OBRA
DO ESPÍRITO SANTO – VI
P – Agora sabemos que só o Espírito
da Verdade pode restaurar a beleza da Segunda Revelação, libertando da
ignorância a pobre Humanidade. Podemos saber mais a respeito do corpo de Jesus?
R – A cada era – uma
Revelação, progressiva e apropriada às necessidades dos tempos, ao estado das
inteligências e aos reclamos da época. Revelação velada pela letra, quanto
convenha, mas sempre vos ensinando a Verdade, gradualmente, na medida do que
podeis receber e conservar, levantando, pouco a pouco, a ponta do véu que a
esconde aos vossos olhos. Jesus trazia um corpo semelhante ao vosso, como bem o
disseram os Apóstolos: “Seu corpo não tinha a aparência do vosso? E suas
necessidades aparentes não foram as mesmas?^” Sim, Jesus teve um corpo
semelhante ao vosso, mas não da mesma natureza. Seu nascimento foi obra
do Espírito Santo, por isso que seu aparecimento foi preparado por uma
gravidez aparente e, portanto, por um parto também aparente, obra – uma e outro
- dos Espíritos do Senhor, executada como já vos explicamos. TAL APARECIMENTO
SÓ JESUS O PODIA FAZER: aquela missão lhe competia, primeiro, como responsável
que é pelo progresso humano, depois, por ser, entre os Espíritos elevados (sob
a sua direção) consagrados à obra do progresso da Terra e da sua Humanidade, o
único, pelo seu poder nas altas regiões siderais, capaz de assimilar aos do
vosso planeta os fluidos superiores que servem para a formação dos corpos nos
mundos fluídicos, e – desse modo – constituir o corpo misto de que usava, quase
material e que, aos vossos olhos, se afigurava o corpo do homem terrestre;
finalmente, por ser o ÚNICO REALMENTE CAPAZ DE MANTER UMA EXISTÊNCIA APARENTE
NA TERRA. Efetivamente, Jesus, Espírito Perfeito, puro entre os mais puros de
quantos, sob a sua direção, trabalham para o vosso progresso, vossa regeneração,
vossa transformação física, moral e intelectual, a fim de vos conduzir à
perfeição; Jesus, não sujeito a encarnar em nenhum planeta, conhecia todos os
fluidos adequados a produzir o aparecimento por incorporação e a encarnação em
TODOS OS MUNDOS, quer materiais, quer fluídicos; Jesus conhecia também as leis
universais, naturais e imutáveis, suas aplicações e apropriações. Só Ele,
portanto, tinha a ciência e o poder de construir para si mesmo, debaixo da
aparência corporal humana, aquele invólucro de natureza perispirítica, apto a
longa tangibilidade, destinado a lhe servir para o desempenho da sua missão
entre vós. SÓ ELE TINHA O PODER DE DEIXAR ESSE CORPO E DE O RETOMAR A TODO
INSTANTE, mantendo os elementos que o compunham sempre prontos a se reunirem ou
dissociarem, por ato exclusivo da sua Potente Vontade. Já o dissemos e
repetimos: Jesus não se revestiu de um corpo material humano como o vosso: SUA
ESSÊNCIA ERA DEMASIADO PURA PARA PODER SUPORTAR O CONTATO COM A MATÉRIA, ASSIM
COMO VOS É IMPOSSÍVEL SUPORTAR UM ODOR FÉTIDO. Quanto mais pesada a matéria,
tanto mais constringe o Espírito. Revestido do invólucro material humano, o
Espírito (seja, embora, um Espírito Superior, que o tome para desempenhar
missão entre vós) é mais ou menos falível: sua vida não decorre sem que um ou
outro deslize lhe empane o brilho. Entre vós ainda se encontram Espíritos em
missão, suportando o peso da carne. Mas, já pela sua natureza espiritual, já
pela sua posição crística, tal escravidão não podia nem devia sofrer Jesus, pois
– mesmo quando visível entre os homens, segundo os períodos e necessidades da
sua missão – tinha a consciência perfeita da sua origem e a certeza absoluta do
futuro, COMO GOVERNADOR E PROTETOR DO VOSSO PLANETA, presidindo a vida e a
harmonia universais em todos os reinos da natureza, constantemente em relação
com Deus, transmitindo pelos seus mensageiros, hierarquicamente, ordens a todos
os Espíritos prepostos à obra de engrandecimento da Humanidade terrena. Já o
dissemos e repetimos: esse fato do aparecimento entre vós, de um Espírito por
incorporação – ÚNICO ATÉ HOJE NOS ANAIS DO VOSSO MUNDO – vai-se repetir
brevemente. E quando se repetir, sabereis que soou a hora da regeneração
anunciada pelo Cristo e, desde longe, por nós preparada e continuada. Ouçam os
que tem ouvidos de ouvir, e todos aqueles que, cheios de orgulho, mas
ignorantes das Leis Divinas, naturais, universais e imutáveis, e do que se
refere aos fluidos, suas propriedades, seus efeitos, suas combinações,
apropriações e transformações, SEMPRE DE ACORDO COM AQUELAS LEIS, para a
produção de seres por incorporação ou encarnação nos planetas, tanto materiais
quanto fluídicos, que povoam a imensidade – ouçam todos os homens: não neguem o
que não podem compreender nem explicar!
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