NONO MANDAMENTO
P – Qual a explicação do CEU
da LBV para o Nono Mandamento da Lei de Deus?
R – Falam os Evangelistas,
assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: - Não dirás falso testemunho contra o
teu próximo” – Não é o que entra no homem que o contamina ou macula. O que entra
pela boca, e vai ao estômago, desce aos intestinos e é lançado fora. O que
contamina o homem é o que lhe sobe do coração à boca; são as palavras que levam
o mal ao próximo e desafiam a justiça de Deus. A verdade, em toda sua
magnitude, deve inspirar as palavras daquele que ama a Deus e procura caminhar
pelo reto pensamento. Como ensina o Mestre, todos darão contas das palavras
ociosas, ou envenenadas, que proferem. Este Mandamento, apropriado a uma época
em que – pelo testemunho de um só homem – um outro podia, em certos casos, ser
condenado à morte, se estende avolumando-se de novos princípios, a todos os
séculos, até ao fim dos tempos. No período da era hebraica, de que falamos,
quando este Mandamento apareceu, bastava que um homem acusasse a outro de blasfemo,
ou pecador, para que o acusado sofresse a pena de lapidação, E essas tradições,
esses costumes dos hebreus, por longos séculos, e sob diversos aspectos e
pontos de vista diferentes, deixaram traços que ainda se notam nas vossas
legislações humanas: civis, políticas e religiosas. Não levantar falso
testemunho é, em toda ocasião, em todo lugar, em todos os casos, render
homenagem à Verdade. É desfraldar, sem vexame nem vacilação, o estandarte da
Justiça. É não temer altear o facho de luz e destruir o alqueire que a cobre,
para faze-la brilhar aos olhos de todos. É relembrar as palavras de Jesus:
fazei aos homens o que quereis que eles vos façam, porque o mal volta sempre a
quem o faz. Não pronunciar falso testemunho é marchar, sempre, de acordo com a própria
consciência. É testemunhar o Cristo diante dos homens, sejam quais forem as
conseqüências, porque o Bem nunca será vencido pelo mal.
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