BOA
VONTADE - I
P – A Doutrina do Centro
Espiritual Universalista (CEU) é de uma clareza impressionante. Agora, sentimos
a grandeza da sentença de Jesus: “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos
libertará”. Qual a explicação do CEU para os versículos 8 a 20, Capitulo
Segundo, do Evangelho de Lucas?
R – Esta é a passagem
evangélica:
8 – Ora, havia no país muitos
pastores, que passavam as noites no campo, revezando-se na guarda dos seus
rebanhos. 9 – De repente, um Anjo do Senhor se lhes apresentou, a claridade de
Deus os envolveu, e eles se sentiram presa de grande temor. 10 – Então, o Anjo
lhes disse: “Não tenhais medo, pois venho trazer-vos uma noticia que, para vós,
como para todo o povo, será motivo de grande alegria: 11 – é que, hoje, na
cidade de David, nasceu o Salvador, que é o Cristo, o Senhor. 12 – Eis o sinal
que vos fará reconhece-lo: encontrareis um menino envolto em panos, deitado
numa manjedoura”. 13 – No mesmo instante reuniu-se ao Anjo uma multidão milícia
celeste, louvando o Senhor e dizendo: 14 – Glória a Deus nas alturas, Paz na
terra aos homens da Boa Vontade de Deus! 15 – Logo que os Anjos se retiraram
para o céu, os pastores disseram entre si: – Vamos até Belém para verificar o
que acaba de ser dito, o que aconteceu e o Senhor nos mostra, 16 – Partiram,
apressadamente, e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. 17
– E, tendo-o visto, reconheceram a verdade do que lhes fora dito a respeito
daquele menino. 18 – E todos aqueles, que os ouviam, se admiravam do que era
contado pelos pastores. 19 – Maria prestava atenção ao que diziam, e tudo
guardava no seu coração. 20 – E os pastores regressaram, glorificando e
louvando ao Senhor Deus, por tudo quanto tinham visto e ouvido, conforme ao que
lhes fora anunciado.
Em primeiro lugar, quanto à
aparição do Anjo aos pastores, e quanto às palavras que lhes dirigiu, a
mediunidade esclarece como puderam eles ver e ouvir: eram videntes e audientes.
No que se refere à luz, à claridade que os envolveu, enchendo-os de grande
temor, a explicação é a seguinte: sob a ação e a influencia do magnetismo
espiritual, achando-se em estado de êxtase por efeito de um completo
desprendimento, portanto com a visão desimpedida, os pastores viram os fluidos
ambientes, que para vós são incolores, mas para nós espalham grande claridade.
ELES OS VIRAM COMO NÓS OS VEMOS, porque essa claridade, relativa ao grau de
elevação, de adiantamento do Espírito, para este não deixa de existir e de ser
por ele percebida, qualquer que seja sua inferioridade (trata-se de mau ou
sofredor), senão quando permanece nas trevas.Não compreendendo a causa simples
de tal claridade (cláritas Dei), que olhos comuns não podem distinguir senão em
casos excepcionais, em situações como aquela em que eles se encontravam, os
pastores tomaram por uma luz divina, manifestação do próprio Deus, a
luminosidade dos fluidos ambientes: por isso mesmo, lhe deram a designação de
“claridade de Deus”. A ciência terrestre, por meio do magnetismo humano e do
sonambulismo, já observou (com auxílio de sonâmbulos suficientemente lúcidos e
impressionáveis), a luz, a claridade que os fluidos magnéticos e elétricos, em
estado latente, espalham em derredor; assim como a luminosidade dos corpos, a
luminosidade que apresentam sob a forma de vapor luminoso, os objetos, os metais,
a madeira. E a ciência, por meio do magnetismo humano e do sonambulismo, com o
auxílio de pacientes em condições semelhantes às que apresentavam os pastores,
será levada a dar testemunho desse estado luminoso dos fluidos ambientes, fonte
de grande e permanente claridade para os Espíritos errantes. Daí decorre que,
para eles, não há noite, nem obscuridade, nem opacidade dos corpos, não
existindo no espaço obstáculos ou barreiras que lhes detenham a visão
espiritual. Aquela fração da milícia celeste não era mais que a multidão dos
bons Espíritos prepostos à manifestação espiritual. Por efeito da mediunidade
vidente e auditiva, os pastores os viram e escutaram as palavras que conheceis
como O CÂNTICO DOS ANJOS, o qual – depois de atravessar tantos séculos – ainda
ecoará pelos séculos vindouros: – Glória a Deus nas alturas, Paz na terra aos
homens da Boa Vontade de Deus! Um ensino resulta do confronto que se estabeleça
entre o que ocorreu com os pastores e o que se deu com os magos: O HOMEM JAMAIS
DEVE ORGULHAR-SE DA POSIÇÃO QUE OCUPE NO MUNDO, PORQUE – DIANTE DE DEUS – O
MENOR PODE SER O MAIOR. Quais as pessoas que receberam, primeiro, a notícia do
nascimento de Jesus? Humildes pastores que viviam sem instrução (e sem orgulho)
no seio da natureza, aprendendo no seu livro imenso os segredos da Divindade.
São ignorantes? Mas sabem crer, amar e esperar. Tanto basta para serem
considerados dignos de receber, antes de tanta gente culta e importante a Boa
Nova de Deus. Os dois pontos se extremam: depois deles, são os magos, os
sábios, os poderosos, que recebem a Revelação destinada a transpor todas as
classes: começando pelos degraus inferiores da escala, terá de subir ao ápice.
Os magos também criam, mas neles a fé não era tão pura. Tinham mais curiosidade
de verificar um fato duvidoso do que plena confiança nas palavras do Anjo.
Todavia, também eles vêm ajoelhar-se diante do menino trazendo-lhe os tributos
que se ofereciam ao Senhor. É que, sem o compreenderem, sentem que aquele
menino, se de fato existe, deve ser de uma essência superior à deles para
causar tamanha expectativa. Seria o Messias tão anunciado desde Moisés? Estaria
ali na forma de uma criança, o próprio Filho de Deus?
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