda a Humanidade, desiludidos de “mestres” e chefes religiosos, por mais inspirados que sejam. O CEU está diretamente subordinado ao Espírito da Proclamação de 7 de setembro de 1959, quando determinou, por inspiração divina: “A Religião do Novo Mandamento, cuja orientação universal pertence a Deus, ao Cristo e ao Espírito Santo, pode ser explicada, mas nunca regulamentada ou administrada por seres humanos”. Assim, para explicar as Quatro Revelações, da Gênese ao Apocalipse, damos sempre a palavra ao Espírito da Verdade. Eis a sua explicação do Segundo Mandamento: “Não farás imagens esculpidas das coisas que estão em cima, nos céus; nem embaixo, sobre a terra; nem nas águas, sob a terra. Não te prostrarás diante delas, não as adorarás nem as servirás, porque eu sou o Eterno, teu Deus, Deus zeloso que puni a iniqüidade dos pais nos filhos na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e que uso de misericórdia na sucessão de mil gerações com os que me amam e guardam os meus mandamentos”. A unidade de Deus, sendo o princípio fundamental da fé, teve de ser resguardada pelos teólogos. Nossas palavras remontam até à origem da crença: todos os que se achavam à frente do culto a possuíam firme, embora espalhassem outra entre o povo. A idéia da UNIDADE DE DEUS se perpetuou em todas as idades, no seio de todos os povos, ainda que sem o caráter de generalidade. Quer dizer: embora não fosse geral, era partilhada pelos espíritos intelectualmente mais adiantados (se bem que menos virtuosos), que governavam os povos, quer como sacerdotes, que como filósofos ou sábios. A proibição de fazerem imitações das coisas criadas não significa, para os homens, a obrigação de se privarem de tais reproduções: proibiu-se-lhes, apenas, que se prostrassem diante delas e as servissem, a fim de que a unidade do princípio criador fosse mantida sempre. Mas os homens, materiais por natureza, tinham necessidade de representações também materiais para alimentarem sua fé. Daí a adoração, o culto prestado a representações sem nenhuma importância, isto é, simulacros colocados nos templos como ornatos. Transportai-vos ao Templo de Salomão e, nos quatro cantos do altar, vereis anjos de asas espalmadas, outros voltados para o Oriente, outros para o Ocidente. A representação artística e simbólica não era interdita: era-o, apenas, o culto voltado a essas representações. Aqui, entre parênteses, uma nota do Unificador: esta é a explicação da alínea e do Artigo 2º dos Estatutos da LBV – “edificar o TEMPLO DA BOA VONTADE com os símbolos de todas as religiões e filosofias, para demonstrar como se UNIFICAM todas as crenças no Novo Mandamento de Jesus”. Moisés lembrou aos hebreus o poder de Deus, apresentando-o como forte e cioso, isto é, sem admitir a partilha de seus direitos e com a força de os fazer respeitar, mas sem ferir o inocente para punir o culpado até a terceira e a quarta gerações, nem concedendo graça aos culpados através de mil gerações, por favor a um justo que houvesse servido de tronco a essa posteridade. Fraqueza da inteligência humana! Essa punição e essa misericórdia, verdadeiras monstruosidades se entendidas segundo a letra, são – segundo o espírito – a expressão sublime da justiça e, ao mesmo tempo, da bondade infinita de Deus. A explicação e a justificativa de compreender-se aquela sentença desse duplo ponto de vista, vós as encontrais na Lei da Reencarnação, que mostra o castigo a cair sempre, de geração em geração, sobre o Espírito culpado, e a misericórdia de Deus sempre a descer, através das gerações, sobre o Espírito que se depura e progride para o Bem. Os Espíritos geralmente se agregam, formando categorias de seres similares. Ora, compreende-se que esposos culpados atraiam para o seu lar Espíritos pouco adiantados, dispostos a seguir o caminho que eles trilham; do mesmo modo, os que observam a Lei de Deus, e cuja posteridade há de ser cada vez mais virtuosa, atraem, de geração em geração, Espíritos cada vez mais adiantados. Vimos de dizer: “Compreende-se que esposos culpados atraiam para o seu lar Espíritos pouco adiantados, dispostos a seguir o caminho que eles trilham”. Efetivamente, isso é bem compreensível. Antes de tudo, sabeis haver Espíritos que, pouco desejosos de progredir, procuram os laços de simpatia (seja esta oriunda do Bem, seja do mal) que já os prenderam; e outros que, embora impulsionados pelo desejo de progredir, escolhem meios cujas influências perniciosas não podem vencer. Neste último caso, o Espírito é prevenido dos perigos que correrá, uma vez reencarnado, e da queda, quase inevitável, que daí lhe resultará. Se persiste, é por sua livre vontade. Compreendei, de conformidade com esses princípios, a progressão do castigo e da misericórdia. O castigo se verifica na terceira e na quarta gerações porque, pouco a pouco, o Espírito se depura, ou por efeito da encarnação de outros no meio que ele tem preferido, ou por efeito das provações pelas quais aí passa, repetidamente. Desde que um começo de melhora se faz sentir nele, o Espírito entra no rumo do progresso, atrai a si companheiros também mais adiantados e, através de mil gerações, ou muito mais, se vai mostrando cada vez melhor, até atingir, finalmente, a perfeição. Outra nota do Unificador: como se vê logo na Primeira Revelação, dada pelo Cristo a Moisés, a Reencarnação já aparece como a chave de todos os problemas humanos e sociais. É a prova de que todas as religiões anti-reencarnacionistas estão fora da Lei. Nenhuma culpa cabe, portanto, ao codificador do Espiritismo.

 

 

 

 

 

 

TERCEIRO MANDAMENTO

 

P – Qual al explicação que o Centro Espiritual Universalista apresenta para o Terceiro Mandamento da Lei de Deus?

 

R – Eis o que dizem os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: “Não tomarás em vão o nome do Eterno, do Senhor teu Deus; porque o Eterno, o Senhor, não terá por inocente aquele que em vão houver tomado o seu nome”. Este Mandamento tem sido geralmente afastado de seu objetivo. Ele se liga aos dois primeiros, dos quais é corolário. Não devendo perder de vista a unidade de Deus, não devendo prosternar-se diante de nenhuma imagem para adora-la, também não deve o homem dar o título de Deus, nem atribuir o seu poder, a nenhuma criatura, a nenhuma imitação abençoada, santificada ou entronizada por sacerdotes idólatras. Por extensão, não deve tampouco usar mal do nome do Senhor, desde que esse nome lhe desperta um pensamento sério. Igualmente, se não ainda mais, com referência ao Criador de todos os seres e de todas as coisas, é que se entende a recomendação de Jesus aos homens, para que de nenhuma forma jurassem: nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, que é o escabelo de seus pés (linguagem apropriada ao tempo). Cuidai, pois, de suprimir da vossa linguagem esses juramentos feitos “diante de Deus, à face do Céu”, ou qualquer outra expressão leviana, porque todas quase sempre ocultam, mesmo àquele que as emprega, a ínfima confiança que nelas deposita. Esforçai-vos por encaminhar sempre vosso pensamento ao Senhor, quando invocardes o seu nome. Constitui abuso fazê-lo em circunstâncias culposas ou triviais. A invocação do nome de Deus, feita com o coração cheio de sinceridade, atrai o amparo dos Espíritos Superiores que o pai de família investiu no governo de seus filhos, e que lhes transmitem suas vontades, até que – pela purificação e pelo progresso – a inteligência se lhes ache bastante desenvolvida, para não mais precisarem de intermediários.

                     

 

 

 

QUARTO MANDAMENTO

 

P – Qual o verdadeiro significado do Quarto Mandamento da Lei de Deus, alterado pela ICAR?

 

R – O Centro Espiritual Universalista só admite ensinamentos do Cristo, através de seus emissários legítimos. Essa obra de unificação do CEU da LBV não é contra ninguém, mas a favor de todos, com a restauração da verdade. Ouçamos, portanto, a palavra dos Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: “Lembra-te do dia de sábado para o santificares. Trabalharás seis dias e farás a tua obra, mas o sétimo dia é o dia de descanso, consagrado ao Eterno, ao Senhor teu Deus. Não farás obra alguma nesse dia, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu gado, nem teu hóspede, o estrangeiro que estiver dentro dos muros de tuas cidades”. Este Mandamento, que se transformou numa lei civil de finalidade humanitária, foi imposto aos hebreus para lhes frear o pendor ao abuso do poder. A Lei do Trabalho é indispensável à Humanidade. É pelo trabalho que ela progride, que adquire ou repara. Mas o repouso não é menos indispensável, tanto ao corpo quanto ao Espírito. Dizer aos homens – dai tempo ao vosso corpo de refazer as suas forças; dai ensejo ao vosso Espírito de se libertar dos cuidados da matéria, a fim de que possa elevar-se ao seu Criador e afastar-se do mundo que o retém cativo, para se alcandorar, por meio da esperança e da meditação, às elevadas esferas que o aguardam” – não teria bastado. Este Mandamento veio trazer um sentimento profundo de filantropia, que os homens não souberam apreciar. Os povos antigos, afeitos aos abusos da força, tinham – todos eles – escravos encarregados de trabalhos rudes, acima da sua capacidade normal. Era preciso assegurar a esses servos um repouso necessário, tornando isto uma obrigação para os seus senhores. Os animais, votados ao desprezo, porque tidos como carentes de almas, de inteligência, considerados como coisas, incapazes da sensação da dor, teriam sidos levados, sem este Mandamento, à extrema fadiga pelo excesso de trabalho; as raças se teriam esgotado; as mais úteis ao homem desapareceriam da face da terra, por efeito da degenerescência. Quanto ao estrangeiro que, considerado hóspede, devia ser respeitado, se este Mandamento não o protegesse – certamente seria oprimido no sábado, por todos os trabalhos de que cumpria se abstivessem os fiéis. Violada estaria a hospitalidade, lei santa que os antigos geralmente respeitavam. Observai que em todos os cultos, agora, existe esta salvaguarda da saúde pelo repouso. Mas nós vos dizemos, irmãos: trabalhai, trabalhai com zelo e coragem, mas nunca ultrapasseis os limites das vossas forças. E, sobretudo, jamais sobrecarregueis de trabalho os vossos inferiores. Os hebreus lavavam tão longe a observância do sábado, que a própria terra repousava, não no sétimo dia, mas no sétimo ano. Este método, que parecerá infantil aos modernos agricultores, tinha a sua razão de ser. Sendo menos numerosos os homens, menos as necessidades, possível dar-se à terra o luxo de um repouso que lhe permitia readquirir forças naturalmente, sem os recursos aos artifícios, como adubos em geral – cujo abuso gera muitas das enfermidades de que padeceis, sem lhe descobrirdes as verdadeiras causas. Os rebanhos encontravam pastagens nas terras que repousavam, e a presença deles, ali, bastava para restituir ao solo os sais necessários à reprodução dos vegetais. Voltando ao sábado, meditemos na sentença de Jesus: “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado”. Ponde-a em prática, em Espírito e Verdade, porque o Cristo não revogou o sábado: condenou a dureza dos que, zelosos do seu cumprimento, impediam nesse dia até a prática do Bem e da Caridade, como tantas vezes referem os Evangelhos. Em seguida a este Mandamento, no original se lê: “Porquanto o Eterno, o Senhor Deus, fez em seis dias os céus, a terra e o mar, e tudo o que neles há, e descansou no sétimo dia. Eis porque o Senhor abençoou o dia do repouso e o santificou”. Há nestas palavras um comentário acrescentado à Lei de Deus por Moisés, a fim de lhe dar mais força e valor aos olhos dos homens. Elas resumem as explicações que ele deu aos hebreus, para que compreendessem a necessidade do descanso que se lhe prescrevia: tão necessário era o repouso que até mesmo Deus o impusera a si mesmo. Falando a homens pouco adiantados, Moisés usava da linguagem que lhe era possível compreender. E ele próprio, conquanto versado nas ciências e mistérios egípcios, não possuía, como encarnado, os conhecimentos que depois o trabalho dos séculos desenvolveu. Quanto à Criação, ele a dividiu em seis épocas e não dias; e o fez, não por efeito de pesquisas científicas, mas sempre com o objetivo de gravar, no coração dos hebreus, o respeito definitivo à Lei de Deus. Este Mandamento, reclamado pelas necessidades da sagrada pessoa humana, impunha o repouso septenário em favor dos fracos; e Moisés obrigou os fortes a se lhe submeterem. Perguntais: - É impossível toda explicação de sábios e sacerdotes, no sentido de conciliares o texto relativo às seis épocas (ou dias0 com os dados atuais da ciência humana? Sim, para eles é impossível, porque a própria ciência não tem sobre isso a última palavra. Os cataclismos, que causaram as transformações do vosso planeta, a ciência ainda não os pode calcular, tanto mais quando, tendo sido parciais, muitas vezes fizeram passar de uma parte para outra os elementos de produção. E ainda não chegastes ao termo deles: muitos cataclismos, parciais a princípio, depois gerais, virão a produzir-se, derrocando o estado atual, para destruir o princípio material e levar o vosso planeta ao ponto de partida, isto é, ao estado fluídico, mas agora ao estado em que os fluídos estarão expurgados de todas as moléculas materiais.

 

 

 

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