quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

O CÉU E O INFERNO

 

P – Estamos ouvindo com atenção os programas radiofônicos da LBV, exatamente para assimilar os ensinamentos do CEU. Já estivemos pensando nas obras que seriam editadas com a matéria que a LBV irradiou, durante mais de trinta anos. Que diz?

R – Tudo tem sua hora, de acordo com os desígnios do Mestre. Tudo aquilo foi, apenas, a preparação do que hoje pode ser escrito. Foi necessário, em todos esses anos, usar de uma linguagem que TODOS pudessem entender, a fala do improviso para o “homem do povo”. Agora, o Espírito da Verdade já tem ambiente para a sua comunicação final.

 

P – Existem o inferno e o paraíso, tais como a religião humana os representa e localiza?

R – Não existe uma determinação absoluta dos lugares de castigo e de recompensa, a não ser na imaginação dos que se encontram fora da realidade espiritual. As almas estão disseminadas por todo o Universo.

 

P – Em que sentido devemos compreender a palavra céu?

R – Deveis considerar como céu o espaço universal, os planetas, as estrelas, todos os mundos superiores, onde as almas elevadas desfrutam a felicidade, sem as tribulações da vida material, as angústias inerentes à inferioridade. A Terra é um dos mundos de expiação; as almas que o habitam têm de lutar contra as suas próprias perversidades e contra a inclemência da natureza – trabalho muito penoso, mas que serve para desenvolver as faculdades da inteligência e as qualidades do coração. Por esse modo, Deus faz que o castigo reverta em benefício do próprio Espírito.

 

P – Que se deve entender por purgatório?

R – É a expiação. A Terra é, para os culpados, um verdadeiro purgatório, onde eles resgatam seus débitos diante da Lei.

 

P – Que devemos compreender por alma penada?

R – Todo Espírito errante que sofre, incerto do seu futuro, é uma alma penada.

 

P – A benção e a maldição podem atrair o Bem e o mal sobre aqueles a quem são endereçadas?

R – A Divina Providência jamais deixou de ser justiceira: a benção somente pode alcançar aquele que se tornou digno dela; a maldição, também, só tem efeito contra aquele que se revelou malvado.

 

P – Por que Jesus expulsou os vendilhões do templo?

R – Para condenar o tráfico das coisas santas, sob qualquer disfarce com que se apresente. Deus não vende a sua benção, nem o seu perdão, nem a entrada no céu; portanto, o homem (sacerdote ou leigo) não tem direito a receber paga das orações que faz em intenção de outrem.

 

P – Que se deve pensar do dogma “fora da Igreja não há salvação”?

R – Esse dogma, exclusivista e absolutista, em vez de unir os homens, os divide; em vez de despertar o amor entre irmãos, sanciona e mantém o ódio entre os sectários das religiões, que se consideram reciprocamente “malditos” na eternidade, mesmo sendo parentes ou amigos no mundo. Ora, o denominador comum de todas as crenças, religiosas ou filosóficas, é o Novo Mandamento de Jesus: é a Caridade, é o Amor, é a Fraternidade, é a Liberdade, é a Igualdade. Preferimos universalizar a Verdade, proclamando: FORA DO NOVO MANDAMENTO NÃO HÁ SALVAÇÃO. E assim devolvemos ao Cristo o que é do Cristo.

 

P – Quais as conseqüências que produz o arrependimento, no estado espiritual?

R – O desejo de reparar as faltas cometidas contra o próximo, na vida terrena; pedido de uma nova encarnação, com esse fim.

 

 

 

P – A paternidade pode ser considerada missão?

R – Sem dúvida. É, ao mesmo tempo, responsabilidade muito grande que se toma para o futuro, pois os filhos são colocados sob a tutela dos pais para que estes os guiem no caminho do Bem.

 

P – Por que é que os homens mais inteligentes são, às vezes, ateus ou viciosos?

R – O Espírito pode ser adiantado num sentido (intelectual), e não em outro (moral). Mas, como todos têm de progredir, intelectual e moralmente, com o tempo eles encontrarão a chave do equilíbrio.

 

P – Por que são materialistas tantos homens de ciência?

R – Porque julgam saber tudo, e não admitem que coisa alguma seja superior ao seu entendimento. Sua própria ciência os torna presunçosos, e esquecem que ela ridicularizou, em outros tempos, Colombo, Newton, Franklin e Jenner, como o fez neste século com os adeptos e pioneiros do hipnotismo. Que motivo há para estranhar que neguem a existência de Deus e da alma? Mas não há orgulho que não tenha fim.

 

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