quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 

JESUS, O CRISTO – VII

 

P – Na transmissão anterior da Doutrina do CEU da LBV, despertou nossa atenção este trecho: “Deixai que os materialistas envolvam o Mestre numa veste de carne igual à vossa; por mais que façam, não conseguirão nunca igualá-lo nesta desgraçada era apocalíptica”. Quais o sentido e o alcance destas últimas palavras?

 

R – Não há, nem haverá, por longo tempo ainda, um homem que possa viver a vida de Jesus. Tendes muitíssimo que fazer, para chegar lá, principalmente neste fim de ciclo. Podeis, entretanto, aproximar-vos dele. O homem de vosso planeta e todos os Espíritos, sejam quais forem – quer habitem os mundos inferiores para um fim de provação ou de expiação, ou ainda para o desempenho de suas missões, quer tenham alcançado os mundos superiores – participarão, já o dissemos e repetimos, da pureza de Jesus e da sua felicidade. Mas em que condições e por quais caminhos? Só mesmo adquirindo a perfeição, pela constante prática do AMOR que, através de todos os séculos, em todos os tempos da eternidade, é a fonte e o meio de todos os progressos: dá acesso à todas as ciências e conduz a Deus.

 

P – Nestas frases: “Deus é a única potencia criadora, que reina sobre todos os universos, é o único princípio universal, mas não divisível; cria, mas não pela divisão da sua essência”, que sentido se deve dar às seguintes palavras: “não divisível”, “não pela divisão da sua essência”?

 

R – Elas encerram a resposta ao dogma das três pessoas, mantido até hoje pela Igreja.

 

P – Estas palavras do Anjo (v. 28): “O Senhor está contigo, és bendita entre todas as mulheres”, tomadas ao pé da letra e confrontadas com os vs. 31, 32, 33, 34, 35 e 38, justificam a divindade atribuída a Jesus por efeito da encarnação do próprio Deus no seio de Maria?

 

R – O homem, como sempre, materializa tudo o que suas mãos tocam. Tirar semelhantes conclusões não é aviltar a divindade? O Senhor estava com Maria, mulher entre todas bendita, por ser ela, entre todas, Espírito muito puro no desempenho da sua missão na Terra. Eis tudo.

 

P – Qual, despojado da letra que mata, o espírito que vivifica, a significação destas palavras do Anjo à Virgem Maria (v. 30): “caíste em graça perante Deus”?

 

R – Estás em graça (ou caíste em graça) quer significar apenas o seguinte: – Obtiveste de Deus a missão que pediste.

 

P – Qual o motivo destas palavras do Anjo à Virgem (v. 31): “É assim que conceberás em teu seio e que de ti nascerá um filho, ao qual darás o nome de Jesus”, nunciativas de uma concepção material humana no ventre de uma virgem, contrariamente às leis imutáveis de reprodução do nosso planeta, com derrogação dessas leis, quando é certo que a vontade imutável de Deus jamais derroga as leis da Natureza, por Ele estabelecidas de toda a eternidade, dando isso causa a que aquela concepção fosse pelos homens considerada sobrenatural, miraculosa, divina, como obra do Espírito Santo?

 

R – Não era ainda conveniente que os homens erguessem o véu que lhes ocultava os segredos de além-túmulo. Convinha que acreditassem na matéria sensível e impressionável, NA DOR FÍSICA, para darem valor ao sacrifício. E também convinha, já o dissemos e repetimos, que acreditassem na origem divina de Jesus, exatamente para que se curvassem ao seu jugo, para que a missão do Mestre fosse aceita e suas leis obedecidas.

 

P – Qual a razão destas outras palavras do Anjo à Virgem Maria (v. 32): “O Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai” e “ele reinará eternamente sobre a casa de Jacob”?

 

R – Era necessário um fio que ligasse as promessas do Antigo Testamento – as interpretações que lhe tinham sido dadas às necessidades do momento – às promessas feitas para o futuro. Constituiu esse fio o aparente parentesco, por descendência de tribo. Eis por que José encarnou na tribo de David e não em outra. Tudo é concatenado nos desígnios do Senhor e nos acontecimentos sucessivos, que preparam e efetuam, em cada transição, o vosso progresso e a obra da regeneração humana.

 

P – Qual, tirado da letra o espírito, o significado destas palavras (v. 33): “E o seu reino não terá fim”?

 

R – Não terá fim porque o vosso Salvador vos há de levar à perfeição. Não é Jesus o emblema da perfeição? E o seu reino não estará eternamente firmado quando a houverdes atingido? Sem dúvida, seu reino não terá fim.

 

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