quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 

 

A VIDA DE JESUS – I

 

P – Nosso Posto Familiar ganhou nova luz com a Doutrina do Novo Mandamento. Chegou na hora certa o Centro Espiritual Universalista da LBV! Como interpreta o CEU os versículos 41 a 52, Capitulo Segundo, do Evangelho de Jesus segundo Lucas?

 

R – Vamos ler com atenção:

 

41 – Seus pais iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. 42 – Quando ele tinha a idade de onze anos, foram até lá, como costumavam, no tempo da festa. 43 – Passados os dias destas, regressaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que eles dessem por isso. 44 – Pensando que o menino estivesse entre aqueles que os acompanhavam, caminharam durante um dia, e o procuraram no meio dos parentes e conhecidos. 45 – Não o achando, voltaram a Jerusalém, para procura-lo aí. 46 – Três dias depois, no templo, o encontraram sentado entre os doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 – Todos os que o ouviam ficavam surpreendidos da sabedoria das suas respostas. 48 – Vendo-o, seus pais se encheram de espanto e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que procedeste assim conosco? Aqui estamos, eu e teu pai, que aflitos te procurávamos!” 49 – Jesus lhes disse: “Por que me procuráveis? Não sabeis ser preciso que me ocupe com o que respeita ao serviço de meu Pai?” 50 – José e Maria, porém, não compreenderam o que ele dizia. 51 – Em seguida, Jesus partiu com ambos e veio para Nazaré; e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração. 52 – E Jesus crescia em idade, em sabedoria e graça diante de Deus e diante dos homens.

 

Os fatos falam por si mesmos. Era preciso que Jesus ficasse em Jerusalém. Sua existência tinha de se dividir em três fases distintas, que podeis apreciar: o “nascimento”, comportando – pelos fatos e circunstâncias que o precedem, acompanham e seguem, até ao aparecimento no templo entre os doutores – as promessas de redenção, segundo à interpretação dada às profecias da lei antiga; o aparecimento no templo, preparando para a época mais conveniente, a afirmação da sua existência, principiando a era do progresso pela sua presença entre os doutores, sob a aparência de um menino de doze anos, no dia da solenidade da Páscoa, quando em Jerusalém se aglomeravam as multidões, vindas de toda parte; a pregação, abrindo o caminho por onde os homens tinham e têm de seguir. Era necessário – dos pontos de vista do passado, do presente e do futuro – que a vida de Jesus assim se dividisse. Era preciso que ele ficasse em Jerusalém, para assinalar a segunda fase dessa existência. Por isso dissemos: os fatos falam por si mesmos. Aqueles que nada sabem e confessam nada saber da infância de Jesus, acastelados numa presunçosa ignorância, tacham de “inverossimilhança moral” esses fatos, cuja razão e cujo fim – na grande obra preparatória da redenção humana – não compreendem nem conseguem explicar. Ninguém ainda perscrutara a vida privada (e ignorada) de Jesus. E aqueles que, buscando humanizar-lhe todos os atos, tentaram esquadrinha-la, não explicaram como podia ele, tão exposto aos olhares públicos, subtrair-se a esses olhares. Também NÃO EXPLICARAM PORQUE, da sua vida humana, somente alguns fatos se tenham perpetuado, e assim mesmo porque os Evangelistas (médiuns historiadores) os registraram, cada um no quadro que lhe coube na narrativa, apropriada (sob influência mediúnica) aos tempos e às inteligências, isto é, servindo ao presente e preparando o futuro. Falando-se de Jesus na época em que apareceu no templo, entre os doutores, e desde o seu “nascimento”, foi-vos dito: “E o menino crescia em idade, em sabedoria e graça diante de Deus e diante dos homens”. Ora, estas palavras refletem as impressões e apreciações humanas. Jesus crescia aos olhos dos homens, mas aos olhos de Deus era sempre o mesmo: Espírito, Espírito devotado, cumprindo sua missão. Sabeis, mas devemos repetir: ante o estado das inteligências e necessidades da época – e com o fim de preparar o advento da Terceira Revelação – a origem do “menino” ainda (e por muito tempo mais) não devia ser conhecida. Não o devia ser senão por meios de nova Revelação em nome do Senhor, através do Espírito da Verdade, uma vez que chegaram OS TEMPOS PREDITOS.

 

 

 

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